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Educação Física na Educação Infantil: 

considerações sobre sua importância

La Educación Física en la Educación Primaria: consideraciones sobre su importancia

 

*Discente da Faculdade de Educação Física da

Universidade de Santo Amaro

**Orientador da pesquisa e Docente da Faculdade de Educação Física da

Universidade de Santo Amaro

(Brasil)

Diana Gava*

Eliane Silva de França*

Rosilene Rosa*

Profª MS. Solange de Oliveira Freitas Borragine**

solaunisa@terra.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo tem o objetivo de justificar a importância da disciplina Educação Física e do seu profissional na Educação Infantil. A metodologia empregada para esse fim é o da pesquisa indireta, realizada por meio da revisão bibliográfica, que se utiliza de fundamentação teórica de estudiosos sobre o assunto. A Educação Física tem papel fundamental na Educação Infantil, uma vez que proporciona às crianças inúmeras experiências motoras que as possibilitam descobrir e redescobrir movimentos, elaborar e reelaborar conceitos e idéias sobre o movimento e suas ações, logo, é impossível educar integralmente sem levar em conta o ato motor. Apesar desta constatação, observa-se que nem sempre encontramos um profissional da área atuando neste nível de ensino, sendo ele pouco valorizado ou, muitas vezes, substituído por um professor generalista. Diante disso, se faz necessário conscientizar os envolvidos no âmbito escolar que o professor generalista não deve exercer a função, uma vez que não possui a formação adequada, e o professor de Educação Física deve lutar por esse espaço de trabalho e desenvolver ações que justifiquem cada vez mais a importância de sua atuação na Educação Infantil.

          Unitermos: Educação Infantil. Educação Física. professor de Educação Física

 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 144 - Mayo de 2010

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Introdução

    A Educação Física pode ser considerada um dos principais elementos da Educação Infantil, pois, por intermédio de conteúdos aplicados de forma lúdica e recreativa, possibilita à criança a construção do conhecimento.

    A escola infantil é um lugar de descobertas e de ampliação das experiências, é um espaço onde se integra o desenvolvimento da criança. A Educação Física tem um papel fundamental na Educação Infantil, pois possibilita diversidade de experiências e situações, por meio de vivências.

    Essas vivencias e experiências com o corpo possibilitam que a criança descubra seu limite, valorize seu próprio corpo, compreenda suas possibilidades e perceba a origem de cada movimento. É a partir destas experiências que as crianças começam a usar mais facilmente a linguagem corporal, ajudando-a no seu desenvolvimento para a descoberta de capacidades intelectuais e afetivas.

    Embora muito se discuta sobre a necessidade de um professor de Educação Física na Educação Infantil, constata-se que ainda nem sempre ele está presente, logo, é necessário que esse profissional seja, efetivamente, inserido neste nível de ensino.

    Para justificar a importância da disciplina Educação Física e do seu profissional na Educação Infantil, buscamos compreender a criança da educação infantil; estudar a Educação Física no processo educacional e verificar o papel da Educação Física e do professor de Educação Física no contexto da Educação Infantil.

A criança da Educação Infantil

    De acordo com Rolim (2004), brincar é o que as crianças fazem quando não estão comendo ou dormindo, ocupando o máximo das suas horas. O brincar da criança pode ser visto, literalmente, como o equivalente ao trabalho dos adultos. Brincar é o meio prioritário pelo qual as crianças aprendem sobre seus corpos, além de facilitar o crescimento afetivo e cognitivo e fornecer um importante meio para o desenvolvimento das habilidades motoras grossas e finas.

    Os anos que compreendem a Educação Infantil são importantes para o desenvolvimento cognitivo e, como registra Rolim (2004), crianças nesta fase são ativamente envolvidas em melhorar suas habilidades em uma variedade de maneiras.

    Segundo Gallahue e Donnelly (2008) durante esse período elas desenvolvem funções cognitivas que eventualmente resultam em pensamento lógico e formulação de conceitos.

    Crianças pequenas são incapazes de pensar de qualquer ponto de vista que não seja o próprio. Suas percepções dominam seus pensamentos e o que elas experimentam em um dado momento os influencia fortemente. Durante essa fase, ver é literalmente acreditar no pensamento, suas conclusões não precisam de justificativas. (ROLIM, 2004)

    Podemos verificar que no processo de desenvolvimento humano, de acordo com Piaget, apresentado por Valente (2008), o indivíduo se desenvolve através de estágios divididos conforme se apresenta:

    Estágio Sensório Motor, compreende crianças de 0 a 2 anos, e é neste estágio que ela evolui de uma situação puramente reflexa até a diferenciação do mundo exterior em relação a si própria.

