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Atividade física e obesidade
em trabalhadores da indústria

   
*Doutorando em Qualidade de Vida-AWU
**Mestre em educação física-UGF
Professores do Centro de Ciências Tecnológicas-CCT da UDESC
 
 
João Francisco Severo Santos*
Carla Werlang Coelho**

joao_severo@ig.com.br
(Brasil)
 

 

 

 

 
    O avanço e democratização da tecnologia têm melhorado significativamente as condições de trabalho nas empresas. Por outro lado, a comodidade proporcionada por essas tecnologias no trabalho e no laser, tem contribuído para a adoção de um estilo de vida caracterizado pela inatividade física e pela alimentação hipercalórica dos fast-foods. O excesso de gordura corporal (obesidade) é um dos problemas que está associado a esse estilo de vida moderno. O objetivo desse estudo foi investigar os níveis de atividade física-NAF e a prevalência de obesidade-PO em uma amostra representativa de trabalhadores de Joinville-SC. Para isso foi utilizado o questionário de atividades físicas habituais de Pate (NAHAS, 2001) que considera suficientemente ativos aqueles cuja pontuação é superior a 11 nas atividades de laser e trabalho. A PO foi avaliada pela estimativa de percentual de gordura-%G através do protocolo de Petroski (1999), onde foram considerados obesos os homens com %G maior que 24% e as mulheres com %G maior que 31% (NIEMAN, 1999). A amostra para esse estudo foi constituída de 2143 funcionários de 23 empresas de Joinville, sendo 1233 masculinos (idade: 35,78 + 13,17) e 910 femininos (idade: 38,05 + 15,23). Para a analise dos dados, utilizou-se à estatística descritiva e o teste qui-quadrado para verificar a associação entre as variáveis. Como resultado geral sobre o NAF, obteve-se uma média de 13,42+8,99 pontos, porém a prevalência de pessoas suficientemente ativas foi de apenas 48,3%. Com relação à PO, foram considerados obesos 15,1% dos homens e 31,4% das mulheres. Houve associação significativa (p < 0,05) entre inatividade física no laser e obesidade, porém não entre atividade física ocupacional e obesidade. Conclui-se que nesta população a obesidade é um fator de risco preocupante devido a sua grande prevalência, principalmente entre as mulheres, e parece estar mais associada à inatividade física no laser que no trabalho.
 

 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 9 - N° 67 - Diciembre de 2003

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Introdução

    O excesso de gordura corporal tem afetado negativamente a qualidade de vida de muitas pessoas e sua prevalência tem aumentado de forma assustadora, principalmente em países mais industrializados, sendo considerada um problema de saúde pública (WHO, 2002). O excesso de gordura corporal conhecido como sobrepeso e obesidade é uma síndrome complexa e multifatorial cujo tratamento tem sido fonte de frustração de pacientes e profissionais de saúde (FONSECA at all, 2001).

    O excesso de gordura corporal está associado a diversas doenças de dimensão física e psicológica, incluindo doenças cardíacas, hipertensão, diabetes, osteoartrite, transtornos de ansiedade entre outros (NAHAS, 2001; GOLDENBERG & ELLIOT, 2001). Os problemas de saúde entre os obesos são muito mais freqüentes em comparação aos não obesos. Estimativas de companhias norte americanas de seguro de saúde indicam que uma pessoa obesa representa um custo adicional de 8% com despesas médicas e quando adoecem, seu tempo de internação é 85% maior que de uma pessoa não obesa (BARROS, 2002).

    A obesidade e sobrepeso geralmente são avaliados através do índice de massa corporal (IMC) que é o resultado da divisão do peso pela estatura ao quadrado e cuja classificação foi definida pela organização mundial da saúde como sobrepeso para valores entre 24,9 e 29,9 e obesidade para valores acima de 29,9 (NAHAS, 2001).

    A prevalência de sobrepeso e obesidade entre os industriarios de Santa Catarina medida por meio de questionários é de aproximadamente 27,3 e 5,9% respectivamente, sendo que no município de Joinville 7,4% dos homens e 6,2% das mulheres foram classificados como obesos (BARROS, 1999).

