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Perfil profissional do personal trainer

 

Mestre em Educação, Cultura e Organizações Sociais

Especializada em Treinamento Desportivo e Personal Training

Graduada em Licenciatura Plena em Educação Física

Formiga, MG

Marcela de Melo Fernandes

marcelamelo29@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          O presente trabalho analisou o perfil profissional do Personal Trainer dos profissionais das academias da cidade de Formiga - MG. Caracterização da amostra: foram pesquisados 20 profissionais, dos sexos masculino e feminino, com media de idade de 23,6 anos. Procedimentos: foi aplicado um questionário intitulado Perfil Profissional do Personal Trainer. Resultados: foram encontradas formas diferenciadas de trabalho, dentro das possibilidades de cada profissional particular. Conclusões: o trabalho de personal trainer é de forma individualizada, mas a grande maioria destes utilizam métodos de trabalho com interação em outras áreas.

          Unitermos: Perfil. Personal trainer. Programa de treinamento.

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 124 - Setiembre de 2008

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1.     Introdução

    Atualmente observa-se nas academias de grande porte um investimento vultoso em instalações, envolvendo equipamentos de alto nível, pisos adequados, vestiários. Por outro lado, há pouco investimento nos profissionais envolvidos diretamente com os clientes. Observa-se, na verdade, uma alta rotatividade de profissionais não habilitados que acabam denegrindo a atuação de quem realmente tem capacitação.

    Esta função do educador físico deve ser vista com muita seriedade. Por isso, o profissional de fitnees, ou personal trainer deve ser licenciado em Educação Física, qualificado a desenvolver e prescrever programas de treinamento físico individualizado, preferencialmente com conhecimentos nas áreas de treinamento desportivo, fisiologia do exercício, anatomia, biomecânica do movimento (OLIVEIRA, 1999). Deve dominar o conhecimento de diversas atividades físicas e saber como treinar os indivíduos como um ser total, respeitando suas individualidades na busca da saúde e satisfação pessoal Com ares de “modismo”, esta perspectiva de atividade foi introduzida no Brasil, segundo Rodrigues (1996), no início dos anos 90 do século XX. Entendo que esta perspectiva parece ter agregado novos papéis às corriqueiras atividades exercidas pelo professor de Educação Física no segmento do Fitness. Desta forma, Rodrigues (1996) parece delinear um desses novos papéis quando define o profissional Personal Trainer como uma “super microempresa” que vende serviços de aptidão e visa conquistar o cliente, satisfazê-lo e mantê-lo fiel.

    O professor particular tem a necessidade de conhecer, através de uma avaliação física, o seu aluno, para que saiba de todas as suas possíveis restrições, problemas de saúde, composição corporal, postura, limitações, nível de aptidão física e, principalmente, o seu objetivo. Logo se torna um profissional diferenciado quando cria condições para o aluno desenvolver a atividade com segurança e prazer, através de aulas motivantes e com resultados positivos.

    Assim, é necessário que o personal possua um perfil profissional adequado, um bom relacionamento com seus clientes, facilidade de comunicar, criatividade, liderança, capacidade de observação, determinação e, principalmente competência (OLIVEIRA, 1999). O trabalho personalizado trata-se de disposições e habilidades pessoais e de aquisições de conhecimentos especializados.

    Portanto, o objetivo deste artigo é analisar os profissionais das academias de Formiga – MG que atuam como Personal Trainer, para investigar qual é o perfil deste profissional que atua como professor particular de atividades físicas.

    No âmbito da pesquisa foi utilizado o método dedutivo na abordagem do tema, partindo de informações teóricas obtidas em uma pesquisa bibliográfica, com o intuito de se obter referencial teórico apto a embasar as análises.

    No primeiro momento foi realizada uma pesquisa através de um questionário aplicado no próprio ambiente de trabalho – nas academias. No segundo momento o levantamento dos dados obtidos na pesquisa e uma revisão da bibliografia relacionada ao tema, como forma de obter subsídios aptos a embasarem as análises dos resultados encontrados.

2.     Amostra

    Foram entrevistados 20 profissionais em total de 6 academias; sendo escolhidos de forma aleatória.

2.1.     Procedimento

    Utilizou-se como instrumento para coletas de dados um questionário intitulado Perfil Profissional do Personal Trainer, com 07 perguntas, objetivando detectar o perfil deste personal, como também sua metodologia de trabalho.

3.     Discussão dos resultados

3.1.     Caracterização dos profissionais quanto ao sexo

    Na primeira questão analisada constatou-se que a maior parte dos profissionais entrevistados são do sexo feminino (50%), e (40%) são do sexo masculino, sendo que (10%) não relataram o sexo. (Gráfico 1).

3.2.     Caracterização dos profisionais quanto a faixa etária

    A idade dos profissionais, variou de 22 a 30 anos. As idades médias apuradas foram de 23,6 anos. A maioria dos profissionais, ou seja, (30%) possuem 22 anos, enquanto que (10%) estão classificados entre 23 e 28 anos. São portanto, turmas relativamente homogêneas no quesito idade, eminentemente jovens. E apenas (5%) não relataram a idade. (Gráfico 2).