    Pré-Operatório é o estágio que corresponde a crianças de 2 a 7 anos, e é caracterizado pelo aparecimento da linguagem oral, permitindo à criança internalizar ações e utilizar esquemas representativos ou simbólicos da realidade em que vive. Este período é o que mais atende à Educação Infantil.

    O estágio das Operações Concretas compreende os 7 a 11 anos de idade, e é caracterizado pelo pensamento que demonstra que a criança já possui organização assimilativa rica e integrada, funcionando em equilíbrio com um mecanismo de acomodação.

    Por fim temos o estágio ou período das Operações Formais que correspondem indivíduos de 11 anos em diante, no qual o adolescente ajusta-se à realidade completa de sua atualidade, mas também é capaz de lidar com o mundo das possibilidades.

    Gallahue e Ozmun (2005) apresentam que:

    “os primeiros anos são um período de desenvolvimento cognitivo importante e foram denominados de ‘Fase do raciocínio pré-operacional’ por Piaget. Nesse período, as crianças desenvolvem funções cognitivas, que eventualmente resultarão em raciocínio lógico e em formulação de conceitos”. (p. 204-205)

    De acordo com Gallahue e Ozmun (2005), as crianças da Educação Infantil, freqüentemente parecem ser briguentas e relutantes em compartilhar objetos e em socializar-se com outras, geralmente têm medo de situações novas, são tímidas, introvertidas e não desejam deixar a segurança do que lhe é familiar. Nesta fase de conhecimento sobre o mundo, as crianças são egocêntricas e supõem que todas as pessoas raciocinam da mesma maneira que elas. É neste período que aprendem a distinguir o certo do errado e começam a desenvolver sua consciência.

    Nesse sentido, considerando a idade compreendida na Educação Infantil, que é de zero a seis anos, ressaltam-se as características desse momento do desenvolvimento da criança, como forma de oferecer subsídios para a atuação do educador nesse contexto. Parte-se do princípio da necessidade da escola e de todos aqueles envolvidos com a Educação Infantil tenham consciência de que suas ações têm conseqüências, não só no momento atual do desenvolvimento da criança, como também nos posteriores. É também nesse momento que a criança está mais propensa à formação de complexos, ou seja, atitudes que podem marcar de forma prolongada seu comportamento em relação ao meio (VOKOI e PEDROZA, 2005).

    A escola, de acordo com Rocha (2009), é o local responsável pela construção e divulgação do conhecimento, promovendo o processo de ensino-aprendizagem e, durante as aulas, o professor cria oportunidades para que o aluno assimile, de forma prazerosa, esse conhecimento, desenvolvendo habilidades e atitudes que possibilitem a criticidade e o desenvolvimento de suas capacidades cognoscitivas.

    Segundo Rocha (2009) um dos pressupostos pedagógicos da teoria de Piaget é que “respeitar as características de cada etapa do desenvolvimento é considerar o interesse de cada fase, estimulando a atividade funcional, isto é, a atividade natural de cada indivíduo” (p. 1). Os estudos experimentais de Piaget possibilitam ao professor identificar o estagio em que uma criança está atuando, e ao mesmo tempo, mostra o que esperar dela nos diferentes estágios de desenvolvimento. Logo, é importante que os educadores respeitem os estágios de desenvolvimento do pensamento infantil, adequando as atividades escolares às características evolutivas das crianças. 

    Constata-se, portanto, que os estudos de Piaget são de grande importância para os educadores, uma vez que o desenvolvimento da inteligência é algo que necessita ser estimulado, sendo bem distinto da aquisição de novos hábitos de informação. Assim, o primeiro processo é chamado de desenvolvimento e o segundo de aprendizagem. (ROCHA, 2009)

    Como registra Valente (2008) Piaget abordou o desenvolvimento da inteligência através do processo de maturação biológica e, para ele, há duas formas de aprendizagem.

    “A primeira é ampla e equivale ao próprio desenvolvimento da inteligência. Este desenvolvimento é um processo espontâneo e contínuo que inclui maturação, experiência, transmissão social e desenvolvimento do equilíbrio. A segunda forma de aprendizagem é limitada à aquisição de novas respostas a situações específicas ou à aquisição de novas estruturas para algumas operações mentais específicas”. (VALENTE, 2008, p.1)

    Valente (2008) também apresenta que o processo de aprendizagem, para Piaget, envolve a assimilação e a acomodação e explica que, na medida em que a criança participa ativamente dos acontecimentos, assimila mentalmente as informações sobre o ambiente físico e social e transforma o conhecimento adquirido em formas de agir sobre o meio.

