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A Capoeira no Pará: tradição, fé e resistência
no tripé de uma formação cidadã

La Capoeira en Pará: tradición, fe y resistencia como base de una formación ciudadana

 

*Graduado em Letras Pela Universidade Federal do Pará

Graduando em Licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual do Pará

**Graduanda em Licenciatura em Educação Física pela Universidade Estadual do Pará

(Brasil)

Aline Silva Ferreira*

linesilva_ferreira@hotmail.com

Anderson Patrick Rodrigues**

rodriguesap_ufpa@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O presente trabalho Tem por objetivo principal trazer contribuições para o fazer pedagógico da capoeira nas escolas e como objetivos específicos: discutir a presença do negro na formação étnico cultural do povo amazônico, em especial o paraense; debater a pratica da capoeira nas escolas e incentivar um ensino da capoeira não apenas como pratica corporal, mas como uma importante arma de caráter político social transformador que é deixado à margem do processo de ensino aprendizagem por não trazer benefícios à elite dominante que rege os conteúdos educacionais brasileiros. Para tanto, este trabalho é dividido em dois momentos distintos e complementares: o primeiro consiste na apresentação histórica da capoeira e suas relações diretas na luta por valorização e igualdade étnico social; o segundo consiste em levantamento bibliográfico voltado para fundamentar os questionamentos que incentivaram a realização desta pesquisa que defende o ensino da capoeira não apenas como uma pratica corporal, mas como elemento ideológico formador capaz de educar e proporcionar mudanças comportamentais e reflexivas favoráveis à formação de uma consciência cidadã.

          Unitermos: Capoeira. Pará. Ensino. Formação cidadã.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 173, Octubre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    A capoeira enquanto pratica, não está restrita a ser atividade física escolar, baseados nessa perspectiva, devemos observar e debater seu caráter político socializador que visa, dentre outras coisas, a igualdade social e racial, na medida em que facilita a integração de seus sujeitos e prima pela manutenção de uma homogeneização harmônica e harmoniosa entre seus praticantes.

    Este trabalho Tem por objetivo principal trazer contribuições para o fazer pedagógico de todos os que se dedicam a capoeira, além de debater seu caráter histórico formador étnico cultural que é pouco falado nas escolas para tanto, este trabalho é dividido em dois momentos distintos e complementares: o primeiro consiste na apresentação histórica da capoeira na Amazônia e em especial no Pará que adquiriu sua singularidade em determinado momento histórico da região, mas sem perder seu caráter de resistência de uma raça oprimida social e politicamente. O segundo consiste em expor o resultado do levantamento bibliográfico sobre a capoeira no ambiente escolar e fundamentar os questionamentos que incentivaram a realização desta pesquisa e além de incentivar o debate sobre o tema e a visão da capoeira não apenas como uma pratica corporal, mas como elemento ideológico formador capaz de educar e proporcionar mudanças comportamentais e reflexivas favoráveis à formação de uma consciência cidadã e portanto, favorável ao cotidiano escolar.

2.     O negro e sua contribuição para a formação étnica na Amazônia

    O início da escravidão no Brasil iniciou com a colonização Portuguesa no Século XVI e a partir de 1530, os negros começaram a chegar ao Brasil, na condição de escravos. Vindos principalmente de Guiné, Costa do Marfim, Mali, Congo, Angola, Moçambique e Benin os negros eram amontoados e misturados em porões dos chamados navios negreiros que cruzavam os oceanos para trazer ao Brasil o braço forte que sustentaria a nação dominante, baseada em um sistema étnico bastante cruel e injusto com os não brancos.

    O primeiro registro do Negro na Amazônia se dá com a criação em 1755, da Companhia Geral de Comércio Gram-Pará e Maranhão, sob o comando de Mendonça Furtado, cujo objetivo era trazer grande número de escravos e assim regular o comércio na região (Sales, 2005). No entanto, a contribuição do negro na formação étnica do povo amazônico, paradoxalmente aos objetivos de Mendonça Furtado, é diminuída e até mesmo negada por alguns estudiosos devido a alguns fatores como a proibição do tráfico negreiro, a abolição da escravatura, o começo de uma imigração organizada, o grande êxodo nordestino para a Amazônia, etc. (Sales, 2005). Esses fatores, unidos à mestiçagem, teriam contribuído para a diminuição das contribuições do Negro à formação étnica do povo Amazônico.