3.3. Variáveis utilizadas na avaliação física

    Verifica-se que a maioria dos profissionais que realizam a avaliação física utilizam todas as variáveis, ou seja, anamnese, composição corporal, circunferência e avaliação postural (80%). E apenas (20%) não realiza a variável avaliação postural. (Gráfico 3)

3.4.     Reavaliações

    Na quarta questão apresenta as formas de reavaliações que o profissional pode utilizar em seu trabalho para verificar as variáveis medidas no início do treinamento, constatando se realmente houve melhoras significativas ou se há necessidade de alterar o programa de treinamento. Detectou-se que (65%) dos entrevistados fazem reavaliações trimestrais, (15%) fazem reavaliações semestrais e (15%) bimestrais; e apenas (5%) mensal/semestral. (Gráfico 4).

3.5.     Interação com outras áreas de saúde

    A interdisciplinaridade no trabalho individualizado qualifica e dá credibilidade, sendo assim o personal trainer tem a capacidade de realizar um trabalho ótimo. Verifica-se nesta questão, que todos os entrevistados interage com outras áreas de saúde, mostrando assim um ponto positivo neste item. (Gráfico 5).

3.6.     Áreas que ocorrem a integração

    Algumas áreas como a medicina, fisioterapia, nutrição e psicologia são utilizadas de forma interdisciplinar pela maioria dos entrevistados. (35%) utilizam nutrição/fisioterapia, (30%) utilizam medicina/nutrição/fisioterapia, (15%) utilizam todas as áreas, (10%) utilizam nutrição/fisioterapia/psicologia, (5%) utilizam fisioterapia/psicologia e somente (5%) nutrição. (Gráfico 6).

3.7.     Prescrição de suplementos

    Observou-se que a maioria dos entrevistados, ou seja, (95%) não prescrevem suplemento ou complemento alimentar, e apenas ás vezes prescreve, sem formação acadêmica para isto. (Gráfico 7).

3.8.     Prescrição de dietas

    Conclui-se que (75%) dos entrevistados não prescrevem dietas para seus clientes, (15%) prescrevem ás vezes, (5%) prescrevem dietas, quer dizer atuam também como nutricionistas, sendo que não têm formação para isto. E (5%) não relataram nada. (Gráfico 8).

4.     Conclusão

    Os resultados mostraram que a maior parte dos entrevistados são do sexo feminino (50%), sendo que a idade, varia de 22 a 30 anos. A maioria, ou seja, (30%) possuem 22 anos.

    Verificou-se que a maioria dos profissionais (80%) realiza a avaliação física utilizando todas as variáveis (anamnese, composição corporal, circunferência e avaliação postural). E apenas (20%) não realiza a variável avaliação postural.

    Detectou-se que (65%) dos entrevistados fazem reavaliações trimestrais, (15%) fazem reavaliações semestrais e (15%) bimestrais; e apenas (5%) mensal/semestral.

    No quesito trabalho individualizado verificou-se que todos os entrevistados interagem com outras áreas de saúde, mostrando assim um ponto positivo neste item.

    Algumas áreas como a medicina, fisioterapia, nutrição e psicologia são utilizadas de forma interdisciplinar pela maioria dos entrevistados. (35%) utilizam nutrição/fisioterapia, (30%) utilizam medicina/nutrição/fisioterapia, (15%) utilizam todas as áreas, (10%) utilizam nutrição/fisioterapia/psicologia, (5%) utilizam fisioterapia/psicologia e somente (5%) nutrição.

    Observou-se que a maioria dos entrevistados, ou seja, (95%) não prescrevem suplemento ou complemento alimentar, e apenas ás vezes prescreve, sem formação acadêmica para isto. E (75%) dos entrevistados não prescrevem dietas para seus clientes, (15%) prescrevem ás vezes, (5%) prescrevem dietas, quer dizer atuam também como nutricionistas, sendo que não têm formação para isto. E (5%) não relataram nada.

    Portanto, o perfil profissional do personal trainer também é individualizado, mas a grande maioria destes utilizam métodos de trabalho dentro de suas possibilidades, interagindo com outras áreas. Enfim, neste momento da história humana, em que se dá tanto valor a um estilo de vida sadio e a uma vida qualitativamente significante, o perfil destes profissionais deve atender a essa preocupação, sendo estes multiplicadores de saúde, de bem-estar e de vida.

Bibliografia

  • HOWLEY, Edward T.; FRANKS, B. Don. Manual do instrutor de condicionamento físico para a saúde. 3. ed. Porto Alegre: ARTMED, 2000.

  • OLIVEIRA, Roberto César de. Personal training: uma abordagem metodológica. São Paulo: Atheneu Cultura, 1999.

  • RODRIGUES, Carlos Eduardo Cossenza. Personal Training. Rio de Janeiro: Sprint, 1996.

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revista digital · Año 13 · N° 124 | Buenos Aires, Setiembre de 2008  
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