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Contexto social esportivo:
fonte de stress para a mulher?

   
Mestranda em Educação Física e Esporte pela
Universidade de São Paulo
Escola de Educação Física e Esporte da
Universidade de São Paulo
Grupo de Estudos e Pesquisa em
Psicologia do Esporte

 
 
Ana Maria Capitanio
anacapitanio@uol.com.br
(Brasil)
 

 

 

 

 
Resumo
    O meio esportivo é um local muito interessante para se estudar gênero. A máxima "mais rápido, mais alto e mais forte" é uma síntese de valores masculinos projetados ao esporte. Esta máxima é uma construção de gênero, uma vez que se considere gênero como uma construção social do sexo.
    O objetivo deste artigo é analisar o quanto relações de gênero e poder estão implicadas no esporte e quão isto pode ser um fator de stress para a mulher atleta, na medida que ela encontra mais dificuldades do que o homem para desempenhar seu papel no esporte e de ser reconhecida como tal.
    Unitermos: Mulher. Gênero. Poder. Esporte. Stress.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 78 - Noviembre de 2004

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Introdução

    O ambiente esportivo parece ser um local apropriado para se falar sobre gênero, pois a máxima: "mais rápido, mais alto e mais forte" é a síntese de valores masculinos projetados ao esporte.

    Para entender a condição feminina no esporte contemporâneo é importante compreender a ideologia determinantemente masculina, e que, é sob essa ideologia, também, que as vidas das pessoas, as sociedades, as formas de pensar têm sido construídas e articuladas entre si, assim como o contexto histórico, social e psicológico que a atleta está inserida e que, inevitavelmente, trará consigo uma bagagem cultural quer tenha consciência ou não.

    Um dos propósitos desse artigo é promover uma reflexão sobre a situação da mulher no esporte, bem como ilustrar o ambiente ideológico e o quanto ele influencia os seres humanos. Considerar que o ser humano é passivo a esta influência seria conceber uma visão muito simplista da interação entre ele e o ambiente, pois assim como ele recebe informações do meio ele é capaz de influenciá-lo, também. Embora, a importância da dominância do masculino tenha influenciado no desenvolvimento da mulher atleta, não se pretende aqui realizar um tratado feminista ou ainda se pautar em uma concepção de vitimização da mulher por uma exclusão masculina, porque segundo Altmann (1998) ao vitimá-las estar-se-ia desconsiderando suas possibilidades de resistência, sua individualidade e poder de escolha.

    Atualmente, prevalecem duas tendências em relação a gênero e sexualidade. A primeira se baseia na argumentação clássica da teoria feminista que considera a construção social das relações de gênero um elemento importantíssimo para entender e analisar a sexualidade. A segunda, e mais recente, defende uma separação, pelo menos, no plano teórico, entre gênero e sexualidade, a fim de se analisar mais profundamente cada um deles e as relações que estabelecem entre eles (Parker, Barbosa e Fajardo, 1996). Para este artigo escolheu-se a segunda forma de se pensar, na tentativa de se estudar as questões de gênero no esporte sem a pretensão de estabelecer relações com a sexualidade.

    A abordagem escolhida será a teoria da construção social que se baseou em várias correntes da Sociologia, como por exemplo, o interacionismo social, teoria dos rótulos, história social, historia das mulheres, história marxista e na Antropologia simbólica, análises transculturais sobre a sexualidade e estudos de gênero. (Vance, 1995).

    O construcionismo social segundo Weeks (2000), contrapõe-se ao essencialismo que é dominante na maioria das discussões sobre sexualidade e gênero . O essencialismo é uma tentativa de explicar as propriedades de um todo complexo por referência a uma suposta verdade ou essência interior, podendo ser conhecido também, através de termos como naturalismo, determinismo biológico.

    O objetivo deste artigo é o de tentar descrever o quanto as relações de gênero e poder estão implicadas no esporte e quão isto pode ser um fator de stress para a mulher atleta, na medida que encontra mais dificuldades, do que o homem, para desempenhar seu papel no esporte e de ser reconhecida como tal.


Conceituando Gênero

    Gênero é um conceito das ciências sociais que se refere à construção social do sexo. A palavra sexo é a caracterização anátoma-fisiológica dos seres humanos, e no máximo, a atividade sexual propriamente dita. O conceito de gênero distinguiu entre o fato do dimorfismo sexual da espécie humana e a caracterização de masculino e feminino que acompanham nas culturas a presença de dois sexos na natureza. Há machos e fêmeas na espécie humana, mas a condição de ser homem ou mulher é condição realizada pela cultura. Gênero está relacionado à noção de cultura, apontando para o fato da vida social, e os vetores que a organizam, isto é, tempo, espaço ou diferenças entre os sexos, são produzidos e sancionados socialmente através de um sistema de representações. Antropologicamente, o domínio das idéias e dos valores detém uma realidade coletiva, autônoma e parcialmente inconsciente para as pessoas. (Heilborn 1994).

