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Mexa-se na Praça: construindo uma vida saudável através da prática de atividade física na população de 30 a 50 anos da cidade de Pinhão, SE

Muévete en la Plaza: construyendo una vida saludable a través de la práctica 

de la actividad física en la población de 30 a 50 años de la ciudad de Pinhao, SE

 

*Autor

**Coautor

***Orientadora

Licenciatura Educação Física

pela Faculdade de Ciências Humanas e Sociais

(Brasil)

Giovanni Oliveira Pereira*

Felipe Santos Nascimento**

Jose Bruno Santos Ribeiro**

Josefa Mércia Conceição de Jesus**

Josefa Mônia Conceição de Jesus**

Camila Souza***

giovannioliveiraedf@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O sedentarismo representa um dos principais fatores de risco à saúde, causando um grande impacto na saúde publica, ocasionando o aparecimento de doenças degenerativas não transmissíveis e em um número crescente de pessoas. O objetivo deste trabalho foi incutir a importância da atividade física diária como proposta para auxiliar o controle do sedentarismo e das doenças degenerativas crônicas. Fizeram parte deste estudo a população de 30 a 50 anos, no município de Pinhão do estado de Sergipe. Onde os mesmos responderam a uma entrevista semiestruturada que questionava sobre as políticas públicas de atividade física em saúde existente no município. Em síntese a grande maioria dos projetos de atividade física relacionada à saúde do município estudado está voltado para a terceira idade. Tornar-se evidente a necessidade de projetos que envolvam outros segmentos da população com vistas a evitar o sedentarismo. A maior ênfase dos projetos de atividade física e saúde são para a população idosa, ficando os demais desassistidos. Com isso podemos concluir que faltam mais projetos na área de atividade física e saúde para o público alvo estudado, dessa forma conclui-se, que há uma necessidade urgente de aplicação de programas que visem a um estilo de vida mais ativo e mudanças comportamentais.

          Unitermos: Atividade física. Sedentarismo. Saúde pública.

 

Abstract

          Physical inactivity is major health risk factors, causing a major impact on public health, leading to the emergence of non-communicable degenerative diseases and a growing number of people. The aim of this study was to instill the importance of daily physical activity as a proposal to assist the control of physical inactivity and chronic degenerative diseases. This study included the population aged 30 to 50 years, in the municipality of pinion state of Sergipe. Where they responded to a semistructured interview that questioned over policy of physical activity in existing health in the town. In summary the vast majority of designs of physical activity related to health from the municipality are facing seniors. Become evident the need for projects involving other segments of the population with a view to avoiding a sedentary lifestyle. The emphasis of the projects of physical activity and health are for elderly people, getting unassisted too. With this we can conclude that lack more projects in the area of physical activity and health for the target audience study thus concludes that there is an urgent need for implementation of programs to a more active style of life and behavioral changes.

          Keywords: Physical activity. Physical inactivity. Public Health.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 19 - Nº 193 - Junio de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Um dos capitais problemas do mundo moderno é o sedentarismo, que consiste, no baixo nível de atividade física exercido pelas pessoas. Tal fato, em associação a outros fatores de risco (tabagismo, estresse, dieta inadequada, obesidade), está relacionado ao desenvolvimento de inúmeras patologias, sobretudo cardiovasculares (hipertensão arterial, infarto, derrames e problemas de circulação), bem como uma qualidade de vida ruim. Na contra-corrente do sedentarismo que assola as populações urbanas durante todas as fases do ciclo de vida, constatam-se fortes apelos à inclusão de hábitos e costumes positivos visando a promoção de estilos saudáveis e ativos, perspectivando patamares elevados da qualidade de vida.

    Nesse sentido este trabalho teve como objetivo incutir na população de 30 a 50 anos da cidade de Pinhão Sergipe, mudança de comportamento através de programas oferecidos pela secretaria de Saúde, em que promova Atividades Físicas e Prevenção do Sedentarismo, melhorando a qualidade de vida do publico alvo, ou seja, construir uma vida saudável através da prática de atividade física na população de 30 a 50 anos da cidade de Pinhão - SE. Assim o termo qualidade de vida adentrou em alta desde os anos 80, quando assuntos referentes à desigualdade e exclusão sociais, ao consumo e à pobreza foram focadas nas pesquisas desencadeadas pela premência de políticas públicas (GUIMARÃES e MARTINS, 2004 apud CAMPAGNA, 2005). A prática regular de atividade física está coligada à qualidade de vida que, após uma década, transformou-se em polissêmica, incorporando serviços proporcionados à população, acesso a bens materiais e imateriais, turismo, lazer, dentre outros.