    Com o grande fluxo de Negros para o Pará, na segunda metade do século XVIII, no entanto, torna-se inegável a contribuição ativa do Negro na formação étnico-cultural do paraense. O número de negros era tamanho que no ano da independência, o negro constituía o maior estoque étnico da população de Belém (Sales, 2005) e não havia como negar sua influência na cultura local manifestada no vocabulário, nos cultos religiosos e nos folguedos, nos mitos e lendas, na poesia, no batuque e nas danças (denominadas bambiá, catimbá e lundum), nas comidas, nos jogos e brincadeiras, assim como também no bumba-meu-boi e na prática das rodas de samba, maculelê e capoeira. Em Belém, o bairro do Umarizal era o centro mais intenso de atividades festivas de maior repercussão até os dias atuais. Mas também há registros de grande atividade cultural negra nos bairros da Pedreira, Guamá, Jurunas, Cremação, Sacramenta e Vila da Barca.

    Nesses bairros, o que nos resta da tradição negra no local, são os terreiros de macumba, o antigo batuque e o babaçuê, modernizado, sincronizado com o tambor-de-mina do Maranhão, o candomblé da Bahia e a umbanda carioca, e, ainda, alguns traços de pajelança cabocla. (SALES: 2005, p. 226)

    A interação do negro com o branco aconteceu de forma gradual e progressiva e à medida que se incorporava à sociedade, via-se obrigado por ela, a adotar uma postura de luta e resistência contra o regime escravocrata e o preconceito de raça que regia as convenções sociais da época. No Pará, o grande marco da presença do negro no cotidiano social como “igual” foi a Cabanagem, quando o negro que antes fugia para os mocambos distantes, aderiu em massa ao movimento, pretendendo alcançar a liberdade (Sales, 2005). Porém com a repressão da revolução cabana, o negro fora obrigado a retomar seus métodos tradicionais de resistência e assim os mocambos se multiplicaram em grande número pela Amazônia.

    Mas foi com a capoeira, que o negro se defendia na luta contra a condição que lhe foi imposta pelo branco, lutava na fuga do cativeiro e lutava diariamente por respeito, liberdade e igualdade social e até mesmo econômica.

3.     A Capoeira no Pará

    No Pará, A riqueza gerada pela exportação da borracha durante a Belle Époque não trouxe apenas o progresso e o conforto para as elites paraenses de então. Aliada ao crescimento populacional e conseqüentemente aos problemas sociais que vinham ocorrendo na região, tal riqueza ocasionou um intenso reordenamento do espaço urbano, regido por valores europeus, particularmente franceses. Esse processo, então instaurado, traduziu-se na “expulsão” das famílias pobres, formadas em sua maioria por negros, que antes ocupavam áreas centrais, para pontos mais distantes da cidade. (LEAL, 2005).

    Essa reordenação não se restringia apenas aos aspectos físicos voltados para o progresso, mas também para obter o controle sobre as praticas populares consideradas na época como perigosas e prejudiciais à sociedade. Criou-se então uma grande campanha repressiva contra as praticas “inadequadas” para a cidade moderna que tinha como meio propagador, as páginas dos jornais periódicos da época que criaram e propagaram um projeto de disciplinamento populacional que deveria ser posto em prática pelo governo onde os capoeiras e “vagabundos” seriam os alvos principais deste projeto disciplinador.

    Justificativas não faltaram para fundamentar a perseguição: o perigo para a ordem pública, a carência de mão-de-obra para a lavoura, o aumento da criminalidade e muitos outros argumentos de menor importância (...) (LEAL: 2005, p. 242-3).

    “Vadiagem” e “vagabundagem” eram tidos como sinônimos de “capoeiragem”. E assim a prática da capoeira era vista e denunciada, nos jornais locais, ao longo da segunda metade do século XIX e começo do XX. O que provocou uma intensa campanha pelo seu extermínio da sociedade “de bem” da época.