    Segundo o autor acima, o conhecimento assimilado passa a constituir a bagagem de experiências que nos permite enfrentar as novas situações, assimilar novas experiências e formular novas idéias e conceitos. As novas aprendizagens baseiam-se nas anteriores, fazendo com que a inteligência humana se desenvolva passando de aprendizagens simples, que servem de base, para outras aprendizagens mais complexas.

    ”Quando transformamos o conhecimento assimilado em uma nova forma de ação, realizamos uma acomodação entre o nosso organismo nos aspectos físico e mental e o ambiente no qual vivemos. Através de assimilações e acomodações constantes e contínuas, cada indivíduo organiza sua noção da realidade, seu próprio conhecimento”. (VALENTE, 2008, p. 1)

    Para Rocha (2009) conhecer é agir e transformar os objetos. O conhecimento não se reduz ao simples registro feito pelo sujeito dos dados já organizados no mundo exterior. Ele apreende e interpreta o mundo, através das suas estruturas cognitivas. Essas estruturas são formadas graças à atividade do sujeito no contato com o meio, logo, o processo de conhecimento é o processo de construção de estruturas.

    Assim, de acordo com Piaget, citado por Rocha (2009), o conhecimento é um processo dinâmico e possui permanente interação entre sujeito e objeto. Nesta perspectiva, verifica-se que não é possível separar o sujeito do objeto, como não é possível imaginar um organismo vivo independente do meio. Este processo de interação acontece em etapas seqüenciais denominados estádios de desenvolvimento, já citados anteriormente.

    Dentro dos aspectos de desenvolvimento e aprendizagem, a criança da Educação Infantil, que por Piaget é denominado de pré-operatório, encontra-se em um mundo de faz-de-conta, onde o brinquedo e a situação imaginária são de seu interesse. Neste estagio a criança já não depende unicamente de suas sensações, de seus movimentos, mas já distingue um significado (imagem, palavra ou símbolo) daquilo que ele significa (o objeto ausente), e esse, é importante ressaltar, é o caráter lúdico do pensamento simbólico.

    Este estágio é também muito conhecido, como apresenta Rolim (2004), como o estágio da Inteligência simbólica. Nestas atividades dedicam-se bastante, exercendo sua criatividade, realizando suas vontades e, muitas vezes, projetando no brinquedo sua realidade. Sendo assim, nesta fase o brinquedo é um dos métodos a ser utilizado e que pode garantir motivação das crianças nas aulas, tornando o aprendizado mais efetivo e agradável.

    Através do brinquedo a criança começa a relacionar-se com outras, começa a trabalhar com regras, com situações em grupos, portanto, o professor de Educação Física pode desenvolver facilmente seus conteúdos, utilizando-se da situação da brincadeira para atingir seus objetivos.

    Neste período, segundo Neira (2003) o conhecimento da criança se manifesta nas coordenações de suas ações e por esses movimentos ela se adapta, se desenvolve e forma seu pensamento. A principal característica desse período é a passagem da ação à representação mental, surgindo a linguagem, permitindo que a criança expresse verbalmente uma representação simbólica.

    Nessa fase do desenvolvimento a criança apresenta ainda grande dependência das ações físicas, uma vez que seu pensamento permanece precedido por elas em qualquer situação. Ao final deste período em que termina esse processo de organização no plano simbólico, daquilo que o sujeito já havia organizado no plano motor, surgem os indícios de uma inteligência operatória.

    De acordo com Gallardo (2003) nesta fase as crianças possuem uma necessidade natural em movimentar-se e é importante deixa-las explorar suas habilidades motoras, uma vez que seu desenvolvimento harmonioso depende de toda a movimentação que executa. O autor complementa

    “... as atividades lúdicas as encantam, pois o “brincar” é o estímulo que a criança recebe, colocando espontaneamente em ação os seus movimentos, e explorando intensamente seu potencial motriz, realizando assim novas descobertas de movimentos que consegue executar.” (GALLARDO, 2003, p. 33)

    Neira (2003) ainda apresenta que o movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento, é mais que um simples deslocamento do corpo no espaço, ele constitui em uma linguagem que permite à criança agir sobre o meio físico e atuar sobre o ambiente, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo.

    Logo, a Educação Física assume um papel extremamente significativo na Educação Infantil, pois é através do brincar que a criança explora seu corpo, interage com outros corpos e desenvolve seu crescimento cognitivo, afetivo e motor.

    A integração das sensações, resultando em percepções, irá influenciar toda a aprendizagem simbólica posterior, em forma de estruturas cognitivas, uma vez que a criança terá que organizar, no plano do pensamento, tudo o que organizou no plano das ações. (VALENTE, 2008)

    Constata-se com isso, que é importante favorecer à criança um ambiente que possibilite a ampliação de conhecimento acerca de si mesma e do meio que vive. Assim, o educador responsável pela transmissão da cultura, deve estar atento aos estágios em que se encontram seus alunos.

