efdeportes.com

A importância da periodização do treinamento 

desportivo para as categorias de base de equipes de futebol

La importancia de la periodización del entrenamiento deportivo en las categorías inferiores de los equipos de fútbol

Periodization the importance of training for sports categories of base soccer teams

 

*Licenciado em Educação Física pela Universidade de Cruz Alta-RS

Especialista em Treinamento Desportivo pela Uniasselvi-SC

**Professor Orientador do Programa de Pós-graduação da Uniasselvi-SC

(Brasil)

Jonathan Antônio Celi*

Luiz Vinhola**

jonathan_celii@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Esta pesquisa teve como objetivo verificar a importância que a periodização do treinamento desportivo tem para as categorias de base de equipes de futebol de futebol da cidade de Júlio de Castilhos - RS. É um estudo de caso descritivo-exploratório, sendo realizado através de uma entrevista semi-estruturada com os responsáveis pelas escolinhas de futebol que participaram do estudo. Como instrumentos foram utilizados um guia de entrevista e uma ficha com os indicadores da pesquisa. A análise de dados ocorreu na perspectiva quantitativa através da estatística descritiva por inferência percentual e na perspectiva qualitativa através da análise de conteúdo das respostas dos professores. O presente estudo mostrou que é necessário ter grande conhecimento para se trabalhar com o treinamento desportivo, e os profissionais entrevistados infelizmente deixaram a desejar neste quesito. Em todas as variáveis notou-se a falta de conhecimento e despreparo dos responsáveis, notando-se a necessidade de haver mudanças e renovações dos profissionais desta área, pois o conhecimento nunca é demais e o mundo muda constantemente e a atualização não é uma opção, e sim uma necessidade para se ter conquistas profissionais e sonhos realizados.

          Unitermos: Métodos. Periodização. Planejamento. Treinamento desportivo.

 

Abstract

          This research aimed to verify the importance the periodization of sports training periodization has to the basic categories of soccer teams soccer city Julio de Castillos - RS. Is a descriptive-exploratory case study, being carried out by means of a semi-structured interview with those responsible for the football schools that participated in this study. What instruments were used an interview guide and a plug with the indicators of the survey. Data analysis occurred in quantitative perspective through descriptive statistics by inference percentage and on qualitative perspective through content analysis of responses of teachers. The present study showed that it is necessary to have great knowledge for working with the sports training, and professionals interviewed unfortunately left something to be desired in this regard. In all the variables was noted the lack of knowledge and lack of preparation of those responsible, noting the need for changes and renewals the professionals in this area, because you can never have too much knowledge and the world changes constantly and the update is not an option, but a necessity to have professional achievements and dreams come true.

          Keywords: Methods. Periodization. Planning. Sports training.

 

Recepção: 14/09/2014 - Aceitação: 222/11/2014.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 199, Diciembre de 2014. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

1.     Introdução

    As variáveis a serem estudadas se referem à importância da periodização do treinamento desportivo, com a intenção de se verificar nas categorias de base de equipes de futebol da cidade de Júlio de Castilhos - RS. Tendo em vista a grande quantidade de escolinhas e times de futebol existentes no país, onde muitas buscam formar e revelar atletas e também formar cidadãos é importante um bom planejamento e periodização de treinos para se obter eficácia nesses objetivos. Então, este estudo busca o aprofundamento e esclarecimento em relação ao tema abordado.

    No desenvolvimento teórico do projeto serão abordados alguns métodos de periodização do treinamento desportivo, bem como aspectos históricos e algumas perspectivas atuais do presente tema. Portanto, a teoria irá complementar a situação vivida pelas escolinhas de futebol e também mostrará situações que acontecem no dia-a-dia.

    Quanto à metodologia, trata-se de uma pesquisa de estudo de caso descritivo-exploratório. Sendo ele realizado com os profissionais responsáveis pelas equipes de futebol da cidade de Júlio de Castilhos-RS. A coleta de dados será realizada através da entrevista semi-estruturada, com os participantes citados acima.

    No decorrer da pesquisa, poderemos perceber de que maneira são periodizados e planejados os treinamentos nas diversas escolinhas esportivas do município de Júlio de Castilhos - RS, e também debater com a realidade vivida por cada uma, tirando assim algum proveito para a futura atuação profissional.

