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Comparação da dominância lateral e análise do padrão 

do movimento arremessar de crianças da 

1ª série do ensino fundamental I

 

Faculdade Bandeirantes de Educação Superior

UNISUZ

(Brasil)

Catharine Campos de Souza

Marilene Ferreira de Lima Oliveira

Maurício Teodoro de Souza

ca_cathy@hotmail.com

 

 

 

Resumo

          O presente estudo teve por objetivo analisar a dominância lateral e o nível do padrão de arremesso de crianças da 1ª série do ensino fundamental I. A amostra foi constituída por 40 crianças, sendo 20 para cada sexo, com idade entre 6 e 7 anos de uma escola estadual da cidade de Suzano. As crianças executaram 3 tentativas de arremesso, com o lado direito e o lado esquerdo, iniciando pelo lado de preferência. Os resultados indicaram que existe tendência a diferença no desempenho comparando lado direito e esquerdo e, também, quando analisado o padrão de arremesso de acordo com o estágio de amadurecimento. Considerou-se fundamental que os professores percebam que as crianças necessitam ser estimuladas a atingirem o estágio maduro e desenvolvidas em sua lateralidade, fatos que não estão ocorrendo, uma vez que estes são fundamentais para a vida diária, além de servirem como base para a aprendizagem de movimentos culturalmente determinados.

          Unitermos: Desenvolvimento motor. Lateralidade. Arremesso

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 133 - Junio de 2009

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Introdução

    O desenvolvimento motor é um processo que se inicia na concepção e vai até a morte, marcado pelas mudanças que ocorrem nas habilidades de movimentos simples, para habilidades complexas e organizadas, (HAYWOOD & GETCHELL apud OLIVEIRA, 2006; GALLAHUE & OZMUN, 2005; ISAYAMA e GALLARDO, 1998; TANI et all, 1988 e PAIN, 2003).

    Estas mudanças são contínuas e obedecem a uma seqüência de desenvolvimento comum a todos os indivíduos, a qual por sua vez tende a ser variável na sua progressão, porém invariável na sua ordem.

    Os padrões fundamentais dos movimentos ou habilidades motoras básicas são desenvolvidos durante a infância, tendo início no primeiro ano de vida e se estendendo por volta dos seis ou sete anos, é uma fase importante para a pessoa, por ocorrer muitas mudanças que determinarão o futuro da criança.

    Estes movimentos seguem a proposta de estágio desenvolvimento (inicial, elementar e maduro), que representa uma melhoria significativa e gradual no controle motor ao executar uma habilidade motora, ou seja, uma melhor eficiência de um padrão de movimento.

    Connolly e Roberton (apud OLIVEIRA, 2002 e 2006) afirmam que o estágio mais maduro de uma habilidade motora básica é igual à de um adulto habilidoso e está diretamente ligado ao aspecto cognitivo.

    No processo de desenvolvimento motor da criança é importante que haja uma atenção igualada para a dominância/preferência lateral: será mais forte, mais ágil ao utilizar o lado direito ou lado esquerdo. A esta dominância damos o nome de lateralidade. A correta definição da lateralidade caminha junto com uma boa escrita, envolvendo a orientação espacial e temporal e a manipulação autônoma de objetos.

    Tendo em vista que a Educação Física desempenha um papel importantíssimo, tanto no que se diz a respeito ao desenvolvimento motor quanto à lateralidade. O professor de Educação Física tem que trabalhar as capacidades e habilidades interligadas e é durante esta fase que há melhores chances de se trabalhar com a criança, considerando a latência do período, para isto é fundamental que lhes seja proporcionado experiências das mais variadas praticas corporais contribuindo para que a criança durante a aprendizagem organize e firme seu desenvolvimento.

    Deste modo, esta pesquisa teve como objetivo comparar a dominância lateral e analisar o padrão do movimento arremessar de crianças com 6 e 7 anos de idade de ambos os sexos

1.     Caracteristicas gerais do desenvolvimento motor

    A expressão desenvolvimento motor é utilizada para descrever as variadas capacidades de movimentar-se através do corpo como: engatinhar, apanhar objetos, andar de bicicletas, correr, segurar um lápis ou usar uma agulha (BEE, apud CARVALHO e ALMEIDA, 2006). Ele inicia-se na concepção e prolonga-se até a morte; constituindo-se como um processo contínuo, porém demorado. Pelo fato das mudanças ocorrerem, mas rapidamente nos primeiros anos de vida existe a tendência em considerar que o estudo de desenvolvimento motor é um estudo apenas das crianças. Este período é indispensável para o indivíduo, mas o que o organismo demore cerca de vinte anos para tornar-se maduro (OLIVEIRA, MANOEL e AMADIO, 1995; PAIM, 2003; TANI et al. 1988; ISAYAMA e GALLARDO, 1998; GALLAHUE & OZMUN, 2005).