    Geralmente o tratamento do sobrepeso e obesidade baseia-se em reeducação alimentar e exercício físico numa tentativa de conseguir um balanço energético negativo a fim de consumir o excesso de gordura como fonte principal de combustível para as tarefas diárias, mas essa forma convencional de tratamento tem demonstrado bons resultados apenas para pessoas com sobrepeso, sendo insatisfatórios a médio e longo prazo para os obesos. (FONSECA, 2001).

    O exercício não é milagroso, como também não o são os remédios usados para emagrecimento. O verdadeiro milagre reside na prevenção da obesidade adotando uma dieta equilibrada, proporcional ao gasto energético diário, uma vida mais ativa fisicamente e um planejamento comportamental de longo prazo (GOLDBERG & ELLIOT, 2001; NAHAS, 2001 ).

    De acordo com Goldberg & Elliot (2001), a atividade física é uma alternativa saudável para a redução do peso corporal, principalmente na redução da gordura corporal. Entre os exercícios mais conhecidos e adequados estão as caminhadas (uma hora pelo menos), o ciclismo a passeio (40 minutos) , o trote (40 minutos) e a ginástica aeróbia proporcional a capacidade física do indivíduo em termos de tempo e intensidade (excetua-se a ginástica aeróbia de alto impacto, pelos riscos de lesão).

    O principal papel da atividade física deve ser o de aumentar o gasto energético acima da ingestão alimentar para que alguma gordura corporal seja reduzida (NAHAS, 2001).

    Pretende-se, com este estudo identificar os níveis de atividade física habitual e a prevalência de obesidade entre industriarios de Joinville através de medidas de campo realizadas nas semanas internas de prevenção aos acidentes de trabalho (SIPATs) com uma amostra representativa dessa população.


Métodos

População e amostra

   Realizou-se uma pesquisa de dimensão quantificável do fenômeno, cuja estratégia usada foi a soma de 11 estudos transversais exploratórios (surveys) em uma amostra representativa da população de industriarios das 75 maiores empresas contribuintes do serviço social da indústria-SESI da cidade de Joinville, sendo os dados tratados por meio da estatística descritiva. Este tipo de investigação permite, "obter informações acerca de condições existentes com respeito a variáveis ou condições numa situação específica (FLEGNER & DIAS, 1995)".

    A amostra foi estimada e corrigida através do programa EPI INFO, a fim de que pudesse representar a população das 75 maiores empresas de Joinville estimada em 31000 trabalhadores. A amostra foi composta por 2143 trabalhadores, a fim de admitir um erro máximo de 5%, com um efeito design de pesquisa de 1.5, uma vez que o estudo reuniu várias amostras menores investigadas num período de 3 anos (2000-2002). A faixa etária da amostra foi de 17 a 65 anos (36,76 + 14,27), sendo 910 trabalhadores do gênero feminino (idade- 38,05 + 15,23) e 1233 do gênero masculino (idade- 35,78 + 13,17), registrados profissionalmente nas maiores empresas da cidade de Joinville. Instrumentos e Coleta de dados

    Como instrumentos de coleta de dados utilizou-se uma balança digital da marca plenna, um estadiometro digital da marca soehnle e um plicômetro da marca sanny, alem de uma ficha de anotação e o questionário de atividades físicas habituais proposto por Russel R. Pate traduzido e adaptado por Nahas (2001). Os dados foram tabulados em uma planilha do Excel do programa office 97 onde foram calculados os níveis de atividades físicas habituais, índice de massa corporal- IMC e a estimativa de percentual de gordura corporal- %G através do protocolo de PETROSKI (1999) para quatro pregas cutâneas (triciptal, subscapular, supraíliaca e panturrilha)

    A coleta dos dados foi efetuada no período de janeiro de 2000 a novembro de 2002 e os avaliadores foram dois profissionais de educação física do SESI auxiliados por estagiários de educação física desta mesma instituição.

