efdeportes.com

Influência de uma intervenção física na agilidade de bailarinos

La influencia de una intervención física en la agilidad de bailarines

The influence of a physical intervention in agility of dancers

 

*Departamento de Educação Física

da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, Paraná

**Departamento de Educação Física da Pontifícia Universidade

Católica do Paraná. Curitiba, Paraná

(Brasil)

Andressa Melina Becker da Silva*

andressa_becker@hotmail.com

Cláudio Marcelo Tkac**

claudio.tkac@pucpr.br

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: Os bailarinos realizam um treinamento físico intenso para que que se tenham melhores rendimentos, porém, nem sempre esse treino é acompanhado por um profissional de esducação física e nem, entanto, trabalhado todas as capacidades físicas exigidas. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar a influência de uma intervenção física na agilidade de bailarinos da modalidade Jazz. Metodologia: O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa com Seres Humanos e todos os indivíduos que participaram do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido. A amostra foi formada por 11 bailarinas do sexo feminino, com idade média 21= 21,09 (dp = 1,76), da modalidade Jazz, que dançam em um grupo da cidade de Curitiba, que participam em competições nacionais. Para avaliar a agilidade utilizou-se o teste Shuttle Run (Dantas, 1998). O teste foi realizado em pré e pós-teste tendo em vista que houve um treinamento físico no intermédio disso. Para a análise estatística descritiva utilizando-se média e desvio padrão. Para verificar a relação da agilidade em pré e pós teste utilizou-se um teste-t a um nível de significância de p<0,05. Resultados: A média de agilidade para o grupo em pré-teste foi de 12,04, tendo um desvio padrão de 0,820. Segundo o quadro apresentado, a classificação seria de aproximadamente 15%, o que é extremamente baixo e preocupante, tendo em vista que na modalidade Jazz a agilidade é muito importante. Houve uma melhora significativa entre pré e pós-teste de agilidade para essa população tendo em vista que t = -2,468 (p = 0,043). Esses resultados afirmam que a agilidade melhorou pelo treinamento efetuado, sendo assim válida a experiência e tendo um valor para replicações futuras. Conclusão: Sugerem-se novas pesquisas com diferentes populações e com instrumentos diferentes para se verificar a precisão do mesmo.

          Unitermos: Agilidade. Bailarinos. Intervenção física.

 

Abstract

          Introduction: Dancers doing a hard physical training that have been better performance, but, it´s not ever that this training is guided to the physical education professional, working for all physical capacities. The human being must be understood holistically, mind and body affect each other in their operation. In the case of athletes, psychological problems can affect the physical and each other, which can disrupt the final performance. Purpose: The purpose of this study was to investigate the relationship of concentration and strength in lower limbs in the sport Jazz dancers in pre-competition. Aim: The aim of this study was to verify the influence in a physical intervention in the agility of mode Jazz. Methodology: The research protocol was approved by the Ethics in research involving human beings and all individuals who participated in the study signed consent. The sample consisted of 11 dancers female, mean age 21 = 21.09 (SD=1.76), mode of Jazz, dancing in a group of Curitiba, participating in national competitions. To determine the agility used the Shuttle Run test (Dantas, 1998). The test was used before and after physical intervention in the middle this. For statistic analysis was used media and standard deviation. For verify the agility before and after intervention was used a t test, a significant p<0,05. Results: The media of agility to the group before intervention was 12.04 and (SD = .820). For the box showed, the classification was near that 15%, that is very low and dangerous, because in the Jazz mode the agility is very important. There were a significant evaluation into pre and post intervention in the agility for this population because t= -2.468 (p= .043). This results affirmed that the agility increased with the training, so, this is the valid experience and can be replicated in after moment. Conclusion: We suggest further studies with different populations and with the different instrument to verify the precision this.

          Keyword: Agility. Dancers. Physical intervention.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 17 - Nº 168 - Mayo de 2012. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    O presente estudo apresentou a influência de uma intervenção física na agilidade de bailarinos, baseando-se no treinamento esportivo. Sendo assim, o treinamento físico auxilia os bailarinos para que os mesmos consigam desempenhos mais expressivos.

    Para Matveev (1997, p. 17) “A preparação física geral do atleta é o processo de desenvolvimento das capacidades físicas que correspondem às necessidades específicas do desporto escolhido para a especialização”. Está dividido em treinamento de resistência, treinamento de velocidade, treinamento de força, treinamento de flexibilidade e treinamento das capacidades coordenativas.

    Dentre os aspectos físicos incluímos a agilidade, na opinião de Weineck (2003, p. 515), na teoria de treinamento, o conceito de agilidade é utilizado como sinônimo de habilidades coordenativas. Há vários progressos corporais quando a agilidade é trabalhada corretamente, pode, por exemplo, permitir que as tarefas realizadas gastem menos força e energia muscular, fato esse que é positivo quando surge a fadiga.

    A agilidade segundo Dantas (1998, p.95) é “a valência física que possibilita mudar a posição do corpo ou a direção do movimento no menor tempo possível”. O que é intensamente utilizado na modalidade de dança Jazz.

