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Lazer e qualidade de vida em universitários de São Paulo

Leisure and quality of life in university students of Sao Paulo

 

Doutorandos em Distúrbios do Desenvolvimento

na Universidade Presbiteriana Mackenzie

(Brasil)

Marcos Fernando Larizzatti

João Manoel Quadros Barros

Vinícius Hirota

marcos.doris@terra.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O lazer é uma necessidade básica do ser humano e assegurado pela Constituição Brasileira de 1988. As atividades de lazer podem ser classificadas em sete conteúdos culturais diferentes, que os indivíduos costumam realizar no chamado “tempo livre”, isso é após cumprir suas obrigações do dia a dia. Nossa pesquisa foi avaliar se universitários de uma universidade particular praticam atividades de lazer e se existe uma correlação entre a quantidade de lazer praticada e a qualidade de vida avaliada pelo WHOQOL Bref. Diferente da literatura estudada, nossa pesquisa encontrou uma correlação moderada negativa, isso é, quanto maior as atividades de lazer praticadas pelo indivíduo, menor sua qualidade de vida. Quando o gênero feminino foi avaliado separadamente, a correlação entre qualidade de vida e lazer foi positiva, mas fraca. Não existiu uma diferença significativa entre a qualidade de vida entre gêneros.

          Unitermos: Lazer. Estudantes universitários. Qualidade de vida.

 

Abstract

          Leisure is a basic human need and guaranteed by the Brazilian Constitution of 1988. Leisure activities can be classified into seven different cultural content, individuals usually hold the so-called "free time", that is after fulfilling its obligations of the day the day. Our research was to assess whether students from a private university practice leisure activities and if there is a correlation between the amount of leisure practiced and the quality of life measured by WHOQOL Bref. Unlike studied literature, our research has found a negative moderate correlation, that is, the higher the leisure activities practiced by the individual, the lower their quality of life. When females were evaluated separately, the correlation between quality of life and leisure was positive but weak. There was no significant difference between the quality of life between genders.

          Keywords: Leisure. University students. Quality of life.

 

Recepção: 25/03/2016 - Aceitação: 15/05/2017

 

1ª Revisão: 26/04/2017 - 2ª Revisão: 12/05/2017

 

 
Lecturas: Educación Física y Deportes, Revista Digital. Buenos Aires - Año 22 - Nº 228 - Mayo de 2017. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A prática de lazer é um direito do ser humano, assegurado na Constituição Brasileira (1988). A prática de lazer pode desenvolver diversos aspectos na vida das pessoas, melhorando aspectos físicos, motores, sociais e emocionais. O lazer também pode ajudar a melhorar nossa qualidade de vida, que envolve domínios físicos, psicológicos, de relações sociais e meio ambiente. Mas a prática do lazer nem sempre é tão simples como veremos a seguir.

    Atividades de lazer são realizadas pela pessoa de maneira voluntária. O lazer que as pessoas praticam no dia a dia é realizado no chamado “tempo livre”, isso é, no tempo que o indivíduo dispõe após cumprir todas suas obrigações diárias e que também possuem características próprias, como escolha pessoal, prazer, gratuidade e liberação das atividades comuns do cotidiano. Alguns autores sustentam que essa tomada de decisão quanto à prática de lazer proporciona ao indivíduo liberdade de escolha pessoal sobre a diversidade de atividades possíveis para seu exercício (Souza, Silveira, Rocha, 2013; Chatzisarantis, Hagger, 2009; Heo, Kim, Won, 2011).

    Um aspecto ligado à prática de lazer é a socialização. Durante os primeiros anos do desenvolvimento atividades de brincar potencializam não só o desenvolvimento de repertórios comportamentais relacionados ao tipo de brincadeira e interação social com pares, como também favorecem a prática de lazer. E a socialização pode e deve durar toda nossa vida, independentemente da idade.

