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História do voleibol no Brasil e o efeito da evolução científica da educação física brasileira nesse esporte. Um estudo com o conteúdo revisado e ampliado. Parte 1

Historia del voleibol en Brasil y el efecto de la evolución científica de la Educación Física 

brasileña en ese deporte. Un estudio con el contenido revisado y ampliado. Parte 1

History of the volleyball in Brazil and the effect of the scientific evolution of the Brazilian 

physical education in this sport. A study with the revised and enlarged content. Part 1

 

Mestre em Ciência da Motricidade Humana (CMH)

pela UCB do RJ

(Brasil)

Nelson Kautzner Marques Junior

kautzner123456789junior@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo do estudo foi apresentar a história do voleibol no Brasil e o efeito da Educação Física nessa modalidade durante os anos 40 a 70. O artigo atualizou vários dados e acrescentou outros conteúdos. Em conclusão, estudar a história de um esporte permite ao leitor conhecer o passado e compreender o presente.

          Unitermos: Voleibol. Esporte. Educação Física. História.

 

Abstract

          The objective of the study was to explicate the history of the volleyball in Brazil and the effect of the physical education in volleyball during the years 40 to 70. The article was updated with several data and added other content. In conclusion, study the history of a sport allows the reader to know the past and understand the present.

          Keywords: Volleyball. Sport. Physical Education. History.

 

Recepção: 17/03/2015 - Aceitação: 24/04/2015

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 20 - Nº 204 - Mayo de 2015. http://www.efdeportes.com/

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Se queres conhecer o futuro, estude o passado

Confúcio (Séc. V a. C., em Fregni et al, 2012, p. 3)

A vida é igual ao jogo de vôlei, de tanto errar

você vai acertar (Do autor, dezembro de 2014)

Introdução e justificativa

    O leitor da Lecturas: Educación Física y Deportes no ano de 2012 teve algumas informações sobre a história do voleibol no Brasil e o efeito da educação física brasileira nesse esporte (v. 17, n. 170) (Marques Junior, 2012a). Então, foi tomada a decisão de atualizar os dados desse trabalho pelas seguintes questões: algumas informações estavam inadequadas, foram encontradas algumas fotos sobre o voleibol que ilustram as explicações e novos conteúdos sobre o tema. Portanto, essa obra foi revisada e ampliada, e espera-se que seja útil para os envolvidos nesse esporte – professores, técnicos, dirigentes, telespectadores e outros.

    A história do voleibol é antiga, Morgan criou esse esporte em 1895, e aos poucos essa modalidade começou a ser praticada em diversos países (Matias e Greco, 2011). Nos primórdios do voleibol não existia rotação entre os jogadores, somente atletas específicos de defesa e de ataque na rede (Cochrane et al, 2012). Aos poucos as regras se modificaram e o jogo se tornou mais veloz, com menos interrupção (a bola pode bater na rede, é permitido que o atacante toque na fita superior da rede, a bola defendida pode tocar em qualquer parte do corpo, etc.), os técnicos e preparadores físicos passaram a prescrever um treino mais científico e são auxiliados pelas filmadoras e programas de computador que fazem a análise do jogo durante a partida (Ugrinowitsch e Uehara, 2006).

    O voleibol chegou ao Brasil em 1915, sendo jogado pela 1ª vez no Colégio Marista de Pernambuco. Porém, as informações divergem entre os estudiosos, em 1916 que o voleibol chegou ao nosso país, sendo praticado pela 1ª vez na Associação de Cristãos e Moços de São Paulo (Regras do Voleibol, 1993). Em 1923, aconteceu à primeira iniciativa para a difusão do voleibol no Brasil, o Fluminense promoveu o 1º torneio desse esporte. Hoje esse jogo é modalidade olímpica, tendo destaque no Brasil por causa dos seus excelentes resultados.

    Porém, é interessante para o estudante conhecer o desenvolvimento do voleibol no Brasil e o efeito da evolução científica da Educação Física brasileira nesse esporte. Quando são consultados estudos sobre a história do voleibol (Afonso e Marchi Júnior, 2012; Marques Junior e Tubino, 2012) e da história da Educação Física (Möller, 2008; Tubino, 1996), não são observadas nenhuma investigação sobre esse tema. Somente a revisão de Marques Junior (2012a) que vai ser revisada e ampliada nesse trabalho.