    No entanto, a mesma elite que a condenava, a utilizava, principalmente nas questões divergentes dos interesses dos políticos influentes da cidade. Durante a Belle Époque paraense havia uma grande oposição entre os monarquistas e os republicanos e a capoeira foi largamente utilizada para defender os interesses de ambas as partes, os capoeiristas eram espécies de capangas destas grandes figuras no estado.

    Alguns destes capoeiristas eram muito conhecidos nas periferias, não pela capangagem política mas, sim por estarem a frete do grandes grupos de boi-bumbá na cidade e é nesse momento que a capoeira ganha uma característica que a difere das demais regiões do Brasil. Estes grupos, localizados principalmente nos bairros do Jurunas, Umarizal e Cidade Velha, cultivavam rixas entre si, rixas essas que se davam tanto por questões sociais, como raciais, já que as nos dois primeiros bairros a maioria da população era de origem negra e quilombola, enquanto que no último bairro, as pessoas vinham de origem portuguesa.

    Em seus cortejos pela cidade, quando dois bumbás se encontravam, a rivalidade sempre prevalecia e, após o canto de desafio cantado por um deles, a disputa física ocorria entre seus integrantes. Neste sentido, os conhecimentos da capoeira eram essenciais para a vitória de um dos lados, por isso, os capoeiristas sempre estavam presentes.

    Os “balisas” eram os capoeiras que iam à frente dos cordões para garantir a segurança dos integrantes. Campos Ribeiro informa que estes eram os mesmos componentes dos grupos de boi-bumbá por ocasião da época junina.” (Ribeiro,? p. 53).

    Estas manifestações populares foram criticadas durante muito tempo, devido estarem ligadas diretamente à violência e a marginalidade, em todos os sentidos da palavra. Porém em 1930, com a legalização da capoeira no governo de Getúlio Vargas, a capoeira começa a chamar atenção da elite e o grande responsável por sua popularização é Mestre Bimba que ao introduzir características de outras lutas marciais à capoeira praticada até então, fortalece a presença da capoeira no Brasil e favorece a imagem de uma arte marcial genuinamente nacional e portanto benéfica para o corpo, a mente e, posteriormente, chegaria até nossas escolas.

    Com a legalização da capoeira, criou-se uma padronização do agora esporte que passou a ter caráter competitivo e estruturado por regras voltadas a preservação da integridade física de seus participantes. A Popularização da capoeira tornou-se um poderoso pretexto para manobras políticas de cunho populista e assistencialista. É o esporte tradicional ao alcance de todos, sem distinção se cor, condição social ou física, religião ou ideologias políticas. Essa idéia de capoeira como joguete político também resiste ao tempo e chegou até nós e trata a capoeira como simples atividade de organizações não governamentais, projetos de esporte para todos e de valorização da raça negra.

4.     A Capoeira na escola como instrumento de cidadania

    No Brasil, a Lei de Diretrizes e bases da Educação-LDB (lei Nº 9394/96); os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997); e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnico-Raciais e para o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira (Nº 10.639/2000), objetivam assegurar o ensino obrigatório da história e cultura afro-brasileira e africana em nossas escolas, buscando a valorização da tradição negra, diminuição do preconceito e promoção da igualdade de condições de vida e cidadania, além do respeito à pluralidade cultural do povo brasileiro. Os conteúdos tratam da oralidade, musicalidade, religiosidade, tradição, ludicidade, ancestralidade e as formas de luta e resistência e transformação étnico-racial, dentre elas a capoeira.

    A capoeira é rica em saberes que podem e devem ser explorados no contexto escolar, ressaltando-se sempre sua importância étnico-histórica como instrumento de libertação social, sua pluralidade musical e de movimentos corporais que mesclam defesa, ataque, jogo, brincadeira e arte em um só esporte.

    Cabe aos professores reconhecer essa realidade e estabelecer um contato mais significativo com a capoeira, explorando todo o seu potencial educativo. Desse modo, a capoeira passará a ser vista e vivida como um poderoso instrumento no processo educacional, interferindo na vida da escola e influenciado positivamente o cotidiano escolar. (SILVA: 2008, p. 45).

    Por ser uma prática corporal híbrida composta por jogo, luta e dança, a capoeira normalmente é ensinada com ênfase em apenas uma dessas características e normalmente a escola privilegia o jogo, abusando de atividades lúdicas e quase nunca trabalhando a importância histórica da capoeira.

