efdeportes.com

Estratégias utilizadas por professores para manter a
freqüência dos praticantes nas aulas de ginástica de academia

Las estrategias utilizadas por los profesores para mantener la asistencia a las clases en los gimnasios

Strategies used by instructors to maintain the frequency of gymnastics practitioners

 

*Licenciada em Educação Física pela Faculdade de Educação Física de Barra Bonita

Cursando Bacharelado em Educação Física pela Faculdade

de Educação Física de Barra Bonita – FAEFI

**Orientadora

Vanessa Daniela Fioravante*

Profª Me. Kelen Cristina Paccola Larini**

vafioravante@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Este trabalho foi desenvolvido por meio de uma pesquisa qualitativa e teve o objetivo de verificar quais estratégias utilizadas pelos professores de ginástica de academia de uma cidade do interior paulista, para manter o interesse e a frequência de seus clientes. Foi realizada uma revisão bibliográfica em bases de dados disponíveis na internet (Google acadêmico e Scielo), publicações em periódicos e bases de dados de bibliotecas de Universidades. Participaram do estudo professores formados em Educação Física que ministravam aulas de ginástica de academia. Como resultados obtivemos, que o professor tem que ser cada vez mais criativo, atualizado, se preocupar, mostrar motivação e consequentemente motivar seus alunos. Cabe ao professor ser comunicativo, extrovertido, competente e profissional, demonstrando sempre o seu conhecimento técnico.

          Unitermos: Academia de ginástica. Professor de Educação Física. Estratégias. Permanência.

 

Abstract

          This work was developed through a qualitative research and aimed to verify which strategies were used by gymnastics instructors from a city of the countryside of the state of São Paulo in order to keep the interest and frequency of their clients. A literature review was made in database available on Internet (Google Scholar and Scielo), publications in journals and in universities libraries' databases. Professional instructors with a degree in Physical Education took part of this work. As achieved results, we have verified that the instructors have to be more and more creative, updated, have to show engagement, be self-motivate and also motivate their students. It’s the instructor's responsibility to be communicative, outgoing, competent and professional, and always showing his technical knowledge.

          Keywords: Gym. Physical Education. Strategies. Permanence.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 173, Octubre de 2012. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    No decorrer do século XIX, surgiram as academias de ginástica na cidade de Bruxelas (Europa). Os espaços determinados a tais atividades eram conhecidos como ginásios tendo como objetivo o ensino da cultura física, por meio da utilização de aparelhos. No início do século XX, as academias começaram a se expandir na Europa e Estados Unidos da América e ofereciam aos praticantes atividades como: balé, ginástica e halterofilismo. No Brasil, a primeira academia de ginástica foi instalada por um imigrante japonês na cidade de Belém (PA), na década de trinta. Na década de quarenta foram surgindo outras academias pelo país oferecendo como atividade principal o halterofilismo e a ginástica feminina (CAPINUSSU; COSTA, 1989).

    Atualmente, é expressiva a quantidade de pessoas que procuram academias, assim como, o número de academias que oferecem seus serviços nas mais diversas modalidades sendo que essas instituições se transformam “em verdadeiras empresas que disputam espaço hoje no competitivo mercado do Fitness” (MARTINS, 2008).

    As academias de ginástica são os centros de atividades físicas onde se prestam serviços de avaliação, prescrição e orientação de exercícios físicos, sob orientação de Profissionais de Educação Física (TOSCANO, 2001).

    Sendo assim, o professor de ginástica deve ter algumas características para manter assíduos seus alunos durante suas aulas: usar sua criatividade, ser comunicativo, chamar o cliente pelo nome, ser prestativo, “inspirar confiança a respeito de seus procedimentos”, se preocupar com a ausência, estar sempre atualizado (PEREIRA, 1996).

    Para muitos, a academia de ginástica é um importante espaço de lazer, em que se concentram os conteúdos sociais de cada indivíduo, prazer pela prática, fazer novos amigos, encontrar amigos, diminuir estresse e a melhoria de qualidade de vida (MARCELLINO, 2003).

    As aulas de ginástica devem desempenhar um papel importante para a sedução do cliente, essas devem ser consideradas “aulas-show” para encantar e atender os desejos de seus clientes para que possam apreciar sensações diversas. O interessante é o aluno ficar a vontade para decidir em qual aula participar, ficando livre para fazer sua escolha de uma ou outra aula a cada dia, mas o professor deve sempre indicar a aula adequada ao condicionamento deste cliente por meio da avaliação física (FURTADO, 2007).