    Como era o material esportivo do voleibol brasileiro nos anos 40? Quais eram os principais times nos anos 60 no Brasil? Porque as mulheres brasileiras gostam de praticar voleibol? Quais, como e onde ocorreu a contribuição dos professores de Educação Física para a evolução científica do voleibol? Quais foram os Doutores, os Mestres e os Especialistas que permitiram o desenvolvimento intelectual direto ou indiretamente dos envolvidos no voleibol? Várias dessas questões foram respondidas nesse artigo de revisão. Então, o objetivo do estudo foi apresentar a história do voleibol no Brasil e o efeito da Educação Física nessa modalidade durante os anos 40 a 70.

Evolução do voleibol brasileiro e da Educação Física do Brasil nos anos 40 a 70

    Nos anos 40 e 50, o voleibol era praticado pela elite social, o Brasil tinha pouco intercâmbio com as principais potências do esporte, acontecendo algo curioso, no Mundial Masculino de 1956, a seleção brasileira conheceu a manchete um dia antes da disputa (Rizola Neto, 2003). O sistema de jogo utilizado pelos brasileiros era o 4x2, o modelo de jogo da seleção nacional não era dos melhores, com ataques na ponta e no meio, tendo média de estatura muito abaixo das forças do esporte, sendo de 1,80 m (Bizzocchi, 2001). As potências do esporte dispunham de um modelo ofensivo composto por fintas e a estatura média era de 1,90 m, sendo dominado pelos países socialistas e do leste europeu que dispunham dessa característica antropométrica.

    Essas afirmações são evidenciadas na figura 1, ou seja, dois países socialistas e de elevada estatura fizeram a final do 1º Campeonato Mundial Masculino entre União Soviética (URSS, campeã) versus Thecoslováquia, o bloqueio triplo dos thecos foi feito sem invasão (Obs.: o bloqueio sem invasão fazia parte da regra) para tentar interceptar um provável ataque de bola rápida do soviético. É bom lembrar, que nessa disputa o Brasil não participou.

Figura 1. O estádio não era coberto nos primórdios do voleibol e o piso era diferente do jogado atualmente (Ídolos do Vôlei, Facebook, 2014)

    Um dado importante é que nos primeiro campeonatos mundiais e em outras disputas, o 2º árbitro ficava numa cadeira e o juiz principal se localizava sentado numa cadeira similar ao do jogo de tênis. Atualmente o 2º e o 1º árbitro ficam de pé nas respectivas posições. A figura 2 ilustra essas explicações.

Figura 2. (a) Campeonato brasileiro de 1948 entre Clube de Regatas Icaraí versus Estado do Rio de Janeiro (Distrito Federal) (www.procrie.com.br),

 (b) Campeonato mundial de 1952 entre URSS x Israel e (c) Cadeira do árbitro do voleibol moderno, foto dos anos 80 (Ídolos do Vôlei, Facebook, 2014)

    O treino de voleibol no Brasil, nos anos 40 e 50, era composto por um aquecimento livre, aquecimento com bola, cortada na rede sem bloqueio e jogo (Lima, 1987). O principal treinador dessa época era Sami Melinski (saiba um pouco sobre esse renomado técnico em https://www.facebook.com/RadamesLattariEI/posts/452298691478111). A figura 3 apresenta o técnico “pai” de todos do voleibol brasileiro onde iniciou uma escola vitoriosa.

Figura 3. (a) Técnico Sami Melinski nos Jogos Olímpicos de 64 (Ídolos do Vôlei, 2014) e (b) Como supervisor da seleção brasileira campeã olímpica em 1992 (Schmidt e Santos, 1999)

    Isso começou a mudar nos anos 50, foi criada a Escola de Voleibol para ensinar os técnicos a elaborar as sessões com embasamento científico (Marques Junior, 2009). A partir desse momento as sessões com bola eram realizadas da seguinte maneira: treino técnico (só era exercitado um fundamento), treino técnico em conjunto (era exercitado mais de um fundamento) e treino de jogo e/ou treino situacional. Mas a preparação física quase não existia, sendo introduzida precariamente entre 58 a 60 (Lima, 1987).