    Enquanto luta, dança ou jogo, quem a pratica é chamado de jogador de capoeira, capoeirista ou mesmo de capoeira. A roda é regida por um sistema imagético que pouco faz sentido a quem não a vivencia, mas é repleto de significados e simbologias. A começar pelo cultivo da Amizade e do respeito dos manifestados no cumprimento de mãos antes e depois do jogo; pelo lúdico que reside nas brincadeiras de quase acertar ou derrubar o parceiro e jogar sempre com um sorriso compartilhado entre os dois e por todos os demais presentes; pelo religioso manifestado na vestimenta branca, que simboliza o luto no Candomblé, a ligação entre o mundo espiritual e o mundo real, pelo canto ritmado por palmas e no benzer-se ao “pé” do berimbal pedindo proteção divina para que não haja erros e para que ninguém se machuque durante o jogo; e , por fim, pelas praticas sociais manifestadas pela cooperação mutua de seus participantes, pela inclusão de todos independente de condição física, gêneros ou qualquer outra distinção

    De maneira geral a capoeira deve integrar o individuo na sociedade e buscar seu desenvolvimento pleno, proporcionando prazer em sua execução, tornando sua pratica um hábito e um ato necessário, impulsionando as relações, as tomadas de decisões coletivas, a ajuda mútua e a superação de conflitos mediante o diálogo e a cooperação. (SILVA: 2008, p. 50)

    A capoeira é uma prática corporal e esportiva resistente por natureza. Foi instrumento de resistência abolicionista, resistiu ao preconceito burguês da Belle Époque Brasileira e Paraense, é resistente enquanto esporte não capitalizado e sem grandes lucros ao mercado dos megaeventos, e resiste hoje a era dos grandes shows de MMA. A resposta pra essa resistência é simples, trata-se de uma tradição de essência negra que não esta limitada a uma única prática, mas, ao contrário, denota um leque e possibilidades aonde o objetivo vai além do ensino da técnica, do jogar por jogar e de dançar em honra de um santo. Tem o objetivo de formar jogadores/cidadãos conscientes de seus corpos, seus limites corporais, suas capacidades motoras, em alguns casos até superá-las, conscientes de seus papeis sociais, de seus poderes de transformação, e de suas escolhas para manutenção da ordem e do bom convívio entre seus pares, o que refletirá, conseqüentemente, fora da escola, no convívio familiar e no cotidiano dos demais nichos sociais ao qual se inserem.

    Educar pode significar transmitir valores como respeito, sinceridade, dignidade, lealdade, verdade, solidariedade e cooperação, valores dos quais a humanidade em geral está bastante carente nos últimos tempos. Além disso, amizade, persistência, concentração, disciplina e autoconfiança são valores vivenciados na rotina da capoeira. (SILVA: 2008, p. 55).

    O ensino da capoeira na escola, porém ainda é inexpressivo e isso se deve em parte pela deficiência em professores de Educação Física aptos para ministrar aulas de capoeiras, pois suas universidades não ofertam a disciplina de capoeira. Seja por falta de professores, seja por mero descaso, o porquê disso? Simples, a capoeira ainda e vista como um esporte marginalizado, de desocupados e que por isso não merece estar no sagrado seio dos saberes ofertados por nossas escolas.

5.     Considerações finais

    Neste trabalho, foi observada a importância cultural, histórica, comportamental, e social, da prática da capoeira no ambiente escolar. Através do levantamento bibliográfico, pôde-se observar que herdou-se da sociedade escravocrata em relação ao negro: o racismo que resultou nas desigualdades sociais históricas que refletem hoje a falta de oportunidade de bons empregos e de boa educação; a diferença salarial; a marginalização da raça; a destruição e inferiorização da cultura e história africanas; e assim constituiu-se a sociedade brasileira atual.

    É neste contexto que o governo vem traçando políticas voltadas para a valorização social do negro; combate ao racismo; igualdade de direitos; e assim, surgem as primeiras “vitórias” para o negro com o surgimento de políticas públicas voltadas a garantia de: um programa de cotas em Universidades Públicas; o ensino das religiões afro-brasileiras em nossas escolas; a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Africana; a inclusão nos programas de formação continuada, a temática étnico-racial; e diríamos mais: a mudança do próprio discurso histórico sobre o negro.