Educação Física escolar e seu contexto histórico

    Segundo Soares (1999) o século XlX é particularmente importante para o entendimento da Educação Física, uma vez que é neste século que se elaboram conceitos básicos sobre o corpo e sobre as utilização da força e trabalho. A Educação Física, de acordo com a autora, deve ser entendida como uma disciplina necessária, e viabilizada em todas as formas, em todos os espaços onde se pode efetivar a construção de novos homens.

    A historia sobre as tendências pedagógicas da Educação Física brasileira identificou alguns aspectos que podem nos ajudar a entender a evolução desta disciplina. Até cerca de 1930, por exemplo, houve a predominância da tendência higienista, cujos padrões de conduta, forjadas pelas elites dominantes, visavam garantir a formação de homens e mulheres sadios, fortes e dispostos à ação.

    Uma segunda tendência é a militarista que se manteve até, aproximadamente, 1945 e tinha como objetivo preparar uma juventude capaz de suportar o combate à luta e a guerra, tendo como papel principal colaborar no processo de seleção material, eliminando os fracos e premiando os fortes, no sentido de depuração de raça. (GALLARDO, 2005)

    Resgatando o processo histórico, surgiu durante a  Assembléia Nacional Constituinte, o Projeto de Lei nº. 1258 de dezembro de 1986. Neste substitutivo a Educação Física foi contemplada no artigo 36 com a redação abaixo apresentada, no entanto, infelizmente a legislatura chegou ao seu término sem que o projeto fosse ao plenário.

    "A Educação Física integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório na Educação Básica ajustando-se as faixas etárias e às condições da população escolar, de modo a contribuir para o desenvolvimento do organismo e da personalidade do educando." (FLORENCE e ARAUJO, 2005, p.2)

    Em 1993 a Câmara aprova o Projeto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), porém em relação a Educação Física sua nova proposta de redação para o artigo 34, foi assim apresentada:  "A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da Escola, é componente curricular da Educação Básica , ajustando-se às faixas e as condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos." (PEREIRA FILHO, 1997, p 138 )

    O autor ainda cita que a Lei nº. 9.394 - Darcy Ribeiro, de 20 de Dezembro de 1996, revogou as leis nº. 4.024/61 nº. 5.540/68 nº. 5.692/71 e também o famoso Decreto nº. 69.450/71 que tratava a  Educação Física como “atividade que, por seus meios, processos e técnicas, desenvolve e aprimora as forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando" (p 139). Essas condutas focavam uma Educação Física voltada para a questão da aptidão física, excluindo as diferenças e incentivando a discriminação.

    Após sua aprovação na Câmara, o Projeto que atribuía à Educação Física a denominação de atividade, passa a ser entendida como uma cultura humana, pois se constitui numa área que estuda e atua sobre um conjunto de práticas ligadas ao corpo e aos movimentos praticados pelo homem no decorrer do seu processo evolutivo.

    De acordo com Piccoli (2005) citado por Silva (2007), a Educação Física Escolar é um elemento do processo educacional formal, que possibilita o desenvolvimento global de crianças e adolescentes através da prática educativa de exercícios ginásticos, jogos, esportes, dança e luta.

    Quando em 2003 se fez uma alteração na LDB de 1996, o objetivo foi acabar com as dúvidas acerca da obrigatoriedade da Educação Física nas escolas, fazendo com que ela fosse entendida como um componente curricular da educação básica, esta que compreende a Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio.

    Esta visão de Educação Física como componente curricular, de acordo com Melo (2006) exige um novo pensar e um novo agir dos seus professores.

    "O novo pensar é caracterizado pela necessidade de se conceber a Educação Física na escola nas mesmas condições dos demais componentes curriculares, nos quais as organizações dos seus aspectos didáticas os consolidam na educação escolarizada” (p.188).

    Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), lei nº. 9.394 (BRASIL, 1996) a Educação Infantil, sendo a primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança ate os 6 anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectuais e sociais, complementando a ação da família e da comunidade. Respeitando esses conceitos da LDB parte a idéia de valorização da Educação Física na Educação Infantil.

    Constata-se que a visão de muitas pessoas em relação à Educação Física ainda é errada, uma vez que esta disciplina é muito mais do que jogar esportes ou atividades com bola, ou ainda não entendem que nos esportes ou atividades, encontram-se muito mais do que a busca pelo movimento perfeito ou o fazer apenas pelo fazer, a Educação Física enquanto componente curricular da Educação Básica, é uma das disciplinas que os alunos mais gostam, no entanto, ocupa um grau de importância relativamente baixo entre eles. (ROLIM, 2004). Isso é justificável, de acordo com Silva (2007), quando analisamos o fato de, na opinião dos alunos, ela raramente apresentar relação com a vida fora da escola ou com os conteúdos abordados em outras disciplinas.