    Vance (1995), explica que, impulsionadas pelo movimento feminista, as acadêmicas e ativistas, começaram a repensar no conceito gênero que revolucionou as noções do que é natural. Após uma revisão crítica das teorias que usavam a reprodução para ligar gênero com a sexualidade, explicando dessa maneira a inevitabilidade e naturalidade da subordinação das mulheres. Esta revisão resultou a uma crítica geral do determinismo biológico, em particular do conhecimento baseado na biologia das diferenças sexuais. A amplitude dos papeis das mulheres não poderia estar subordinada por uma sexualidade e reprodução humana aparentemente tão uniforme. Chama-se a atenção para a fácil aceitação dessas teorias na comunidade científica, sugerindo que a ciência era regida e mediada por poderosas crenças sobre o gênero, e que ela dava apoio ideológico às relações sociais correntes.

    Freire (1995) faz um breve histórico na tentativa de compreender a dominância masculina sobre a feminina relatando que a idéias de sermos divididos em dois sexos começou a ganhar força cultural no século XVIII, antes disso a medicina e a ciência galênica não sabiam que havia dois sexos. Havia somente um sexo, o masculino, e a mulher era uma representante inferior desse sexo, pois não tinha o mesmo calor vital suficiente para atingir a perfeição do macho. A hierarquia sexual, na ordem crescente ia da mulher ao homem. A referência para sexo era os órgãos reprodutores do homem. A mulher era fria, sem o calor vital do homem e essa frieza era necessária para a reprodução. Se a mulher fosse tão quente quanto o homem o embrião poderia ser dissolvido, ou então, esse aumento do calor levava a mulher a distúrbio de seus humores, que subiam até a cabeça causando fenômenos patológicos. Ao final do século XVIII, essas crenças começaram a cair em desuso. Muito importante notar que até então distinção de gênero que conhecemos hoje, não tinha como pressuposto a diferença de sexo. O poder masculino não estava baseado nas diferenças biológicas dos sexos, mas sim, na ignorância da existência do sexo feminino, assim como na ignorância da sexualidade da mulher. A hierarquia galênico-platônica distinguia os gêneros tendo como suporte a unicidade sexual. Ainda esse mesmo autor, explica que a idéia de diferença de sexo para estabelecer a diferença de gênero entre homens e mulheres veio de encontro com os ideais igualitários da revolução democrático-burguesa que tinha que justificar a desigualdade entre homens e mulheres, com fundamento numa desigualdade natural. Para que as mulheres e outras minorias não pudessem ter os mesmos direitos que os homens começaram a inventar algo que, na natureza, justificasse racionalmente as desigualdades exigidas pela política e pela economia da ordem burguesa dominante.

    Percebe-se que gênero como relação de poder antecede a diferenciação de sexo biológico, ignorando o sexo genital feminino tendo somente como referência o genital masculino e construindo relações de poder e dominação sobre a mulher, baseado em uma não verdade, ou melhor, na ignorância de um fato, até que compreensível pelo estágio que a ciência se encontrava. Gênero é a concretização ideológica, parte inconsciente que uma determinada cultura atribui aos humanos que a compõe. São adjetivos atribuídos a eles e assimilados como verdadeiros.


A mulher e o esporte

    Rossi (1993), afirma que, culturalmente, o homem tem uma posição privilegiada: ele parece ter mais poder, mais liberdade e, por conseguinte mais opções do que a mulher. Em contrapartida, considerando-se essas suposições como verdadeiras, não se teriam dúvidas de que ele paga um preço elevado por isso. Enquanto criança o menino é levado a negar sua dor. Quando envolvido com esportes, durante a adolescência, tende a negar a dor com medo, por exemplo, de perder o lugar no time. O homem vai crescendo e se desenvolvendo condicionando sua personalidade, a fim de descartar seu desconforto físico e a bloquear suas emoções. Dor e doença relacionam-se a idéia de fraqueza, dependência e submissão - características do gênero feminino.

    A mulher vem buscando seu espaço e sua identidade no meio esportivo, assim como na sociedade. Desde as suas primeiras participações nos Jogos Olímpicos até os dias atuais, em relação ao espaço apresenta um considerável progresso em suas conquistas (Simões, Hata, De Rose Jr. & Macedo, 1996). Porém, ainda muito longe da igualdade e eqüidade quando comparado aos atletas homens.

