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O perfil dos praticantes de um novo esporte radical: o drift trike em São Paulo, Brasil

The profile of practioners of a new extreme sport: the drift trike in São Paulo, Brazil

El perfil del los practicantes de un nuevo deporte extremo: el drift trike en São Paulo, Brasil

 

Universidade Nove de Julho

(Brasil)

Leandro Caldeira Brant

Luiz Alberto da Silva Ferreira

Paulo da Silva Gomes Freitas

Douglas Gomes Pirolla

Dimitri Wuo Pereira

dimitri@rumoaventura.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O Drift Trike é um esporte de aventura que teve seu início nas ladeiras da Nova Zelândia e dos Estados Unidos no século XXI. Por volta do ano de 2010 chegou ao Brasil com seus primeiros praticantes no estado de São Paulo. É uma modalidade que mistura o carrinho de rolimã com a bicicleta, formando um triciclo, sendo dois brinquedos populares atraem homens, mulheres e crianças. Hoje é possível afirmar que o esporte expandiu-se para outras regiões do país, chegando a estados como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais, que já registram ligas desportivas responsáveis por organizar campeonatos da modalidade. O objetivo desta pesquisa foi delinear o perfil dos praticantes de Drift Trike em São Paulo e apresentar esta nova modalidade de aventura. A metodologia utilizada foi uma pesquisa descritiva exploratória com 18 praticantes em uma etapa do campeonato paulista realizado na cidade de Atibaia - SP. Constatou-se que 89% dos praticantes de são do gênero masculino. A média de idade é 26,5 anos. 89% dos praticantes tem renda familiar entre 1 a 5 salários mínimos podendo ser classificados como classe média, isto se explica devido ao custo dos equipamentos, de aproximadamente 2,5 salários mínimos. Não é um esporte de elite, mas é necessário investimento para que se pratique com segurança. As manobras valem pontos em campeonatos, que são organizados com apoio das prefeituras pela necessidade de fechamento de vias públicas. Conclui-se que é uma modalidade nova a atraente para os que buscam fortes emoções e que promove a sociabilização entre os familiares e praticantes.

          Unitermos: Drift Trike. Ladeira. Aventura.

 

Abstract

          Drift Trike is an adventure sport which began in both New Zealand and US hills on the twenty first century. Just by the year 2010 it came to Brazil with its first practitioners in the state of Sao Paulo. It is a mix modality between the gravity racing skating and the bicycle, turning into a tricycle, attracting men, women and children as well, by being two popular toys. Today it is possible to say this sport has spread countrywide, reaching states in both regions, south and southeast, where champions have even been established. The aim of this research is to outline the Drift Trike practitioners’ profile in Sao Paulo and to introduce this new adventure modality. The methodology used was an exploratory and descriptive research along with eighteen practitioners in one of the stages of a championship which was held in the city of Atibaia in the state of São Paulo. It was found that 89% are men, the average age is twenty-six and a half years, whose average income ranges from one to five minimum Brazilian wages, being classified as belonging to the called middle class. This is explained due to the high cost in the gear prices, usually taking two and a half minimum wages. It is not considered an elite sport. However, it is required investment so as to practice this sport for safety reasons. Each maneuver is worth points in championships, which are arranged with the sponsorship of the city halls since streets have to be closed. It is concluded that the new modality is attractive for those who look for emotions also promoting the sociability among family members and practitioners as well.

          Keywords: Drift Trike. Hill. Adventure.

