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Características de impacto em diferentes regiões 

corporais durante a queda na técnica o-soto-gari

 

*Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação Física

Universidade Federal de Santa Catarina, Laboratório de Biomecânica

**Profª Drª Departamento de Educação Física

Universidade Federal de Santa Catarina

Tatiane Piucco*

tatianepiucco@yahoo.com.br

Saray Giovana dos Santos**

saray@cds.ufsc.br

 

 

 

Resumo

          Este estudo exploratório objetivou analisar as magnitudes e tempo de duração dos impactos gerados nas articulações do punho, quadril e tornozelo durante as projeções na técnica O-Soto-Gari do Judô. Participaram da pesquisa dois judocas faixa preta, com biótipos similares e ambos com 15 anos de prática. Utilizou-se acelerômetro triaxial 4321 da Brüel & Kjaer, fixado no punho, quadril e tornozelo. Os maiores valores de impacto foram registrados no tornozelo no eixo vertical (89 g); o quadril obteve os menores valores de impactos em todos os eixos; os tempos de duração dos impactos foram maiores no eixo vertical no quadril e no tornozelo; o quadril obteve tempo de impacto maior do que os demais segmentos (0,651 s). Apesar dos valores de tempo de impacto encontrado neste estudo ser considerados como de curta duração para as articulações do punho e do tornozelo, observa-se a importância da realização correta do ukemi na amenização dos efeitos dos impactos no quadril, visto que a região pélvica possui maior massa e maior número de órgãos internos, que seriam facilmente lesionados durante fortes colisões. Ainda deve ser considerado o intervalo entre as repetições e entre as sessões de treino de Judô, para que se possa fazer qualquer inferência sobre a capacidade de auto-reparo face às características das cargas e o processo de fadiga que influencia no acometimento de lesões.

          Unitermos: Judô. Impacto. Ukemi.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 125 - Octubre de 2008

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Introdução

    A biomecânica do esporte dedica-se ao estudo do corpo humano e do movimento em relação às leis e princípios físico-mecânicos, incluindo os conhecimentos anatômicos e fisiológicos do corpo humano. Pela dificuldade metodológica de acessar-se o comportamento biomecânico de estruturas internas dos sistemas biológicos, a sua parametrização em termos de variáveis biomecânicas internas se torna extremamente dependente de medições externas ao organismo, ou seja, observadas exteriormente, ou por equações de estimação (AMADIO et al., 1999).

    O estudo dos impactos em modalidades esportivas e a crença de que a exposição repetitiva aos impactos pode induzir ao dano tem indicado um considerável interesse por parte de pesquisadores em biomecânica do esporte, tais como Valiant e Cavanagh [1], Gerberich et al. [2], Zhang et al. [3], Santos [4] entre outros.

    Os impactos em geral são caracterizados por uma significante mudança na velocidade do corpo em um curto período de tempo, ou seja, por uma vibração transitória no organismo, que pode ser medida em termos de deslocamento, velocidade, aceleração e taxa de mudança da aceleração (MEYDAN, 1997). As respostas mecânicas do impacto no corpo humano em diferentes circunstâncias dependem da forma como a vibração se manifesta, ou seja, dos valores de aceleração e freqüências corporais individuais que variam entre diferentes tipos de indivíduos e regiões do organismo considerado (WELLS et al. 1983).

    Para as vibrações do tipo periódicas, existem algumas normas (ISO 2631,1985; ISO 5349,1986; BS 6841,1987) que limitam o tempo de exposição do corpo humano às vibrações. Porém, essas normas não são aplicadas aos impactos esportivos. O único critério que se pode tomar como referência (entendendo a duração do pulso como o tempo total de impacto) para ser utilizado nos impactos esportivos é o citado por Macaulay (1987). Este critério postula que quanto menores as durações dos eventos maiores acelerações o organismo suporta, plotado graficamente para três regiões, sendo uma região de curta duração para tempos de 0,001 a 0,01 s, uma região intermediária e uma de longa duração para tempos maiores que 0,1 s.

    Entre os esportes de combate, o Judô é o que apresenta a relação mais elevada de acometimento de lesões, sendo 182 lesões para cada 1000 (KUJALA, 1995). Os judocas amadores realizam em média 74 quedas por treino (SANTOS et al, 2001), sendo as magnitudes dos impactos nessa modalidade dependem do tipo de material no qual é realizada a projeção, sendo que a média pode variar de 260±23g, 15±2g, 284±34g para os segmentos corporais mão, quadril e pé, respectivamente (SANTOS, 2003).