    A capoeira nesse sentido nos é apresentada, então, como uma manifestação da expressão nacional, da tradição ancestral negra, que deve ser mantida e ensinada e com ela o governo veste-se do politicamente correto e propõe o combate ao racismo, e a busca por igualdade do povo não enquanto etnia, mas sim como nação. Nação brasileira.

    A partir dessa ótica condoreira, a capoeira chega às escolas como conteúdo disciplinar formador, como arte marcial, como atividade lúdica de integração, como instrumento pedagógico rico e multicultural.

    Em sua prática filosófica, a capoeira é formadora de cidadãos à medida que ensina princípios a seus praticantes. A roda é o local de exercício desses princípios, é onde deve prevalecer a democracia, a cooperação e o respeito mútuo. Não há distinção entre os jogadores, todos podem e devem participar independente do grau de conhecimento técnico do esporte. Logo, não há necessidade de todos serem bons de jogo para participar, muito menos se distingue gênero, classe social, raça ou religiosidade, assegurando-se assim a igualdade entre todos, como diria Mestre Pastinha (1988), “Capoeira é para homem, menino e mulher” O importante é vivenciar uma aprendizagem significativa onde os todos envolvem-se por inteiro, fazendo de seus corpos alma e arma de (re)significação político social e cultural e, com isso, tirando lições extremamente ricas para a vida.

    Na construção desta pesquisa, temos a oportunidade de agrupar algumas informações quanto à presença da Capoeira na formação étnica da Amazônia, em especial na do Pará. Na importância de sua trajetória histórica, de chamar atenção para a necessidade de refletir condição específica do negro enquanto produtor de cultura. Esta, tradicionalmente definida como inferior, gerando assim complexos psicológicos nos descendentes das etnias de origem africana, deve ser vista hoje com olhos atentos e respeitosos por nossa própria história.

    Poderíamos falar e escrever muito sobre a temática da capoeira na escola, sua importância, sua relação com a educação física, mas preferimos buscamos provocar a realização de novas pesquisas sobre a prática da capoeira escolar, incentivar sua prática e esperamos promover o interesse e o debate, não somente entre seus praticantes, mas no próprio ambiente acadêmico, favorecendo o desenvolvimento de propostas e metodologias capazes de cristalizar a capoeira em quanto conhecimento no cotidiano escolar e social para assim, mudarmos ou resgatarmos valores esquecidos com o tempo e sua impessoalidade e que a capoeira vivencia e propaga diariamente como princípios básicos de relacionamento. Entre seus membros.

Referências

  • BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. Ministério da Educação e do Desporto - Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 1998.

  • _______. Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, Leis de Diretrizes e Bases da educação Brasileira (LDB), Brasília, 1996.

  • BONFIM, Genílson Cesar Soares. A Pratica da Capoeira na Educação Física e sua Contribuição para a aplicação da Lei 10. 639 no Ambiente Escolar: A capoeira Como Meio de Inclusão Escolar e de Cidadania. Disponível em: http://www.rbceonline.org.br/congressos/index.php/conece/3conece/paper/viewFile/2379/975. Disponível em: 18 set. 2012.

  • OGUNBIYI, Adomair O. ET Al. Políticas Públicas Para o Povo Negro. Disponível em: http://possehausa.blogspot.com.br/2005/02/polticas-pblicas-para-o-povo-negro.html, Acesso em: 24 de abr. 2012.

  • SALES, Vicente. O negro no para sob o regime da escravidão. 3. ed. Belém: IAP; programas Raízes, 2005.

  • SILVA, Gladison de Oliveira. Capoeira: um instrumento psicomotor para a cidadania. São Paulo: Phorte, 2008.

  • SILVA, Marilene Rosa Nogueira da. Negro na rua: a nova face da escravidão. São Paulo: Hucitec; Brasília: CNPq, 1998.

  • VIRGULINO, Carmem. Meia Lua da qui, Cabeçada de lá – Um Estudo Sobre Corpo e Capoeira em Belém. Revista Ensaio Geral. Belém, V.I, n. 2. jul/dez 2009 (p. 30-39).

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