    Silva e Krug (2008) expressam a importância da Educação Física na Educação Básica quando apresentam:

    “A Educação Física Escolar como disciplina pedagógica e componente curricular, possui um compromisso com a educação e formação integral do aluno, desempenhando um papel fundamental na escola com a finalidade de contribuir para a experimentação da cultura do movimento humano e suas variantes do se - movimentar, de acordo com as necessidades, possibilidades e interesses, pois a escola enquanto instituição autônoma determinará os objetivos a serem alcançados e, portanto a disciplina de Educação Física faz parte deste contexto”(p. 70)

    De acordo com pesquisa realizada por Kunz (2001), muitos educandos somente tiveram aulas de Educação Física nos anos iniciais do ensino fundamental com os professores do currículo, isto é, com formação em magistério ou em pedagogia, havendo um projeto de “uni docência” nas escolas.

    “Podemos entender que” uni “vem da palavra unir e “docência” corresponde ao ato do professor exercer sua profissão, então, logicamente “uni docência” é a união dos conteúdos de todas as disciplinas e ministradas por um único professor”. (KUNZ, 2001, p.31)

    Contata-se, de acordo com Bracht, Caparroz, Fonte, Frade, Paiva e Pires (2003) apresentado por Silva e Krug (2008), dada à generalidade e flexibilidade da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), e enquanto os Conselhos Estaduais e Municipais de Educação não a interpretarem corretamente, oferecendo orientações normativas no que se refere a sua inserção nos respectivos sistemas de ensino, a Educação Física também pode ver diminuída sua presença no Ensino Fundamental e Médio.

    “Problemas de exegese legislativa têm dado margem à não contratação de professores, pelos Estados e municípios, para as séries iniciais. Se na escola houver um professor efetivo de Educação Física, ele pode assumir o trabalho com esse segmento; caso contrário essa disciplina fica a cargo do chamado professor regente. Portanto, embora a legislação educacional brasileira ainda obrigue a inclusão da Educação Física, seu caráter mais flexível permite aos sistemas de ensino reduzirem em muito sua presença nos currículos escolares” (BRACHT; CAPARROZ; FONTE; FRADE; PAIVA; PIRES, 2003, apud SILVA e KRUG, 2008, p. 4).

    Segundo os autores acima citados, a crítica se dirige especialmente ao processo de aprendizagem dos esportes no âmbito escolar, quando questiona a precocidade do ensino de modalidades esportivas para crianças das séries iniciais. Essa crítica coincide, naturalmente, com as discussões em torno da implantação da obrigatoriedade da Educação Física em todos os níveis e com profissionais qualificados, ou seja, professores de Educação Física.

    O aspecto relacionado aos profissionais qualificados, segundo Kunz (2001) não era exigência para as séries iniciais (de primeira a quarta série). Quando essas séries eram de fato atendidas por um profissional da Educação Física este, por sua formação profissional excessivamente concentrada no ensino dos esportes no modelo de competição, não tinha condições de ensinar outra coisa além do esporte nesse modelo.

    “Com a própria legislação da Educação Física Escolar emitida pelo MEC (1980) proibia a introdução do aluno no aprendizado dos esportes na forma de iniciação à competição antes da quinta série, ou antes, dos dez anos de idade, estava formada a polêmica. E para solucionar essa polêmica se descobriu, mais uma vez no exterior, um modelo de Educação Física adequado ao que se estava procurando, ou seja, que atende à formação das habilidades básicas nas crianças sem envolvê-las demasiadamente no processo de treinamento de uma modalidade esportiva. Foi assim que, por alguns anos, a psicomotricidade conseguiu atrair o interesse de muitos professores de Educação Física”. (KUNZ, 2001, p. 16-17).

    Notamos que, no âmbito educacional e mais precisamente na Educação Física para os anos iniciais, o ensino da psicomotricidade é entendido como reducionista no sentido e significado da disciplina de Educação Física em escolas, essa tendo o interesse na promoção de um aluno crítico e emancipado.

    Com a Carta Constitucional, a Educação Infantil passou a integrar legalmente o sistema educacional brasileiro e a Lei 9.394/96 atrela a Educação Física à proposta político-pedagógica das instituições de Educação Infantil. Porém, este ordenamento legal, como não poderia ser diferente, não veio acompanhado de reflexões, discussões e construções coletivas, logo não solucionou muitos problemas ainda existentes na Educação Infantil, como também na Educação Física. Um elemento significativo desta questão se refere à compreensão da especificidade e a contribuição da Educação Física no trabalho desenvolvido na Educação Infantil (SIMÃO, 2005).