    Lima (1987) ainda continuou informando, a maneira de realizar os fundamentos durante o jogo de voleibol dos anos 40 e 50 era muito ruim. O bloqueio duplo ou triplo era mal feito porque os atletas não juntavam e os jogadores não conseguiam saltar ao mesmo tempo para efetuar esse fundamento. A recepção do saque não tinha precisão, prejudicando muito o levantamento e a defesa para pegar as bolas largadas era vulnerável, jogador que não estava no bloqueio ficava responsável por uma grande área da quadra, então, muitas bolas caiam. O voleibol nessa época tinha outros problemas, dispunha de material esportivo rudimentar.

    A bola da marca Drible machucava muito durante o passe ou após a defesa (Comunicação Pessoal de Nelson Pai, ex-levantador do América na década de 60). Os atletas usavam camiseta, deveriam vestir camisa comprida para amortecer o impacto da bola e ninguém tinha joelheira. Por último, o tênis não possuía amortecedor adequado quando o voleibolista corria ou aterrissava na quadra após um salto. Por causa do tênis ruim, muitos jogadores desse período do voleibol que estão vivos, possuem problemas crônicos no joelho – artrose, artrite, problema ligamentar etc. A figura 4 ilustra essas explicações:

Figura 4. Esporte Clube Pinheiros de 49 com seu material esportivo (Lima, 1987)

    Existem acontecimentos importantes entre os anos 40 e 50 para a difusão do voleibol no Brasil, merecendo destaque: em 1944 aconteceu o 1º Campeonato Brasileiro, em 1955 ocorreu o 1º Campeonato Sul-Americano e em 1954 foi fundada a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). Entretanto, apesar dessas datas relevantes, o voleibol era pouco praticado nos anos 50 pelos homens por achar seus gestos afeminados (Altmann, 2002). A técnica de “quebrar” o punho durante uma cortada era indicada para moças, mas não para rapazes. Isso perdurou até os anos 60.

    Contudo, o voleibol para o sexo feminino era considerado um esporte ideal, não existia contato físico (considerado pouco violento) e os seus fundamentos eram elegantes quando as mulheres praticavam (Dalsin e Goellner, 2006). Através dessas informações, o leitor pode entender porque o voleibol no Brasil é tão adorado pelo sexo feminino, tendo seu ápice de popularidade nos anos 80 com a “Geração das Musas” (Isabel, Vera Mossa, Dulce, Regina Uchôa, Jaqueline, etc.) e atualmente também possui muito interesse pelas meninas e adolescentes, o Brasil vem conseguindo bons resultados. A figura 5 mostra uma equipe feminina na época que o voleibol já tinha grande aceitação pelas mulheres e a seleção feminina brasileira que encantou os rapazes pelo jogo e pela beleza.

Figura 5. Botafogo campeão carioca em 46 (www.mundobotafogo.blogspot.com/) e Seleção das musas nos Jogos Olímpicos de 84 (Placar, 1984)

    Nos anos 60, Santos e Botafogo dominaram o voleibol masculino, um dos principais atletas da época era Quaresma do Botafogo. Outro time que revelava muitos craques e tinha resultados expressivos era o Fluminense. Em dezembro de 66 o Botafogo derrotou o Spartak, equipe que era formada pela base da seleção da Thecoslováquia campeão mundial em 1956 (Gueiros, 2004).

    A figura 6 expõe a equipe do Botafogo que venceu o Spartak da Thecoslováquia, partida realizada no Mourisco, a figura 7 apresenta o Spartak e os dois craques de cada equipe, enquanto que a figura 8 mostra o Mourisco que não existe mais (era composto por uma quadra de voleibol, basquetebol, piscina de polo aquático, lanchonete, etc.), no seu lugar foi construído um prédio empresarial muito feio. Esse patrimônio esportivo do Botafogo ficava em frente da praia de Botafogo. Na figura 9, é exposta a outra parte do complexo esportivo do Mourisco que fica na praia de Botafogo, onde está localizada a piscina de natação, sala de musculação etc.

