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Dos primórdios a atualidade da avaliação
do corpo: uma revisão literária

Desde los inicios a la actualidad de la evaluación del cuerpo: una revisión de la literatura

The beginnings body assessment of today: a literature review

 

*Mestrando em Ciências da Saúde pela Faculdade

de Medicina da Universidade Federal de Goiás

Professor de Educação Física do Serviço Social do Comércio – Sesc/GO

**Especialista em Fisiologia do Exercício pela UniEvangélica – Anápolis/Goiás

Professora de Educação Física do Serviço Social do Comércio – Sesc/GO

Mtdo. Lucas Raphael Bento e Silva*

Esp. Camila Grasiele Araújo de Oliveira**

lucasraphaelbs@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Desde o primórdio da prática do exercício físico houve a necessidade por parte dos seus praticantes da mensuração dos seus resultados a fim de compará-los com os objetivos propostos. Com base nessa necessidade ao passar das épocas diversas formas de avaliar tais resultados surgiram e com a evolução das técnicas, estes métodos foram se aprimorando. O presente trabalho tem como objetivo trazer um retrospecto de tais métodos mostrando – nos um histórico dessas formas de avaliar os resultados obtidos com o corpo.

          Unitermos: Avaliação. Corpo. Teste. Métodos.

 

Abstract

          Since the beginnings of the exercise practice was necessary on the part of its practitioners the measurement of its results in order to compare them with the proposed objectives. Based on this need to spend times several ways to evaluate these results and emerged with the evolution of techniques, these methods were improving. This paper aims to bring a record of such methods showing - in a history of these ways to evaluate the results obtained with the body

          Keywords: Evaluation. Body. Test.

 

Recepção: 26/08/2015 - Aceitação: 12/11/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 20, Nº 210, Noviembre de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Conceitos inerentes a avaliação do corpo

    Medir, avaliar, analisar e testar estão presentes em nosso cotidiano de forma automática, durante toda a vida do homem indagações se fazem presentes todos os dias, como que é o mais bonito, o mais alto ou o mais forte, principalmente em duas fases de formação da vida, a infância e a adolescência (Fernandes Filho, 2003).

    Qual a quantidade de carga apropriada para tal indivíduo? Questões como esta se fazem presentes no campo da Ciência da Motricidade Humana, é papel dos que a tem como campo de atuação se questionar sobre o que é melhor para cada pessoa. Pensando nisso, ao passar dos anos diversos tipo de conceitos que pudessem auxiliar na busca por tais respostas.

    O teste é definido como “uma pergunta específica utilizada para aferir conhecimento ou habilidade de uma pessoa” (Rash, 1971 apud Fernandes Filho, 2003, p. 25). Ou ainda, de acordo com Tritschler “é um instrumento ou procedimento que traz à tona uma resposta observável a fim de fornecer informação sobre um atributo específico de uma ou mais pessoas” (Tritschler, 2003, p. 4).

    Ao pensarmos a área do esporte e do exercício, um teste abrange muito mais do que responder questões em um papel, em nossa área os testes avaliam aptidão física, capacidades esportivas, fadiga pela prática de esporte, além de medir as lesões causadas pelo esporte. O avaliador tem, nos testes, o objetivo de considera respostas físicas em um determinado período de tempo, apalpam diversas partes do corpo humano. Os testes necessitam também de equipamentos específicos para a sua realização, tais como: o adipômetro, o paquímetro ósseo. Além de ferramentas de auxílio, como a cones, trenas e podem ser realizados em diversos lugares, como salas de avaliação, ginásios poliesportivos e pista de atletismo (Tritschler, 2003).

    Contamos ainda com um sinônimo para o teste, o exame possui mesma definição, tem mais uso na área médica.

    Outro conceito muito utilizado é o de medida, esta por sua vez, tem como definição para Rash (1971) ser a “quantificação da resposta do teste” (RASH, 1971 apud Fernandes Filho, 2003, p. 25). Pode ser vista ainda como “o processo de se determinarem sistematicamente valores numéricos para um atributo de interesse” (Tritschler, 2003, p. 9).

