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Fatores decorrentes da baixa estatura

Factores determinantes de la baja estatura

Factors resulting from low height

 

*Acadêmicos – Curso de Educação Física – Faculdade Assis Gurgacz.

**Professora Doutora Orientadora – Curso de Educação Física

Faculdade Assis Gurgacz

(Brasil)

Carlos Capistrano de Lima Nietto*

Cleis Oliveira Menon de Oliveira*

Leonardo Trevisol Possamai*

Débora Bourscheid Dorst**

leonardotrevisol@outlook.com

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando a técnica bibliográfica com fontes em livros, artigos científicos, onde serão buscados em bases de dados como o Scielo e Lilacs, destina-se aos profissionais da área que prestam atendimento a crianças e adolescentes, com a finalidade de colaborar para o avanço da qualidade de suas práticas bem como, pela extensão e a qualidade de vida destes, mediante a monitoração do crescimento e desenvolvimento. Portanto, avaliações e acompanhamento em diferentes fases da vida do ser humano em crescimento, podem cooperar para esclarecer fatos que aconteceram em etapas anteriores e indicar riscos imediatos, mediatos e tardios para a saúde de crianças. De acordo com as informações acima, tem-se como objetivo deste estudo geral verificar os fatores decorrentes da baixa estatura. Sendo assim, inicialmente foi apresentado os aspectos gerais sobre o processo de crescimento infantil (fatores genéticos e fatores ambientais), levantar os fatores que influenciam a baixa estatura infantil, através de estudos nacionais e internacionais que tracem índices de baixa estatura. Contudo os fatores decorrentes da baixa estatura são aqueles de origem genética podendo alterá-lo para melhor ou pior, usando os Sistemas Neuroendócrinos, a Alimentação e o Metabolismo. Outro importante fator determinante da altura final é o fator ambiental causado por agravos nutricionais, socioeconômica e cultural, que permeiam o crescimento infantil desde o período pré-natal. Os autores concentram a ideia de que, mesmo com os benefícios que a atividade física proporciona, ela também pode causar implicação negativa no processo de crescimento.

          Unitermos: Crescimento. Baixa estatura. Fatores decorrentes.

 

Abstract

          The present study deals with a qualitative research, using the technique of bibliographic sources in books, scientific papers, which will be searched in databases as Scielo and Lilacs, intended for professionals who provide care for children and adolescents in order to cooperate to advance the quality of their practices as well as the extent and quality of their life, by monitoring the growth and development. Therefore, assessments and monitoring at different stages of the growing human being, can cooperate to clarify events that happened in the previous steps and indicate immediate risks, mediate and late for the health of children. According to the above information, has as general objective of this study to analyze the factors resulting in short stature. Thus, it was initially presented on the general aspects of the process of child growth (genetic and environmental factors), raising the factors that influence child stunting, through national and international studies to plot which stunting rates. However, the factors resulting from short stature are those of genetic origin can change it for better or worse, using the Neuroendocrine Systems, Food and Metabolism. Another important determinant of final height is the environmental factor caused by nutritional deficiencies, socioeconomic and cultural, that permeate children's growth from the prenatal period. The authors focus the idea that, even with the benefits that physical activity brings, it can also cause detrimental effects on the growth process.

          Keywords: Growth. Short stature. Factors resulting.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 19, Nº 191, Abril de 2014. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    O crescimento e o desenvolvimento são linhas referenciais para todas as atividades de atenção à criança e ao adolescente sob os aspectos sociais, afetivos, biológicos e psicológicos. De acordo com vários estudos, o padrão de crescimento é um dos melhores indicadores do estado de saúde da criança. Compõe no processo de crescimento a expressão fenotípica de um potencial genético modulado por meio dos fatores intrínsecos e extrínsecos do próprio sujeito, e podem fazer com que a ação se distinga do padrão considerado normal (CABEZUDO et al., 2006).

    A diminuição do processo do crescimento na infância, analisando o aparecimento da baixa estatura, deve ser resultado de irregularidades cromossômicas ou outras distorções genéticas, doença sistêmica crônica ou privação psicológica e também má-nutrição. Contudo, em muitas crianças não é possível compor a causa específica da baixa estatura, o que é comumente designado como baixa estatura idiopática (GLANER, 2002).