    Apesar de vários estudos apontarem constatações agravantes de lesões advindas de impactos no Judô, não consta na literatura pesquisas que investiguem as magnitudes dos impactos gerados nas diferentes regiões corporal dos judocas durante as técnicas de projeção no Judô. Assim, o objetivo geral desse trabalho foi de investigar as características dos impactos em diferentes regiões corporal do judoca durante a queda da técnica O-Soto-Gari. Mais especificamente, objetivou-se identificar as magnitudes e os tempos dos impactos gerados no punho, quadril e tornozelo no momento da queda; comparar as magnitudes e os tempos de impacto entre os eixos de movimento (látero-lateral, ântero-posterior e vertical) e entre os segmentos corporais (punho, quadril e tornozelo).

Material e métodos

    Participaram do estudo dois judocas faixas preta com biotipos similares, escolhidos intencionalmente pelo tempo de prática e biótipo semelhante. O tori (judoca que projeta) com idade de 22 anos, massa de 75 Kg, estatura de 1,75 e com tempo de prática de 19 anos, e o uke (judoca que cai) com idade de 22, massa de 72 Kg, estatura de 1,75 m e com tempo de prática de 15 anos. Para medir a aceleração (m/s2) durante os impactos do Judoca projetado no tatame foi utilizado um acelerômetro triaxial do Tipo 4321 da Brüel & Kjaer (Figura 5), confeccionado de titânio, com dimensões de 28,6 x 28,6 x 17 mm, com capacidade máxima de choque de 1000 g (aceleração da gravidade).

    A partir do atendimento das exigências legais conforme o que dispõem as Resoluções 196 e 251, de 07/08/97 do Conselho Nacional da Saúde (análise do Comitê de Ética da Universidade Federal de Santa Catarina – Processo 017/07), bem como a assinatura dos atletas em um consentimento informado, os dados foram coletados, de acordo com as especificidades, da seguinte forma: foi montado no Laboratório de Biomecânica da UFSC uma área com 3 tatames, compostos de copolímero etileno acetato de vinila (EVA), cada um medindo 199,0 x 99,0 x 4,0 cm, onde os judocas realizaram a projeção 10 vezes para cada segmento corporal - tornozelo, quadril e punho – durante a queda da técnica O-Soto-Gari.

    O acelerômetro foi fixado segundo a metodologia adotada por Santos (2003), sendo: no punho sobre a articulação radioulnar distal (figura 1); no quadril na porção superior da crista ilíaca (figura 2); no tornozelo dois centímetros proximais ao maléolo medial (figura 3). Os eixos x, y e z representavam respectivamente as direções látero-lateral, ântero-posterior e vertical.

Figura 1. Fixação no punho

Figura 2. Fixação no quadril

Figura 3. Fixação no tornozelo

    A fixação do acelerômetro e dos cabos foi efetuada com fita elástica de tal modo que permitisse a execução das técnicas de forma natural e para que não houvesse oscilação dos mesmos. A carga elétrica gerada pelo transdutor piezoelétrico, durante a colisão do segmento corporal com o solo, nas três direções passava por intermédio de 3 cabos (eixos x, y e z) para seus respectivos pré-amplificadores para evitar saturação. A aquisição do sinal foi realizada pelo módulo MCS 1000 composto por 16 canais de até + 10V, e depois processados pelo software de aquisição de sinais AqDados 7.02 e de análise AqDAnalysis 7. Para a retirada dos valores de impacto foi utilizado o valor de pico e o tempo de duração do impacto foi obtido pela subtração entre o tempo final e inicial da curva que caracterizava o impacto. Os sinais, depois de corrigidos por fatores de amplificação específicos para cada eixo, foram divididos por 9,81m/s2 para serem transformados em unidades de aceleração da gravidade (g).

    Para a retirada dos valores de impacto foi utilizado o valor de pico, e para verificar os tempos de impacto de cada evento foi considerado o tempo inicial e final da curva que caracterizava a aterrissagem, conforme a Figura 4. O tempo de duração do impacto foi obtido pela subtração entre o tempo final e inicial.