Figura 6. Equipe do Botafogo que jogou contra o Spartak (www.procrie.com.br)

 

Figura 7. (A) Equipe do Spartak, (B) os dois melhores jogadores das duas equipes, Quaresma do Botafogo (1,78 m) e Pavel do Spartak (2 m) cumprimentam antes do jogo (www.procrie.com.br)

 

Figura 8. (A) Complexo esportivo do Mourisco do Botafogo e (B) prédio empresarial que foi construído nesse local

 

Figura 9. (A, B) Parte do Mourisco que restou fica em frente do prédio empresarial e (C) Dentro desse patrimônio esportivo do RJ o atleta, 

aluno ou visitante tem bela vista, sendo recomendável a visita do turista para observar a enseada de Botafogo e o Pão de Açúcar

    Outro bom desempenho do voleibol brasileiro nos anos 60 foi o 5º lugar da seleção masculina no Mundial do Rio de Janeiro (Duarte, 1990). Esse resultado e a vitória do Botafogo sobre o Spartak mostraram que aos poucos o Brasil começava adquirir respeito dos estrangeiros e futuramente se tornaria uma potência mundial nessa modalidade. Em 1964, o voleibol foi incluído nos Jogos Olímpicos, o Brasil ficou em 7º lugar nessa competição e o feminino não participou. Segundo Bizzocchi (2004) e Borsari (1996), a partir dos anos 60, foi possível fazer invasão das mãos por cima da rede com o bloqueio. A figura 10 apresenta os integrantes da seleção brasileira dos Jogos Olímpicos de 64 no Centro de Treinamento de Saquarema.

Figura 10. Em pé, da direita para a esquerda: Paulo Ney (preparador físico), Sami Melinski (técnico), Carlos Nuzman (atacante), João Claudio (atacante), Newdon (atacante) e Amilton Baiano (levantador). Agachados: Victor Barcellos (levantador), Carlos Feitosa (levantador), Zé Maria (atacante) e Décio Viotti (levantador). Também fizeram parte do time: Marco Antonio Volpi (perdeu o avião) e Josias (falecido) (www.justvolleyball.com.br)

    Nos anos 70 aconteceu significativa evolução do voleibol brasileiro e da Educação Física do nosso país. Foi inserida a preparação física com embasamento científico através de Tubino e Rocha na seleção brasileira masculina e alguns clubes aderiram essa ideia (Barros, 1994). Foi o caso do Fluminense, onde Tubino foi preparador físico. As equipes brasileiras passaram a jogar através do sistema 5x1 (Souto, 1976). A periodização usada na época era o modelo de Matveev, aplicada no treino físico da seleção masculina que jogou o Jogo Olímpico de 1976 (Rocha, 1976). Existem duas explicações para os treinadores brasileiros usarem mais a periodização tradicional de Matveev: 1º) Oliveira (2008) informou que nos anos 70 o Brasil teve um convênio com a Alemanha Ocidental, nesse curso os técnicos brasileiros aprenderam com os alemães o modelo de Matveev e como aplicar os testes físicos nos atletas. 2º) A maioria das potências do voleibol dos anos 70, principalmente o bloco socialista, utilizava a periodização de Matveev, sendo copiado pelos países mais fracos do voleibol.

    Em 1975, Nuzman assumiu a presidência da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) e começou a modernizar a direção do voleibol na sua gestão. Outro acontecimento marcante foi o 11º título carioca do Botafogo no masculino, sendo campeão de 64 a 75, somente Mário Dunlop esteve nas 11 conquistas. A figura 11 mostra esse extraordinário atleta:

Figura 11. Mário Dunlop do Botafogo, 11 vezes campeão carioca (www.mundobotafogo.blogspot.com/).

    Em 1976, no Brasil, o 1º professor de Educação Física a conseguir o título de Doutor foi Fernanda Beltrão (Faleceu em 2008, ocupava a linha de pesquisa de Estudos Educacionais da Motricidade Humana do Mestrado em Ciência da Motricidade Humana da Universidade Castelo Branco). Ela cursou o Doutorado em Administração e Supervisão Educacional na Universidade de Nova Iorque, Estados Unidos (Beltrão, 2007). Outros professores de Educação Física também saíram do Brasil com o intuito de adquirir o título de Mestre ou Doutor. Muitos desses professores quando retornaram ao Brasil, contribuíram diretamente ou indiretamente com o conhecimento científico que foi aplicado no treinamento do voleibol brasileiro.