 

Resumen

          El Drift Trike es un deporte de aventura que tuvo su comienzo en las pendientes de Nueva Zelanda y los Estados Unidos del siglo XXI. Alrededor del año 2010 llegó a Brasil con sus primeros practicantes en el estado de Sao Paulo. Es un deporte que mezcla el carrito de rulemanes con la bicicleta, dos juguetes populares que atraen a los hombres, mujeres y niños, formando un vehículo de tres ruedas. Hoy podemos decir que este deporte se ha expandido a otras regiones del país, llegando a estados como Santa Catarina, Río Grande do Sul, Paraná y Minas Gerais, con ligas deportivas reconocidas, responsables de la organización de campeonatos. El objetivo de este estudio fue delinear el perfil de los profesionales de Drift Trike en Sao Paulo y presentar este nuevo tipo de aventura. La metodología utilizada fue un estudio exploratorio descriptivo de 18 practicantes en una etapa del campeonato Paulista, en la ciudad de Atibaia - SP. Se encontró que el 89% de los practicantes son hombres. La edad media es de 26,5 años. 89% de los practicantes tienen una renta de 1-5 salarios mínimos y puede ser clasificado como de clase media; esto se explica debido al costo de los equipos, aproximadamente 2,5 salarios mínimos. No es un deporte de élite, pero se necesita de una inversión para ser practicado de forma segura. En los campeonatos, las maniobras valen puntos. Los campeonatos se organizan con el apoyo de los gobiernos municipales por la necesidad del cierre de la vía pública. Llegamos a la conclusión que es una modalidad nueva y atractiva para aquellos que buscan emociones y promueve la socialización entre los miembros de la familia y practicantes.

          Palabras clave: Drift Trike. Pendiente. Aventura.

 

Recepção: 17/06/2016 - Aceitação: 29/09/2017

 

1ª Revisão: 12/09/2017 - 2ª Revisão: 26/09/2017

 

 
Lecturas: Educación Física y Deportes (EFDeportes.com), Revista Digital. Buenos Aires, Año 22, Nº 232, Septiembre de 2017. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Os Esportes Radicais são práticas que se configuram pelo risco e o perigo como inerentes à prática gerando altas doses de adrenalina no praticante, motivo pelo qual estes sempre desejam mais desafios e assim vão formando uma cultura com características próprias, geralmente associadas à emoção, a superação e ao enfrentamento das imprevisibilidades das ações (Pereira e Armbrust, 2010).

    O Drift Trike (DT) é um esporte que teve início nas ladeiras da Nova Zelândia e Califórnia e vem sendo praticado no Brasil desde 2010. Hoje conta com eventos em todo o Brasil, sendo difícil saber a quantidade exata de praticantes, porém com homens, mulheres e crianças desfrutando de deslizar sobre rodas no asfalto. Nesta modalidade utiliza-se um Trike (triciclo) composto por um eixo traseiro, com duas rodas de kart ligadas a uma roda de bicicleta, aro 20, com um banco sobre o eixo traseiro, que mantém o centro de gravidade próximo ao solo. Pode se dizer que o DT é uma evolução do carrinho de rolimã, misturado com a bicicleta (Bernardo, 2015). Mestre (2016) afirma que o DT é um triciclo derrapante, sendo a intenção deste trabalho apresentar a modalidade de Drift Trike e caracterizar o perfil dos praticantes em São Paulo.

    Sobre a geometria do Trike, Mestre (2016) afirma que os desenho dos chassis devem seguir os seguintes parâmetros: distância entre eixos, altura e largura. Sendo que, para competições sugere-se que as medidas sejam:

  • Distância entre eixos máxima de 115 cm.

  • Altura total entre 80 e 110 cm.

  • Altura das rodas de 18 a 27 cm.

  • Diâmetro exterior das rodas de cobertura de 18 a 27 cm.

    Brandão (2010) aponta no percurso histórico dos Esportes de Ação, que a partir do surfe e de brinquedos com roda, como os carrinhos de rolimã, patins e bicicletas, outras modalidades surgiram como o próprio skate e agora o DT.

    A difusão da prática ocorre através da internet, principalmente com adeptos de outras modalidades como BMX, patins, skate downhill vindo para o DT.

    Existem competições de diversos tipos no mundo, as mais praticadas são as corridas de velocidade e as corridas com Drifts (movimento à deriva), trajetos pré-determinados com curvas, nos quais são realizadas manobras de deslize. O DT pode atingir velocidade de até 90 km/h em ladeiras íngremes, e além da rapidez, suas rodas traseiras são revestidas com tubos de PVC gerando menos atrito e fazendo-o girar em 90, 180 e até 360 graus, o que aumenta os riscos e a adrenalina dos pilotos (Bernardo, 2015). A ideia principal do DT é que as se consiga fazer as rodas patinarem de forma controlada (Mestre, 2016).

