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Crescimento e desenvolvimento físico de portadores de
deficiência mental da APAE de Umuarama - PR
Prof. Carlos José Berti de Matos, Prof. M.Sc. José Irineu Gorla y Prof. M.Sc. Hélcio Rossi Gonçalves

http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 8 - N° 51 - Agosto de 2002

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    As informações referentes às espessuras das dobras cutâneas subescapular e tricipital (Gráfico 5), percebemos mais uma vez semelhança entre os dados e os estudos de comparação, observamos no entanto, que aos 13 anos a dobra cutânea subescapular ultrapassa a tricipital quando comparada com as demais, e novamente acreditamos que tal fato, ocorreu em função da amostra ou de uma precocidade maturacional com influência do meio ambiente.

Gráfico 4: Comparação entre as médias de dobra cutânea subescapular dos escolares do sexo masculino de escolas especializadas (APAE) do município de Umuarama (Pr) com o estudo de GUEDES e GUEDES (1997) e EICHARDST e LAVAY (1992).

Gráfico 5: Comparação entre valores de espessura de dobras cutâneas tricipital e subescapular (mm) dos escolares do sexo masculino de escolas especializadas (APAE) do município de Umuarama (Pr) com o estudo de GUEDES e GUEDES (1997) e EICHARDST e LAVAY (1992).


Conclusão

    A partir da realização do presente estudo, podemos concluir que os alunos portadores de deficiência mental da APAE de Umuarama - Pr, que foram avaliados, apresentaram resultados semelhantes ao estudo realizado por Eichardst e Lavay (1992), realizado com deficiente mental em todas as variáveis antropométricas. Assim como, valores significativamente menores quando comparados aos alunos não portadores de deficiência, descritos no estudo realizado por Guedes e Guedes (1997).

    Somente na faixa etária dos 13 anos de idade, houve uma grande diferença, para maior, dos indivíduos avaliados neste estudo, em todas as variáveis, em comparação aos dois estudos citados anteriormente. Acreditamos que este resultado se deve ao fato de um dos alunos nesta faixa etária, ter apresentado um resultado acima da média para a idade e, devido ao número limitado de alunos avaliados, provocou está diferença.

    Em virtude do exposto, acredita-se também, que as variáveis antropométricas dos alunos portadores de deficiência mental pesquisados neste estudo estão abaixo do resultado esperado no que se refere ao desenvolvimento físico.

    Acredita-se ainda, que um programa de atividade física adequado às necessidades deste público teria um papel fundamental para a melhoria de todos os resultados obtidos. Verificamos que o resultado da amostra com as avaliações não ocorreram um diferencial em relação aos dados estudados.

    Concluindo, é necessário ainda, uma investigação mais criteriosa, com um número maior de avaliados, o que certamente estaria fornecendo informações mais precisas quanto aos aspectos antropométricos com crianças e adolescentes portadores de deficiência mental.


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