Figura 4– Critério utilizado para retirar o valor dos tempos de duração a das magnitudes de impacto de cada evento.

    Os dados foram tratados utilizando o programa Statistica 6™, utilizando a estatística descritiva (média, desvio padrão, coeficiente de variação e freqüência simples) e a inferencial (análise de variância para amostras dependentes a p£ 0,05).

Resultados e discussão

    As magnitudes dos impactos (g) nas coordenadas x, y e z, medidos no punho, quadril e tornozelo durante o ukemi na técnica O-Soto-Gari estão dispostas na Tabela 1.

Tabela 1. Magnitudes dos impactos (g) medidos durante o ukemi na técnica O-Soto-Gari no punho, 

quadril e tornozelo, no eixo látero-lateral (x), antero-posterior (y) e vertical (z).

SEGM

Punho

Quadril

Tornozelo

EIXOS

X

y

z

x

y

z

x

y

z

(g)

63,79

56,30

41,04

9,26

4,88

12,36

32,32

52,31

89,91

S (g)

23,01

20,26

10,30

2,19

1,25

4,81

17,11

26,22

37,79

Máxim (g)

98,78

96,77

54,33

13,66

7,31

20,80

53,72

88,18

157,08

Mínim (g)

32,93

31,21

16,57

5,29

2,98

6,68

3,60

13,86

21,41

CV (%)

36,07

35,99

25,11

23,63

25,67

38,92

52,93

50,12

42,03

    Verifica-se na tabela que, de acordo com os critérios de Gomes (1990), ocorreu uma grande variabilidade dos dados (de 21 a 30%) principalmente na articulação do tornozelo. Esse fato pode ser justificado por ser o pé o último segmento a tocar no tatame, não havendo controle por parte do uke, na medida em que o golpe está sendo concluído (SANTOS, 2003).

Tabela 2. Comparação das magnitudes dos impactos (g) medidos na técnica O-Soto-Gari entre os eixos x, y e z, no punho, quadril e tornozelo.

Segmento

FONTE DE VARIAÇÃO

GL

QUADRADOS MÉDIOS

F

p

Punho

Entre Grupo

Dentro Grupo

2

27

1344,6

348,669

3,856

0,033

Quadril

Entre Grupo

Dentro Grupo

2

27

141,0

9,829

14,341

0,000

Tornozelo

Entre Grupo

Dentro Grupo

2

27

8550,8

802,71

10,652

0,000

    Na tabela 2, observa-se que houve diferença significativa em pelo menos um dos eixos para todos os segmentos corporais. Aplicando-se o post hoc de Tukey para verificar onde foram tais diferenças, observou-se que na articulação do punho, o eixo x foi significantemente maior que o eixo z (p<0,029), não havendo diferença para o eixo z em relação à y; no quadril, o eixo y foi significantemente menor que os eixos x (p<0,011) e z (p<0,000), não havendo diferenças entre os eixos x e z; na articulação do tornozelo, os eixos x e y foram menores que o eixo z (p<0,000 e p<0,016).

    Com relação às magnitudes dos impactos, os maiores valores foram encontrados na direção vertical, registrados na articulação do tornozelo, podem ser justificados pelo fato de que o judoca projetado atinge o tatame em grande velocidade, realizando um amortecimento de queda do tipo Yoko-Ukemi (queda lateral), atingindo a mão no solo nessa direção. Os altos índices de impacto, também encontrados no tornozelo, no sentido vertical, podem ser explicados pelo fato do tornozelo atingir o tatame com alta velocidade devido a grande trajetória que este percorre durante a projeção.

Tabela 3. Comparação das magnitudes dos impactos (g) entre os segmentos, medidos na técnica O-Soto-Gari nos eixos x, y e z.

Eixos

FONTE DE VARIAÇÃO

GL

QUADRADOS MÉDIOS

F

p

X

Entre Grupo

Dentro Grupo

2

27

7492,5

275,574

27,188

0,0000

Y

Entre Grupo

Dentro Grupo

2

27

8181,5

366,498

22,323

0,000002

Z

Entre Grupo

Dentro Grupo

2

27

15376,6

519,138

29,619

0,0000

    Verifica-se na tabela 3 que houve diferença significativa entre todos os segmentos nos três eixos. Aplicando o post hoc de Tukey observou-se que, no eixo x o punho obteve valores de impactos significantemente maiores do que o quadril e o tornozelo (p<0,000), sendo o tornozelo maior que o quadril (p<0,012). No eixo y, os impactos no punho e no tornozelo foram maiores em relação ao quadril (p<0,000). No eixo z o punho e o tornozelo foram maiores do que o quadril (p<0,023 e p<0,000), e o tornozelo foi maior que o punho (p<0,000).