    O praticante de ginástica de academia na maioria das vezes influenciado pela mídia quer alcançar suas metas em curto prazo e modelar o corpo, sendo assim o profissional tende a se qualificar a tal procura para melhor atender o seu cliente (COELHO FILHO, 2000/1). “O corpo como um objeto de consumo está na televisão, nas capas das revistas, na Internet e nas manchetes de jornais, pois apresenta forte apelo comercial e junto à audiência” (FREITAS; SILVA; LUDORF, 2008).

    Os motivos que levam as pessoas a freqüentarem academias são muitos (COELHO FILHO, 2000/1). Elas as procuram para a melhoria da saúde, da condição física, para a busca do relaxamento, descarregar as energias e higiene mental e há também as que procuram por recomendação médica e para um espaço de lazer (CUNHA, 1999).

    O papel do professor é fundamental no processo de fidelidade dos alunos na academia, o que nos leva a crer que o investimento da academia nos professores, que nela atuam, seja de extrema importância já que os próprios alunos consideram que, para sua permanência na mesma, o papel dos professores tem muita relevância. A academia deve investir cada vez mais em seus profissionais, determinando que façam cursos de atualização, especialização ou mesmo promovendo, patrocinando cursos constantemente (MARTINS, 2008).

    O professor com um elevado conhecimento técnico faz com que seus alunos treinem melhor e atinjam seu objetivo mais rápido. O conhecimento técnico do professor a partir de uma formação sólida mais a capacitação das novidades que aparecem no mercado fazem com que o profissional esteja sempre com informações atualizadas e respaldo científico (SABA, 2006).

    Além desses cursos visando o aperfeiçoamento dos profissionais, “são de vital importância cursos de didática, desinibição, formação pessoal entre outros, visando sempre à melhora das relações interpessoais entre professor e aluno” (MARTINS, 2008).

    Os professores, com o passar do tempo, constroem um relacionamento muito próximo com o cliente, criando vínculos sociais fazendo com que aquele cliente permaneça na academia por causa de sua presença (MICHELLI, 2008).

    Entretanto, apesar deste bom relacionamento e vínculo com os clientes, infelizmente mais ou menos metade das pessoas que começam a fazer atividade física, desistem após seis meses de prática mesmo tendo a consciência que a atividade física é muito importante para a saúde mental e corporal (SABA, 2001).

    As maiores causas na perda do cliente de academias, totalizando 70% são: o surgimento de outras academias; uma nova tentativa de atingir seu objetivo em outra academia; mudar de professor com o objetivo de vivenciar outras estratégias, mudança de aula, por insatisfação da qualidade do serviço prestado (NOVAES; VIANNA, 2003).

    Os praticantes de atividade física são classificados em 04 tipos: cliente emergente: encontra-se em desenvolvimento e na fase da adolescência, procura a prática da atividade física para aumento dos músculos e diminuição de sua gordura corporal, possuindo duas características psicológicas: a ansiedade e a instabilidade; cliente estético, encontra-se com um perfil fisiológico em desenvolvimento e estável, inspira-se nos artistas, atletas e culturistas, faz atividade física para o ganho de massa muscular e para diminuir a gordura corporal, melhorando seu condicionamento físico, desempenho e rendimento; cliente estável: pratica atividade física regularmente, faz atividade física para o ganho de massa magra, para diminuir a gordura corporal e melhorar seu condicionamento físico; cliente especial, aquela pessoa sedentária, os da terceira idade, aqueles que são hipertensos, cardiopata entre outros, seu perfil fisiológico encontra-se em declínio com o perfil psicológico instável, reservado e pessimista (NOVAES; VIANNA, 2003).

    Os autores nos mostram os variados tipos de clientes presentes no mercado, onde a satisfação do cliente com o serviço prestado pela academia vai depender do desempenho do professor, se o produto oferecido preencher as expectativas, terá um cliente satisfeito e dará inicio a um processo de fidelização academia/cliente (KOTLER, 1999).

    Pensando na satisfação e expectativas do aluno/cliente, o professor deve compreender que o aluno é um ser humano que tem corpo e mente ativa, e que “apesar de trabalhar com a educação do físico, não pode desconsiderar o aspecto psicológico” sendo assim o professor deve trabalhar em suas aulas o físico e o psicológico juntos (MARTINS, 2008).