    A medida pode ser dividida em duas categorias: a quantitativa e, a qualitativa. Usualmente este conceito é um método de avaliação que utiliza procedimentos exatos e objetivos, que de forma ampla vão gerar dados quantitativos. Existem ainda, momentos em que tais dados não podem ser unicamente quantificados, precisam passar por um julgamento e, este os classificará em determinadas classes/categorias, considerando a subjetividade do ser (Fernandes Filho, 2003).

    Utiliza-se avaliação “para expressar nosso entendimento de que o atributo estudado é indefinível demais para ser medido objetivamente” (Tritschler, 2003, p. 9). De acordo Rash (1971) a avaliação é “um processo que nos permite, objetiva ou subjetivamente, comparar créditos e determinar a evolução de uma pessoa ou grupo numa linha de tempo, seus avanços e retrocessos” (Rash, 1971 apud Fernandes Filho, 2003, p. 26).

    A avaliação deve ser vista como um fato isolado, e sim compreendida do longo do processo, dentro de um período e, não de um momento específico, o que permite ao avaliador observar progressos e retrocessos, além da mudança/ajuste dos planos de trabalho, para que seja possível alcançar dos objetivos traçados (Fernandes Filho, 2003).

    A análise, para alguns autores é vista como interpretação, é definida como:

    o processo de julgamento dos resultados de uma medida e/ou avaliação. São interpretados os dados tanto qualitativos como quantitativos pela comparação deles com diretrizes ou padrões, a fim de se fazerem julgamentos sobre algum aspecto da pessoa e/ou de se tomarem decisões apropriadas sobre o curso de uma ação (Tritschler, 2003, p. 9).

    Relacionando medida, avaliação e análise, o autor Fernandes Filho nos mostra que “a medida nos dá uma informação, quantitativa ou qualitativa, de um fenômeno em um dado momento, a análise nos fornece informação sobre alguém [...] em relação a um instante [...] a avaliação nos revela uma mudança, uma evolução, para mais ou para menos, numa linha de tempo” (Fernandes Filho, 2003, p. 26).

    Conseguimos nesta seção compreender alguns dos principais conceitos para a avaliação na Ciência da Motricidade Humana, sabendo que sempre é preciso considerar o ser humano em sua integralidade, não apenas os resultados de seus testes físicos, mas também tudo o que permeia seu histórico de vida.

Prospectos de uma avaliação do corpo

    Conforme apresentado anteriormente, o teste, a medida, a avaliação e a análise, mesmo que na forma de conhecimento popular, estiveram frequentes em nossa história. Como um processo de seleção natural, no período clássico da história humana os homens mais fortes estavam no topo da cadeia, vários relatos narram a história de Miron de Croton, que “treinava” com seu bezerro envolto em seu pescoço realizando aumento de carga progressivo, conforme seu animal ia crescendo e, que fazia assim uma avaliação de seu estado e seus ganhos de força.

    A medida relacionada ao corpo esteve presente na história desde o antigo Egito, onde a unidade de medida da época era o dedo médio da mão; que assim um braço media oito dedos, uma perna dez dedos etc. Por sua vez, a medida corporal – a antropometria – é um fato histórico e social antigo.

    Os gregos vivenciam a antropometria tanto na medicina, quanto nas artes. Para o pai da medicina Hipócrates, a antropometria dividia os indivíduos em dois tipos distintos de corpos: os tísicos e os apopléticos. Os primeiros eram vistos como aqueles que possuíam dimensões mais verticalizadas e, o segundo como corpos com dimensões mais horizontais. Ele acreditava que a boa simetria em ambas as dimensões estava diretamente ligada com a boa saúde e, os que não possuíam tal assimetria eram vistos como pessoas que tinham a saúde precária e possíveis doenças (Tritschler, 2003, p. 32).

    A arte grega também se mostrava preocupada com tal simetria, tanto que consideravam o atleta como aquele que tinha o físico ideal, eles “concorriam” com os deuses para serem alvos de escultura, tanto que era tradição da época esculpirem os atletas vencedores das olimpíadas (Tritschler, 2003, p. 32).

História moderna das medidas e avaliação nos estudos sobre o esporte e o exercício

    Durante os anos os estudos sobre avaliação não se limitaram apenas a antropometria para os gregos, na era moderna outras perspectivas dentro do campo da avaliação foram abertas de 1860, conforme a Tabela 1.