    O ato de exercitar-se precisa estar incorporado não somente ao cotidiano das pessoas, mas também a cultura popular, aos tratamentos médicos, ao planejamento da família e a educação infantil. Araújo e Araújo (2000), afirmam que essa necessidade se dá por vários fatores: do fator social, quando se proporciona ao homem o direito de estar fisicamente ativo em grupo, ao fator econômico, quando se constata que os custos com saúde individual e coletiva caem em populações fisicamente ativas. E colocam que programas de incentivo à prática regular de atividade física precisam ser estimulados. Neste sentido é importante que a população entenda a diferença entre atividade física e exercício físico, pois os mesmos tem objetivos diferentes quando relacionados a qualidade de vida e promoção de saúde.

    Para o Ministério da Saúde, situações favoráveis como a universalização do acesso aos serviços de saúde, a proximidade dos profissionais das equipes de Saúde da Família dos sujeitos circunscritos a sua área, os grupos de caminhada organizados nas unidades de saúde, a identificação da comunidade e de seus espaços para a prática de atividades físicas e de lazer e a existência de programas locais de PCAF devem ser considerados no exercício das práticas de saúde.

    A transição epidemiológica nas últimas décadas tem demonstrado a relevância da atuação dos profissionais da Educação Física na operacionalização de políticas públicas voltadas à promoção da saúde uma vez que o sedentarismo, fator de risco para as doenças crônicas, tem apresentado prevalência elevada em vários países. Diante deste contexto, onde o sedentarismo tornou-se um problema de saúde pública, muitas discussões e reflexões têm permeado temas relacionados à ampliação das políticas públicas de saúde no Brasil por meio da inclusão de práticas corporais e da atividade física (PCAF).

    Neste prisma, ver-se a importância da atuação do profissional da educação física sob a perspectiva da promoção da saúde com uma proposta de melhoraria da qualidade de vida, da população. Assim o projeto visa trabalhar na perspectiva da abordagem da saúde renovada, em que Segundo POWELL et al. (1996), a promoção em saúde pretende não só informar, mas também persuadir, motivar e facilitar a ação.

Problemática

    Ao ser feita a pesquisa na cidade de Pinhão Sergipe, foi identificado através dos questionários aplicado a população de 30 a 50 anos, onde 80% dos entrevistados se encontram no quadro de sedentários, pois não realizam atividades diariamente que sejam suficientes para se ter um gasto calórico ideal para se manter ativo. Foi constatado também que um dos problemas para a não prática de atividade física, estava na ausência de programas por parte da secretaria municipal de saúde, da cidade de Pinhão Sergipe, que atendam a esse publico alvo, na promoção de atividades físicas para melhor qualidade de vida e prevenção de doenças crônicas. Tendo em vista os benefícios da prática regular de atividades físicas, qual a importância de promover programas que atendam a esse público alvo, para que assim possam ter uma melhor qualidade de vida?

    Ao ser constatado um grande numero de pessoas não ativas na pesquisa, entende-se a importância de programas que vise uma melhor qualidade de vida dessa população, pois a falta de atividade física pode trazer várias conseqüências. Segundo Tadoro (2001) “sedentário, do latim sedentarius, tem origem na palavra sedere (estar sentado), é o sinônimo de inativo, passividade, ou seja, aquele que faz o mínimo possível de movimento”. O sedentarismo é definido como a diminuição da atividade física habitual, onde os progressos tecnológicos e culturais ganharam espaços e o ser humano passou a gastar menos calorias por semanas em esforço físico, para conseguir que seja feita a realização necessárias das atividades diárias tais como: limpar casa, caminhar até o trabalho etc. O sedentarismo representa um dos principais fatores de risco à saúde, causando um grande impacto na saúde publica, ocasionando o aparecimento de doenças degenerativas não transmissíveis e em um número crescente de pessoas. Segundo Groenninga (2009), sedentarismo é considerado a falta de atividade física suficiente e pode causar danos a saúde. Nesta perspectiva a ausência de programas que visem tirar o público alvo dessa situação, contribui de forma significativa para o aparecimento de doenças crônicas e com isso gastos públicos na saúde.