    Por outro lado no que se refere à identidade parece que a mulher, de uma forma geral, ainda está à procura de sua afirmação como ser humano, consciente de suas capacidades e limitações seja no meio intelectual, artístico, empresarial e, é claro, esportivo.

    Ao final do século XIX condições sociais favoráveis foram surgindo e começaram a interagir com o pensamento e comportamento da mulher. Para Mourão (1998), estas condições favoráveis são questionáveis, pois em sua tentativa de traçar a trajetória da participação da mulher brasileira em atividades físico-esportivas e que teve como parâmetro à obra de João da Matta Machado (1874), observou-se que na época, desejava-se era modificar a educação física das mulheres: ela já era defendida nas escolas e era acompanhada de uma grande propaganda a favor, apresentando-lhes outra concepção para sua formação corporal e objetivando proporcionar exercícios adequados à gestação e a reprodução, sem interferir na graça e beleza femininas. Isto é, os papéis da mulher, mãe e esposa, não deveriam se transformar com a prática da educação física, e posteriormente também com a prática esportiva.

    A família, segundo Giddens (1995), é a principal instituição socializadora na infância, e nas etapas posteriores da vida de uma pessoa, as relações com seus pares, escola, meios de comunicação, se caracterizam como importantes meios de socialização. Assim, a criança vai modelando sua conduta de acordo com suas vivências. Ela adota e reproduz seus comportamentos de acordo com sua família, sua cultura, modelos de educação, escalas de valores e expectativas.

     Antunez (2001), acredita que os estereótipos e padrões culturais são condicionantes e no que se refere às meninas muito mais precocemente, pois tratamentos diferenciados (exercidos por quem são os responsáveis pela socialização: pais, professores, treinadores) vão cultivando as identidades tanto nas meninas como também nos meninos. Por isto, espera-se da mulher uma diferença em relação ao rendimento, expectativas de êxito, menor aptidão para o treinamento, para a competência e maior aptidão para a criatividade, intelectualidade e sensibilidade.

    A identidade da menina vai se desenvolvendo sob esses padrões, e ainda que com a modernidade isto vai perdendo o "poder", influenciam, na escolha, predisposição, interesse e atitude frente ao esporte. Isto é: a mulher representa para o esporte não o que ela pode desempenhar como atleta ou simples praticante, e sim o que se espera socialmente dela, baseado em um modelo preconcebido de comportamento.

    O rendimento esportivo não está marcado somente pelas diferenças biológicas, sendo que as diferenças psicológicas, sociológicas e culturais vivenciadas pelas mulheres, marcadas e regulamentadas pela sociedade com normas diferenciadas para homens e mulheres, também afetam o rendimento construído por relações de gênero e que ajuda a construir a ordem de gênero corrente. Sua estrutura e valores refletem conceitos dominantes de masculinidade e feminilidade (Messner 1992, cit. por Souza & Altmann, 1999).

    Por outro lado existe a individualidade das pessoas. A mulher talvez não queira corresponder ao que é socialmente esperado. Embora, sempre haverá marcas daquilo que lhe foi ensinado.

    A dominância dos valores masculinos na sociedade é atribuída ao esporte, sendo a agressividade, persistência e busca da vitória parâmetros para rotular a mulher como uma anormalidade nessa área. Espera-se da mulher que ela expresse as características atribuídas pela sociedade como passividade, compreensão, delicadeza, mas a mulher que participa do esporte e que deseja obter resultados buscará os adjetivos masculinos, agressividade, orientação para o êxito, perseverança, podendo, portanto, ser percebida como uma invasora do meio das atividades do homem, que interpretará como falta de graciosidade, feminilidade e doçura. (Pereira 1984).

    A ideologia masculinizante incrustada desde os Jogos Olímpicos da Grécia antiga e que posteriormente foi promulgada pelo Barão de Coubertin, fundador dos jogos olímpicos modernos, que era claramente contra a participação feminina nas competições, por considerar que o esporte trabalhava características indesejáveis para a mulher que era percebida como "naturalmente frágil". O espírito de sacrifício, força de vontade, tenacidade e poder de decisão eram virtudes masculinas e essência do ideal guerreiro. (Tamburrini, 1999).

    Messner (1992, cit. por Souza & Altmann, 1999) considera o esporte uma instituição "genereficada", construída por relações de gênero, sua estrutura e valores refletem concepções dominantes de masculinidade e feminilidade. Os esportes são também uma instituição "genereficadora" que ajuda a construir a ordem de gênero corrente.