    Por exemplo, Lamartine Pereira da Costa estruturou o Treino da Altitude para a seleção brasileira de futebol tricampeã em 70 (Soares, Salvador e Bartholo, 2004), sendo uma referência de prescrição para ser aplicada em qualquer equipe de voleibol (Obs.: o conteúdo dessa obra pode ser lido em Almeida e Da Costa, 2007). O preparador físico Tubino, elaborou em 1975, o treino intervalado anaeróbio para a seleção brasileira masculina de voleibol por 3 meses, com intuito de amenizar as interferências da altitude (Tubino e Moreira, 2003). A equipe chegou ao México poucos dias antes da disputa e obteve excelente resultado, foi medalha de prata no Pan-Americano.

    Outro acontecimento importante foram as publicações dos primeiros livros de treinamento esportivo no Brasil por pesquisadores que uniam a teoria com a prática, como Lamartine Pereira da Costa (1977), Manoel José Gomes Tubino (1979), Valdir Barbanti (1979) e outros. Ambas as obras provavelmente contribuíram para os treinadores do voleibol da época e de diversos esportes. O livro de Tubino apesar de ser antigo, continua atualizado, está na 13ª edição (Tubino e Moreira, 2003). Com a evolução científica da Educação Física brasileira, dispondo de treinadores competentes, jogadores talentosos e uma direção atuante da CBV, o voleibol brasileiro começou a obter resultados satisfatórios.

    Nos Jogos Olímpicos de 1976 a seleção masculina repetiu a mesma colocação de 1964, foi 7º lugar. Mas teve uma grande surpresa, o ponteiro Bernard, de apenas 19 anos, foi eleito o 5º melhor jogador do mundo e ficou entre os 6 melhores atletas para integrar a seleção dos Jogos Olímpicos (JB, 1984). A seleção brasileira masculina nos Jogos Olímpicos de 1976 tinha média de idade de 21 anos e 6 meses, estatura média de 1,88 metros (m) e massa corporal total de 82,9 quilogramas (kg) (Souto, 1976). O selecionado brasileiro possuía média de idade muito inferior ao da campeã olímpica Polônia, 26 anos e 3 meses, talvez isso tenha interferido na disputa. Como está sendo mencionada a Polônia, a figura 12 mostra o atacante polonês Tomasz, considerado o criador do ataque dos 3 metros (m) nesse Jogo Olímpico (veja Tomasz em ação na final dos Jogos Olímpicos de 1976, entre Polônia x URSS em http://www.youtube.com/watch?v=DxSr-bbbyp4 Polônia x URSS). Entretanto, apesar de Tomaz ser considerado o inventor da cortada dos 3 metros, segundo o ex-levantador do América do Rio de Janeiro da década de 60, Nelson, a equipe americana tinha um atacante de ponta que cortava com precisão dos 3 m (Marques Junior, 2012b). Nelson conta: “Quando o passe saia errado e ficava difícil para o levantador efetuar a distribuição da jogada, Artur com seu 1,90 m tratava de praticar o remate da linha dos 3 m, todos consideravam esse atleta “maluco”. Hoje Artur é dentista na Tijuca”.

Figura 12. Tomasz, criador do ataque dos 3 metros (Ídolos do Vôlei, Facebook, 2014)

    Outro problema da seleção masculina do Brasil era sua média de estatura, muito inferior quando era comparado com a seleção da União Soviética que foi medalha de prata, sendo 1,93 m. Os atletas com mais elevada estatura dessa equipe da União Soviética eram Ermilov e Savin (com 19 anos, brevemente se tornaria o melhor jogador do mundo), ambos com 2 m, o mais baixo era Vlanov de 1,88 m. A figura 13 apresenta o fantástico jogador Savin, para os jovens que não conheceram esse fenômeno do voleibol, atacava meia bola no meio, tinha um excelente bloqueio e um salto vertical elevado aliado aos seus 2 m de estatura (veja Savin em ação na final do mundial de 1982, entre Brasil x URSS em http://www.youtube.com/watch?v=rjI6pHbTb5g ou em http://www.youtube.com/watch?v=IA-RYE4ohZ8, também pode ser visto na Copa do Mundo do Japão de 1985 em https://www.youtube.com/watch?v=L5TrUJofv-8 ou em https://www.youtube.com/watch?v=2a9mSMjb4zg).