    Nesta perspectiva, a função do professor é muito mais que ministrar aulas, é acompanhar o desenvolvimento do seu cliente, incentivá-lo, elogiá-lo, corrigir quando necessário, orientar, mostrando-se preocupado e interessado (PEREIRA, 1996).

    Diante do exposto, este estudo teve por objetivo mostrar quais estratégias os professores utilizam para manter a frequência de seus alunos em suas aulas de ginástica de academia.

Material e método

    A pesquisa, de cunho qualitativo, foi realizada com professores de ginástica de academia em uma cidade do interior paulista. Para a seleção dos professores, foi realizado o contato pessoal e individual entregando-lhes o termo de consentimento livre e esclarecido e um questionário. Todas as academias nos quais os professores lecionam suas aulas são devidamente cadastradas no CREF/SP e disponibilizam aulas de ginástica de academia, que possuem cerca de 20 alunos em cada aula em variados horários entre manhã e noite, tais academias oferecem normalmente atividades básicas como ginástica e musculação. Para estabelecer a população deste estudo foram adotados os seguintes critérios de inclusão: ser formado em Educação Física, ministrar aulas de ginástica nas academias e concordar em participar da pesquisa assinando o termo de consentimento livre e esclarecido.

    Para a construção do referencial teórico utilizamos artigos científicos da base de dados Scielo e Google Acadêmico e de bibliotecas de Universidades que abordavam os assuntos: academias de ginástica, motivação, estratégias utilizadas durante as aulas de ginástica.

    O instrumento de coleta de dados constou de um questionário com cinco perguntas abertas e fechadas, no qual os participantes levaram o questionário para casa e devolveram depois. Do total de 07 questionários aplicados apenas 05 foram devidamente preenchidos e devolvidos. Os discursos foram analisados por meio da análise descritiva.

    Para a análise dos dados, do perfil dos participantes, foi empregada a análise descritiva.

Resultados e discussão

    A seguir apresentaremos os resultados do questionário aplicado e respondido pelos professores que ministram aulas de ginástica nas academias participantes da pesquisa.

    Todos os participantes são profissionais, graduados em Educação Física e possuem diversas modalidades de aulas na academia como função, conforme demonstrado no quadro I.

Quadro I. Identificação dos participantes

    A ginástica em academia é uma realidade que não tem o mesmo sentido para todas as pessoas. Para alguns, nela encontram o prazer, a fantasia, o gozo onde pode ser encontrado um aperfeiçoamento contínuo. Já para os que não a praticam, a ginástica pode remeter tanto a dificuldades quanto a facilidades. Nos dias atuais, existem profissionais de ginástica que atuam de forma específica e ainda continuam existindo profissionais que atuam na perspectiva da ginástica total (COELHO FILHO, 2000, 2001).

    Na análise das respostas obtidas no questionário aplicado a questão de número 1 abordava a seguinte pergunta: “quais estratégias os professores utilizavam para manter a frequência de seus alunos em sua aula”, foi assim respondida: a participante P1 disse que acima de tudo ela tenta criar um vínculo com o aluno sempre recebê-lo bem e que apesar das aulas serem coletivas ela cria momentos que façam com que seus alunos se sintam únicos corrigindo-os e fazendo um elogio A principal ferramenta para cumprir o objetivo proposto é fazer cada um dar o seu melhor e ter motivação sempre. A P2 respondeu que sempre faz aulas animadas, com variações, exercícios novos, músicas novas e se mantém sempre alegre para poder contagiar seus alunos e nunca mostra sinais de cansaço ou preguiça. Ela mencionou que realiza aulas temáticas e caracterizadas como carnaval, festa junina, entre outras comemorações no decorrer do ano, com músicas e roupas caracterizadas. O P3 disse que busca sempre novos conhecimentos, inova-se sempre e está constantemente bem empenhado nas atividades propostas. A P4 relatou que em suas aulas tem que ter qualidade, atenção, novidades e criatividade. A P5 respondeu que suas aulas são diversificadas, diferenciadas e que ao iniciá-las, esclarece seu objetivo a cada dia, se mantém atualizada, e dá atenção a seus alunos esclarecendo dúvidas e fazendo elogios.