    O processo de desenvolvimento motor é apresentado através das fases dos movimentos reflexos1, rudimentares2, fundamentais3 e especializados4 e para cada fase, são indicados estágios com idades cronológicas correspondentes (GALLAHUE & OZMUN, 2005).

    Existe uma seqüência de desenvolvimento comum a todos os indivíduos, que tende a ser invariável na ordem com que são adquiridas as habilidades, mas variável na sua velocidade da progressão. (CARVALHO e ALMEIDA, 2006, OLIVEIRA, MANOEL e AMADIO, 1995; HAYWOOD & GETCHELL e KEOGH apud OLIVEIRA, 2002, 2006; TANI et al, 1998; OLIVEIRA e MANOEL, 2005). Por exemplo, uma criança não irá começar a correr antes de desenvolver a habilidade motora básica5, o andar, mas ela desenvolverá as duas habilidades quando estiver madura, sendo relativa à idade cronológica, porém respeitando a ordem com que estas habilidades serão adquiridas, primeiro o andar, depois o correr.

    Lembrando sempre que o desenvolvimento é baseado nas mudanças de comportamento, ocorridas ao longo do ciclo de vida do ser humano.

    A aquisição dos padrões fundamentais de movimento se estende do nascimento até aproximadamente seis anos de idade, a partir desta idade, há um refinamento e uma combinação desses padrões. Esta aquisição não depende da iniciação precoce e sim da sua aprendizagem no momento certo (TANI et al, 1998).

    De acordo com Gallahue & Ozmun (2005), a fase dos 2 aos 7 anos, caracteriza-se pela aquisição, estabilização e diversificação de formas de movimentos como correr, saltar, arremessar, receber, rebater, quicar, chutar e suas combinações, também denominados padrões de movimentos. Estes são classificados em três categorias:

  • Movimentos estabilizadores: aqueles que a criança esta envolvida contra a força de gravidade na tentativa de obter e manter-se em pé (na postura vertical).

  • Movimentos Locomotores: aqueles que indicam uma mudança na localização do corpo em relação a um ponto fixo na superfície, exemplo, correr, caminhar, saltitar.

  • Movimentos Manipulativos: envolvem relacionamento com objetos, como por exemplo, arremessos, recepção, chute e interceptação de objetos.

    A aquisição destes padrões fundamentais de movimento surge na fase da Pré – Escola, a qual dará condições para um desenvolvimento harmônico não só das habilidades motoras como também do desenvolvimento do esquema corporal e junto com ele a lateralidade (PELLEGRINI apud OLIVEIRA 2002; TANI et al, 1988; PÉREZ apud PAIM 2003, GALLAHUE & OZMUN 2005 e BORGES, 2002). Todas as experiências adquiridas pela criança nesta fase contribuirão para sua formação como adulto.

    A manifestação do movimento declara a incorporação de conteúdos de modo à aprendizagem dos padrões fundamentais podem ser vista na mesma dimensão da aprendizagem da leitura, matemática e assim por diante, além possibilitar as crianças integração com o meio ambiente, com outras crianças, aprender sobre si, conhecer seus limites, capacidades e aprender novos movimentos (FLINCHUM apud OLIVEIRA, 2002; FLINCHUM,1982, TANI et al, 1998; CARVALHO e ALMEIDA, 2006)

    À medida que a criança se desenvolve, os movimentos começam combinar-se com outros, tornando cada vez mais refinados e complexos, o que irá promover a passagem para a fase seguinte, ou seja, a fase dos movimentos fundamentais irá servir de base para as combinações desportivas (GALLAHUE & OZMUN, 2005 e TANI et al, 1998). Devemos ressaltar que as idades são apenas estimativas, o importante é a ordem com que o desenvolvimento motor acontece (CLARK apud ISAYAMA e GALLARDO, 1998).

    Gallahue & Ozmun (2005) dividem a fase dos movimentos fundamentais em três fases:

  1. Estágio inicial: o movimento ainda apresenta uma seqüência imprópria, devido à falta de conhecimento da criança. Normalmente crianças de dois e três anos de idades encontram-se nesta fase.