Figura 13. Savin em ação no saque e na meia bola no meio (Ídolos do Vôlei, Facebook, 2014)

    No Brasil, o voleibolista com maior estatura era o atacante Fernandão, com 1,99 m, que faria parte da “Geração de Prata” e o mais baixo o levantador Zé Roberto com 1,77 m, futuramente se tornaria um dos técnicos mais vencedores dos Jogos Olímpicos (medalha de ouro em 1992 no masculino, medalha de ouro em 2008 e 2012 no feminino).

    A seleção brasileira jogava no sistema 5x1 e realizava as jogadas de ataque com ênfase na velocidade, talvez por causa da baixa estatura, a equipe titular do Jogo Olímpico de 76 tinha a seguinte armação inicial (Souto, 1976):

Figura 14. Armação inicial da equipe titular nos Jogos Olímpicos de 1976 e a função dos reservas durante essa disputa

    O treino físico prescrito pelo Capitão Paulo Sérgio Oliveira da Rocha (1976) para os jogadores dos Jogos Olímpicos de 1976 tinha excelente embasamento científico. A periodização utilizada foi o modelo de Matveev. O período preparatório foi dividido em fase básica e fase específica, mas foi preferido escrever nesse artigo a nomenclatura original de Matveev (1997), ou seja, período preparatório de preparação geral (é o mesmo que fase básica) e período preparatório de preparação especial (é o mesmo que fase específica). No artigo de Rocha (1976) foi utilizado o termo qualidade física para especificar os tipos de objetivo do mesociclo. Porém, nessa revisão o termo capacidade motora substitui qualidade física por ser considerada na literatura uma nomenclatura mais moderna, detalhes veja em Barbanti (2001, 2010), Ré e Barbanti (2006).

    O treino físico prescrito pela periodização de Matveev para os voleibolistas dos Jogos Olímpicos de 1976 teve duração de aproximadamente 6 meses, estando embasado em três princípios fisiológicos que foram os seguintes: 1) aumento interno do coração (da cavidade ventricular), 2) hipertrofia do miocárdio e 3) hipertrofia muscular, estando associado ao treino técnico e tático, sofrendo decréscimo gradual do treino físico conforme chega próximo da disputa. Portanto, próximo da competição diminuía o treino físico e aumentava o treino com bola com o intuito de ocasionar o pico da forma esportiva (Marques Junior, 2012c). A distribuição dos tipos de treino é apresentada na figura 15.

Figura 15. Distribuição percentual dos tipos de treino

    A elaboração do treino físico foi baseada nos resultados dos testes físicos (teste de Cooper de 12 minutos, teste de salto vertical, arremesso de medicinebol, teste de flexibilidade – flexão da coluna, extensão da coluna e abertura lateral das pernas, teste de abdominal de resistência muscular localizada e velocidade de 20 m), na execução dos fundamentos, nas ações ofensivas e defensivas do jogo, na duração média da partida e de um set. Percebe-se que o preparador físico seguiu com rigor e com bastante precisão o princípio da especificidade do treinamento esportivo (Monteiro, 2002).

    O treino físico que teve ênfase foi o treino de força, para alguns especialistas a força é uma das capacidades motoras mais importantes para a performance do voleibol, mostrando que esse trabalho estava muito atualizado (Marques Junior, 2013; Arruda e Hespanhol, 2008; Tubino, 1993). O quadro 1 apresenta uma visão geral do macrociclo prescrito para essa seleção brasileira masculina que disputou os Jogos Olímpicos de 1976.

Quadro 1. Treino físico periodizado pelo modelo de Matveev para os voleibolistas masculinos dos Jogos Olímpicos de 1976

    O treino de força efetuado pela seleção brasileira masculina olímpica de 1976 foi praticado através da análise cinesiológica dos fundamentos, os atletas realizaram os exercícios simulando os gestos esportivos (Rocha, 1976). Porém, também foram realizados alguns exercícios de preparação geral, mas a ênfase foi o treino de força de preparação de força especial. Para tirar a carga de cada exercício, foi realizado o teste de peso máximo. A sessão de força foi constituída pelo aquecimento (exercícios de ginástica e corrida no ritmo moderado, toda essa tarefa foi no tempo de 10 minutos), musculação e trabalho de força reativa ou pliometria (exercícios de salto no trampolim e no minitrampolim) e pelo alongamento (efetuado no término da sessão).