    Essas reflexões e ponderações é que conduziram ao seguinte problema: Qual é a importância que a periodização do treinamento desportivo tem para as categorias de base de equipes de futebol da cidade de Júlio de Castilhos - RS?

    Considerando a quantidade de escolinhas de futebol em nosso país, e também em nossa região, e percebendo a grande importância que a periodização do treinamento desportivo tem nesse contexto, esse tema é de grande relevância.

    O que se tem percebido é que na maioria das escolas de futebol, existe um período contínuo de treinamentos ao longo do ano, fazendo assim se tornar muito importante o planejamento e a periodização, para fazer com que os atletas cheguem ao período de competições em alto nível técnico e físico. O que mais se percebe nas escolinhas esportivas é o crescente número de procura por vagas, pais interessados com o futuro de seus filhos, então escolher o local certo para matriculá-lo é o principal objetivo deles, portanto fatores como a organização e o planejamento, qualidade dos profissionais influencia diretamente nesta decisão.

    Outro importante fator a se destacar, é a adequação das atividades de treinamento a faixa etária de seus atletas, onde escolher o método correto de periodização dos treinos se torna indispensável ao profissional competente, então cabe a ele pensar, buscar conhecimento e planejar com cuidado a rotina da escolinha de futebol.

    Portanto, é com o interesse de abordar essas questões nas escolinhas de futebol de Júlio de Castilhos-RS, que se justifica a presente pesquisa.

2.1.     A periodização do treinamento desportivo

    O treinamento desportivo existe desde os primórdios de nossa civilização, sendo uma atividade bastante antiga, que vem evoluindo em uma progressão geométrica através dos tempos. Há milhares de anos, no Egito e na Grécia, já era possível constatar o uso de alguns princípios do treinamento para preparar atletas para os Jogos Olímpicos e para a guerra (BARBANTI, 1997). Sem dúvida, é na Antigüidade grega que se encontra o ponto de partida para o desenvolvimento dessa área, fato que se deve ao grande número de jogos lá praticados, principalmente os Jogos Olímpicos, que serviram, inclusive, de inspiração ao barão Pièrre de Coubertin para a criação das Olimpíadas modernas (TUBINO, 1984).

    Atualmente, em quase todos os esportes, divide-se o ano de treinamento em vários períodos e ciclos com o objetivo específico de alcançar um alto rendimento por meio de uma preparação sistemática (BARBANTI, 1997). Dessa necessidade de se organizar o processo de treinamento em ciclos, fases e períodos, surgindo o termo “periodização”.

    De acordo com SILVA (1998), periodização significa a divisão da temporada de preparação em períodos e etapas de treino com objetivos, orientações e características particulares, o que implica a definição de procedimentos e orientações de treinos específicos. A periodização, portanto, constitui-se numa das etapas mais importantes do planejamento do treino, uma vez que influi de forma decisiva na organização e estruturação do treino.

    A periodização do treinamento desportivo procura organizar e orientar o processo de preparação de modo que a ocorrência da forma aconteça por ocasião da competição ou das competições mais importantes da temporada. Assim, o treino para obedecer ao ciclo da forma deve ser dividido em três períodos: preparação, competição e transição, que correspondem às três fases da forma, respectivamente, aquisição, manutenção e perda temporária (SILVA, 1997).

    O período de preparação, dividido em fase básica e fase específica, corresponde à fase em que o atleta adquire os pressupostos da forma, desenvolvendo, portanto, as condições necessárias a uma boa participação esportiva. O período de competição é aquele em que o atleta, encontrando-se em forma, está apto para produzir os melhores resultados. Já o período de transição destina-se a administrar a queda da forma, como condição necessária à aquisição de uma nova forma em condições mais elevadas (SILVA, 1997).

    Ainda dentro da estrutura de preparação do atleta, segundo ZAKHAROV & GOMES (1992), convém destacar os quatro níveis de organização: a) macrociclo; b) mesociclo; c) microciclo; d) sessão de treinamento.