    A definição de lazer ao longo dos tempos já teve diferentes concepções. Há décadas atrás o lazer era considerado simplesmente como uma parte do tempo livre decorrente de conquistas trabalhistas, devido, por exemplo, à diminuição da jornada de trabalho, descanso semanal remunerado, férias, aposentadoria (Gomes, 2004). Resumidamente, era apenas um espaço de tempo livre entre duas jornadas de trabalho, que poderia ser preenchido por atividades recreativas saudáveis ou como uma preparação contra o stress antes da nova jornada de trabalho. Ainda segundo a autora, a partir das ideias de Joffre Dumazedier nas décadas de 1950-60 na França, o lazer não se avaliou, apenas, na oposição ao trabalho, mas contou com aspectos como o caráter liberatório (liberar das obrigações institucionais); caráter desinteressado (sem fins lucrativos ou ideologias); caráter hedonístico (busca pelo prazer, satisfação e alegria) e caráter pessoal (necessidade de descanso, divertimento e desenvolvimento).

    Atualmente o lazer visa diversos aspectos, pois pode ser um tempo de descanso (sem ser o descanso fisiológico necessário para todo ser humano), um tempo de divertimento, recreação ou de desenvolvimento (aprendizado de livre e espontânea vontade sem vínculo com a profissão da pessoa).

    Estas ideias de lazer possuem uma raiz nas ideias de Joffre Dumazedier (1980, p.19) que o define como: “conjunto de atividades desenvolvidas pelos indivíduos seja para descanso, seja para divertimento, seja para o seu desenvolvimento pessoal e social, após cumpridas suas obrigações profissionais, familiares e sociais”. Esta será definição de lazer adotada para nossa pesquisa.

    Dumazedier classifica as atividades realizadas no lazer em grupos de acordo com características comuns: são os chamados conteúdos culturais do lazer. Ele classificou em cinco grupos: físicas, manuais, intelectuais, artísticas e sociais, sendo que Camargo (1980) acrescenta as atividades turísticas e Schwartz (2003) incluiu mais tarde o termo de atividade virtual. Estes sete conteúdos serão utilizados como classificação adotada na pesquisa. Seguem exemplos de atividades nos diferentes conteúdos culturais do lazer:

  • Físicas: atividades físicas formais (aulas de ginástica e exercícios em academias, clubes) ou informais, em espaços planejados ou não; prática de esportes, jogos e brincadeiras que envolvam o uso do corpo. Podemos correr numa praia, sozinhos, ou treinar atletismo num clube com pistas oficiais. Os objetivos geralmente podem envolver a melhoria da saúde, estéticos, condicionamento físico (habilidades e capacidades motoras, etc.

  • Manuais: manuseio, exploração e transformação de matéria-prima, trabalhando com madeira, metais, terra, reciclagem (pintura, escultura, artesanato). Envolve ainda o cultivo de plantas, a criação de animais, tocar instrumentos musicais (violão, flauta, piano, bateria, etc.), etc. São atividades que de modo geral estimulam o desenvolvimento da criatividade.

  • Intelectuais: buscar informações em livros, jornais, revistas, pesquisas na internet, etc. Pode ter um caráter de buscar novos conhecimentos, de aprender coisas novas.

  • Artísticas: o conceito de artístico não envolve apenas o que costuma-se chamar de cultura erudita, quando pensamos no teatro, música, cinema, literatura, esculturas e pinturas, mas também em atividades do cotidiano, como decoração da casa, maquiagem de crianças para uma festa, fantasias de carnaval, etc.

  • Sociais: busca atividades em grupo, em família, onde pessoas interajam com pessoas, seja na forma de festas, passeios em grupo, etc. Exemplos seriam frequentar associações de bairro, igrejas, partidos políticos, movimentos sociais, para conhecer novas pessoas e criar vínculos.

  • Turísticos: muitos procuram mudanças de paisagem, de ritmo e estilo de vida, e as viagens podem promover tais mudanças. Normalmente são feitas distantes do local onde moram, mas pode acontecer na própria cidade, quando visitamos locais onde a distância geralmente é maior e só frequentamos raramente, em feriados e férias quanto temos mais tempo.