    A maioria dos exercícios e dos testes foram efetuados no aglomerado, conhecido popularmente por “Gladiador”. Segundo Tubino (1993), “a partir do final da década de 1960, começaram a ser concebidas as chamadas máquinas de musculação, as quais chegaram para dar eficiência a esse meio de preparação física. Essas máquinas, batizadas com nomes que dão ideia de força (Spartacus, Gladiador, Apolo, etc.)” (p. 259).

    O método de musculação utilizado pelos voleibolistas masculinos dos JJ.OO. de 76 foi o de escada (Obs.: o método de escada foi baseado no princípio da sobrecarga) e de carga estável. “Em síntese, quando era aumentado os quilos do exercício (Obs.: sabendo o peso máximo, a carga era determinada conforme o percentual), diminuía as séries e/ou as repetições para o processo escada e na adoção da carga estável, modificava-se as séries e as repetições, mantendo-se os quilos estáveis” (Rocha, 1976, p. 33). O peso de musculação na maioria dos exercícios foi realizado com menor carga para os braços quando comparado com os membros inferiores. A figura 16 ilustra o treino força da seleção masculina de voleibol.

Figura 16. Carga do treino de força da seleção de voleibol masculina dos Jogos Olímpicos de 1976

    O consumo máximo de oxigênio (VO2máx) e o teste de salto vertical melhoraram com o treinamento, embora Rocha (1976) alertou que a impulsão da seleção masculina estava muito abaixo das potências desse esporte, como exemplo a seleção japonesa (Jogos Olímpicos de 64: salto vertical de 86,7 cm e 3º lugar, Jogos Olímpicos de 68: salto vertical de 86,4 cm e 2º lugar e Jogos Olímpicos de 72: salto vertical de 90 cm e 1º lugar). O preparador físico do Brasil ainda lembrou que após 10 anos de treino intenso, a seleção cubana melhorou o seu salto vertical em 5 centímetros (cm) ao ano, passando o alcance do braço da cortada de 3,30 m para 3,50 m. A tabela 1 mostra os resultados dos testes de cada jogador que foram executados no início do treino e no final do período preparatório de preparação especial.

Tabela 1. Valores dos testes de cada jogador

    A figura 17 apresenta a média e o desvio padrão do VO2máx (ml/kg/min) e figura 18 os valores do salto vertical.

Figura 17. Resultado do teste de VO2máx de 12 minutos

 

Figura 18. Resultado do teste de salto vertical

    O teste Shapiro Wilk detectou dados normais do VO2máx (pré-teste: p = 0,26, pós-teste: p = 0,84) e do salto vertical (pré-teste: p = 0,82, pós-teste: p = 0,41). O teste “t” pareado identificou diferença significativa nas comparações entre pré e pós-teste do VO2máx (t (11) = - 5,62, p = 0,001) e do salto vertical (t (11) = - 11,71, p = 0,001). Portanto, ocorreu melhora no pós-teste após o treinamento físico. Todos esses dados foram tratados pelo SPSS 14.0 for Windows.

    O preparador físico Paulo Rocha (1976) concluiu, o treino de força vai ser primordial nos próximos anos para o Brasil obter êxito nas futuras disputas.

    Após apresentar o treino físico dos jogadores que competiram nos Jogos Olímpicos de 1976, o leitor começa entender que o voleibol brasileiro dispunha de jogadores talentosos, bom conhecimento científico e uma direção da CBV disposta a obter êxito num futuro próximo.

    Em 1977, aconteceu no Rio de Janeiro, o Sul-Americano Juvenil com alguns integrantes dessa seleção que futuramente pertenceriam a “Geração de Prata” (Bernard, Renan, etc.) e um fato interessante chamou a atenção, o levantador reserva da equipe era o capitão, João Siqueira (estatura de 1,80 m a 1,84 m), conhecido no voleibol como João Paraíba. Apesar desse apelido, era natural de Aracajú, Sergipe, praticou vários esportes, mas escolheu o voleibol por causa da beleza dos seus gestos, também foi várias vezes campeão carioca no Botafogo, um dos clubes que mais revelou jogadores para a seleção brasileira. O técnico do Sul-Americano era o excelente Jorge Bittencourt, o Jorginho, e o Brasil venceu na final a Argentina. A figura 19 mostra o bom voleibolista João Paraíba com a equipe do Botafogo tricampeã da Taça Municipal em 1980.