    O macrociclo, dentro da periodização do treinamento desportivo, engloba o período preparatório, o período competitivo e o período de transição. É a soma de todas as unidades de treinamento necessárias para elevar o nível de treinamento do atleta (BARBANTI, 1997).  Já o mesociclo representa o elemento da estrutura de preparação do atleta e inclui uma série de microciclos, que, por sua vez, representam o elemento de estrutura de preparação do atleta, o qual inclui uma série de sessões de treinamento ou competições orientadas para a solução das tarefas de um dado macrociclo (ZAKHAROV & GOMES, 1992).

    Por fim, encontra-se a sessão de treinamento, que é a menor unidade na organização do processo de treinamento (BARBANTI, 1997). Para ZAKHAROV & GOMES (1992), a sessão de treinamento é o elemento integral de partida da estrutura de preparação do atleta e representa um sistema de exercícios que visa à solução das tarefas de um dado macrociclo da preparação do atleta.

2.2.     Métodos de periodização de treinamento

    Todo o trabalho desenvolvido na periodização do treinamento deve encontrar-se enquadrado nos métodos ou princípios do treinamento desportivo. Destes podemos citar: o princípio da individualidade biológica; o princípio da adaptação; o princípio da sobrecarga; o princípio da continuidade; o princípio da interdependência volume-intensidade; o princípio da especificidade; o princípio da variabilidade; o princípio da saúde.

    De acordo com Tubino, “chama-se ‘individualidade biológica’ o fenômeno que explica a variabilidade entre elementos da mesma espécie, o que faz que com que não existam pessoas iguais entre si.” (TUBINO, 1984, p. 100). Cada ser humano possui uma estrutura e formação física e psíquica própria, neste sentido, o treinamento individual tem melhores resultados, pois obedeceriam as características e necessidades do indivíduo. Grupos homogêneos também facilitam o treinamento desportivo. Cabe ao treinador verificar as potencialidades, necessidades e fraquezas de seu atleta para o treinamento ter um real desenvolvimento.

    Podemos dizer que a adaptação é um dos princípios da natureza. Não fosse a capacidade de adaptação, que se mostra de diferentes modos e intensidades, várias espécies de vida não teriam sobrevivido ou conseguido sobreviver por longos tempos e em diferentes ambientes. O próprio homem conseguiu prevalecer no planeta, como espécie, devido à sua capacidade de adaptação. De acordo com Weineck (1989), a adaptação é a lei mais universal e importante da vida. Adaptações biológicas apresentam-se como mudanças funcionais e estruturais em quase todos os sistemas.

    Em relação à sobrecarga, de acordo com Dantas: “Imediatamente após a aplicação de uma carga de trabalho, há uma recuperação do organismo, visando restabelecer a homeostase” (DANTAS, 1995, p. 43). Portanto o professor ou o treinador deve ter o bom senso ao definir a sobrecarga que vai trabalhar com o seu aluno ou atleta, observando todos os outros Princípios do Treinamento Esportivo, sempre respeitando as necessidades e anseios do atleta e, principalmente, os limites éticos do treinamento.

    O princípio da continuidade está intimamente ligado ao da adaptação, pois a continuidade ao longo do tempo é primordial para o organismo, progressivamente, se adaptar. Compartilho com Tubino (1984), a idéia de que a condição atlética só pode ser conseguida após alguns anos seguidos de treinamento e, existe uma influência bastante significativa das preparações anteriores em qualquer esquema de treinamento em andamento.

    O princípio da interdependência volume-intensidade está intimamente ligado ao da sobrecarga, pois o aumento das cargas de trabalho é um dos fatores que melhora a performance. Este aumento ocorrerá por conta do volume e devido à intensidade. Para Tubino (1984), pode-se afirmar que os êxitos de atletas de alto rendimento, independente da especialização esportiva, estão referenciados a uma grande quantidade (volume) e uma alta qualificação (intensidade) no trabalho, sendo que, estas duas variáveis (volume e intensidade) deverão sempre estar adequadas às fases de treinamento, seguindo uma orientação de interdependência entre si.

    Para Dantas (1995) em relação ao princípio da especificidade, o aprimoramento da habilidade técnica e a execução de todos os movimentos possíveis durante o treinamento, visando a aquisição e reforço dos engramas requeridos pelo esporte considerado, tomarão tanto mais tempo quanto mais complexo ele for a termos neuromotores.