    Fraser (2002) em uma análise política-sócio-econômica das lutas de gênero de políticas feministas, acredita que gênero é somente uma das facetas de um projeto político mais amplo, brilhantemente apresenta gênero como um eixo de categoria com duas dimensões do ordenamento social: a dimensão da distribuição e a dimensão do reconhecimento. A primeira, gênero como uma diferenciação semelhante à classe, enraizada na estrutura econômica da sociedade. É um princípio básico organizador da divisão de trabalho "produtivo" pago e trabalho "reprodutivo" não pago. Em relação ao trabalho pago, gênero também é estruturante na divisão, entre os maiores salários (predominantemente masculino), e os menores salários (predominantemente feminino).

    E em relação ao esporte? Seria os salários das mulheres iguais aos dos homens? As mulheres são reconhecidas por suas conquistas nos esportes?

    Como dimensão de reconhecimento, gênero aparece como diferenciação de "status", codificando padrões culturais de interpretação e avaliação já disseminados. Essa autora, explica que uma das características da injustiça de gênero é o androcentrismo que supervaloriza traços associados com o masculino e desvaloriza traços associados com o feminino e que padrões androcêntricos, que tendem a ser constantemente institucionalizados criando sulcos de interação social e infiltrando, de um modo geral em todas as áreas da sociedade. "Conseqüentemente, as mulheres sofrem formas específicas de subordinação de status, inclusive assédio sexual, abuso sexual, violência doméstica, através de retratos estereotipados pela mídia, que banaliza, coisifica e avilta as ocorrências, de insultos do dia-a-dia, da exclusão ou marginalização nas esferas públicas e deliberativas, e, finalmente, negação de seus plenos direitos e proteção igualitária como cidadãs. Esses danos são injustiças causadas pelo reconhecimento equivocado. São relativamente independentes da economia política e não meramente 'superestruturais'. Portanto, não podem ser resolvidos somente pela redistribuição, mas exigem medidas de reconhecimento adicionais e independentes".(Fraser 2002, p. 65).

    Sabe-se que o esporte está intrinsecamente relacionado a padrões competitivos, e que, também, pode representar uma poderosa fonte de stress (Everly 1989). Para a mulher o esporte parece ser mais estressante para ela do que para o homem, segundo resultados apontados em estudos, demonstrados a seguir. Mas, o que é stress?

Stress e Ansiedade

    Falar sobre stress, sem falar sobre ansiedade parece uma tarefa impossível.

    Ansiedade traço e ansiedade estado foram inicialmente idealizadas por Catell e Scheir, (1961), que posteriormente se tornou base para o Inventário de Ansiedade Traço-Estado (IDATE) de Spielberger, Gorsuch. & Lushene (1970). Para estes pesquisadores, ansiedade pode ser caracterizada como:

  • Ansiedade estada (A-estado): "Estado emocional transitório ou condição do organismo humano que é caracterizado por sentimentos desagradáveis de tensão e apreensão conscientemente percebidos, e por aumento na atividade do sistema nervoso autônomo".(p.4)

  • Ansiedade traço (A-traço): "Refere-se a diferenças individuais relativamente estáveis em propensão à ansiedade, isto é, a diferença na tendência de reagir a situações percebidas como ameaçadoras com elevações de intensidade no estado de ansiedade". (p. 4).

    A ansiedade pode ser considerada como forma de expressão da personalidade de um indivíduo, um estado emocional com componentes psicológicos e fisiológicos. Ela leva o indivíduo a ação. De acordo com a intensidade da manifestação da ansiedade para uma determinada situação deve-se considerar a relação da pressão imposta, ao nível de habilidade do atleta e à natureza da atividade. (Singer, 1977).

    Segundo Martens, Vealey & Burton (1990), em meados da década de 60, pesquisadores começaram abordar a ansiedade com uma visão multidimensional (cognitiva e somática) ao contrário de um construto unidimensional. Este mesmo autor cita Liebert e Morris (1967) que são os primeiros autores a hipotetizar que ansiedade inclui componentes cognitivos (preocupação) e emocionais (ativação). Posteriormente, Endler (1978), Davidson e Schwartz (1976) e Borkovec (1976), (cits. por Martens e cols, 1990), identificaram componentes similares que designaram como ansiedade cognitiva ansiedade somática, uma distinção ampliada de A-traço e A-estado. Martens (1990) apresenta as seguintes definições:

  • Ansiedade cognitiva é um componente mental da ansiedade e é causada por expectativas negativas sobre o sucesso ou por uma auto-avaliação negativa. No esporte, a ansiedade cognitiva é mais comumente manifestada por uma performance negativa e deste modo uma auto-avaliação negativa;

  • Ansiedade somática refere-se a elementos fisiológicos e afetivos da ansiedade. É uma experiência somática de excitação, como rápida freqüência cardíaca, alteração da respiração, suor nas mãos, frio no estômago e tensão muscular.