    No processo do crescimento e desenvolvimento, a atividade física é fundamental, visto que atua favorecendo a flexibilidade, velocidade, o equilíbrio, a contração e o relaxamento muscular e também a coordenação, bem como estimula as qualidades biopsicossociais como a coragem, concentração, confiança e solidariedade (JUZWIAK et al., 2000).

    Condições na qual o sujeito apresenta estatura menor que o terceiro percentil ou menor que dois desvios-padrão (DP) abaixo da altura média para determinado grupo populacional, idade e sexo é considerado como baixa estatura (BE) (MALINA; BOUCHARD, 1991).

    Os três principais grupos em que a baixa estatura pode ser classificada são: os distúrbios primários do crescimento, que são caracterizados como as condições intrínsecas à placa de crescimento. Outro grupo é os distúrbios secundários do crescimento, são as condições que alteram a fisiologia da placa de crescimento, e o terceiro grupo é o da baixa estatura idiopática (BEI), em que nenhuma causa da baixa estatura é identificada (MALINA; BOUCHARD, 1991).

    A atividade física causa um aumento na idade óssea em relação à cronologia. A avaliação antropométrica bem administrada colabora de forma extraordinária para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, principalmente se estes forem atletas.

    É importantíssimo que tanto o peso como a estatura seja medido regularmente e avaliados quanto à relação peso e estatura para idade, de acordo com os padrões de referência, com o intuito de avaliar se o crescimento está realmente adequado (JUZWIAK et al., 2000).

    A antropometria, por meio do registro da altura do peso e perímetro cefálico, compõe o método mais adequado em nível de atenção primária para detectar irregularidades de crescimento, e também permite alcançar o diagnóstico do estado nutricional (BRASIL, 1994).

    Em termos sociais, a estatura simboliza a saúde, êxito, poder, autoridade, prestígio e beleza. Crianças altas são consideradas “maduras” e “fortes” sendo motivo de admiração e respeito, enquanto as crianças mais baixas são muitas vezes ignoradas, intimidadas e até mesmo infantilizadas (SANDBERG; COLSMAN 2005, FREEMARK, 2004).

    Os fatores psicossociais, biológicos e físicos contrários são capazes de intervir no crescimento e desenvolvimento. Desta forma o efetivo acompanhamento desse processo é essencial, pois permite promover a saúde ao realizar diagnósticos precoces, pois o crescimento é avaliado como um dos indicadores fundamental da saúde da criança, pois manifesta claramente desenvolvimentos ou problemas em sua higidez.

    O presente estudo trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando a técnica bibliográfica com fontes em livros, artigos científicos, onde serão buscados em bases de dados como o Scielo e Lilacs, destina-se aos profissionais da área que prestam atendimento a crianças e adolescentes, com a finalidade de colaborar para o avanço da qualidade de suas práticas bem como, pela extensão e a qualidade de vida destes, mediante a monitoração do crescimento e desenvolvimento. Portanto, avaliações e acompanhamento em diferentes fases da vida do ser humano em crescimento, podem cooperar para esclarecer fatos que aconteceram em etapas anteriores e indicar riscos imediatos, mediatos e tardios para a saúde de crianças.

    De acordo com as informações acima, tem-se como objetivo geral verificar os fatores decorrentes da baixa estatura. Sendo assim, o artigo irá apresentar os aspectos gerais sobre o processo de crescimento infantil (fatores genéticos e fatores ambientais), levantar os fatores que influenciam a baixa estatura infantil, através de estudos nacionais e internacionais que tracem índices de baixa estatura.

2.     Desenvolvimento

2.1.1.     Processo de crescimento infantil

    A etapa de crescimento de um indivíduo tem início no momento da fecundação e vai até os vinte anos de idade, quando nesta fase completa-se o procedimento de maturação dos sistemas e crescimento da estatura, apontando o início da idade adulta. Por mais que não tenham evidências de que um sujeito com maior estatura esteja relacionado ao sucesso profissional bem como nos relacionamentos, convêm destacar que a estatura é uma das características físicas muito valorizadas pela sociedade e repetidas vezes é motivo de apreensão dos pais, da criança e do próprio sujeito quando adulto (LAZZOLI, 2002, GALLAHUE et al., 2013).