    Tendo em vista que a atividade física compreende qualquer tipo de atividade que envolva os principais grupos musculares do organismo, estando incluídas aí as atividades do cotidiano como caminhar, limpar a casa ou fazer compras no supermercado. Enquanto que os exercícios físicos são atividades que tem como objetivo melhorar ou manter a aptidão física do individuo, ou seja, a capacidade da pessoa de realizar as atividades físicas mais diversas sem que fique extenuado ou extremamente cansado. Uma vez que, os afazeres domésticos não sejam suficientes para fornecer uma vida ativa para essas pessoas, devido ao pouco gasto calórico durante as tarefas diárias, desta forma, segundo as recomendações do Colégio Americano de Medicina do Esporte, os indivíduos adultos devem praticar pelo menos 30 minutos de atividade física de moderada intensidade, cinco vezes ou mais por semana, sendo a mesma recomendação feita pelo departamento de saúde do Reino Unido.

    Barros Neto (1997) explica que o conceito de sedentarismo não é associado necessariamente à falta de uma atividade esportiva, o sedentário é o indivíduo que não atinge gastos calóricos superiores a 1500 Kcal por semana relacionada a atividades ocupacionais (limpar a casa, caminhar para o trabalho, realizar funções profissionais que requerem esforço físico etc.). O sedentarismo é um estilo de vida onde a pessoa não tem o hábito de praticar exercícios físicos ou alguma outra atividade de grupo. Com isso fica evidente a necessidade de projetos que envolvam outros segmentos da população de 30 a 50 anos com vistas a evitar o sedentarismo.

    Nesta perspectiva a atividade física e a promoção da saúde são atualmente subáreas da Educação Física de importante destaque no meio científico, no entanto, nota-se que esse conhecimento ainda é pouco aplicado a serviço da Saúde Pública. Dessa forma, Programas promoção de Saúde que representem uma das alternativas de (re) orientação de modelo de atenção à saúde, e tem dentre suas diretrizes a intersetorialidade e multidisciplinaridade, se apresenta como um possível campo de intervenção do Professor de Educação Física que, ao ser inserido, é capaz de desenvolver ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, compatíveis com as metas dessa estratégia. É o Profissional de educação Física na área da saúde que tem a capacidade de desenvolver atividades que proporcionem melhora no indivíduo como um todo, e quando essa iniciativa é pública, torna-se mais acessível aos indivíduos, uma vez que a maior parte da população não possui recursos para o acesso de práticas de atividades físicas oferecidas pelo setor privado.

Justificativa

    Novas concepções estão surgindo a partir de contribuições de profissionais e pesquisadores da área, estimulando a elaboração de novas estratégias, em geral pautadas nas mais recentes concepções de saúde e qualidade de vida, sob a perspectiva da promoção da saúde, visando garantir o atendimento integral da população em todos os níveis de atenção. Dentre as ações específicas priorizadas pela Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), criada em 2006, inclui-se a prática corporal e a atividade física (PCAF) nas ações na rede básica de saúde e na comunidade, fundamentando a inserção do profissional da educação física no Serviço de Atenção Básica ao compor as equipes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).

    Diante do problema encontrado, o sedentarismo o trabalho justifica-se na implantação de programa de atividade física para o público alvo. Visto que muitos efeitos positivos podem ser alcançados com exercícios físicos, a partir da realização com orientação adequada partindo de programas estruturados por meio da secretaria municipal de saúde.

    Sendo assim a realização de exercícios físicos regularmente é uma das medidas mais importantes para se ter uma vida saudável. Existem basicamente três tipos de exercícios físicos: os aeróbicos (caminhar, correr, pedalar, nadar), os treinamentos de resistência ou anaeróbicos (musculação) e os exercícios de alongamento. As atividades aeróbicas, além de promover e melhora da aptidão física, trazem inúmeros benefícios para a saúde de quem à prática regularmente. Neste sentido, é imprescindível, que se tenham programas que ofereçam a prática de exercícios físicos regular, neste sentido, o profissional de Educação Física é fundamental, pois compete a ele coordenar, planejar, programar, supervisionar, dirigir, organizar, avaliar e executar todos os trabalhos e programas, realizar treinamentos especializados, participar de equipes multidisciplinares e interdisciplinares e elaborar informes técnicos, científicos e pedagógicos na área da prática de atividade física regular, proporcionando uma melhor qualidade de vida para as pessoas.

    É exatamente neste ponto que a atividade física torna-se importante não apenas para minimizar a degeneração do corpo provocada no decorrer da vida, mas também para controlar doenças causadas pelo sedentarismo, principalmente para população de 30 a 50 anos, que por muitas vezes se encontram em um comodismo diário. Allsen, Harrison e Vance (2001) relatam que os objetivos das pesquisas recentes são discutir e apresentar novas diretrizes sobre a atividade física, a saúde e o bem-estar, onde deve ser destacada a importância dos exercícios para a melhora e manutenção da qualidade de vida.