1.     Antropometria moderna

    A importância da antropometria foi notada nos Estados Unidos em meados do século XIX, especificamente em 1861, o médico Hitchcock foi admitido pelo Anhrest College como coordenador de saúde dos estudantes da época. Hitchcock desenvolveu um método para a mensuração anual das medidas corporais de todos os alunos do sexo masculino do colégio. Em suas anotações especificavam-se os testes de estatura, peso, flexibilidade (teste de alcance), circunferências, capacidade vital e alguns modelos selecionados para testar força. O médico tinha como centralidade a caracterização às dimensões ideais do homem adulto (Tritschler, 2003).

    Em 1878, outro médico norte-americano Dudley Allen Sargent, incorporou suas contribuições após ser contratado pela Universidade de Harvard para que monitorasse a saúde desses alunos. Nesse tempo ele desenvolveu mais de 40 medidas antropométricas e as utilizou para fazer a prescrição de exercícios para cada aluno. O médico Sargent realizou avaliações físicas com frequências que o possibilitaram publicar o primeiro manual da área e diversos artigos profissionais (Tritschler, 2003; Fernandes Filho, 2003).

    Atualmente a antropometria ainda é muito usada, apesar de que poucos profissionais da área de educação física e esportes se classificam como especialistas nessa área.

2.     Força Muscular

    No fim do século XIX, os estudos na área de antropometria se minimizaram e, deram lugar aos estudos sobre os testes de força. Apesar de que o médico Hitchcock tenha incluído em sua “bateria de testes” a verificação da força, outro médico foi o pioneiro nos estudos sobre a medida da força, Sargent juntamente com um antropólogo da época William T. Brigham desenvolveram um programa de testes que mediria a força dos membros inferiores, das costas dos membros superiores e prensão manual. Foram os primeiros a usa um instrumento muito conhecido atualmente que fora recém-criado na época, o dinamômetro (Tritschler, 2003; Fernandes Filho, 2003).

    Na década de 20, a medida de força ganhou novas proporções, onde Frederick Rand Roger desenvolveu uma nova bateria de testes que conseguiram atestar cientificamente que a força estava relacionada com a capacidade atlética geral (Tritschler, 2003).

    Atualmente os testes de força ocorrem em diversos locais e por diversos motivos, por profissionais da área da educação física e da fisioterapia. Hoje se acredita que é importante medir força em sua forma nata e que ela está relacionada tanto com a aptidão física e saúde como a aptidão física motora (Tritschler, 2003).

3.     Função Cardiovascular

    Perto o início do século XX, o foco dos estudos em avaliação tiveram que passar novamente por transformações. Nessa época havia no mundo uma necessidade de se conhecer mais sobre a capacidade do coração e o papel dos vasos sanguíneos, como a avaliação da força foi estimulada pela criação do dinamômetro, a preocupação com a avaliação cardiovascular começou a ser pensada com a criação do ergógrafo pelo italiano Mosso (Tritschler, 2003; Fernandes Filho).

    Foram pensados os primeiros estudos sobre a fadiga, à relação entre os esforços musculares e circulatórios atuando diretamente ligados com a Educação Física. No período da I Guerra Mundial, Schneider utilizou seu teste para mensurar a aptidão dos soldados (Fernandes Filho, 2003).

    Com o intuito de apresentar um teste confiável e prático no campo da avaliação cardiovascular, Kenneth Cooper publicou seu livrou “Aerobics”, em 1968.

    Atualmente o teste de Cooper apresenta diversas versões, além de que se foram pensados muitos testes ergométricos com aparelhagem moderna e, com isso os conceitos dos limiares anaeróbio e aeróbio e sua utilidade na prescrição da carga de trabalho.

4.     Capacidades Motoras e Atléticas Gerais

    No ano de 1907, Meylan, partindo dos princípios desenvolvidos por Sargent no fim do século passado, criou uma nova possibilidade no caminho das medidas e avaliação, os testes de habilidades motoras. A ideia de Meylan era escalonar as habilidades dos seus alunos para que pudessem participar de um programa supervisionado (Fernandes Filho, 2003).