    De certa forma, avalia-se o crescimento como aumento do tamanho do corpo, sendo que este cessa com o término do aumento em altura, ou seja, o crescimento linear. Pode-se dizer, portanto que o crescimento do ser humano é uma ação ativa e contínua que acontece desde a concepção até o fim da vida e está sujeito a alterações em função do ambiente.

    O crescimento pode ser avaliado como um dos melhores apontadores de saúde da criança, pelo motivo de sua estreita vinculação de fatores ambientais, tais como ocorrência de doenças, cuidados gerais e de higiene, alimentação, qualidades de habitação e saneamento básico, refletindo assim, as condições de vida da criança, no passado e no presente (LAZZOLI, 2002).

    De certa forma, avalia-se o crescimento como avanço do tamanho do corpo, sendo que este cessa com o término monitoramento do crescimento é definido como a avaliação sequencial de medidas para o diagnóstico de crescimento de indivíduos na comunidade, a fim de promover a saúde, diferindo da vigilância do crescimento, que é a avaliação populacional. O crescimento normal, do ponto de vista biológico, compreende alterações no tamanho, na forma e na função celulares, enfim, significa o aumento físico do corpo, podendo ser mensurado em gramas, quilogramas, centímetros e metros (GLANER, 2002).

    O IMC (Índice de Massa Corporal) calculado a partir da equação (IMC=Peso/Estatura2) pode ser um apontador da circunstância nutricional de amplo valor em crianças e adolescentes. Presentemente, consideram-se as curvas e percentis de crescimento recomendadas pelo National Center for Health Statistics, como padrões de referência para avaliação dos indicadores Peso/Idade, Altura/Idade e IMC/Idade, segundo gênero (NCHS, 2000).

2.1.2.     Fatores da baixa estatura na infância

    O crescimento é a principal marca da infância e adolescência. Tão importante a ponto de ser um dos principais marcadores do estado de saúde das crianças. O crescimento traduz, além da carga genética dos pais, o grau de nutrição, a normalidade dos hormônios, a ocorrência de doenças crônicas e até o suporte afetivo que as crianças recebem (SILVA, 2010).

    Para Silva (2010), o crescimento é um artifício biológico, de multiplicação e aumento do tamanho celular, expresso pelo aumento do tamanho do corpo. Todo o sujeito nasce com uma potencialidade genética de crescimento, podendo ou não ser atingido, estando subordinadas as condições de vida a que encontrar-se, submetido desde a concepção até a fase adulta. Deste modo, pode-se afirmar que o crescimento passa por influências dos fatores intrínsecos e de fatores extrínsecos.

    A influência mútua de fatores intrínsecos (genético) e extrínsecos (ambientais) é que determina e influência o processo de desenvolvimento no ser humano. Entre esses fatores, temos os genéticos, fatores neuroendócrinos, ambientais, nutricionais e atividade física.

    Entre os fatores extrínsecos, podemos destacar a posição socioeconômica e cultural, permeiam o crescimento infantil desde a etapa pré-natal, podendo afetar o quadro nutricional da mãe na gravidez, e logo o retardo de crescimento intrauterino e agravo inter-relacionado com a prematuridade e com o baixo peso ao nascer e se constituem em importantes fatores intercessores do crescimento posterior da criança, merecendo destaque quando avaliar o crescimento infantil (ROMANI, 2004).

    A influência do meio ambiente acontece desde a existência intra-uterina, quando o crescimento é limitado a partir de certo momento pelo espaço da cavidade intra-uterina, até a fase adulta. Portanto, pode-se descrever que a altura final do sujeito é o resultado da influência entre sua carga genética e os fatores do meio ambiente os quais permitirão a maior ou menor expressão do seu potencial genético.

    Como alvo do crescimento, o legado genético recebido dos pais institui um potencial ou alvo que pode ser alcançado. Poucas funções biológicas necessitam tanto da potencialidade genética como o crescimento. Entretanto, a qualquer tempo, desde a fecundação e, sobretudo nas crianças pequenas, os fatores ambientais podem alterar o ritmo e a característica deste processo. A obtenção dessa meta biológica depende das qualidades do ambiente onde se dá o crescimento da criança sendo sua influência marcante (SILVA, 2010).