    Alguns autores relatam que quando surgirem os imprevistos diante da necessidade de cada indivíduo em enfrentar a contradição entre a organização prescrita, a organização real do trabalho e para fazer o trabalho funcionar, os trabalhadores constroem modos especiais para realizar suas tarefas, tais como as “regras de ofício”, os “macetes” e os “quebra-galhos”, que não são as regras oficiais, mas estão na origem do prazer no trabalho. A construção de tais procedimentos produzidos pelo coletivo de trabalho mobiliza processos psíquicos relacionados à invenção, à imaginação, à inovação e à criatividade, que estão ligados a uma forma específica de inteligência, na percepção e na intuição. Essa forma de inteligência configura-se como uma inteligência fundamentalmente transgressiva que está em constante ruptura com as normas e as regras prescritas (ARAUJO, 2008).

    A questão número 2 consistia em saber se os professores davam mais importância para manter seus clientes atuais ou conquistar novos. Todos responderam que davam mais importância em manter seus alunos atuais, porém os participantes 1, 2 e 3 disseram que os seus alunos atuais iriam trazer alunos novos, necessitando haver sempre aulas alegres, atualizadas e com conteúdo.

    Percebe-se, através das respostas obtidas pelos professores entrevistados que é mais interessante, para eles, manter seus alunos/clientes atuais do que conquistar novos. Pesquisas analisadas informam que o cliente deve ser muito bem cuidado para que não seja extraviado e a importância de manter os clientes atuais é boa para o crescimento da empresa. Para isso a satisfação para com os alunos/clientes deve ser o foco do objetivo do professor nas aulas (MARTINS, 2008). Os clientes atuais (estáveis) são os mais desejados no mercado do fitness, pois as atividades físicas devem ser praticadas de forma produtiva e prazerosa, para que realmente os clientes possam ser fiéis na sua prática (NOVAES; VIANNA, 2003; SABA, 2001).

    Já a questão de número 3 teve por objetivo saber como os professores se relacionavam com seus alunos em suas aulas. Como alternativas o professor poderia responder: extrovertido, sério, comunicativo, compenetrado, competente, profissional e outros e poderia optar por mais de uma alternativa. Todos responderam que o professor tem que ser extrovertido, comunicativo, competente, profissional, porém o P3 não assinalou entre todas essas alternativas, a opção profissional. Na opção “outros” as participantes 1 e 2 afirmaram que: tem que ser receptivo e aberto a opiniões e sugestões (P1). Em suas aulas além de ser profissional ela é amiga dos alunos, conversa com eles, sendo que alguns deles são seus amigos fora da academia e acredita que isso melhora as suas aulas, fazendo com que esses alunos não se sintam envergonhados em praticar sua aula. Refere também que todos os professores de Educação Física não deveriam ser sérios e sim comunicativos e extrovertidos (P2).

    Analisando as respostas obtidas pelos professores e pesquisas realizadas, ambos relataram que “a função do professor pode ir além de ministrar aulas”, o professor deve acompanhar o desenvolvimento de seus alunos, incentiva-los, elogiá-los, corrigi-los quando necessário, orientá-los, mostrar-se preocupado e interessado, deve transmitir confiança a respeito de seus procedimentos, relacionar-se bem com os alunos, mantendo-se atualizado e informado entre tantas outras coisas (MARTINS, 2008).

    A questão de número 4 perguntou para os professores quais fatores listados, mantinham a permanência de seus alunos em suas aulas, classificando com números em ordem de importância onde o número 1 designava-se o mais importante e o número 7 o menos importante. As respostas estão apresentadas na tabela 1.

Tabela 1. Determinante da permanência dos alunos por ordem de importância

    A partir das respostas obtidas pelos professores entrevistados seguindo a ordem de importância, três dos participantes entrevistados listaram que a forma como eles (professores) se relacionavam com seus alunos eram o fator de maior importância e os outros dois participantes entrevistados responderam como aspectos de permanência mais importantes: os conhecimentos e a qualificação técnica que eles possuíam Três dos entrevistados responderam com o número 7 que os fatores que tinham menor importância eram o valor da mensalidade e os outros dois participantes referiram-se à localização.

    Essas respostas corroboram com um estudo proposto por Martins (2008) que afirma que por meio de uma estratégia de marketing, com o intuito de aumentar o percentual de alunos fiéis, as academias devem investir cada vez mais em seus profissionais, exigindo que realizem cursos de atualização e/ou especialização, “visando sempre à melhora das relações interpessoais entre professor e aluno”. Todo aluno que fica satisfeito com o serviço prestado não se preocupa em pagar o preço estipulado pela academia frequentada.