    As medidas das variáveis foram feitas em intervenções realizadas na semana de prevenção aos acidentes de trabalho- SIPATs e nas avaliações semestrais do programa SESI-ginástica na empresa das empresas após um contato prévio com os responsáveis pelos eventos, para esclarecimento sobre o estudo, bem como a autorização e assinatura dos formulários de consentimento informado, garantindo a confidencialidade dos dados individuais pela diretoria e pelos pesquisadores.

    Os instrumentos de medidas objetivas (balança e plicômetro) de dados foram aferidos sistematicamente a cada 50 medidas a fim de garantir a validade dessas medidas.

    Para obtenção de um grande número de medidas sem prejudicar o funcionamento das empresas e para que se pudesse emitir um relatório individual para cada pessoa avaliada, utilizou-se o método de medidas em linha, isto é, foi montado um estande composto de quatro postos de medidas, assim o trabalhador entrava no estande e era verificado seu peso e estatura por um pesquisador, em seguida outro pesquisador fazia as medidas de pregas cutâneas, outro tabulava os dados e por fim um especialista orientava os avaliados sobre os resultados. Os trabalhadores eram liberados em grupos de cinco, demorando cerca de 15 minutos para o atendimento de cada grupo de trabalhadores. O procedimento de medida das pregas cutâneas seguia a recomendação de COSTA (2000), onde são feitas as quatro medidas sucessivamente e em seguida são repetidas as medidas novamente sendo considerado o resultado médio de três conjunto de medidas sucessivas. Os questionários sobre atividades físicas eram preenchidos durante a espera na linha de medidas ou posteriormente, uma vez que seus resultados não eram entregues no momento da avaliação devido a dificuldade de análise. Indicadores e variáveis

    Para verificar a prevalência de obesidade-PO, adotou-se como critério a avaliação da composição corporal. Foram considerados obesos os trabalhadores cujo percentual de gordura corporal-%G fosse superior a 25% para homens e 32% para mulheres (NIEMAN,1999). A avaliação do %G foi feita pelo protocolo de Petroski (1999) utilizando variáveis antropométricas simples como dobras cutâneas, peso e estatura, além de dados como sexo e idade.

    O nível de atividade física-NAF foi avaliado considerando uma classificação em quatro níveis a pratica de atividades físicas habituais, levando em conta, alem das atividades físicas de lazer, as atividades físicas ocupacionais e de transporte. Através desse instrumento o indivíduo é classificado de acordo com a tabela I:

Tabela I. Classificação dos níveis de atividade física-NAF de acordo com o instrumento desenvolvido por Russel

    A classificação considerada como ideal é a de ativo e muito ativo, sendo as outras consideradas insuficientes para promover adaptações positivas para saúde.

    O presente estudo limitou-se a identificar a prevalência de sobrepeso e obesidade em trabalhadores da indústria de Joinville sem levar em consideração as variáveis demográficas dessa população.


Apresentação e discussão dos resultados

    O tratamento dos dados foi realizado com base nas medidas e avaliações, e organizados em forma de tabelas e gráficos, para que possam ser visualizadas mais claramente. Para atender os objetivos do estudo foi utilizada a estatística descritiva em termos de freqüências e prevalências simples.

Na tabela II- características antropométricas de toda a amostra

    Como podemos verificar na tabela acima, os valores médios das variáveis %G e NAF apresentam características que estão dentro dos padrões ideais estabelecidos, com exceção do IMC que apresenta um valor que indica sobrepeso para essa população. Mas verificando a dispersão dos dados (desvio-padrão), notamos que esta apresenta valores elevados o que indica que muitos trabalhadores estão fora desta zona média de conforto em relação a estas variáveis.

Tabela III- características da amostra feminina

Tabela IV- características da amostra masculina

    Quando estratificamos por sexo, verificamos que há diferenças substanciais entre as características de ambos os generos. Como podemos constatar acima, nos homens- tabela IV a classificação através %G médio foi muito próxima do considerado como ideal, isto é, valores entre 10 e 16% de gordura para homens adultos (NAHAS,1999). Os homens também,em média, apresentarem um nível de atividade física considerado ideal o que pode estar associado a esse %G próximo do ideal.