  • Virtuais: atividades que envolvam jogos eletrônicos via internet, vídeo games, tablets, celulares e demais aparelhos eletrônicos. Além disso, o uso destas tecnologias para interesses sociais como Facebook, Whatsapp, Twitter, blogs, e até sites usados para contatos profissionais como Linkedin.

    O lazer pode ter fatores facilitadores, como por exemplo condições adequadas de renda familiar, acessibilidade, variedade de opções, mas também práticas deficitárias de lazer poderão estar associadas a outros impeditivos denominados como barreiras do lazer. As barreiras são fatores que interferem ou limitam o acesso ao lazer, como por exemplo a falta de tempo livre, a saúde dos cuidadores, a baixa renda familiar, problemas no comportamento dos filhos, falta de acessibilidade, religião dentre outros (Iwasaki, 2007; Lloyd, Little, 2010; Faria, Ferreira e Carvalho, 2010; Vitterso, 2011).

    Há diversas classificações e concepções sobre barreiras e fatores que restringem as possibilidades de prática de atividades de lazer. Crawford, Jackson e Godbey (1991) classificam as restrições ao lazer como intrapessoal (aquelas associadas com um estado psicológico); interpessoal (aqueles associados com o próprio ambiente social, como a família) e estruturais (restrições que não estão no controle do indivíduo). Marcellino (2008) afirma que as barreiras do lazer ocorrem devido a vários fatores como a classe social, grau de instrução, faixa etária, gênero e inclusive preconceitos culturalmente determinados.

    Na constituição o lazer é abordado no artigo 6º que define os direitos sociais dos cidadãos: “São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, o amparo à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados na forma dessa Constituição” (Constituição Federal de 1988, cap. II dos Direitos Sociais, art.6).

    A Organização Mundial da Saúde (WHOQOL 1995) define qualidade de vida como sendo “a percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.

    Bredemeier (2013) ao estudar as definições de qualidade de vida (QV) verificou que não existe um consenso do termo. Afirma que o termo utilizado pela OMS é considerado vago e amplo para alguns autores, mas tem uma importante utilidade, pois “medir a qualidade de vida possibilita avaliar a evolução da doença e da deficiência e os efeitos multifatoriais do tratamento na vida dos pacientes instrumentos de QV possibilitam a avaliação de potenciais estressores ao desenvolvimento humano e para a identificação dos diferentes fatores preditores de QV em diferentes culturas” (p. 51).

    O lazer apresenta uma estrita relação com qualidade de vida, pois muitos aspectos físicos motores podem ser trabalhados e desenvolvidos nas atividades de lazer, assim como aspectos sociais, emocionais e mentais (Ramos, 2002; Derous, Ryan, 2008; Rodriguez, Látková, Sun, 2008; Schwartz, 2015).

    A OMS através do questionário WHOQOL avalia a QV das pessoas nos aspectos físicos, psicológicos, das relações sociais, o ambiente, a independência e aspectos espirituais. É o instrumento mais comum utilizado atualmente para pesquisas sobre a QV segundo Fleck (2000).

    O Objetivo geral é de verificar a prática de lazer e da qualidade de vida de alunos universitários, verificando se existe correlação entre os dois temas e ainda se existe diferença entre gêneros.

    Hipóteses:

  1. Existe correlação entre o lazer e a qualidade de vida de estudantes universitários de São Paulo?

  2. A correlação entre lazer e qualidade de vida pode variar entre gênero?

  3. Existe diferença significativa da qualidade de vida e lazer entre os gêneros?

Método

    A amostra foi constituída por 37 universitários de uma universidade particular de SP, com idade entre 18-26 anos (média de 22,7 + 2,35 anos) que responderam 2 formulários aceitando o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e sendo devidamente informados sobre o sigilo dos dados obtidos bem como a possibilidade de desistência em qualquer etapa da participação desta pesquisa.