    O Mapa do DT (on line que indica as principais equipes e pistas do mundo) aponta atualmente 154 equipes oficiais organizadas, sendo 91 no Brasil, com maior concentração em São Paulo, Santa Catarina e Paraná. O DT pode ser feito artesanalmente, mas com o crescimento da modalidade, algumas empresas começaram a fabricá-los de acordo com as especificações das competições, para gerar melhor desempenho, porém muitos praticantes preferem montar seus próprios triciclos de forma personalizada (Bernardo, 2015).

1. Drift Trike na ladeira (imagem arquivo pessoal)

Competições

    Em São Paulo foi criada e LPDT (Liga Paulista de Drift Trike) que tem por objetivos: Promover a prática do DT; defender a formação e aperfeiçoamento de atletas; gerar intercâmbios entre atletas nacionais e internacionais; estimular o interesse do conhecimento das regras; organizar campeonatos de nível estadual, nacional e internacional; promover publicações de interesse de todos os praticantes (Bernardo, 2015).

    Em média 150 pilotos participam das provas, gerando grande interesse do público em assistir os eventos, que precisam de autorização das prefeituras municipais para o fechamento das ruas nas quais o evento vai acontecer e de apoio dos departamentos de trânsito, policial, e de socorro médico. Menores de idade só podem participar com autorização dos responsáveis e o grande número de pessoas no evento conta com a organização e tendas de alimentação e som, para entreter o público e gerar um clima de festa nas provas, tanto que famílias inteiras costumam participar do evento tanto como atletas, quanto como assistentes das competições (Bernardo, 2015).

    O regulamento é composto pela prova de speed (velocidade) e slide (manobras de deslize), com quatro pilotos descendo em cada bateria. As principais regras são:

  • A saída será somente na gravidade, não sendo permitido o impulso com os pés ou pedais.

  • O piloto na largada deverá ficar com os pés na pedaleira e as duas mãos no guidão.

  • Os quatro pilotos terão duas oportunidades de largada. Em caso de algum queimar a primeira largada, será dado mais uma chance. Em caso de queima de largada pela segunda vez, independente de qual piloto queimou a primeira largada, será desclassificado.

  • Os pilotos não poderão fechar intencionalmente o seu oponente, impedindo assim sua passagem, sendo o atleta desclassificado.

  • Provocar qualquer tipo de manobra que possa a vir prejudicar a integridade física, ou desempenho na prova do piloto à sua frente também é passível de desclassificação (Red Bull Trike Strike, 2015).

2. Competição de Drift Trike (imagem arquivo pessoal)

Objetivo

    O Objetivo desta pesquisa é delinear o perfil dos praticantes de DT em São Paulo.

Metodologia

    Foi usada uma pesquisa descritiva exploratória, que teve como amostra 18 sujeitos praticantes da modalidade que participaram de uma competição no município de Atibaia. Todos assinaram o TCLE e responderam um questionário com as seguintes perguntas:

Resultados

Praticantes por gênero

Gráfico 1

    Segundo Souza e Knijnik (2007) o número de mulheres praticantes de esportes competitivos vem crescendo no Brasil, sendo que no ano 2000 elas já representavam 40% da delegação olímpica brasileira, porém a exposição da mídia das mulheres é sempre desprezada, ou diminuída frente à divulgação das conquistas masculinas, não gerando em outras mulheres o espelho necessário, para que também queiram ser protagonistas no esporte.

    Este fato ainda está presente no DT, que além de ser uma novidade no cenário esportivo, ainda carrega o peso de ser uma modalidade com riscos inerentes à prática. Moura et al. (2009/2010) mostram que mulheres praticantes de modalidades agressivas recebem preconceito da sociedade, muitas vezes associando sua imagem a homossexualidade, este fato, pode influenciar a baixa procura pelo DT entre as mulheres, apesar da própria família ser no caso desta modalidade uma incentivadora.