    De acordo com as experiências destes profissionais como professores de ginástica de academia a questão de número 5 perguntava quais atitudes o professor deveria ter para influenciar seus alunos na permanência dos mesmos em suas aulas. Todos responderam que deveriam demonstrar conhecimentos técnicos na área de atuação, dar explicações sobre seus procedimentos e corrigir os alunos durante os exercícios.

    Entretanto a P1 relatou que, deve motivar sempre seus alunos, criar uma boa experiência com sensações de satisfação, um elogio sincero, olhos nos olhos quando conversasse com os mesmos e sempre recepcioná-los no início da aula, dando-lhes atenção. As colocações em pesquisa relatam que o professor de academia deve: ser comunicativo, se relacionar bem com os alunos, entre outros quesitos já relatados. 4 Além disso, o professor deve ter características como ser extrovertido e comunicativo, mostrar interesse e dar explicações. Estes aspectos formam um conjunto de maneiras, as quais precisam ser inseridas na atitude pessoal do professor com seu aluno, sendo que quando isso ocorre de forma negativa, pode ser considerada como uma grande razão pela qual uma academia perde alunos/cliente (NOGUEIRA, 2000).

    A P2 relatou que os professores de ginástica de academia devem estar sempre atentos, para evitar lesões em seus alunos. A literatura discorre que uma das razões pela qual o profissional de Educação Física, considera como a teoria da redução de lesão é o alongamento durante o aquecimento. A chave para reduzir pequenas lesões é o alongamento muscular estático que requer “pequena contração muscular e, portanto não incrementa o aumento da temperatura do tecido”. As lesões são criadas pela “execução errada dos movimentos ou a inabilidade para relaxar durantes certos estágios do exercício”. De acordo com o Curso de Actividades de Grupo CEF, as melhores aulas podem ser as mais simples, a prevenção de lesão está diretamente relacionada com a preocupação do profissional em relação às questões técnicas e didáticas nas aulas. O profissional deve acompanhar e orientar sempre o desenvolvimento de seus alunos/clientes para que este “progrida gradualmente sem que fique exposto a riscos desnecessários”. O aumento da intensidade e complexidade da aula como: velocidade da música, intensidade ou complexidade dos exercícios ou altura da plataforma (step), devem ser controladas para promover adaptações ao aluno/cliente. “A relação entre complexidade e intensidade deve ser na razão inversa: aulas mais complexas devem ser menos intensas e vice-versa”, contudo diminuirá a possibilidade de lesões (RODRIGUES; ANDRE, 1999).

Considerações finais

    Após análise e discussão dos resultados chegamos às seguintes considerações:

    Os fatores principais que mantinham os alunos frequentes segundo o relato dos participantes foram: os conhecimentos e a qualificação dos professores, a forma com que os mesmos se relacionavam com seus alunos, pois quando o aluno fica satisfeito com o serviço prestado não irá se importar com o valor da mensalidade, mais sim com a qualidade do serviço prestado conforme apresentado na pesquisa. Sendo assim, o profissional deve estar sempre atualizado e fazer novos cursos.

    A atitude dos professores é muito importante, devem estar sempre motivados para incentivar seus alunos, realizando aulas descontraídas para que os alunos se sintam a vontade. Devem ser extrovertidos, comunicativos, mostrar conhecimentos técnicos para manter a frequência de seus alunos e evitar o aparecimento de lesões nas aulas. Para um dos participantes do estudo é importante que o professor tenha amizade com o aluno fora da academia para que o mesmo não se sinta envergonhado ao praticar suas aulas.

    Os resultados obtidos cumpriram com o objetivo proposto no início deste trabalho, que buscava as estratégias utilizadas por professores para manter a frequência de seus alunos nas aulas de ginástica de academia, podendo-se deduzir que os métodos e atitudes utilizadas pelos professores são de fundamental importância para a permanência dos mesmos em suas aulas.

    Chegando ao término desta pesquisa, cabe ressaltar que os resultados obtidos não devem ser generalizados nem vistos como conclusivos, mas sim, servirem de incentivo para que mais estudos sobre esse assunto sejam realizados.

Referências

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 173 | Buenos Aires, Octubre de 2012
© 1997-2012 Derechos reservados