    Já as mulheres- tabela III, apresentaram um %G maior que o recomendado para o gênero, classificado como pré-obesidade e próximo do limite superior de 32% (NIEMAN,1999). Apresentam ainda um menor nível de atividade física habitual quando comparadas com os homens e abaixo do recomendado para manutenção da saúde.

Gráfico 1- Prevalência de obesidade na população masculina de acordo com o %G

    No gráfico 1 verificamos a prevalência de obesidade entre os homens é de 15%, muito superior ao levantamento feito por Barros (1999) que apontou apenas 7,4% nesta mesma população. Essa diferença, provavelmente, se deve aos diferentes métodos de avaliação utilizados em ambos os estudos. O presente estudo obteve medidas diretas na amostra enquanto o de Barros (1999), estimou a prevalência de obesidade utilizando o índice de massa corporal-IMC, calculado a partir de dados peso e estatura fornecidos por questionários auto-aplicados.

Gráfico 2- Prevalência de obesidade na população feminina de acordo com o %G.

    No gráfico 2 verificamos a prevalência de obesidade entre as mulheres é de 31,4%, muito superior, também, ao levantamento feito por Barros (1999) que apontou apenas 6,2% nesta mesma população.

    A prevalência de trabalhadores insuficientemente ativos para obter benefícios para saúde ficou em 47,06%, sendo que cerca de 33% dos homens e 62% das mulheres, como podemos verificar no gráfico 3, não apresentam um padrão de atividades físicas habituais suficiente para obter benefícios para saúde de acordo com o protocolo adotado para esse estudo.

Gráfico 3- Prevalência de trabalhadores insuficientemente ativos fisicamente de acordo com o gênero.

    As prevalências verificadas são muito semelhantes com as encontradas por Barros (1999) em uma amostra representativa de trabalhadores da industria de Santa Catarina, onde 46,4% dos trabalhadores revelaram não praticar atividades físicas de lazer.

    Porem devemos levar em consideração que a estrutura do questionário utilizado para medir o nível de atividade física, considera para a avaliação, muito mais as atividades físicas de lazer do que as ocupacionais. Nesse protocolo a atividade física ocupacional interfere muito pouco para a classificação dos níveis de atividade física habitual, o que certamente é uma grande limitação do instrumento, logo essas prevalências de insuficiência de atividade física podem estar sendo superestimadas.

    Na tentativa de controlar essa limitação, foram analisados os grupos de acordo com a função nas empresas. Os funcionários do setor de produção, são aqueles cujo trabalho é caracterizado por uma maior demanda física que o setor de administração, cujo trabalho é caracterizado como essencialmente intelectual.

    O gráfico 4 nos mostra a prevalência de funcionários em cada classificação proposta para o nível de atividade física de acordo com suas funções/setores nas empresas. Aparentemente as pessoas mais ativas estão no setor de produção, embora o protocolo de avaliação valorize mais as atividades físicas de lazer. Em quanto que no setor administrativo, a prevalência de pessoas insuficientemente ativas é preocupante.

Gráfico 4- Percentual de pessoas em cada classificação de atividade física de acordo com o setor nas empresas

    Ao analisarmos a associação entre o nível de atividade física e obesidade, constatamos que a prevalência de pessoas insuficientemente ativas obesas é de 17,19% enquanto que a prevalência de pessoas insuficientemente ativas que não são consideradas obesas é de apenas 5,23%. De acordo com esses dados, o risco relativo de um trabalhador insuficientemente ativo ser obeso é de 3,29, ou seja, há 229% mais chances de encontrarmos trabalhadores insuficientemente ativos obesos do que trabalhadores insuficientemente ativos com percentual de gordura recomendado nessa população.