    Se o treinamento físico é utilizado em tantas modalidades esportivas juntamente com os aspectos técnicos para melhorar o desempenho, acredita-se que se o mesmo fosse utilizado na dança, atividade física competitiva, poder-se-ia conquistar desempenhos mais representativos. Como a agilidade para a dança é pouco discutida e a modalidade Jazz também, viu-se a necessidade de trazer novos levantamentos sobre isso.

    O objetivo deste estudo foi verificar a influência de uma intervenção física na agilidade de bailarinos da modalidade Jazz.

Métodos

    O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa com Seres Humanos da Pontifícia Universidade Católica do Paraná sob o registro 1865, parecer número 646/07. Todos os indivíduos que participaram do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido.

    A amostra foi formada por 11 bailarinas do sexo feminino, com idade média 21= 21,09 (dp = 1,76), da modalidade Jazz, que dançam em um grupo da cidade de Curitiba, que participam em competições nacionais. Os bailarinos apresentam em média 8 anos de experiência, e treinam a modalidade com uma única professora, com uma freqüência de 6 vezes na semana, duração de aproximadamente 6 horas por dia.

    Para avaliar a agilidade utilizou-se o teste Shuttle Run (Dantas, 1998, p. 107). O material necessário é: dois blocos de madeira (5 cm x 5 cm x 10 cm), cronômetro. O avaliado corre na sua maior velocidade possível até os blocos, pega um deles, retorna ao ponto de onde partiu, e o deposita atrás da linha de partida. Sem interromper a corrida, vai e busca do segundo bloco procedendo da mesma forma. O teste estará terminado e o cronômetro será parado quando o avaliado colocar o último bloco no solo e ultrapassar, com pelo menos um dos pés, as linhas que delimitam os espaços demarcados. O bloco não deve ser jogado, mas colocado no solo. Sempre que houver erros na execução, o teste será interrompido e repetido novamente.

    Há uma tabela de classificação para a agilidade conforme o protocolo proposto que segue abaixo:

Tabela 1. Escores em percentis e desempenho do teste Shuttle Run segundo (MATHEWS, 1980, p. 419)

    O teste foi realizado em pré e pós-teste tendo em vista que houve um treinamento físico no intermédio disso. O Treinamento teve duração de sete semanas, com uma freqüência de três vezes semanais, com duração de uma hora e quinze minutos. Eram realizados antes dos ensaios da companhia. Era constituído por uma parte inicial de aquecimento, parte principal, com exercícios para agilidade específicos para dança, visando principalmente a coordenação de movimentos e agilidade em mudanças de direção, e ao fim uma parte de volta à calma com relaxamento.

    Para a análise estatística descritiva utilizando-se média e desvio padrão. Para verificar a relação da agilidade com a performance utilizou-se Correlação de Pearson, a um nível de significância de p<0,05. Contemplou-se uma abordagem quantitativa com a utilização do software SPSS for Windows, versão 13.0.

Resultados e discussão

    A normalidade dos dados foi testada através da aplicação do teste de Kolmorov-Smirnov, o qual apresentou normalidade dos dados.

    A média de agilidade para o grupo em pré-teste foi de 12,04, tendo um desvio padrão de 0,820. Segundo o quadro apresentado, a classificação seria de aproximadamente 15%, o que é extremamente baixo e preocupante, tendo em vista que na modalidade Jazz a agilidade é muito importante.

    Observou-se que a média para o grupo em pós teste em score foi de 10,80, tendo um desvio padrão de 1,107. Conforme a tabela apresentada anteriormente os indivíduos apresentam um desempenho entre 60-65%.

    Para Zaciorskij (1972 apud WEINECK, 2003 p. 523) em relação a agilidade, quanto mais um atleta estiver preparado para analisar a situação no meio em que se encontra, mais rapidamente ele se adaptará a variações desta situação. É de fundamental importância o trabalho com novos movimentos, para que o organismo se adapte rapidamente, aumentando a capacidade coordenativa. Assim, um desempenho entre 60-65% pode ser considerado baixo se tratando de bailarinos que competema nível nacional. Porém houve um acréscimo considerável tendo em comparação os valores de pré-teste.

    Houve uma melhora significativa entre pré e pós-teste de agilidade para essa população tendo em vista que t = -2,468 (p = 0,043). Esses resultados afirmam que a agilidade melhorou pelo treinamento efetuado, sendo assim válida a experiência e tendo um valor para replicações futuras.

    Tendo em vista esses resultados é possível afirmar que o treinamento físico seria indispensável aos bailarinos de Jazz, pois a agilidade é uma das valências físicas muito utilizadas. Porém o treinamento precisa ser intenso e por períodos mais longos. Assim, sugerem-se novas pesquisas com períodos de treinamentos mais prolongados, e pesquisas com maiores populações e com diferentes faixas etárias para se poder ter uma idéia mais ampla da situação. É necessária também, a validação de um teste de agilidade específico para bailarinos, porque por mais que o teste Shuttle Run avalie mudanças rápidas de direção, raramente o bailarino irá correr então essa pode ser uma limitação desse estudo.

Referências bibliográficas

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 168 | Buenos Aires, Mayo de 2012  
© 1997-2012 Derechos reservados