    Também denominado de Princípio da Generalidade, o princípio da variabilidade encontra-se fundamentado na idéia do Treinamento Total, ou seja, no desenvolvimento global, o mais completo possível, do indivíduo. Para isso devem-se utilizar as mais variadas formas de treinamento (GOMES da COSTA, 1996).

    O princípio da saúde, Segundo Gomes da Costa (1996), esse princípio encontra-se diretamente ligado ao próprio objetivo maior de uma atividade física utilitária que vise à saúde do indivíduo. Posso colocar que este princípio está fundamentado na interdisciplinaridade. No entanto, nem sempre o Princípio da Saúde tem sido o principal norteador, ou mesmo um dos princípios norteadores. Em práticas de atividades físicas hodiernas, verificamos não somente aquelas ligadas à aquisição e manutenção da saúde do praticante, mas também aquelas de alta performance, que podem trazer malefícios devido ao compromisso com o alto rendimento e resultados, e ainda, as atividades que não têm compromisso algum com o aspecto saúde.

2.3.     Questões fisiológicas relacionadas ao futebol

    O passar das últimas décadas proporcionou significativa melhora na forma de entender o comportamento do corpo de um atleta. O que na década de 70 se resumia em anotar dados numa folha de papel para posterior análise se transformou em minuciosos exames e testes feitos por modernos e tecnológicos equipamentos. Nos dias de hoje, além de conhecer o que acontece com um atleta durante seu desempenho esportivo, estudar formas de prevenir lesões e recuperar jogadores lesionados é o mais novo desafio do campo fisiológico. A fisiologia procura monitorar a intensidade empregada no treino, de forma a estabelecer o limiar individual de estresse e separar do esquema de treino planejado apenas aqueles atletas detectados no limiar, ajustando momentaneamente suas cargas de treino. A todo o grupo de jogadores será propiciado o máximo de condicionamento físico com o mínimo de lesão muscular de origem metabólica, contribuindo com o trabalho inter e multidisciplinar. A preparação física, aliada com a fisiologia do exercício, garante uma boa condição física para qualquer atleta (MCARDLE, 2003).

    No futebol atual, os aspectos táticos estão diretamente dependentes da preparação física, porque o atleta fadigado não consegue cumprir com a sua função tática que foi pré-estabelecida. O cansaço é o fator principal para a queda de rendimento do jogador num jogo. Um time que tiver um ou vários atletas em situação de fadiga levará desvantagem sobre os outros. O futebol moderno depende e muito da parte física. É importante deixar claro que se trata de um esporte coletivo, portanto outros fatores influenciam no resultado final da partida como o técnico, o tático, o fator geográfico (altas atitudes), fatores climáticos, entre outros, o futebol praticado hoje em dia requer um planejamento mais elaborado. A competitividade e a intensidade das partidas são muito elevadas. A fisiologia do exercício, ou um profissional com essa formação contribui para que seja possível uma preparação física mais científica e eficaz (SCOTT, 2000).

    Portanto, a principal função da fisiologia do exercício aplicada ao futebol é fornecer um maior número de informações possíveis sobre o atual estado de condicionamento físico dos jogadores e, com isso planejar e direcionar de maneira mais objetiva os treinamentos. O atleta deve treinar apenas o que mais precisa, as mais deficientes e todas essas informações são de suma importância para o preparador físico do clube. A fisiologia do exercício está ligada, por exemplo, à programação de treinos das equipes de futebol. Além disso, fornece à comissão técnica dados para ajudar a periodização das atividades. Essa influência chegou até as escalações das equipes, já que as análises fornecidas pelos fisiologistas são decisivas para determinar o nível de desgaste dos jogadores e mostrar quais precisam ser poupados.