    Mas destacam Schwartz et al. (2016) que mulheres praticantes de modalidades de risco principalmente em ambientes inóspitos e de tecnologia são minoria e precisam superar diversos obstáculos para serem aceitas, fato que corrobora com os números encontrados nesta pesquisa.

    Vale destacar que segundo no Ministério do Esporte, entre as mulheres 34% preferem a prática de atividades físicas (academia), em relação a 15,6% que preferem a prática esportiva. Já entre os homens 35,9% preferem a prática esportiva, enquanto 22,9% escolhem a atividade física (academia). Estes dados mostram que a preferência por esporte e competição não é o maior interesse das mulheres e, além disso, apontam para um maior número de mulheres sedentárias do que homens: 50,4% contra 41,2% (Brasil, 2015).

    Goellner (2005) demonstra que há preconceito em relação à mulher na prática esportiva por fatores históricos e culturais, e que ainda é cedo para que exista equilíbrio na quantidade de praticantes homens e mulheres no esporte em geral.

    De toda forma, a mulher parece dedicar-se menos a prática esportiva seja por motivos de interesse pessoal, por preconceito social, e por que não dizer por ter tarefas como o trabalho, cuidar da casa e dos filhos tomando seu tempo, mais do que os homens e consequentemente resta-lhes menos tempo para a prática esportiva.

Praticantes por cor de pele

Gráfico 2

    Em São Paulo declaram-se pardos ou negros 24,7% da população segundo dados do IBGE. Esta pesquisa encontrou 39% de sujeitos declarando-se destas cores, estes dados parecem significativos e apontam para um público miscigenado entre os praticantes de DT.

    Silva et al. (2015) apontam que no skate o percentual de pardos e negros atinge 60%, o que representa a maioria dos skatistas. Os dados desta pesquisa, talvez estejam relacionados aos maiores custos de equipamentos no DT em relação ao skate, afinal, constatou-se no questionário, que o valor médio de investimento no Trike é de R$ 1.887,78, sem contar roupas, capacetes, luvas e outros equipamentos de proteção, além do fato de ser necessário um carro para transportar o triciclo até as ladeiras, o que gera mais investimentos. Mestre (2016) projetou o custo de fabricação do DT na Europa em 341 Euros. Este valor convertido em reais, com impostos e o lucro do fabricante projetam um valor final de um produto importado desses para mais de R$ 3.000,00. Esses dados apontam para um investimento vultoso do praticante, e para a construção de equipamentos nacionais no intuito de baratear os investimentos na prática desse esporte no Brasil.

    A respeito das questões raciais envolvendo este tipo de modalidade de esporte radical percebe-se que a proporção de pardos e negros necessita mais pesquisas que possam realmente confirmar uma presença proporcional de praticantes em relação à população brasileira, pois a maioria das pesquisas sobre a presença do negro no esporte brasileiro costuma se relacionar ao futebol, graças a grande influência cultural desta prática no Brasil como apontam os estudos de Helal e Teixeira (2011) e Rodrigues (2004).

    Ainda a este respeito Macneill (2006) aponta que no esporte olímpico, os atletas e a mídia tratam de forma racista, estereotipada e preconceituosa os atletas negros. Na natação, eles foram expostos à condição vexatória, pela sua pouca identificação com o universo do esporte de alto rendimento.

    Acredita-se que em modalidades com pouca mídia, que requerem menor investimento financeiro em treinamento, em que seja possível adaptar o material de prática, com maior proximidade da família e cujo lazer é fonte primordial de motivação, como é o caso do skate e do DT seja possível que pardos e negros tenham mais espaço e sofram menor discriminação.

Grau de escolaridade

Gráfico 3

    Apenas 11% dos sujeitos estão no ensino fundamental II, esse dado provém do fato da média de idade ser de 26,5 anos, o que corresponde ao público adulto, Revela também que é um público com bom grau de instrução, afinal 33% já completaram o ensino superior e 56% já completaram o ensino médio.