Educação Física na Educação Infantil

    Gallardo (2005) relata que a escola, como local voltado para a educação, deve proporcionar nas aulas de Educação Física um saber fazer das praticas corporais e um saber sobre esse fazer, ou seja, superar a pratica pela pratica e conscientizar-se de que não há pratica neutra, pois nela estão implícitas ou explicitas filosofias, visões de mundo, valores e interesse.

    A Educação Física, segundo Rolim (2004), ao surgir na Educação Infantil, teve como função instrumentalizar o aspecto psicomotor das crianças através de atividades que envolvessem a área motora, o que, supostamente, possibilitaria um maior sucesso na alfabetização, dando suporte às aprendizagens de cunho “cognitivo”. Esta perspectiva de Educação Física vinculava-se aos princípios da Educação Infantil de cunho compensatório

    Sobre a prática pedagógica da Educação Física na Educação Infantil, Kunz (2001) registra que a importância de se desenvolver movimentos está na objetivação de proporcionar à criança, um conhecimento maior de si mesmo e do mundo à sua volta.

    O movimento, segundo Neira (2003) é mais que o deslocamento do corpo no espaço, ele se apresenta como linguagem que permite a ação da criança sobre o meio físico e sua atuação sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo.

    Considerando-se a literatura em Educação Física sobre a faixa etária dos alunos da Educação Infantil, constata-se que a capacidade de movimento não é inata, significando que a qualidade e a quantidade de experiências motoras adequadas são fundamentais para o estabelecimento de um acervo motor rico e flexível que permita aprendizagens mais complexas. (FERRAZ e MACEDO, 2001)

    “Assim, ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, as crianças também se apropriam do repertório da cultura corporal na qual estão inseridas. Neste sentido, as instituições educacionais devem favorecer um ambiente físico e social onde a criança se sinta estimulada e segura para arriscar-se e vencer desafios. Quanto mais rico e desafiador for o ambiente (do ponto de vista dos movimentos), mais ele lhe possibilitará a ampliação de conhecimentos sobre si mesma, dos outros e do meio em que vive.” (NEIRA, 2003, P. 115)

    Desde o primeiro contato com o mundo, segundo Kunz citado por Burger e Krug (2009), o inicial e mais importante diálogo com o mundo se realiza por intermédio do movimento, e durante todo o nosso desenvolvimento, ainda é com movimentos e gestos que melhor conseguimos nos situar e entender o mundo e os outros ao nosso redor. Através do movimento, da expressão do corpo e na relação com nossos sentidos temos experiência do mundo e nos comunicamos com ele e com outras pessoas, estabelecendo bases para a construção de nosso conhecimento sobre as coisas.

    Segundo Guimarães (2000) apud Silva (2007) a Educação Física escolar visa a globalização do indivíduo por meio da comunicação, da expressão e de interação social. Registra também que o professor deve ser o mediador, proporcionando instrumentos para que a criança amplie seu conhecimento no ambiente escolar, obtendo cultura e respeitando suas origens. O meio educacional é responsável por oferecer à criança, práticas motoras diversificadas, pois ela é essencial e determinante no processo de desenvolvimento. Os professores têm papel fundamental nesse processo de desenvolvimento, como também na ampliação dos conhecimentos da criança.

    O movimento precisa ser trabalhado de uma maneira que desenvolva o indivíduo integralmente, principalmente na Educação Infantil, para que a criança possa conhecer a si própria, testar seus limites, modificar seus gestos, compreender a função de seus movimentos e criar novos movimentos que a auxiliem a superar suas dificuldades. Para isso, é imprescindível que os professores de Educação Física realizem um trabalho consciente, para que se passe a valorizar essa área e, principalmente, se acredite efetivamente na sua importância.

    De acordo com Mello (2007), na Educação Infantil ainda se verifica que são poucos os exemplos em que as aulas de Educação Física são ministradas por professores graduados nessa área e, nem sempre, estes têm em sua formação disciplinas que enfatizam a faixa etária de 0 a 6 anos, e para reforçar a questão registra:

    “Por isso, ainda encontramos, nas escolas desse nível de ensino, duas situações extremas: aulas denominadas de Educação Física que não têm a sistematização necessária e traz atividades muito parecidas com os esportes; ou brincadeiras na areia e equipamentos do parque, sem nenhuma diretividade em nenhum momento”. (MELLO, 2001, p. 4)

    Gallahue e Ozmun (2005) registram que a Educação Física na Educação Infantil é necessária e enfatiza sua relevância no desenvolvimento integral do indivíduo, compreendendo os aspectos motor, cognitivo e afetivo-social. Freire (1997), segundo os autores, complementa quando apresenta que as experiências motoras adequadas refletem-se na alfabetização e raciocínio lógico-matemático.