    Um dos maiores contribuintes para este novo campo das medidas e avaliação foi McCloy e David K. Brace. Em 1927, Brace desenvolveu uma sequência de testes de destreza motora, que é classificada como “o nível até o qual a pessoa desenvolveu suas capacidades inatas” (Tritschler, 2003, p. 39), que continha vinte feitos inusitados. Esses testes incluíam “saltar de um círculo formado quando alguém segura os dedos de um pé com a mão oposta” (Tritschler, 2003, p. 39).

    Entretanto, tais teste foram revisados McCloy e, o novo programa de testes ficou conhecido como Iowa-Brace, que foi pensado para medir a educabilidade motora, que por sua vez é tida como “a capacidade com a qual aprende novas habilidades motoras” (Tritschler, 2003, p. 39).

    Nos dias atuais, as avaliações motoras que não são mais utilizadas (Tritschler, 2003; Fernandes Filho, 2003).

5.     Qualidades Sociais

    Nos anos 20, o campo da avaliação em educação física passou mais uma vez por transformações. Dessa vez, os estudiosos da área sentiram a necessidade de se incluir nos programas de medidas e avaliação as qualidades sociais, tais como: o caráter e a personalidade começaram a ser vistos como objetivos e não apenas aquelas capacidades inerentes á aptidão física (Tritschler, 2003).

    Nas décadas de 70 e 80 quando a educação física começar a ganhar novas faces, os comportamentos sociais passam a ser estudados. De forma que estimulassem nos avaliados o “desenvolvimento de atitudes e comportamentos socialmente positivos” (Tritschler, 2003, p. 41). Uma linha constante de pesquisa relacionada às qualidades sociais enfoca a avaliação da razão e a evolução moral em atletas nas escolas, lamentavelmente o desempenho dos estudantes-atletas é superior a dos que não são atletas (Tritschler, 2003).

6.     Habilidades Esportivas

    Ainda na década de 20, foram reiniciados alguns estudos, que foram deixados de lado no ano de 1913. Brace publicou nesta época o teste de habilidade específica para os esportes, no caso o basquete, e foi sequenciado por outros autores específicos de outros esportes (Fernandes Filho, 2003).

    Nos anos de 30 e 40 diversos programas de testes foram pensados em todos os esportes para estudantes de ensino médio dos dois sexos. Inicialmente foram pensados para serem reprodutores das regras e dos fundamentos técnicos dos esportes, com o passar dos anos e com a evolução das regras, os testes antigos perderam seus aspectos originais (TRITSCHLER, 2003).

    Atualmente, os testes de habilidades esportiva têm sido desenvolvidos com maior rigorosidade, dentro de associações ou mesmo das faculdades de educação física.

7.     Avaliação do Programa

    Na década de 30 os programas de avaliação em educação física começaram a também passar por avaliação, de modo que os mais válidos sejam reconhecidos pelos demais. Os instrumentos para tal avaliação são pensados de forma semelhante a listas de verificação que avaliem características administrativas dentro desses programas. Essa preocupação abarca o cuidado com recursos financeiros, recursos humanos etc. (Tritschler, 2003).

8.     Conhecimento Cognitivo

    Os testes de conhecimento têm feito parte integral dos programas de avaliação em educação física, principalmente no campo formal, a escola.

    O teste pioneiro nessa área foi pensado por J. C. Bliss em 1929, que tinha o basquete como questão central da avaliação. Entretanto, os testes de conhecimento não se limitaram apenas ao campo escolar ou a conhecimento da educação formal. Foram propostos outros testes como o Teste de Educação Física Cooperativa, o Teste de Aptidão Escolar (Tritschler, 2003).

    Em 1999, foi proposto o novo “Teste Nacional de Conhecimentos sobre Aptidão Física”, para que jovens do ensino médio demonstrem o seu conhecimento sobre a Aptidão Física. Fazendo com que se tornassem populares os testes de conhecimento nos dias presentes em diversas áreas.

9.     Aptidão Física

    A Segunda Guerra Mundial desenvolveu uma inquietação quanto àqueles que estariam aptos a participarem da guerra, a “aptidão para a guerra”. Diversas forças armadas começaram a propor testes de aptidão física que seriam responsáveis por mostrar os que seriam os “dignos” de defenderem seu país e, nesse mesmo período os testes de aptidão motora foram desenvolvidos para alunos escolares e universitários (Tritschler, 2003).