    Para este autor evidências indicam que a ansiedade é uma ocorrência comum em situações competitivas e que os efeitos da ansiedade na performance esportiva são extremamente debilitantes. Assim, ele relacionou ansiedade traço competitiva a uma situação específica e originada do conceito original de ansiedade traço. Portanto, ansiedade traço competitiva é definida como uma tendência a perceber situações competitivas como ameaçadoras e a responder a estas situações com a ansiedade estado.

    É muito comum relacionar ansiedade como prejudicial ou negativa para o desempenho, porém, outros estudos têm revelado que a ansiedade não tem necessariamente conotações negativas. Por exemplo, ginastas não bem sucedidos percebiam a ansiedade como negativa e debilitante, ou seja, a ansiedade os levava quase ao pânico através de verbalizações de incerteza e imagens de fracasso. Para os ginastas bem sucedidos, a ansiedade era percebida como facilitante, positiva e estimulante para a performance (Mahoney & Avener, 1977 cit. por Manoel, 1994).

    Para Weinberg e Gould (2001), "ansiedade é um estado emocional negativo caracterizado por nervosismo, preocupação e apreensão e associado com ativação e agitação do corpo".(p. 96).

    Spielberger (1989), refere-se a stress como um complexo processo psicobiológico que consiste em três grandes elementos: stressores, percepção ou avaliação de perigo (ameaça), e reações emocionais. O processo de stress é geralmente iniciado por situações ou circunstâncias (estressores) que são percebidos ou interpretados (avaliados subjetivamente) como perigosos, potencialmente prejudiciais, ou frustrantes. Se um estressor é percebido como perigoso ou ameaçador, sem a respectiva presença de um perigo objetivo, uma reação emocional (ansiedade) é evocada. Pensamentos ou lembranças que são percebidas como ameaçadoras podem também evocar reações ansiosas como se fossem perigos reais demandados do mundo externo. Desse modo pode-se considerar, de acordo com Spielberger (1989), a seguinte seqüência temporal dos eventos:

    Estressor Percepção e avaliação subjetiva do perigo A-estado Samulski e Chagas (1992), admitem que a situação poucos minutos antes do início da competição, apresenta, para a maioria dos atletas, um momento estressante manifestado através de um alto nível de excitação e ansiedade.

    Stress também pode se conceituado como uma reação psicofísica do organismo, causada por alterações psicofisiológicas que podem ocorrer quando uma pessoa frente à determinada situação se sinta irritada, amedrontada, excitada ou confusa ou mesmo imensamente feliz. É um processo, pois ao confrontar-se com a fonte de stress, inicia-se um longo processo bioquímico. No início, a manifestação é bastante semelhante entre os indivíduos: taquicardia, sudorese excessiva, tensão muscular, boca seca e sensação de estar alerta, posteriormente, as diferenças se manifestam de acordo com as predisposições genéticas da pessoa.

    Segundo Becker Júnior, (2000), o stress tanto pode ser causa como reação a um estímulo, configurando-se como uma forma de reação a ele mesmo, ou seja, ele leva à ansiedade e esta pode se compreendida como a reação emocional frente a uma situação stressante.

    Estressor é tudo aquilo que causa uma quebra da homeostase interna e que exija alguma adaptação da pessoa. Os estressores podem ser internos ou externos. Os primeiros são determinados pela própria pessoa constituem-se no seu modo de ser, se é ansiosa, tímida, depressiva ou se tem alguma neurose. Os externos são eventos ou condições que afetam o organismo. Muitas vezes independem do mundo interno da pessoa sendo situações que ocorrem fora do corpo e da mente da pessoa. (Lipp, 2001).

    Duby e Perrot (1991) citam que a descoberta mais dolorosa para a mulher feminista dos anos 70 na França - auge desse movimento - foi à descoberta da própria fraqueza. Apesar das grandes proclamações, a autoconfiança era fictícia. Quais foram essas mulheres para ousar criticar os mestres? Onde estavam as referências que legitimavam as suas pretensões? Onde havia gênios femininos que pudessem servir de passaporte para o mundo masculino? Mal sabiam se defender quando expunham suas idéias e ideais. Não tinham experiências anteriores e nem transmitidas por suas mães e avós através de gerações.