  2. Estágio elementar: apresentam maior controle e melhor coordenação dos movimentos fundamentais. Normalmente crianças de quatro e cinco anos de idade encontram-se nesta fase.

  3. Estágio maduro: apresentam movimentos coordenados, eficientes e controlados, tendo potencial para estar neste estágio na maioria dos padrões fundamentais do movimento.

    Gallahue (apud TANI et al, 1998) comenta que o estágio maduro de um padrão de movimento deve ser entendido como uma conseqüência e não como o fim do processo de desenvolvimento.

    Um exemplo é quando a criança já tem o domínio do andar, logo ela irá descobrir várias maneiras de andar (lateralmente, com mudança de velocidade, etc.), isso nada mais é que uma reorganização da habilidade adquirida anteriormente.

    As habilidades motoras estão presentes nas atividades do dia a dia como nos esportes, jogos, entre outros, um exemplo é no handebol, o jogador, corre, arremessa, salta, realiza vários padrões fundamentais concomitantes para obter um resultado satisfatório.

    Quando a criança desenvolve um bom padrão de movimento fundamental, se torna mais fácil combinar os movimentos e depois modificá-los, tornando-os cada vez mais complexos, com pouco ou nenhum erro durante a execução, assim adquirem uma habilidade motora complexa (CLARK, SEEFELDT, apud ISAYAMA e GALLARDO, 1998).

    A complexidade é caracterizada quando a criança já adquiriu uma habilidade motora e futuramente combinará com outras habilidades tornando-as mais complexas. O drible no basquetebol nada mais é que o correr e arremessar diversificados, associados ao quicar a bola, torna-se uma habilidade complexa e especifica (MANOEL, 2005).

2.     A habilidade motora arremessar e o desenvolvimento da dominância lateral

    Um padrão fundamental do movimento realizado com precisão É denominado habilidade motora. A ação do arremessar se origina nas primeiras ações do bebê ao soltar um objeto, porém à habilidade de arremessar significa projetar um objeto com precisão, com força suficiente através do espaço, requerendo uma coordenação de vários mecanismos distintos, envolve não só a ação do braço, mas de todos os segmentos do corpo (ECKERT, 1993 e TANI et all,1988).

    O arremesso analisado de ambos os lados (direito e esquerdo) permite identificar a predominância por um deles. Tal dominância pode ser descoberta pelo simples fato das crianças observarem qual é a mão que elas mais utilizam para a realização das mais diversificadas tarefas.

    A lateralidade é um importante fator que a criança desenvolve durante o período fundamental, caracteriza-se pelo uso preferencial por um dos lados do corpo, direito ou esquerdo, na realização de atividades, referentes não só a mão, como também ao olho e pé. Morais (1997) e Faria (apud PACHE, 2003) classificam os sujeitos da seguinte forma:

    Destros: sua dominância lateral será comandada predominantemente pelo hemisfério esquerdo do cérebro, ou seja, os indivíduos destros utilizam o lado direito do corpo para desenvolvimento das atividades.

    Sinistros: o hemisfério direito responderá pela maior parte do seu controle motor, ou seja, utilizam o lado esquerdo do corpo no desenvolvimento das atividades. Além destas duas classificações, existe o individuo com lateralidade contrariada, cruzada, indefinida e os ambidestros.

    A lateralidade cruzada é caracterizada pelo fato de não existe preferência somente de um dos lados do corpo, como por exemplo, o indivíduo tem o olho esquerdo, mão direita e pé direito dominante, e esta não ocorre por pressão seja ambiental como familiar, quando isso ocorre denominamos lateralidade contrariada.

    Lateralidade indefinida é quando a criança ainda não desenvolveu uma preferência lateral por um dos lados do corpo, enquanto a criança ambidestra utiliza os dois lados do corpo com a mesma habilidade e agilidade.

    Apesar dos hemisférios parecerem iguais, existe diferenças funcionais, mas operam em conjunto, trocando informações por meio de conexões nervosas. Cardoso (1997), Carneiro (2002) e Santos et al (2006), afirmam que no hemisfério esquerdo esta localizada as áreas responsáveis pela linguagem, raciocínio lógico, o cálculo e determinados tipos de memória. Enquanto no hemisfério direito as áreas que governam percepções espaciais, é intuitivo, usa a imaginação, o sentimento.

    Segundo Carneiro (2001), ao utilizarmos mais o hemisfério esquerdo, deixamos de usufruir os benefícios do hemisfério direito como a imaginação, criatividade, memorização, dentre outros.