    Ao utilizarmos o teste Qui-quadrado corrigido pelas tabelas de contingência para verificarmos se há diferença estatisticamente significativa entre os grupos, obtivemos um resultado positivo ao nível de probabilidade de 0,05 (p<0,05), ou seja, nesta população há diferença significativa entre o grupo de trabalhadores não obesos suficientemente ativos fisicamente e o grupo de de trabalhadores obesos suficientemente ativos fisicamente. Isso vai ao encontro dos resultados obtidos em outros estudos similares como o de Barros (1999) que avaliou essa mesma população em todo o estado de Santa Catarina.


Considerações finais

    Diversos fatores em nosso estilo de vida afetam a maneira como vivemos e por quanto tempo vivemos e entre esses fatores a atividade física e a boa alimentação são fatores decisivos na formação e manutenção de uma composição corporal adequada para manutenção da saúde e qualidade de vida (NAHAS,2001).

    A composição corporal é uma das dimensões mais importantes da aptidão física relacionada com a saúde, sendo considerado o excesso de gordura como um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer (GOLDENBERG & ELLIOT, 2001; GUEDES,1995; NAHAS,2001; NIEMAN,1999).

    Nas empresas, programas de promoção da saúde que enfatizem uma adequada de nutrição, controle de estresse e atividade física, podem reduzir indiretamente o risco de desenvolvimento de doenças e afastamentos desnecessários (BARROS, 1999), mas a determinação de metas e investimentos para esses programas, geralmente são avaliadas através de diagnósticos da situação.

    A estimativa de composição corporal apresenta muitas limitações, mas tem uma grande vantagem em relação ao IMC comumente usado, pois parece mais precisa para avaliar pessoas que não apresentam obesidade mórbida, por distinguir pelo menos dois componentes corporais: massa adiposa e massa magra (COSTA, 2000).

    Concluímos, com a realização deste trabalho, que nesta população a obesidade é um fator de risco muito preocupante devido a sua grande prevalência, principalmente entre as mulheres que mostraram-se menos ativas fisicamente em comparação aos homens.

    A obesidade é um fator de risco para saúde que está relacionada com diversas doenças e transtornos como a diabete, hipertensão, doenças cardiocirculatórias entre outras. Por outro lado, atividade física, principalmente a aeróbica, colabora na redução do colesterol, hipertensão, diabete e gordura corporal, sendo favorável manter-se ativo a fim de manter a adiposidade corporal adequada. Isso fisiologicamente auxilia no livre fluxo sangüíneo e mantém os vasos íntegros, e externamente, na dimensão estética, ajuda na melhoria da auto-estima, uma vez que a pessoa obesa é, de certo ponto, discriminada por seu porte físico.

    Então, a pessoa que não é obesa e mantém uma atividade física habitual, além de levar uma vida mais saudável, é bem mais aceita nos padrões de beleza estabelecidos pela atual sociedade.

    Os resultados de associação e prevalências encontrados em industriários de Joinville nos levam a acreditar que a atividade física, principalmente a da lazer, é sem dúvida, um excelente hábito que auxilia na prevenção da obesidade na promoção da boa saúde, podendo prolongar a vida por alguns anos, e aumentar a produtividade no trabalho (HOWLEY & FRANKS, 2000).

    As intervenções que mais afetam a Qualidade de Vida no trabalho e no envelhecimento estão centradas na eliminação do fumo, no aumento da atividade física habitual e na melhoria dos padrões nutricionais (NAHAS, 2001), bem como as melhorias da organização e das condições do trabalho (MARTINS, 2002; OLIVEIRA, 1998; RIO & PIRES, 1999).

    Acreditamos que os programas de promoção de atividades físicas nas empresas são uma grande oportunidade de democratizar conhecimentos a respeito da atividade física no contexto da saúde e de cuidados com os hábitos de vida, desde que tenham suporte político e técnico para favorecer a conscientização reflexiva sobre o trabalho, a corporeidade e a sociedade.


Referências bibliográficas

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revista digital · Año 9 · N° 67 | Buenos Aires, Diciembre 2003  
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