    Na Educação Infantil, a Educação Física desempenha um papel de relevada importância, pois a criança desta fase está em pleno desenvolvimento das funções motoras, cognitivas, emocionais e sociais, passando da fase do individualismo para a das vivências em grupo. A aula de Educação Física é o espaço propício para um aprendizado através das brincadeiras, desenvolvendo-se os aspectos cognitivo, afetivo-social, motor e emocional conjuntamente. (MAGALHÃES, KOBAL, GODOY, 2007)

    A Educação Física Infantil, de acordo com Basei (2008)

    “tem um papel fundamental na Educação Infantil, pela possibilidade de proporcionar às crianças uma diversidade de experiências através de situações nas quais elas possam criar, inventar, descobrir movimentos novos, reelaborar conceitos e idéias sobre o movimento e suas ações. Além disso, é um espaço para que, através de situações de experiências – com o corpo, com materiais e de interação social – as crianças descubram os próprios limites, enfrentem desafios, conheçam e valorizem o próprio corpo, relacionem-se com outras pessoas, percebam a origem do movimento, expressem sentimentos, utilizando a linguagem corporal, localizem-se no espaço, entre outras situações voltadas ao desenvolvimento de suas capacidades intelectuais e afetivas, numa atuação consciente e crítica”. (p. 1)

    De acordo com Le Boulch (1988), a Educação Física é tão importante quanto as demais áreas educativas, pois procura desabrochar no indivíduo suas aptidões e aquisições de habilidades e capacidades. Esta sempre recebeu um papel secundário dentro da Educação, mas as pesquisas científicas apontam que é impossível educar integralmente sem levar em conta o ato motor.

    Diante disto Freire (1997), citado por Ayoub (2001) deixa claro que a Educação Física deve constituir-se em componente obrigatório das escolas de Ensino Infantil, permitindo que as crianças desenvolvam-se integralmente, onde corpo e mente sejam únicos, sem supervalorização da mente em detrimento do corpo, uma vez que não é possível matricular apenas os corpos na escola.

    Assim, para a Educação Física contribuir verdadeiramente com o desenvolvimento da criança na Educação Infantil, é necessário considerá-la como um ser integral, onde começa a ser lapidada desde cedo, sendo estimulada da melhor maneira possível, recebendo o máximo de experiências, evitando, contudo, a especialização precoce. (FREIRE, 1997 apud AYOUB, 2001).

    De acordo com Toledo (1999) apud Magalhães, Kobal e Godoy (2007), ao refletir sobre a finalidade da Educação Física na escola, salienta que:

    “É necessário que contribua com a pluralidade cultural, permitindo que os alunos desfrutem das diversidades de seu país e mundo; solucionem problemas de ordem corporal, em diferentes contextos; conheçam a diversidade de padrões de saúde, beleza e estética corporal, conquistem seu direito de cidadania ao reivindicarem espaços e projetos adequados para atividades corporais de lazer; bem como, reconheçam as condições apropriadas de trabalho, que não prejudiquem sua saúde”.(p. 2)

    Em relação ao desenvolvimento dos movimentos fundamentais, estudos realizados por Godoy; Kobal; Magalhães e Furloni (2007) indicam que a idade em que se encontram as crianças que freqüentam a Educação Infantil é a ideal. Esses movimentos devem ser explorados e vivenciados, porque são eles que constituem a base da aquisição motora posterior, possibilitando a vivência do lúdico, do jogo simbólico, tão importantes nessa fase.

    Sendo assim, os autores reforçam que é necessário que as escolas de Educação Infantil ofereçam aulas de Educação Física, no sentido de possibilitar um rico repertório motor para essas crianças, principalmente nos dias atuais, em que pelas circunstâncias da vida, as crianças sofrem tanta privação de espaço para brincar.

    Para Ayoub (2001) a Educação Física na Educação Infantil pode configurar-se como um espaço em que a criança brinca com a linguagem corporal, com o corpo, com o movimento, alfabetizando-se nessa linguagem.

    “Brincar com a linguagem corporal significa criar situações nas quais a criança entre em contato com diferentes manifestações da cultura corporal (entendida como as diferentes práticas corporais elaboradas pelos seres humanos ao longo da história, cujos significados foram sendo tecidos nos diversos contextos sócioculturais), sobretudo aquelas relacionadas aos jogos e as brincadeiras, às ginásticas e às danças, sempre tendo em vista a dimensão lúdica como elemento essencial para a ação educativa na infância. Ação que se constrói na relação criança/adulto e criança/criança e que não pode prescindir da orientação do(a) professor(a)” (AYOUB, 2001, p. 3).