    De acordo com Smith, 1986, stress se refere às situações que sobrecarregam as capacidades físicas e/ou psicológicas do indivíduo e que deve haver um equilíbrio entre as exigências da situação e os recursos pessoais e sociais que ele tem para suprir essas exigências, portanto situações causadoras de stress são aquelas que excedem os recursos de um indivíduo. Refere-se ao stress, também, às respostas cognitivas, emocionais e comportamentais às exigências da situação. Assim, o enfrentamento de situações desconhecidas culturalmente e de domínio masculino, por exemplo, os esportes, seriam fontes de stress?

    Acredita-se, culturalmente, que para a mulher é mais permitido demonstrar seus sentimentos e emoções do que o homem, daí poderia ser um motivo que levaria a um grande número de resultados em que a mulher se revela mais ansiosa/estressada. Relata-se, a seguir alguns estudos com a pretensão de demonstrar evidências entre gênero, stress e fatores sociais.

    As mulheres não apresentam o mesmo padrão temporal dos homens. A ansiedade cognitiva das atletas deste outro estudo, realizado por Jones e Cale (1989) não se manteve estável aumentando conforme ia se aproximando a competição. A intensidade da ansiedade cognitiva foi maior do que a dos homens imediatamente antes da competição. Revelaram um aumento na ansiedade somática num momento anterior ao dos homens perto da competição.

    Através da visão multidimensional da ansiedade estado, buscando diferenças entre sexo feminino e masculino, embora, poucos trabalhos, os resultados têm revelado que as mulheres apresentam maiores níveis de ansiedade-estados pré-competitivos do que os homens, segundo Jones e Cale (1989) e Martens e cols. (1990).

    O objetivo do estudo de Stefanello (1990) foi de verificar a relação entre ansiedade competitiva e os fatores de personalidade de adolescentes que praticam voleibol. A amostra de 23 atletas, ambos os sexos de equipes de voleibol de uma escola estadual. Como instrumentos utilizou-se: SCAT, o CSAI e o 16 PF. Concluiu-se que atletas do sexo feminino parecem ter maiores níveis de ansiedade traço e estado pré - competitivas do que o sexo oposto; as posições titular e reserva parecem não influenciar os níveis de ansiedade dos atletas; A-estado dos atletas de ambos os sexos parece aumentar com a competição; A-traço competitiva parece ser um bom preditor da A-estado pré-competitiva de atletas do sexo masculino; o contato com a competição parece reduzir a A-estado - pós-competitiva de atletas do sexo feminino. Esta pesquisadora acredita na possibilidade da existência de fatores da personalidade que diferenciam atletas do sexo masculino e feminino, titulares e reservas, bem como, diz que o atleta jovem ainda não está suficientemente maduro para superar os efeitos fisiológicos e psicológicos de uma competição.

    Em um estudo realizado por De Rose Jr., Vasconcellos e Medalha (1991), com o objetivo de caracterizar o comportamento de jogadores e jogadoras de basquetebol de alto nível, em relação a dois aspectos: ansiedade-traço-competitiva e hiper-reatividade, bem como comparar os resultados obtidos entre os sexos. Teve como amostra 24 atletas, sendo 12 da seleção brasileira feminina e 12 da seleção brasileira masculina. Utilizou-se o SCAT, para determinação do grau de ansiedade-traço-competitiva e o BEPATYA para a determinação do grau de reatividade (Tipo A). Os resultados revelaram que não houve diferença significante entre os grupos no aspecto hiper-reatividade, embora as mulheres tenham apresentado níveis mais elevados. Em relação à ansiedade-traço-competitiva as mulheres apresentaram resultados significantemente maiores do que os homens.

    Lipp e Rocha (1994), mostraram a dificuldade que os hipertensos apresentavam para falar sobre sentimentos positivos. Considerou-se a tendência que os hipertensos possuíam para grande reatividade cardiovascular quando exposto ao stress social, levaram em consideração a hipótese de que eles tendem a fugir das expressões de afeto, bem como a dificuldade de entrar em contato com seus sentimentos. As mulheres verbalizaram 18 vezes a palavra alegria, em contraposição a 11 respostas que apareceram nos homens, sendo que as hipertensas totalizaram o dobro de respostas "alegria" em comparação com normotensas. Observou-se que tanto as normotensas como as hipertensas respondem mais do que os homens.

    A pesquisa de Manoel (1994), teve como objetivo examinar as diferenças entre sexo feminino e masculino em relação à intensidade e direção da A-estado multidimensional competitiva; as diferenças entre os sexos nos antecedentes situacionais da A-estado e da autoconfiança. A amostra foi composta de 25 homens e 25 mulheres praticantes de atletismo. O instrumento utilizado foi à versão modificada do questionário CSAI-2, que inclui a nova dimensão da direção, e mais 6 fatores antecedentes. Todos foram respondidos uma hora antes da competição diferenças significativas entre os sexos tanto na intensidade quanto na direção dos componentes da ansiedade. Entretanto, os homens demonstraram maiores índices de autoconfiança e perceberam seus sintomas como mais facilitadores para o desempenho do que as mulheres. Nenhuma das variáveis situacionais anteciparam a ansiedade cognitiva. O item anos de experiência foi um antecedente significante da ansiedade somática.