    Nesta perspectiva nota-se a importância de se ter um programa que atenda a população de 30 a 50 anos no município de Pinhão Sergipe, pois assim possibilitará para os mesmo, atividades físicas diária, que trarão benefícios para sua saúde, além de prevenir possíveis doenças degenerativas, que afetam a essa população avaliada. Podendo assim ter uma vida ativa, que trará benefícios para chegada da terceira idade, pois seu corpo estará melhor adaptado para essa fase que apresenta diversas patologias.

    Com isso se faz importante que nós profissionais de Educação Física, tenha como foco de intervenção à prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde no contexto dos determinantes sociais da saúde de uma população ou indivíduo. O profissional deve acompanhar e contribuir para as transformações acadêmicas científicas da área da saúde, garantindo o nível de atualização da contribuição de suas práticas intervencionistas.

    A criação programas públicos destinados ao exercício físico, juntamente com trabalho multidisciplinar e divulgação sobre atividade física, pode é uma ferramenta efetiva no combate ao sedentarismo. Diante do exposto se faz necessário um maior engajamento dos profissionais de saúde envolvidos no projeto, no processo motivacional da população para abandono do sedentarismo, promoção de alimentação saudável e perda de peso.

Referencial teórico

    A partir de 1990, houve uma expansão da promoção da saúde no Brasil para obtenção de melhor qualidade de vida com a participação de indivíduos e da comunidade, por meio do fortalecimento da saúde pública e da cidadania. A promulgação da Carta de Ottawa, resultante da Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada em Ottawa, Canadá, em novembro de 1986, em que foi considerado como um novo paradigma da saúde pública teve sua etiologia formalizada através desta carta, onde oficializou a proposta de cinco principais estratégias para a melhoria da saúde e qualidade de vida por meio de: Construção de políticas públicas saudáveis; Criação de ambientes favoráveis; Reforço à ação comunitária; Desenvolvimento de habilidades pessoais; Reorientação dos serviços de saúde. Este novo paradigma de atenção e promoção à saúde vem se enriquecendo com as declarações internacionais periodicamente formuladas nas conferências realizadas sobre o tema.

     Segundo Matsudo (1999) citado por Macedo et al (2003) 70% da população brasileira é sedentária. O sedentarismo pode ser considerado uma epidemia mundial. É considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) o inimigo número um da saúde publica, associado a dois milhões de mortes ao ano globalmente, e por 75% por mortes nas Américas. Esse fato pode ser justificado pela ausência de cultura da prática da atividade física como prevenção contra problemas de saúde e como promotora do bem estar psicológico e físico de quem a prática, outro fator em evidencia seria de que os municípios não oferecerem projetos que atenda a toda população referente a essa prática. Entretanto, Nahas (2000) afirma que as mudanças de hábitos quanto à prática de atividade física foram impulsionadas a partir de 1992 pelas evidências científicas de sua contribuição a saúde.

    De acordo com Da Ros (2000) em 1847, Virchow e Neumann conseguem a aprovação da lei de Saúde Pública prussiana que resumidamente diz respeito a saúde, direito de todos é dever do estado. Assim o município é responsável por ofertar projetos de políticas publicas que atendam a população de um modo geral, possibilitando que estes saiam do sedentarismo, dando uma ênfase nas pessoas que estão entre os 30 aos 50 anos, em que foi notado na cidade de pinhão Sergipe, que esse público é desassistido no que se refere a projetos que forneçam uma prática de atividade física para os mesmo, saindo assim do comodismo diário. O sedentarismo é definido como a falta ou a grande diminuição da atividade física. Na realidade, o conceito não é associado necessariamente à falta de uma atividade esportiva, pois do ponto de vista da Medicina Moderna, o sedentário é o indivíduo que gasta poucas calorias por semana com atividades ocupacionais.

    Segundo Caspersen et al, atividade física é qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética, que resulte em um gasto energético maior do que os níveis de repouso, enquanto que exercício físico é toda atividade física planejada, estruturada e repetitiva que tem por objetivo a melhoria e a manutenção da aptidão física.