    Santos et al (2006), Pacher (2003) e Morais (1997) afirmam que a dominância de uma das mãos surge no fim do primeiro ano de vida, mas só começa a se definir em torno dos quatro e cinco anos de idade. Se durante este período ainda não tiver definido sua preferência lateral, é aconselhável que a criança seja submetida á uma bateria de testes e a partir dos resultados, ela seja estimulada a utilizar o outro lado do corpo.

    Não devemos confundir lateralidade (dominância, preferência por um lado do corpo) com conhecimento de direito-esquerda (faz parte da estruturação espacial, por se referir à situação das coisas). Em caso de lateralidade cruzada, facilmente a criança tem o conhecimento de direita e esquerda confuso (MEUR e STAES, 1991 e MORAIS, 1997).

    O conhecimento de direita e esquerda é muito importante no processo de alfabetização, uma vez que a criança perceba naturalmente que ela trabalha mais com uma mão, dificilmente ela esquecerá que aquela é à direita ou esquerda. Fonseca (1996) afirma que a lateralidade não definida pode levar a problemas de dominância hemisférica, conseqüentemente a problemas de linguagem. Iniciar aprendizagem da escrita e leitura sem que a criança tenha desenvolvido estes conceitos, pode implicar em confusões de orientação espacial. A criança terá dificuldade para discriminar letra (b-d ou p-q, assim a criança poderá escrever e ler ‘’dola’’ em vez de’’bola’’), escrita espelhada (escreve ‘’63’’ em vez de ‘’36’’), desorganização das funções de linguagem, dificuldades em seguir a direção gráfica (da esquerda para direita) e disgrafia (OLIVEIRA e AMARAL, 1997; MORAIS, 1997 e PACHER, 2003).

    Para que a criança se desenvolva adequadamente é importante não força-lá á lateralização e nem estabelecer precocemente esta preferência lateral. Poder proporcionar a criança ter diferentes quantidades de experiências entre os dois lados, poderá gerar ganhos diferenciados de competência nos sistema motor, muscular entre outros (PROVIS apud TEIXEIRA e GASTARETTO, 2002).

3.     Método

    Esta pesquisa caracterizou-se como comparativa sendo feita a combinação de pesquisa bibliográfica e empírica.

    A amostra foi composta por 40 crianças, sendo 20 meninos e 20 meninas da 1ª série do ensino fundamental I, com idade entre 6 e 7 anos de uma escola estadual da cidade de Suzano, São Paulo. A participação das crianças teve o consentimento livre da escola.

    Para a coleta de dados utilizou-se uma câmera filmadora digital (5,0 mega pixels, marca Samsung, modelo A 503), 3 bolas de tênis e fita crepe para fazer demarcações na quadra, de metro em metro até 15 metros. A tarefa solicitada as crianças foi para executar 3 arremessos (Santos et all, 2006) com cada membro (direito/esquerdo) a distância alcançada será medida em metros. A meta da tarefa foi arremessar ‘‘o mais longe possível, com a mão levantada acima da altura do ombro’’. Para a análise do padrão arremesso foi utilizado o protocolo de avaliação de padrões fundamentais proposta por Gallahue & Ozmun (2005).

    Os procedimentos para filmagem foram:

    A câmera filmadora digital foi posicionada um ângulo de aproximadamente 45° em relação ao ponto de demarcação de execução. A análise do padrão de movimento foi feita através de observações sistêmicas, tendo como critério para definição do membro dominante para as crianças será baseado na preferência que elas têm com um dos membros, ou seja, o que mais gostam de arremessar. As observações foram feitas na quadra durante as aulas de Educação Física, individualmente. Após as instruções padronizadas, de como executar a tarefa ‘‘o mais longe possível, com a mão acima da altura do ombro’’, as crianças executaram 3 tentativas de arremessos em ambos os lados, começando pela mão predominante.

    Os resultados foram classificados pelo seu estágio de maturidade inicial (1), elementar (2) e maduro (3), de acordo com o modelo proposto Gallahue & Ozmun (2005) e o cálculo de porcentagem para cada estágio. Para análise da distância alcançada pelo arremesso, calculou-se média e desvio padrão.

4.     Resultados e discussão

    Na tabela 1 é feita descrição das diferenças relacionadas á distância alcançada pelo padrão fundamental do movimento arremessar. Observa-se que existe uma tendência de diferença em relação à distância arremessada e ao desenvolvimento do sexo masculino para o feminino em relação a ambos lados.