    Muitos fatores emergiram como antecedentes da autoconfiança em ambos os grupos. Esta autora, também acredita que a socialização tradicional dos sexos leva a mulher a experimentar maiores níveis de ansiedade estados frente a ambientes competitivos e que, por um outro lado, para as mulheres é mais favorável falar sobre sintomas desagradáveis do que os homens, dessa maneira são mais aceitáveis às mulheres verbalizar seus sentimentos do que aos homens. Conseqüentemente, isto poderia influenciar nos resultados das pesquisas.

    Em uma pesquisa realizada por Ayres, (1994) foram utilizadas histórias de curta duração, sendo que três delas envolviam emoções negativas o grupo e outras três positivas. As histórias serviram como estímulo para suscitar emoções. Às mulheres quando solicitadas a descrever o que sentiam, responderam em maior número de vezes do que os homens. Em termos de número de omissões, comparando-se grupos de hipertensos com normotensos, os homens omitiram respostas exatamente o dobro de vezes das mulheres, sugerindo, assim, que as mulheres conseguem mais do que os homens, nomear e discriminar o que estão sentindo. Este pesquisador conclui que as mulheres percebem e exprimem emoções mais diversificadas. Acredita que este dado pode estar relacionado à discriminação das emoções e a sutileza como características das mulheres em função de uma aprendizagem desde a infância, em que ela é educada, geralmente, para ser mãe, esposa e dona de casa. Para exercitar esses papéis ela necessita desenvolver mais e aprimorar sua área afetiva. Os homens, por sua vez, são educados com maior rigidez com o propósito de competir e alcançar sucesso profissional tornando-se mais "racionais", sendo que a expressão das emoções é proibida e reprimida.

    Posteriormente, De Rose Jr. e Vasconcellos (1997), realizaram um estudo com 81 meninos e 83 meninas do atletismo, com faixa etária de 10 a 16 anos com o objetivo de identificar os níveis de ansiedade-traço-competitiva e compará-los em função de variáveis como o sexo e as diferentes faixas etárias (até 12 anos; até 14 anos e até 16 anos), com participação de pelo menos uma competição oficial. O instrumento utilizado foi o SCAT. Os resultados apontaram que as atletas tiveram níveis de ansiedade-traço competitiva significantemente maiores que os atletas, principalmente entre 14 e 16 anos, não havendo diferenças estatísticas significantes entre as diferentes faixas etárias dentro do mesmo sexo.

    Nascimento (1998, cit. por Biaggio, 1998), investigou as relações entre a ansiedade pais e mães e a ansiedade de seus filhos, aplicando do IDATE em crianças de 5a. e 8a. séries, e em seus pais e mães. Revelou a influências das mães e não dos pais. As correlações mais altas, significativamente, foram geralmente de meninas da 5a. série com suas mães, sugerindo que a ansiedade do pai não afeta tanto a criança quanto à ansiedade do pai. Também se constatou que as correlações encontradas foram maiores em grupos de 5a. que nos de 8a. série, indicando que na adolescência, outros modelos parecem tomar prioridade.

    Lipp (1991, cit. por Ayres, 2001) observou clinicamente hipertensos nos níveis leves e moderados, que realizaram a sessões de psicoterapia com o objetivo de controlar o stress. Os sujeitos apresentavam fontes internas de stress, como o padrão tipo A de comportamento, cujas características são: alto dinamismo, sensação de urgência de tempo, hostilidade expressa ou reprimida, busca de realizações e competitividade, dificuldade de defender seus direitos, expressar seus sentimentos e falta de assertividade. Durante as sessões, evidenciou-se o excesso de passividade e a de agressividade, dificuldade de expressar afeto, reatividade excessiva de eventos sem grande importância, bem como inabilidade social da maioria dos participantes. Evidenciou-se a dificuldade e até mesmo a falta de demonstração de afeto. Esta pesquisadora define afetividade como uma capacidade de sentir e reconhecer os sentimentos e de expressar sensações.