Instrumentos de coleta de dados

a.     Formulário próprio de avaliação do lazer: o instrumento foi elaborado pelos próprios pesquisadores, com trinta e cinco (35) questões abrangendo os sete (7) diferentes conteúdos culturais do lazer, onde respondem se realizam ou não as atividades citadas nos últimos 3 meses.

b.     Questionário WHOQOL-bref: avalia a qualidade de vida, em quatro (4) domínios: físicos, Psicológicos, de relações sociais e meio ambiente. Traduzido e validado por Fleck et al (2000).

Procedimentos de coleta de dados

    Os alunos foram alunos de universidades particulares de SP, que responderam os questionários de forma online, identificados por meio de nome e não poderiam responder mais de uma vez, pois o programa identifica o computador utilizado. Os alunos responderam o termo de consentimento livre e esclarecido antes de participarem da pesquisa. Os dados coletados passaram então para o tratamento estatístico.

Procedimentos de análise dos dados

    Todos os dados coletados foram organizados em um banco, com o auxílio do programa Excel (Office) e também utilizado o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 19.0.

  • Análises descritivas dos dados (tabelas de frequências simples e comparação entre os grupos em função das variáveis do estudo.

    1. Foi utilizado o teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov (resultado normal).

    2. Foram utilizados os seguintes dados paramétricos:

      1. Correlação de Pearson (significância de p menor ou igual a 0,05).

      2. Comparação entre médias (teste T) (significância de p menor ou igual a 0,05).

Teste de normalidade

Resultados e discussão

    Hipóteses:

1.    Existe correlação entre o lazer e a qualidade de vida de estudantes universitários de São Paulo?

Os resultados da correlação entre lazer e qualidade de vida com o grupo total (n = 37) sem separação de gênero produziu um r = -0,390 (p = 0,023) sugerindo uma correlação moderada negativa, isso é, quanto maior as atividades de lazer praticadas pelo indivíduo, menor sua qualidade de vida.

Correlação total: independente do gênero

2.    A correlação entre lazer e qualidade de vida pode variar entre gênero?

    Quando foi verificada a correlação entre qualidade de vida e lazer no gênero feminino, a correlação teve um r = 0,233 e p = 0,297, revelando ser positiva, mas fraca. Assim, quanto maior o lazer praticado, maior a qualidade de vida das mulheres pesquisadas.

Resultados correlação entre qualidade de vida e lazer (feminino)

    Quando foi verificada a correlação entre qualidade de vida e lazer no gênero masculino, a correlação teve um r = -0,343 e p = 0,211, revelando um ser uma correlação negativa, moderada e não significante. Os dados sugerem que quanto mais atividades de lazer realizadas, menor a qualidade de vida.

Resultados da correlação entre qualidade de vida e lazer (masculino)

3.     Existe diferença significativa da qualidade de vida e lazer entre os gêneros?

    Quando comparamos as médias entre masculino e feminino pelo teste T, com relação a qualidade de vida o resultado foi p = 0,233. Mostrou-se que não existe diferença significativa entre os gêneros.

    Quando comparamos as médias entre masculino e feminino pelo teste T, com relação a prática de atividades de lazer o resultado foi p = 0,174. Mostrou-se que não existe diferença significativa entre os gêneros.

Amostras emparelhadas

    A correlação entre lazer e qualidade de vida na pesquisa mostrou-se inversamente proporcional, isso é, quanto maior a quantidade de lazer realizada menor a qualidade de vida. Este resultado é diferente do relatado em outras pesquisas, como de Ramos (2002) e Schwartz (2015).

    Quando a análise foi feita com separação de gênero (masculino x feminino) o gênero feminino mostrou uma relação discreta relacionando um maior lazer com uma melhora na qualidade de vida.

Bibliografia

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 22 · N° 228 | Buenos Aires, Mayo de 2017  
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