    De acordo com Guisellini (2004), a atividade física não é importante só para aparência física que a sociedade estimula mais sim para se ter uma vida mais saudável, sem riscos para saúde e acima de tudo ter uma qualidade de vida melhor, assim prolongando seu tempo de vida. Quando nos tornamos inativos as articulações incham, os músculos enfraquecem o aumento de gordura afeta o sistema circulatório, o coração perde a força e, conseqüentemente ficamos mais expostos a doenças.

Metodologia

    A pesquisa teve um caráter, qualitativo, descritivo, onde a pesquisa descritiva visa apresentar as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolvem o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática (GIL, apud SILVA; MENEZES, 2005). A pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números (SILVA; MENEZES, 2005).

    A pesquisa foi realizada através de uma entrevista semiaberta, seguindo um modelo de roteiro, com uma abordagem em profundidade com respostas indeterminadas. A mesma foi aplicada ao secretário de Saúde da cidade de Pinhão Sergipe, e a população entre 30 e 50 anos, sendo que participaram dessa pesquisa 30 pessoas, entre elas homens e mulheres e de maneira minuciosa foi feita uma análise. Após esta análise foram levantados dados, e discussões sobre o problema encontrado. Desta forma foi detectado que 80% dos avaliados, se encontram no quadro de sedentários.

Análise de dados

    O que se pode observa nas entrevistas foi que, por volta de 80%, dos entrevistados se encontra no estado de inatividade. Desta forma ao serem questionados sobre o que era atividade física, o individuo A, relatou que “seria a prática de um esporte”, enquanto que o B ressaltou que “seria só correr”. Já quando questionados sobre, qual o motivo de não praticar freqüentemente atividade física a pessoa C, respondeu que, “é por falta de motivação”, enquanto que a D, falou que “é por causa da preguiça”. E quando perguntados se houvesse um projeto voltado para a prática de atividade física, se eles iriam participar os indivíduos, E, F e G, todos relataram que gostariam sim de participar, só que não tinha projetos voltados para o público adulto entre 30 e 50 anos.

    Sendo assim, como foco do projeto será a implantação de programa de atividade física para esse público, foi identificado na fala do secretário que. Como você ver o sedentarismo na população adulta de Pinhão? “E preocupante, a partir do que vocês mim apresentaram”. Você entende que a pratica de exercícios físicos regulares, são importantes para a prevenção de doenças e melhoria da qualidade de vida da população? “Sim, essa prática é de grande importância para a prevenção de doenças e com isso diminuição dos gastos públicos na área da saúde”. No plano de governo existe algum projeto relacionado à educação física voltada para melhoria da qualidade de vida que atenda a população adulta? Não, existe sim voltada para terceira idade, não tínhamos a noção desses fatores importante na mudança de hábitos com a prática de exercício para essa população de 30 a 50 anos como vocês citaram. Mais nota-se a grande importância projeto como esse. Tendo em vista os benefícios que os exercícios físicos propiciam para a população, qual o motivo de não existir um projeto para esse publico alvo que estar cada vez mais sedentários? “Não tínhamos essa noção, com esse estudo, percebo que a uma grande falha, pois não vai adiantar investirmos na terceira idade, se no intervalo nessa idade esse publico que vai envelhecer fica desassistida de programas”. Com isso se torna ainda mais imprescindível à implantação de programas que atendam esse público alvo, pois como relatado na fala do gestor, há uma falha por parte do município, em propor algum programa que possibilite a prática de atividade física para esse público estudado, e conseqüentemente, tendo uma melhor saúde, para assim entrar na terceira idade, muito mais saudáveis e ativos.

    Foi utilizada nesse trabalho a abordagem da Saúde renovada, onde Guedes & Guedes (1996) ressaltam que uma das principais preocupações da comunidade científica nas áreas da Educação Física e da saúde pública é levantar alternativas que possam auxiliar na tentativa de reverter a elevada incidência de distúrbios orgânicos associados à falta de atividade física.

Concussão

    Por se confiar que a prática de exercícios físicos regular, melhora a qualidade de vida do sujeito e previne de possíveis doenças crônicas como o sedentarismo, pensa-se que um projeto que atenda a população adulta de 30 a 50 anos, proporcionará para elas diversos benefícios, tendo assim uma vida ativa.

    Nesse sentido, conclui-se a importância do profissional de educação física estar inserido nesses programas, pois o mesmo tem subsídios para desenvolver atividades adequadas para cada individuo, respeitando cuidadosamente os problemas identificados. Esse profissional é capaz de organizar, avaliar e, coordenar ações especializadas, e esses cuidados são imprescindíveis para um bom resultado, uma vez que realizados de forma inadequada, podem ocasionar resultados negativos.

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