Tabela 1. Média e desvio padrão para distância do arremesso nas 3 tentativas, sexo masculino e feminino, lado direito e lado esquerdo

  

Masculino

Feminino

Direito

Esquerdo

Direito

Esquerdo

1ª Tentativa

8,9 ± 2,8

6,3 ± 2,5

5,3 ± 1,6

4,2 ± 1,8

2ª Tentativa

8,2 ± 2,9

5,9 ± 2,5

5,3 ± 1,7

4,7 ± 1,6

3ª Tentativa

8,8 ± 3,4

6,2 ± 2,9

5,0 ± 1,6

4,8 ± 1,3

    Durante as 3 tentativas de arremesso, o sexo masculino obteve um melhor desempenho na 1ª tentativa com relação aos lados direito e esquerdo. Já no sexo feminino, o melhor desempenho foi obtido na 1ª tentativa com relação ao lado direito e na 3ª tentativa com relação ao lado esquerdo.

    De acordo com Nelson et al (apud TEIXEIRA & GASPARETTO, 2002), quando se trata da distância no arremesso, o sexo masculino apresenta um melhor desempenho em relação ao sexo fenimino, esta diferença pode ser atribuída parcialmente a fatores biológicos (diâmetro articular, força, e proporção de tecido muscular) e condições ambientais (oportunidades oferecidas, encorajamento).

    Meinel & Schanabel (apud OLIVEIRA 2002) afirmam que falta nas crianças uma série de conhecimentos que as ajudem em um melhor desempenho. Por isso é muito importante que o professor de Educação Física tenha um conhecimento amplo desta fase, para que o trabalho seja feito de forma consciente e concentrado nas necessidades e interesses dos alunos.

    Nas descrições dos componentes envolvidos no padrão fundamental do movimento arremessar, devemos considerar que o analisar de forma isolada o padrão de movimento do braço, tronco ou perna, não constitui o padrão de movimento fundamental. Para que isto ocorra temos que analisar dois ou mais segmentos do corpo (GALLAHUE & OZMUN, 2005).

Tabela 2. Percentual da 1ª tentativa de arremesso, sexo masculino e feminino, nos estágios inicial, 

elementar e maduro, para cada componente (braço, tronco e pernas), lado direito (D) e lado esquerdo (E)

 

Braço

Tronco

Perna

Masc

Fem

Masc

Fem

Masc

Fem

D

E

D

E

D

E

D

E

D

E

D

E

Inicial

15

15

40

50

20

30

55

60

35

20

70

75

Elementar

40

75

50

50

45

60

45

40

20

50

25

25

Maduro

45

10

10

-

35

10

-

-

45

30

5

-

    Na tabela 2, observou-se que para o componente braço, o sexo masculino concentrou-se 45% no estágio maduro para o lado direito e 75% no estágio elementar para o lado esquerdo, enquanto o sexo feminino 50% no estágio elementar para o lado direito e 50% nos estágios inicial e elementar para o lado esquerdo, ou seja, não atinge o estágio maduro.

    Para o componente tronco, o sexo masculino concentrou-se 45% no estágio elementar para o lado direito, mas foi considerável o número no estágio maduro e 60% no estágio elementar para o lado esquerdo. Já o sexo feminino, concentrou-se 55% e 60% no estágio inicial tanto para o lado direito como esquerdo, não havendo índices para o estágio maduro.

    Em relação ao componente perna, o sexo masculino obteve um número considerável no estágio inicial, porém concentrou-se 45% no estágio maduro para o lado direito e 50% no estágio elementar para o lado esquerdo. Já o sexo feminino 70% no estágio inicial para o lado direito e 75% no estágio inicial para o lado esquerdo, sendo que apenas 5% no estágio maduro para o lado direito e não houve nenhum índice para o lado esquerdo.

Tabela 3. Percentual da 2ª tentativa de arremesso, masculino e feminino, nos estágios inicial, 

elementar e maduro, para cada componente (braço, tronco e pernas), lado direito (D) e lado esquerdo (E)

 

Braço

Tronco

Perna

Masc

Fem

Masc

Fem

Masc

Fem

D

E

D

E

D

E

D

E

D

E

D

E

Inicial

10

15

40

55

20

30

55

65

30

25

70

75

Elementar

45

75

50

45

45

60

45

35

15

50

25

25

Maduro

45

10

10

-

35

10

-

-

55

25

5

-

    Na tabela 3, observou-se que para o componente braço o resultado do sexo masculino concentrou-se 45% nos estágios elementar e maduro para o lado direto e 75% no estágio elementar para o lado esquerdo, enquanto o sexo feminino 50% no estágio elementar para o lado direito e 55% no estágio inicial para o lado esquerdo.