    Para que a Educação Física se justifique no Ensino Infantil se faz necessário que seu projeto educativo ultrapasse a fragmentação, reconhecendo a singularidade e potencialidades das crianças num espaço escolar lúdico, criativo e que promova a interação entre as mesmas. É necessário que a Educação Física contribua para a ampliação da leitura de mundo das crianças, tomando a brincadeira infantil como eixo norteador da proposta, numa perspectiva histórico-cultural. (VIEIRA, 2007)

    É importante também que se discuta sobre o papel do professor polivalente e do professor especialista em Educação Física, bem como que conteúdos e estratégias são aplicados nas aulas de Educação Física no Ensino Infantil. Segundo Vieira (2007) a escola deve fazer uma relação dos conteúdos da Educação Física para a Educação Infantil, essa seleção e organização de conteúdos exigem coerência com o objetivo de promover a leitura da realidade, o conhecimento denominado de cultura corporal visando apreender a expressão corporal como linguagem, assim como compreender a importância e concepções de ensino de Educação Física nas escolas infantis.

    Sendo assim, a contribuição da Educação Física na Educação Infantil, “[...] para ser relevante e justificada, precisa auxiliar na leitura do mundo, por parte das crianças com as quais trabalha, partindo do pressuposto da construção de si mesmo, no decorrer desse processo de ‘alfabetização’(GRUPO DE ESTUDOS AMPLIADOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 1996, p. 51).

    A Educação Física é uma disciplina que pode contribuir muito para o desenvolvimento integral da criança. Com atividades prazerosas, ela proporciona à criança a oportunidade de interagir com objetos, com pessoas e com situações que estarão preparando-a para sua vida em sociedade. O movimento humano permite às crianças agirem sobre o meio físico e expressarem sentimentos, emoções e pensamentos, sendo este, também, o principal objeto de estudo da Educação Física. Assim, a Educação Física, como componente curricular, pode e deve contribuir com a Educação Infantil.

Considerações finais

    Diante da pesquisa por nós realizada podemos constatar que a Educação Física na Educação Infantil é alvo de muitos debates e reflexões, no entanto, ainda é marcado pela escassez de produções teóricas, de pesquisas e estudos que contribuam para o aperfeiçoamento da aula para este nível de ensino e para a valorização da disciplina e do professor de Educação Física. Exemplo disso é o fato de observarmos a falta do professor de Educação Física no trabalho realizado na Educação Infantil, destituindo todo o potencial de aprendizagem que pode ser desenvolvido na criança através da compreensão das diversas possibilidades das manifestações da cultura de movimento, reduzindo as ações de movimento a um simples lazer.

    Entendendo que a criança tem como característica principal a intensidade de movimentos, compreendemos como de fundamental importância tratar das especificidades do campo do conhecimento da Educação Física desde a Educação Infantil. Assim, podemos verificar a necessidade de uma concepção didático-metodologica para ser desenvolvida na Educação Infantil que respeite a criança em seu desenvolvimento, e que trabalhe os aspectos cognitivos, sociais, afetivos e motores de forma integrada, buscando desenvolver o olhar critico da criança para as relações sociais da sociedade em que está inserida, partindo da compreensão do seu mundo vivido.

    A reflexão sobre as causas apontadas para a situação da Educação Física na Educação Infantil revela sua importância como disciplina no contexto escolar e formação da criança.

    Alem disso é necessário analisar as características da criança da Educação Infantil e diagnosticar a aprendizagem a ser abordada no contexto escolar, em especial no que se refere ao desenvolvimento da Educação Física.

    O que se pretende enfatizar é que as crianças que compreendem esse período, ou seja, com idade de zero a seis anos, precisam ter acesso à atividade física de forma lúdica, mas com um objetivo, a Educação Física nesse período não pode se limitar apenas na brincadeira. Logo, o professor generalista, isto é, o docente que atua em sala de aula, não pode exercer a função sem ter a formação adequada na área, e o professor de Educação Física deve lutar por esse espaço de trabalho e desenvolver ações que justifiquem a importância de sua atuação na Educação Infantil.

    Embora esse assunto seja discutido atualmente e a Educação Física seja componente obrigatório da Educação Básica, ainda são apresentadas poucas soluções para o trabalho efetivo na Educação Infantil e este fato compromete o aluno, uma vez que ele perde a oportunidade de ter um melhor desenvolvimento.

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