    Como esta modalidade requer um carro para o transporte do Trike, então ser adulto e ter habilitação são fatores importantes para praticar, pois do contrário seria necessário que alguém pudesse transportar o triciclo para aquele que não têm automóvel nem certeira de motorista. A questão do amadurecimento dos praticantes aproxima-se da observação de Pereira et al. (2017), quando verificam que na modalidade escalada diferente do skate é mais constante que pessoas mais velhas pratiquem, devido ao maior custo e maior responsabilidade de encarar riscos de acidentes graves que os praticantes do DT e da escalada tem em relação a skate.

    A maioria dos Trikes é montada pelos próprios pilotos, necessitando algum conhecimento de mecânica e de poder aquisitivo para comprar as peças e construir seu próprio DT.

    Desta forma, espera-se que apesar de crianças também participarem da modalidade, ela continue a ser mais praticada por adultos. Acredita-se que é possível construir um triciclo menor e mais apropriado ao uso infantil, dando mais acesso aos pequenos de participar desta atividade.

Renda familiar mensal

Gráfico 4

    Comparando com os dados do IBGE (2011) verifica-se a população de São Paulo tem 9,2% de pessoas com renda familiar a partir de 4 salários mínimos, e que 11% dos praticantes de DT encontram-se nessa camada sócio econômica. Porém apenas 15,9% dos paulistas estão na faixa de 2 a 4 salários, e esta faixa foi a que apresentou maior porcentagem de praticantes com 61%. 28% dos sujeitos da pesquisa declararam que estão na faixa de 1 a 2 salários mínimos para uma população de 33,1% no Estado de São Paulo. A faixa mais pobre da população no Estado corresponde a 41,8% dos paulistas e nenhum deles pratica o DT.

    Este dado mostra que os praticantes de DT não são a classe econômica mais favorecida da população. Alguns motivos podem ser levantados a este respeito: o fato deste esporte não requerer alta tecnologia, o material pode ser adaptado, por ser praticado nas ruas, ou então por representar certa transgressão de normas sociais, pelo uso do espaço público como local de lazer.

    Por outro lado, os custos com o equipamento e a necessidade de automóvel para o transporte, não permite que pessoas de baixa renda pratiquem. O fator financeiro é limitante da prática e o custo razoável de investimento associado ao clima de quebra de normas sociais não gera tanto interesse nas classes mais ricas de praticar o esporte.

Tempo de prática

Gráfico 5

    Entre os sujeitos participantes da pesquisa 78% praticam a mais de um ano o esporte, enquanto 22% começaram a modalidade no último ano. Observa-se que as manobras mais realizadas pelos sujeitos são: Slide, Drift, 360, Speed, Negativo e Slalon, em geral são os mais experientes que as aplicam, devido à necessidade de experiência para arriscar-se em manobras e de domínio de técnicas de deslize sobre rodas. Como esta pesquisa foi realizada num evento competitivo, era normal encontrar pessoas com maior experiência e com conhecimento das manobras, pois elas são o diferencial na pontuação em campeonatos.

    Vieira et al. (2011) apontam que o estabelecimento de metas nas práticas de aventura em geral só ocorre com pessoas com três ou mais anos de prática, o que reforça os dados encontrados nesse levantamento de perfil.

Conclusão

    O Drift Trike é um esporte com um imenso potencial para ser difundido e se tornar popular entre os participantes de esportes de aventura, pois sua prática causa enorme satisfação e prazer, pelo aumento dos níveis de adrenalina, nas descidas de ladeiras íngremes. Há ainda espaço para o crescimento da modalidade, pois ela é recente no cenário nacional pelo que se observou pelo tempo de prática dos atuais entusiastas nela.

3. Atleta em competição de Drift Trike (imagem arquivo pessoal)

    Como sugerem Pereira et al. (2017) há novas configurações nas práticas esportivas, com a busca de espaços diferenciados para sua expressão no meio urbano e a perseguição de desafios corporais intensos e marcantes em emoções e em atitudes de sociabilização na atualidade.

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