João Paraíba

Figura 19. João Paraíba com a equipe vitoriosa do Botafogo (www.mundobotafogo.blogspot.com/)

    Ainda em 1977, alguns dos jogadores do Sul-Americano Juvenil serviram a seleção brasileira juvenil masculina que disputou o 1º Mundial da categoria sob o comando do técnico Jorge Bittencourt (Obs.: caso o leitor queira saber os resultados acesse http://todor66.com/volleyball/World/Men_Junior_1977.html). O Brasil conseguiu o 3º lugar no Mundial disputado no Rio de Janeiro, ficando atrás apenas da China (2º lugar) e da União Soviética (1º lugar). O time titular do Brasil no Mundial Juvenil foi o seguinte: sistema 3x3 – João Paraíba (capitão), Paulinho Amazonas e Renan (futuramente se tornaria um dos mais completos voleibolistas do mundo, integrante da “Geração de Prata”), Fernando Levenhagem apesar de começar na reserva, entrava muito na equipe, todos esses quatro atletas eram levantadores e cortadores, Amauri (futuro atleta da “Geração de Prata”), João Granjeiro e Aloisio, esses três atuavam como atacantes. O banco de reservas ainda contava com Montanaro (futuro atleta da “Geração de Prata”), Fred etc. Caso o leitor queira saber mais detalhes sobre o sistema 3x3, leia o artigo de Cochrane et al (2012). A figura 20 mostra alguns integrantes dessa seleção brasileira juvenil 3º lugar no mundial.

Figura 20. Alguns dos responsáveis pelo 3º lugar no Mundial de 1977 são apresentados em pé, da esquerda para direita com, Montanaro (nº 4), Amauri (10), Paulinho Amazonas (8), João Paraíba (6, capitão) 

e de agasalho o técnico Jorge Bittencourt. Agachado, da esquerda para direita, o leitor vê Renan (7) e Fred (12). Essa foto é do sul-americano juvenil de 1978 (Ídolos do Vôlei, Facebook, 2014)

    No mesmo ano, 1977, o voleibol feminino juvenil alcançou um 4º lugar no Mundial, revelando talentos como Isabel, Regina Uchôa e Jaqueline (Bizzocchi, 2004). A figura 21 apresenta a seleção masculina e feminina do Mundial juvenil de 1977 (Obs.: Leia a reportagem na Revista Placar do Mundial de 1977 em http://books.google.com.br/books?id=eH21uFT86AUC&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false).

Figura 21. (A) Atletas do Mundial juvenil de 1977 (Ídolos do Vôlei, Facebook, 2014) e (B) Foto similar colorida (http://www.renandalzotto.com.br/)

    Em 1978, o voleibol brasileiro adotou um plano de expectativa para preparar a seleção adulta para as grandes competições (Dantas, 1995). Essa iniciativa culminou com um 6º lugar no Mundial de 78 e Bernard foi eleito o braço de cortada mais rápido dessa disputa. Porém, Guimarães e Matta (2004) informaram que os anos 70 e 80 foram a era “Cooper”, com ênfase no treino aeróbio de corrida contínua. Outro problema na prescrição do treinamento foi a sessão de musculação, os jogadores costumavam realizar trabalho de hipertrofia. Portanto, o conhecimento científico de alguns treinadores ainda precisava melhorar porque foi observado anteriormente que o treino da seleção brasileira masculina dos Jogos Olímpicos de 1976 era muito atualizado (Rocha, 1976). A figura 22 ilustra a “Geração de Prata” na era “Cooper”.

Figura 22. “Geração de Prata” na Escola de Educação Física do Exército, Urca, Rio de Janeiro, em um trabalho aeróbio contínuo de baixa intensidade (Ídolos do Vôlei, Facebook, 2014)

Conclusão

    Periodizar a história de um esporte torna mais fácil compreender os acontecimentos de uma modalidade (Rubio, 2010), nesse estudo foi sobre o voleibol dos anos 40 a 70. Também foi apresentado o efeito da Educação Física brasileira nesse esporte, tornando interessante o conhecimento desse conteúdo para o leitor entender porque determinados meios e métodos de treino eram utilizados nessa época. Em conclusão, estudar a história de um esporte permite ao leitor conhecer o passado e compreender porque determinados acontecimentos ocorrem no presente.

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