    As equipes de ponta, que contam com recursos altos, conseguem através de investimentos em fisiologia, grandes resultados dentro de campo, ao longo da temporada. Mas as equipes pequenas, que não dispõem de grandes investimentos e recursos, também podem se beneficiar da fisiologia, pois podem através dela fazer o teste de VO2 Máximo com seus atletas, em esteiras (forma direta), ou de uma maneira ainda mais fácil, através da forma indireta (teste dos 12 minutos), sabendo assim o nível de condicionamento de cada atleta. Outra maneira de se utilizar da fisiologia é trabalhando nos limiares da freqüência cardíaca teórica máxima de cada atleta, sendo assim, é possível proporcionar períodos de recuperação, de trabalho aeróbico, e de trabalho anaeróbico, e além de treinar seu atleta com bases fisiológicas, se estaria trabalhando com segurança, não colocando o atleta em situações de extremo esforço, e evitando assim lesões e desgaste precoce, fatos esses que devem ser muito observados especialmente nas categorias de base, pois nesta faixa etária o organismo está em pleno desenvolvimento, e além da individualidade biológica, existem inúmeros processos até psicológicos que influenciam no rendimento e desempenho de cada atleta.

3.     Considerações finais

    Inicialmente, o estudo focalizou a importância da periodização do treinamento desportivo para as escolinhas selecionadas a participar desta pesquisa. Indagados sobre a importância do planejamento, todos os profissionais, ou seja, 100% deles afirmaram considerar de extrema importância o planejamento e organização. Mas indagados sobre de que forma é definida a periodização dos treinamentos, eles não demonstraram muito conhecimento quanto ao assunto e 60% deles afirmou que realizam os treinamentos em dias alternados, dando um período de descanso aos atletas, e 40% deles afirmaram treinar de segunda a sexta, e dar folga aos atletas em fins de semana quando não há jogo. Se analisarmos o objetivo das escolinhas, que é ganhar títulos e até preparar atletas para serem aproveitados por equipes maiores percebemos que está muito aquém do necessário para se atingir os mesmos, muito pelo fato dos profissionais não possuírem conhecimento específico da área do treinamento desportivo e principalmente se referindo à periodização.

    Em relação às formas de periodização de treinamentos utilizadas, não se obteve nenhum resultado empolgante, pois, a maioria, ou seja, 80% dos treinadores realizam os treinamentos sem ter base em literaturas, sem ter o conhecimento necessário para os resultados almejados estarem menos distantes. Eles realizam durante todo o ano os treinamentos da mesma forma, ou seja, sem alterações de volume e de intensidade, causando assim pequenas alterações orgânicas nos organismos dos atletas, que acabam se adaptando e muito pouco evoluindo. Apenas um, ou seja, 20% do total se utilizam de treinamentos específicos para a preparação física, e não somente realiza os treinamentos através de jogo e jogo. Sabe-se que para alterações ocorrerem, precisa-se de treinamentos específicos, e realizando sempre as mesmas atividades não de altera muito no organismo dos atletas, é necessário “jogar” com o volume e a intensidade e a variação de atividades.

    Sobre os métodos de periodização de treinamentos utilizados, percebe-se que em todos os casos, ou seja, em 100% das escolinhas os profissionais responsáveis não demonstraram muito empenho e conhecimento em relação ao tema, pois, nenhum método ou princípio de treinamento foi citado como base para o planejamento, e nem se quer foram citadas referências bibliográficas utilizadas como base em seus programas. Esses resultados apontam o despreparo dos profissionais e infelizmente a necessidade de um maior conhecimento sobre o tema, já que se têm objetivos traçados, devem-se ter condições para que se proporcionem oportunidades de se atingir os mesmos.

    Portanto, o presente estudo mostrou que é necessário ter grande conhecimento para se trabalhar com o treinamento desportivo, e os profissionais entrevistados infelizmente deixaram a desejar neste quesito. Eu não culpo exclusivamente os profissionais, pois a maioria deles não tem o diploma de graduado e muito menos o conhecimento necessário sobre particularidades da área, e quem é formado já está se aposentando, há longos anos sem estudar, então é nítida a necessidade de haver mudanças e renovações dos profissionais desta área, pois o conhecimento nunca é demais e o mundo muda constantemente e a atualização não é uma opção, e sim uma necessidade para se ter conquistas profissionais e sonhos realizados.

Referências

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 19 · N° 199 | Buenos Aires, Diciembre de 2014
© 1997-2014 Derechos reservados