    No pós-guerra, o presidente Eisenhower defendeu firmemente que as crianças americanas tivessem suas aptidões melhoradas, uma vez que a nível internacional tiveram seus resultados vistos como preocupantes que utilizavam a bateria de testes de Kraus-Weber. A maioria das crianças do país estava abaixo do padrão proposto pelo teste (Tritschler, 2003).

    Em 1958, a American Association for Health, Physical Education and Recreation (AAHPER) publicou sua bateria de Testes de Aptidão para Jovens e estimulou seu uso nas escolas americanas. Em 1980 com a publicação do Teste de Aptidão Física Relaciona à Saúde essa instituição utilizou um conceito complexo de aptidão física, que considerava as qualidades físicas ligas ao desempenho atlético eficiente (Tritschler, 2003).

    A importância da avaliação da aptidão física e funcional tem se estendido até os dias atuais, principalmente dentre os universitários e adultos. Como também tem se convencionado testes de aptidão para idosos, de forma que sejam capazes de mensurar como está a vida de tal idoso. O mais famoso teste de aptidão é o do ACSM que organizou este teste a partir de quatro testes de outras instituições.

10.     Observação Sistemática em Educação Física

    São escalas de observação e combinam lista de verificação e escalas de avaliação, onde mensuram as atitudes do professor de educação física dentro das aulas.

    É uma forma de propiciarem ao professor um feedback de suas aulas, além de que também tem se pensado testes para avaliar a atitude dos alunos dentro das aulas de educação física (Tritschler, 2003).

11.     Aspectos Emocionais no Esporte e em Exercícios

    Nas últimas décadas, a avaliação tem ganhado um novo enfoque, a inclusão dos aspectos emocionais, as motivações, os autoconceitos e a percepção da imagem corporal dos praticantes em programas de atividade física. Uma área tem ganhado destaque nos dias de hoje, a Psicologia do Esporte (Tritschler, 2003).

    Diversos profissionais que realizam pesquisa em outras áreas como a terapia ocupacional, a fisioterapia, tem contribuído com a construção de novos métodos que auxiliam os profissionais de área de educação física. Além dos questionários que avaliam a imagem corporal, a Escala de Borg de Percepção de Esforço (Tritschler, 2003).

12.     Avaliação Educacional “Autêntica”

    A década de 90 foi movimentada pelas reformas educacionais, os atuantes na área da educação desenvolveram diversas críticas aos sistemas vigentes e, na educação física não foi diferente, foi nessa época que surgiram diversas abordagens pedagógicas sobre a educação física escolar e com elas variadas formas de se pensar o método de avaliação dentro da escola.

    De acordo com Tritschler, esse modelo de avaliação é autêntico por:

    (a) são consistentes com as ênfases curriculares, (b) são extensões lógicas do trabalho feito na aula de educação física, (c) fornecem informações que os professores podem utilizar para fazer escolhas instrucionais futura a fim de beneficiarem os alunos e (d) fornecem aos alunos informações que eles podem utilizar para ajudar seus próprios aprendizados (Tritschler, 2003, p. 49).

13.     Atividade Física

    Para Tritschler, esse tipo de avaliação é composto pelos:

    métodos diretos e indiretos [...] utilizados para medir ou avaliar a atividade física nas investigações de pesquisa da área. Os métodos diretos (medida) incluem o uso de detectores mecânicos e eletrônicos de movimento, observações, diários e livros de registros de atividades físicas. Os métodos indiretos (avaliação) empregam questionários de inspeção e técnicas de entrevistas (Tritschler, 2003, p. 49).

    É pensado para garantir que os profissionais da área de educação física e esportes consigam garantir aos seus alunos uma melhora de suas capacidades física e funcionais.

Bibliografia

  • Fernandes Filho, J. (2003). A Prática da Avaliação Física: testes e medidas e avaliação física em escolares, atletas e academias de ginástica. 2ª Ed. rev. Rio de Janeiro: Shape.

  • Tritschler, K. (2003). Medida e Avaliação em Educação Física e Esportes de Barrow e McGee. Tradução da 5ª ed. original de Márcia Greguol; revista científica, Roberto Fernandes da Cunha. Barueri: Manole.

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Lecturas: Educación Física y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados