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A prática esportiva dentro de uma perspectiva 

lúdica para os alunos do ensino fundamental

La práctica deportiva dentro de una perspectiva lúdica para los estudiantes de la escuela primaria

 

*Autor. Acadêmico do Curso de Educação Física Licenciatura e Bolsista do Projeto PIBID

**Co-autor. Acadêmico do Curso de Educação Física Licenciatura e Bolsista do Projeto PIBID

***Professor Doutor do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade 

Federal de Santa Maria/Orientador e Coordenador do Sub-projeto PIBID

(Brasil)

Rodrigo de Moraes Valter*

Rodrigo Dahmer**

Rosalvo Luiz Sawitzki***

rdg.trab@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O presente relato foi realizado em uma escola estadual na cidade de Santa Maria, RS, com duas turmas do quarto ano do ensino fundamental. O objetivo das aulas foi proporcionar aos alunos a prática de esporte com uma perspectiva lúdica. Onde as crianças pudessem brincar com esses esportes com mais prazer e diversão, assim proporciona aos alunos uma grande facilidade na compreensão de uma determinada modalidade esportiva.

          Unitermos: Prática esportiva. Ensino fundamental. Perspectiva lúdica.

 

Resumen

          Este informe se llevó a cabo en una escuela pública en la ciudad de Santa María, con dos clases de cuarto año de la escuela primaria. El objetivo de las clases es proporcionar a los estudiantes con la práctica de deportes con una perspectiva lúdica. Donde los niños pueden jugar con estos deportes con más placer y diversión, y proporciona a los estudiantes con una gran facilidad en la comprensión de un deporte en particular.

          Palabras clave: Práctica deportiva. Escuela primaria. Perspectiva lúdica.

 

Recepção: 16/05/2015 - Aceitação: 17/06/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 20 - Nº 205 - Junio de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Área do sub-projeto

    O Programa Institucional de Bolsa de iniciação à Docência (PIBID) é um programa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), onde seu objetivo é conceder bolsas de iniciação à docência para alunos de cursos de licenciatura e para coordenadores e supervisores responsáveis institucionalmente pelo PIBID e demais despesas a ele vinculadas.

Introdução

    O presente relato foi realizado em uma escola estadual na cidade de Santa Maria, RS, com duas turmas do quarto ano do ensino fundamental. O objetivo das aulas foi proporcionar aos alunos a prática do basquetebol, futebol e voleibol voltados para uma perspectiva lúdica, onde as crianças pudessem brincar com esses esportes com mais prazer e diversão.

    A escolha destes esportes, relacionados com uma prática lúdica nas aulas, foi devido a alguns alunos não gostarem, não se motivarem ou por terem alguma dificuldade na hora de praticar os exercícios sem um caráter lúdico. Neste sentido, os jogos lúdicos têm o objetivo de estimular os alunos a se interessar mais durante as aulas, por ter um caráter de diversão e que envolve vários benefícios para as crianças, como desenvolver a sua criatividade, seu potencial e ainda alimentar seus conhecimentos.

Referencial teórico

    Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) da Educação Física, o quarto ano se encontra no segundo ciclo de ensino e aprendizagem, onde os alunos já são capazes de compreender as regras dos jogos e ter mais autonomia para se organizar.

    Independentemente de como for trabalhado o esporte na escola, todos os alunos devem ter a oportunidade de vivenciar novas experiências em relação aos movimentos dos esportes, sendo irrelevante o talento de cada um, tornando a aula mais atrativa, segundo Kunz (1994). Conforme, Terry Orlick (1989), entre os jogos escolares há uma diferença entre os Jogos Cooperativos e Competitivos, o primeiro diz respeito a que todos cooperem e todos ganhem, auxiliando na diminuição do sentimento de medo e fracasso, reforçando a confiança.

    O jogo, segundo Huizinga (2005), não é considerado como uma atividade séria, mas sim, uma atividade livre capaz de envolver o jogador totalmente. Este, também é praticado sem fins lucrativos e obedece a certas regras, limites espaciais, temporais e próprios. Já para Kishimoto (1994), o jogo tem um aspecto que é ser diferente dependendo da sociedade em que ele está inserido ou da época, assumindo uma imagem e um sentido em cada região. Cada contexto social faz sua própria imagem do jogo, de acordo com o seu modo de viver e com seus valores, expressados pela linguagem.

    O termo lúdico é expresso com força no jogo, passando da sua compreensão, sendo o principal potencial de criatividade o ser humano. Assim, a intenção do jogo se dá a partir da racionalidade sensível, ou seja, onde o lúdico tem duas naturezas, uma ontológica e outra epistêmica, e não a intenção de lógica linear, de acordo com Melo e Dias (2010).

    A atividade lúdica no jogo envolve vários momentos na vida da criança, apresentando vários benefícios para a mesma. Dentre estes momentos estão os de pura fantasia, mas que podem virar realidade, de percepção e de conhecimentos. Também surge no jogo a afetividade, envolvendo sentimentos de medo até de alegria. Ocorre ai uma relação educativa que requer que o professor ou educador maior atenção, conhecimento e convivência com seus alunos, e ainda todo um envolvimento afetivo e cognitivo na criatividade das crianças, segundo Almeida (2006).

Metodologia

    O relato foi realizado em uma escola estadual na cidade de Santa Maria, RS, durante o 1° semestre de 2012, com duas turmas do 4° ano do ensino fundamental, totalizando 37 alunos. As aulas dadas tiveram como ponto principal trabalhar o lúdico, de maneira á construir momentos onde a prática esportiva é adicionada em forma de brincadeiras. Na primeira aula foram realizados jogos lúdicos para avaliar o desempenho dos alunos que, segundo os PCN’s, a possibilidade de entender as regras de um jogo é maior, de modo a sugerir alterações para tornar os jogos e brincadeiras mais desafiantes. Houve também a inserção de alguns jogos esportivos, com o objetivo de fazer com que os alunos compreendam o esporte e ao mesmo tempo brinquem de forma organizada obedecendo às regras. Os esportes inseridos em formas de jogos lúdicos foram o basquetebol, futebol e o voleibol. Estes jogos foram trabalhados com brincadeiras que utilizavam o raciocínio, ou seja, os alunos tinham que pensar para poder brincar. Quando a aula foi de basquete, o objetivo era acertar a cesta, eles foram divididos em dois grupos e cada grupo recebia uma numeração, sendo que os números repetiam uma vez, eles deviam ficar sentados um do lado do outro. O jogo iniciava quando o professor gritava um número, um de cada número corria e pegava uma das duas bolas que estavam no meio da quadra, seguindo em direção à cesta com a intenção de acertá-la. Com o passar das aulas, para aumentar a dificuldade, os alunos recebiam números altos e eram chamados através de contas matemáticas. O futebol foi realizado em duplas, de forma que os mais habilidosos formassem dupla com os que tinham mais dificuldades, e essas duplas foram divididas em dois times, onde o objetivo era passar a bola para os companheiros e tentar fazer o gol. No vôlei eles eram separados em dois grupos e cada integrante do grupo ganhava um número, antes de sacar os alunos tinham que gritar um número e jogar a bola pro outro lado da quadra com a intenção de fazer ela cair no chão, o número chamado deveria tentar pegar a bola antes disto acontecer.

    Foram observados, a participação em aula, comportamento, coleguismo, o desenvolvimento de habilidades motoras, a autonomia do aluno e o entendimento geral de organização das regras dos jogos lúdicos.

Resultados e discussões

    Após analisarmos a primeira aula, notamos que os alunos encontraram algumas dificuldades físico-motoras e também certas deficiências comportamentais. Durante as brincadeiras que exigiam maior raciocínio para completar a tarefa, alguns não queriam participar das atividades propostas ou não conseguiam alcançar o objetivo.

    Nas aulas seguintes observamos um crescimento e com o passar das aulas eles passaram a apresentar melhora em seu comportamento diante as dificuldades, que sempre existiam. Uma das coisas interessantes é que com o passar das aulas eles passaram a se ajudar mesmo nas atividades que envolviam competição, sendo que, sempre um acabava ajudando ao outro que tinha mais problemas para resolver os exercícios. Nestes exercícios, os de competição tinham mais aceitação por parte deles, mas nos que envolviam cooperação, alguns ainda estavam tendo dificuldades apesar de outros terem evoluído bastante.

    Seguindo os critérios de avaliação pretendidos por nós, houve um crescimento significativo das turmas. No que observamos das turmas, a turma 41 obteve um crescimento maior que a turma 42, mas isso ocorreu porque na segunda turma tinha alunos com maiores dificuldades e com isso houve certo atraso no crescimento da mesma.

Algumas considerações

    Temos como aprendizado desta pesquisa, que desenvolver o lúdico com as práticas esportivas proporciona aos alunos uma grande facilidade na compreensão de uma determinada modalidade esportiva. A assimilação das crianças passa a ser mais natural, pois brincando elas aprendem. A oportunidade de elas experimentarem um esporte novo, mesmo que não conheçam ou não gostem, passa a ser mais admissível pelos alunos, pois não estarão apenas praticando um esporte e sim também se divertindo.

Bibliografia

  • Almeida, A. Ludicidade como Instrumento Pedagógico. Cooperativa do Fitness.

  • Huizinga, J. (2005). Homo Ludens. 5ª ed. São Paulo: Ed. Perspectiva.

  • Kishimoto, T. M. (1994). O Jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Ed. Livraria Pioneira.

  • Kunz, E. (1994). Transformação Didático-pedagógica do Esporte. Ijuí: Ed. Unijuí.

  • Melo, J. P. e Dias, J. C. N. S. N. (2010). Do Jogo e do Lúdico no Ensino da Educação Física Escolar. v. 13, n. 1. Ed. Licere. Belo Horizonte, mar.

  • Orlick, T. (1989). Vencendo a Competição. São Pulo: Ed. Circulo do Livro.

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Lecturas: Educación Física y Deportes - ISSN 1514-3465 - © 1997-2015 Derechos reservados