    Em um recente estudo de De Rose Jr. e Sato, (2001) que teve como objetivo identificar os níveis de stress competitivo apresentado por atletas de diferentes modalidades esportivas e compará-los em função das variáveis: sexo, tipo de esporte (individuais e coletivos) e modalidades esportivas. A amostra foi composta por 512 atletas, sendo 203 moças e 309 rapazes com idade compreendida entre 15 e 18 anos, praticantes de esportes coletivos (basquetebol e futebol) e individuais (natação e tênis). O instrumento utilizado foi o "Formulário para Identificação de Situações de Stress" (De Rose Jr., 1999), adaptado a cada uma das modalidades estudadas, cuja escala varia de 0 (não provoca stress) e 5 (provoca stress muito elevado). Os resultados apontaram as seguintes conclusões: considerando-se os resultados globais, as meninas apresentam níveis de stress significantemente maiores que os meninos; esta tendência se mantém quando comparados os sexos em cada tipo de esporte e em cada uma das modalidades esportivas; Não há diferenças estatisticamente significantes entre os níveis de stress dos praticantes de esportes individuais e coletivos de um mesmo sexo, apesar da tendência dos primeiros apresentarem resultados mais elevados; Dentre as modalidades individuais, o tênis feminino apresentou o maior nível de stress; Dentre as modalidades coletivas, o maior nível de stress foi apresentado pelo futebol feminino; Considerando-se os resultados de ambos os sexos, o tênis foi à modalidade que apresentou o maior nível de stress.


Considerações finais

    A mulher herda um histórico sobre o papel do feminino na sociedade transmitido de geração a geração e ao adentrar no cenário competitivo talvez não encontra referências internas para esse enfretamento, optando em encerrar a carreira esportiva precocemente e seguindo aquilo que é esperado pela sociedade, ou seja, carreiras universitárias, na melhor das hipóteses, e que nem sempre é possível, ou, escolhendo somente pela vida de "dona de casa e boa mãe", afinal a vida profissional também é competitiva e parece ser desvalorizada em relação aos homens. E o esporte feminino parece, também, ser desvalorizado em relação ao masculino, tanto em termos financeiros, condições de treinamento, apoio das federações, transporte, alojamento, publicidade, divulgação pela mídia.

    As poucas pesquisas sobre o stress da mulher no esporte apontam, que as mulheres revelam maior níveis de stress por possivelmente possuírem menos experiência nos esportes em relação aos homens. Considerar que as influencias sociais estão relacionadas com stress da mulher no esporte parece ser uma forma muito interessante para se iniciar esta discussão.

    O embate entre as cobranças sociais em ser mulher, como visto anteriormente, e a ausência de recursos pessoais, tais como, experiência histórica e cultural em lidar com a competição, experiência prévia, tratamentos diferenciados enquanto criança (está brincadeira pode porque é para menina, ou esta não pode porque é para menino), etc., poderiam ser fontes geradoras de stress, uma vez que se origina um conflito entre ambos os aspectos. Melhor dizendo, por detrás desta ideologia onde predomina o pensamento masculinizante do esporte encontra-se instituições ideológicas que tentam empurrar para trás (parte consciente ou não) as conquistas que os esportes femininos têm realizado. As confederações e federações, a mídia, as empresas de materiais esportivos e moda são exemplos dessas instituições.

    Independentemente da área que a mulher atue, seja no trabalho ou no esporte, ela sofre conseqüências em função da cultura androcentrista. A mulher no esporte busca reconhecimento de seu desempenho e conquistas enquanto atleta e não como um objeto decorativo de quadras, piscinas ou programas esportivos televisivos.

    Para Weeks (2000), gênero é uma relação de poder. Padrões de sexualidade feminina são um produto do poder dos homens para definir o que é necessário e desejável, um poder historicamente enraizado.

    Basear-se no gênero para inculcar aquele ou este esporte é melhor ou pior para a mulher em respeito a sua "fragilidade" diante do homem é uma expressão da relação de poder. O contrário também é verdadeiro, como por exemplo, o nado sincronizado para o homem. Isso parece ser excludente e estressor.

    O esporte como instituição estaria, implicitamente, mantendo a ordem dos valores ideológicos reproduzidos por palavras tais como: "este esporte não é para menina", ou "este esporte não serve para menino".

     Privilegiar características pessoais, como, beleza, delicadeza, "feminilidade", ou o contrário, pois, a atleta pode não corresponder aos padrões de beleza sociais e, somente em segundo plano avaliar o desempenho da atleta, também é uma construção de gênero, uma relação de poder.

    O enraizamento de gênero, como relação de poder na vida das pessoas é uma construção muito antiga e também é carregado da ideologia masculina, como já discutido. Mas, assim como a humanidade o inventou, ela também pode reinventa-la, talvez agora com uma participação mais efetiva da mulher nesta reinvenção.


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