    A similaridade dos valores de impactos medidos no punho e no tornozelo nesta técnica pode ser explicada pelo fato de que o uke atinge o tatame realizando um amortecimento de queda do tipo Yoko-Ukemi (queda lateral), batendo quase que ao mesmo tempo o punho, o quadril e o tornozelo no tatame.

    Observa-se que o quadril obteve menores magnitudes de impacto em relação aos outros segmentos. Esses resultados correspondem ao estudo de Santos (2003), que encontrou valores de impactos no quadril menor do que os do tornozelo e punho durante a queda no Judô. Como o quadril localiza-se próximo ao centro de massa corporal, ele sofre menor deslocamento e atinge menor velocidade durante a projeção do judoca no tatame, amenizando os valores de impacto. Outro fato que ameniza os impactos gerados no quadril é a antecipação da batida da mão no tatame que dissipa grande parte do impacto advindo durante a colisão.

    Os valores dos tempos de impactos (segundos) nas coordenadas x, y e z, medidos no punho, quadril e tornozelo durante a técnica O-Soto-Gari estão dispostos na Tabela 4.

Tabela 4. Tempo dos impactos (s) medidos durante a técnica O-Soto-Gari no punho, quadril e tornozelo, no eixo látero-lateral (x), antero-posterior (y) e vertical (z).

Segmento

Punho

Quadril

Tornozelo

EIXOS

X

y

z

x

y

z

x

y

z

(s)

0,008

0,010

0,010

0.034

0,058

0,651

0,014

0,011

0,017

S (s)

0,004

0,005

0,002

0,008

0,037

0,117

0,008

0,005

0,007

Máxim (s)

0,016

0,022

0,016

0,041

0,160

0,869

0,029

0,024

0,034

Mínim (s)

0,002

0,005

0,008

0,019

0,038

0,463

0,004

0,007

0,008

CV (%)

51,412

46,587

23,570

22,269

63,388

17,958

57,066

45,632

38,429

    Aplicando a análise de variância nos valores de tempo de impacto entre os eixos houve diferença significativa em pelo menos um dos eixos somente para o quadril, sendo o eixo z foi significantemente maior que os eixos x e y (p<0,000). Houve diferença significativa no tempo de impacto em todos os segmentos nos três eixos, sendo que, no eixo y e z, o quadril obteve tempos de impactos significantemente maiores do que o punho e o tornozelo (p<0,000).

    Como o eixo vertical (z) obteve maiores valores de magnitude e tempo de duração dos impactos, ele pode ser considerado como o principal responsável pelo acometimento de lesões advindas de impactos, de acordo com os critérios de Macaulay (1987). Analisando os valores de tempos de impacto entre os diferentes segmentos corporais investigados, verifica-se que houve diferença estatística somente para o quadril em relação aos outros segmentos. Como já evidenciado anteriormente, esse fato ocorre devido a grande massa localizada nessa região, que faz com que o quadril permaneça maior tempo em contato com o tatame no momento da queda. Os valores de tempo de impacto na região do quadril, registrado no eixo vertical, chegam a ser maior que ½ segundo, o que representa um pulso de longa duração, de acordo com os critérios de Macaulay (1987). Porém, de acordo com o mesmo critério, as magnitudes médias de impacto encontradas nesse estudo geradas no quadril (menores que 12,3 g) não são suficientes para que ocorram lesões. Por outro lado, esse critério não apresenta o tempo total diário de exposição permitido, como cita as ISO 5349 (1986) e ISO 2631(1985), que trazem ao tempo de tolerância, limites para as exposições em diferentes freqüências e acelerações para mãos, braços e corpo todo, respectivamente. Vale ressaltar que não se pode utilizar como parâmetro as normas ISO citadas, em função de que o fenômeno estudado se trata de impactos causando vibrações transitórias, e não periódicas.

    O critério de Macaulay (1987) também não aponta número de repetições e nem intervalo de descanso entre os impactos. Outro fator que deve ser considerado, além do número de repetições é o tempo de intervalo entre as sessões, para que assim se possa fazer qualquer inferência sobre a capacidade de auto-reparo frente às características das cargas e ao processo de fadiga. Partindo do pressuposto de que, quanto menores forem as durações dos impactos, maiores são as magnitudes que o corpo pode sustentar, os impactos por si só não acometeriam danos ao organismo. Porém, a repetitividade destes sim (RADIN et al., 1998).

    A grande variabilidade dos dados de magnitude e tempo de duração dos impactos pode ser justificada pelo baixo número de repetições de quedas para a coleta de dados e por ser uma tarefa motora aberta, cuja execução sofre interferência tanto do tori como do uke, mesmo sendo os dados coletados em situação laboratorial. No entanto, a situação laboratorial pode ter interferido em função da limitação do movimento em virtude dos cabos do acelerômetro fixado ao corpo, além do tempo para a realização do movimento para serem coletados os dados. Em situação real, tanto de treinamento quanto de competição, esses valores provavelmente seriam muito maiores.

    Para a análise das características de impacto no corpo de judocas, deve-se ainda também serem considerados outros fatores como a qualidade da técnica de execução do golpe, tanto daquele que projeta (tori) como daquele que é projetado (uke).

Conclusões

    Considerando os resultados obtidos, o referencial teórico e as limitações do estudo, foi possível concluir que na técnica de projeção O-Soto-Gari:

  1. quanto à comparação entre os eixos, os maiores valores significativos de impacto foram no eixo látero-lateral para o punho e vertical para o quadril e tornozelo;

  2. quanto à comparação entre os segmentos, o quadril apresentou valores de impacto significativamente menores em todos os eixos e em todos segmentos; o punho foi maior que o tornozelo no eixo látero-lateral, e o tornozelo maior que o punho e no eixo vertical;

  3. quanto ao tempo de impacto, o eixo vertical foi significativamente maior somente na articulação do quadril;

  4. entre os diferentes segmentos corporais, o tempo de duração dos impactos no quadril foi maior em relação aos outros segmentos.

    Considerando os dados encontrados neste estudo, resta evidenciar a importância do ensinamento correto dos ukemis pelos professores de Judô, tanto para os iniciantes quanto para os judocas experientes, sendo que estes devem propor metodologias de prática enfatizando sempre a técnica correta de cada técnica, com intervalos entre cada projeção, visando minimizar o efeito do processo de fadigas e das sobrecargas que aumentam o acometimento de lesões.

Referencias

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  • GERBERICH, S. G. et al. Analysis of severe injuries associated with volleyball activities. Physician and Sports Medicine, v. 15, n. 8, p. 75-79, 1987.

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  • SANTOS, S. G. dos. Estudo das características de impacto e da percepção humana de conforto na prática de ukemis em diferentes tatames. Florianópolis: UFSC. 2003. 176 p. Tese (Doutorado em Engenharia de Produção). Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Santa Catarina.

  • MEYDAN, T. Recent trends in linear and angular accelerometers. Sensors and Actuators, n. 59, p. 43-50, 1997.

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  • KUJALA, U. M. et al. Acute injuries in soccer, ice hockey, volleyball, basketball, judo, and karate: analysis of national registry data. British Medical Journal, v. 311, p. 1465– 1468, 1995.

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  • RADIN, E. L. et al. Role of mechanics factors in pathogenesis of primary osteoarthritis. The Lancet. p. 519 - 521, 1972.

  • SANTOS, S. G. dos; DUARTE, M. F. S.; MELO, S. I. L. Dor percebida pelo judoca na execução dos ukemis. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ATIVIDADE FÍSICA & SAÚDE, 3., 2001. Florianópolis. Anais ... Florianópolis: UFSC, 2001. 220 p. p. 135.

  • SANTOS, S. G. dos; SHIGUNOV, V. Percepção do atleta sobre as causas de suas lesões. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA, 16., 2001. Foz do Iguaçu. Anais ... Foz do Iguaçu: FIEP, 2001. p. 273.

  • SANTOS S. G. dos; PIUCCO T. Efeitos da vibração transitória no organismo dos atletas. EFDeportes.com, Revista Digital, ano.12, n.120, p.1-4. Nov. 2006.

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