    Para o componente tronco, concentrou-se 45% no estágio elementar sendo considerável o percentual no estágio maduro para o lado direito e 60% no estágio elementar para o lado esquerdo, enquanto o sexo feminino, 55% no estágio inicial para o lado direito e 65% no estágio inicial para o lado esquerdo não houve nenhum índice no estágio maduro.

    Em relação ao componente perna, observou-se que o sexo masculino concentrou-se 55% no estágio maduro para o lado direito e 50% no estágio elementar para o lado esquerdo, enquanto o sexo feminino 70% no estágio inicial para o lado direito e 75% o estágio inicial para o lado esquerdo.

    De um modo geral observou-se que os resultados indicaram um melhor desenvolvimento para o membro direito em todos os componentes, para o sexo masculino, enquanto o sexo feminino, não houve uma mudança significativa. Basicamente repeti-se o resultado observado na tabela 2 (tentativa) o que indica uma consistência dos resultados.

Tabela 4. Percentual da 3ª tentativa de arremesso, sexo masculino e feminino, nos estágios inicial,

 elementar e maduro, para cada componente (braço, tronco e pernas), lado direito (D) e lado esquerdo (E)

 

Braço

Tronco

Perna

Masc

Fem

Masc

Fem

Masc

Fem

D

E

D

E

D

E

D

E

D

E

D

E

Inicial

15

15

40

55

30

25

50

60

40

25

70

75

Elementar

40

75

50

45

35

65

50

40

10

50

25

25

Maduro

45

10

10

-

35

10

-

-

50

25

5

-

    Na tabela 4, observou-se que os resultados mantiveram-se, praticamente inalterados comparados aos anteriores. Para o componente braço, o sexo masculino concentrou-se 45% no estágio maduro para o lado direito e 75% no estágio elementar para o lado esquerdo, enquanto o sexo feminino 50% no estágio elementar para o lado direito e 55% no estágio inicial para o lado esquerdo.

    Para o componente tronco o sexo masculino concentrou-se 35% no estágio elementar e maduro para o lado direito e 65% no estágio elementar para o lado esquerdo, enquanto o sexo feminino 50% no estágio elementar para o lado direito e 55% no estágio inicial para o lado esquerdo, sendo importante ressaltar que elas não atingiram em nenhum momento o estágio maduro.

    Em relação ao componente perna o sexo masculino concentrou-se 50% no estágio maduro para o lado direito e 50% no estágio elementar enquanto o sexo feminino 70% no estágio inicial para o lado direito e 75% no estágio inicial para o lado.

    De acordo com os resultados das tabelas acima, notou-se diferenças de estágios para os segmentos que compõem o padrão fundamental do movimento arremessar. Estas diferenças reforçam a idéia de Roberton (apud OLIVEIRA, MANOEL & AMADIO, 1995; BARELA & BARELA, 1997; TANI et al 1998; BASSO & MARQUES, 1999; TEIXEIRA & GASPARETTO, 2002 e OLIVEIRA & MANOEL, 2005) que propõem uma teoria de estágios na qual ocorreriam mudanças independentes para cada segmento de um padrão fundamental do movimento, ou seja, ocorreriam de forma segmentar.

    Segundo Roberton (apud OLIVEIRA, MANOEL & AMADIO, 1995; OLIVEIRA 2002 e OLIVEIRA & MANOEL, 2005) o estágio em que o individuo se encontra é função da interação entre o organismo e o meio ambiente.

    De modo geral, pressupõem que cada criança apresenta uma seqüência de desenvolvimento particular. Estas diferenças relacionadas entre crianças, leva em conta o principio de individualidade, onde devemos respeitar o ritmo de cada criança, que varia de acordo com os fatores ambientais e hereditários (GALLAHUE & OZMUN, 2005).

    Mesmo sabendo que são necessários dois ou mais seguimentos a análise foi realizada por segmento corporal para dar mais atenção aos detalhes e verificar a constância dos resultados nos estágios de maturação para cada componente durante as três tentativas.

Tabela 5. Percentual das 3 tentativas de arremesso, sexo masculino e feminino, nos estágios inicial, 

elementar e maduro, para o componente braço, lado direito (D) e lado esquerdo (E)

 

1ª Tentativa

2ª Tentativa

3ª Tentativa

Masc

Fem

Masc

Fem

Masc

Fem

D

E

D

E

D

E

D

E

D

E

D

E

Inicial

15

15

40

50

10

15

40

55

15

15

40

55

Elementar

40

75

50

50

45

75

50

45

40

75

50

45

Maduro

45

10

10

-

45

10

10

-

45

10

10

-

    Na tabele 5, observou-se que o sexo masculino obteve um melhor desempenho do componente braço do lado direito. Entre as 3 tentativas não houve mudanças expressivas de um estágio para o outro, para ambos os lados. É possível dizer que o melhor resultado foi obtido na 2ª tentativa para o lado direito e para o lado esquerdo não houve mudanças.

    Em relação ao sexo feminino, os resultados demonstraram ser muito próximos durante as 3 tentativas de ambos os lados, sendo que para o lado direito um pequeno número atinge o estágio maduro, e para o lado esquerdo, não atingem em nenhum momento o estágio maduro.

    Na análise do componente braço foi encontrou-se um maior número de observações para o sexo masculino no estágio maduro para o lado direito enquanto no estágio elementar para o lado esquerdo. Já ao sexo feminino no estágio elementar para o lado direito, enquanto no estágio inicial para o lado esquerdo.

Tabela 6. Percentual das 3 tentativas de arremesso, sexo masculino e feminino, nos estágios inicial, 

elementar e maduro, para o componente tronco, lado direito (D) e lado esquerdo (E)

 

1ª Tentativa

2ª Tentativa

3ª Tentativa

Masc

Fem

Masc

Fem

Masc

Fem

D

E

D

E

D

E

D

E

D

E

D

E

Inicial

20

30

55

60

20

30

55

65

30

25

50

60

Elementar

45

60

45

40

45

60

45

35

35

65

50

40

Maduro

35

10

-

-

35

10

-

-

35

10

-

-

    De acordo com a tabela 6 observou-se que o sexo masculino obteve um melhor desempenho do componente tronco do lado direito. Durante as 3 tentativas não houve mudanças expressivas de um estágio para outro, para ambos os lados, mas podemos dizer que o melhor desempenho ocorreu na 1ª e 2ª tentativa para o lado direito e na 3ª tentativa para o lado esquerdo.

    Em relação ao sexo feminino, os resultados apontaram que durante as 3 tentativas, não houve mudanças expressivas de um estágio para o outro, em relação aos lados, porém não existe indícios no estágio maduro para nenhum lado durante as tentativas.

    Na análise do componente tronco, o sexo masculino encontrou-se concentrado no estágio elementar, mas um número significativo no estágio maduro para o lado esquerdo enquanto o sexo feminino permaneceu no estágio inicial para ambos os lados.

Tabela 7. Percentual das 3 tentativas de arremesso, sexo masculino e feminino, nos estágios inicial, 

elementar e maduro, para o componente perna, lado direito (D) e lado esquerdo (E)

 

1ª Tentativa

2ª Tentativa

3ª Tentativa

Masc

Fem

Masc

Fem

Masc

Fem

D

E

D

E

D

E

D

E

D

E

D

E

Inicial

35

20

70

75

30

25

70

75

40

25

70

75

Elementar

20

50

25

25

15

50

25

25

10

50

25

25

Maduro

45

30

5

-

55

25

5

-

50

25

5

-

    De acordo com a tabela 7, observou-se que o sexo masculino obteve um melhor desempenho do componente perna do lado direito, mas existiu uma concentração no estágio inicial, que deviam estar pelo menos no estágio elementar caminhando para o maduro. Sendo possível dizer que o melhor desempenho ocorreu na segunda tentativa para o lado direito e na 1ª tentativa para o lado esquerdo.

    Em relação ao sexo feminino, não houve uma melhora no desempenho realizado, uma vez que os números são os mesmo pra as tentativas de ambos os lados. Não houve indícios para o estágio maduro do lado esquerdo e para o lado direito é um número pouco expressivo.

    Gallahue e Ozmun (apud CARVALHO & ALMEIDA, 2006) dizem que esta incapacidade de alcançar a maturidade dos padrões fundamentais do movimento devido à falta de oportunidades para a prática diversificadas das atividades, falta de encorajamento e motivação.

    Pode ser que boa parte das crianças por não terem oportunidades de freqüentarem uma pré-escola, não receberam estímulos que as auxiliassem no seu desenvolvimento. (GALLARDO, OLIVEIRA e ARAVENA,1998). De acordo com Meinel & Schanabel (apud OLIVEIRA 2002) falta nas crianças uma série de conhecimentos que as ajude no melhor desempenho. Por isso é muito importante que o profissional tenha um conhecimento amplo desta fase, para que o trabalho seja feito de forma consciente e concentrado nas necessidades e interesses dos alunos.

    Podemos considerar que é comum encontrarmos pessoas que não atingiram o padrão maduro de uma habilidade motora, ou seja, não conseguiram desenvolver, além do estágio elementar, muitos padrões de movimento; o que prejudica todo o trabalho que será feito em seguida, inclusive na aquisição de habilidades para o dia a dia (MANOEL apud ISAYAMA & GALLARDO, 1998; GALLARDO, OLIVEIRA & ARAVENA, 1998; PAIM, 2003 e GALLAHUE & OZMUN, 2005).

    No que se diz a respeito da dominância lateral, percebeu-se que há uma preferência pelo lado direito que se da através da dominância do hemisfério esquerdo sobre o direito, o que favorece o melhor desempenho do lado direito (MORAIS, 1997 e FARIA apud PACHER, 2003). De acordo com Broca (apud MORAIS, 1997, p. 37), ‘’o predomínio funcional de um dos lados do corpo não é determinado pela educação, mas por uma supremacia de um hemisfério cerebral sobre o outro’’.

    Bryden (apud TEIXEIRA & GASPARETTO, 2002) afirma que a dominância lateral esta inserida no código genético a qual é transmitida de geração a geração, portanto seria pouco influenciada por fatores ambientais, a não ser que ocorressem lesões sérias.

    Esta preferência poder estar ligada ao conforto e a segurança ao executar o arremessar (SANTOS et al 2006). A lateralidade deveria ser definida naturalmente, mas pode ser determinada pela pressão da sociedade ou familiares, que influenciam a criança a usar a mão direita ao invés da esquerda (MEUR e STAES, 1991; MORAIS, 1997 e PACHE, 2003).

    Percebemos também que alguns alunos mostraram a dominância lateral pelo lado esquerdo, sendo 15% do sexo masculino e 5% do sexo feminino. Diante destes fatos observados, notamos que o lado direito é mais trabalhado do que o lado esquerdo, necessitando assim um trabalho de desenvolvimento do lado esquerdo, para que o mesmo se desenvolva e atinja o mesmo estágio para o lado direito.

6.     Considerações finais

    Ao comparar a dominância lateral e analisar o padrão do movimento arremessar de crianças com 6 e 7 anos de idade de ambos os sexos, de acordo com o protocolo de Gallahue e Ozmun (2005). Observou-se que os resultados apontam para a existência de uma diferença no desempenho motor, qualitativamente e quantitativamente, em todos os componentes que compõem o padrão fundamental de desenvolvimento arremessar, de meninos quando comparados ás meninas.

    Devemos sempre lembrar que a seqüência de estágios é comum a todos, o que varia é o ritmo com que as habilidades motoras serão adquiras a partir das vivências motoras.

    Para a criança atingir um estágio maduro dependerá dos estímulos, encorajamento, oportunidade e do ensino. Estas experiências permitem que as crianças aprendam a solucionar problemas de forma satisfatória. Uma vez que a criança encontre o movimento adequado para solucionar o problema, ela tenta repeti-lo até que se obtenha um resultado cada vez mais favorável (MANOEL, 2005).

    Com todos estes dados, pudemos deduzir que o desenvolvimento não ocorreu de forma global numa visão bilateral tendo em vista que há uma preferência e um maior desenvolvimento para o lado direito em todos os componentes. O bom senso do professor e a colaboração dos demais envolvidos no processo aprendizagem poderão contribuir de forma significativa para o desenvolvimento da criança (PACHER, 2003).

    Diante destes fatos, torna-se necessário analisar a dominância lateral e os padrões do movimento em geral para que, a partir disso, os professores se conscientizem que as crianças têm de ser estimuladas para o domínio de ambos os lados, lembrando que a mesma sempre terá uma preferência por um dos dois. Estes estímulos ajudarão as crianças a atingir o estágio maduro na maioria dos padrões fundamentais de movimento, o que pode ser fundamental para sua vida cotidiana.

Notas

  1. São caracterizados movimentos inconscientes e involuntários;

  2. Primeira forma de movimentos voluntários;

  3. Movimentos mais eficientes e complexos,

  4. Melhoria na execução e aumento da capacidade de combinação dos movimentos fundamentais.

  5. Uma atividade ‘’simples’’ que servirá de base para atividades motoras mais complexas e especificas

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