    Conforme o Ministério da Saúde (1994) a baixa estatura pode ser um sintoma de uma cadeia de doenças ou problemas médicos, onde incluímos alguns: Doenças ósseas ou esqueléticas; Doenças crônicas (cardíaca congênita); Asma; Anemia falciforme; Doenças renais; Artrite reumatoide juvenil; Talassemia; Doença celíaca, Doença de Cushing, hipotireoidismo e diabetes; Condições genéticas, tais como Síndrome de Down, Síndrome de Turner, Síndrome de Williams, Síndrome de Russell-Silver e Síndrome de Noonan; Deficiência de hormônio do crescimento; Infecções do bebê em crescimento antes do nascimento; Desnutrição; Restrição de crescimento intrauterino, ou pequeno para a idade gestacional.

    Seguindo este raciocínio, Barbarini (2004) também diz:

    Como o controle do crescimento se da por intervenção de um mecanismo complexo, as ocasiões que podem levar à baixa estatura são muitas. Permeiam diferentes propostas de classificação para as causas de baixa estatura, e são divididas basicamente nas causas endócrinas onde encontram-se o raquitismo o hipotireoidismo, o excesso de glicocorticoides (como na síndrome de Cushing), o pseudohipoparatireoidismo, as causas não endócrinas encontra-se (osteocondrodisplasias), a anormalidades cromossômicas (autossômicas ou de cromossomos sexuais) ou secundária a doenças crônicas, nutrição inadequada ou privação psicossocial. E também a causa da baixa estatura idiopática (BARBARINI, 2004).

    As endocrinopatias podem alterar a baixa estatura por diminuir a velocidade de crescimento, provocar um aumento maior da idade óssea em relação à velocidade de crescimento por limitar o potencial ósseo de crescimento. Crianças com baixa estatura sem uma causa orgânica definida são consideradas como variantes do normal, ou seja, atraso constitucional do crescimento e da maturação e a baixa estatura familial, ou baixa estatura idiopática. Autores compreendem as chamadas variantes do normal no grupo com baixa estatura idiopática (PEREIRA, 2008).

    Quando uma criança é baixa e não encontramos causas específicas para explicar tal alteração, classificamos esta condição como baixa estatura idiopática, que representa entre 60-80% dos casos de baixa estatura que encontramos na prática clínica (CITEN, 2013).

    Certamente, as causas para a baixa estatura existem, embora nos passem despercebidas. Essas crianças geralmente têm altura normal ao nascer, algumas vezes, têm pais também muito baixos e, outras vezes, apresentam atraso no desenvolvimento da puberdade. Na maioria dos casos, o prognóstico é bom, principalmente quando a idade óssea está atrasada em relação à idade cronológica, indicando que essa criança terá mais tempo para alcançar uma altura próxima do normal na vida adulta (> 163 cm nos homens e > 150 cm nas mulheres) (CITEN, 2013).

2.1.3.     Deficiência do hormônio de crescimento (DGH)

    Trata-se de causa rara de baixa estatura, ocorrendo em uma de cada 4.000 - 10.000 crianças. As crianças que apresentam deficiência do hormônio de crescimento são muito baixas em relação à altura de seus pais e apresentam uma idade óssea muito atrasada em relação à sua idade cronológica. Têm uma aparência infantil, mesmo quando alcançam idade adulta.

    A DGH ocorre devido a lesões cerebrais que comprometem a glândula pituitária, onde estão as células especializadas em produzir o hormônio de crescimento. As causas das lesões podem ser tumores, radioterapia, traumatismos cranianos, infecções do sistema nervoso e defeitos genéticos. O tratamento deve ser feito através da reposição do hormônio em falta, com aplicações subcutâneas diárias (PORTES, 2008).

    No Brasil, alguns serviços públicos credenciados fornecem o hormônio gratuitamente aos pacientes com diagnóstico bem definido de DGH e que sejam acompanhados regularmente por eles (CITEN, 2013).

2.1.4.     Estudos nacionais e internacionais sobre baixa estatura com tratamento hormonal

    São poucos ainda os estudos no Brasil que oferecem dados relevantes sobre fatores pautados às características físicas ou a densidade mineral óssea de adolescentes e crianças.

    O banco de dados da Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição (PNSN, 1989), mostra análises referentes a uma amostra de jovens de vinte anos, de classe média alta, em perfeito estado de saúde, todos com uma ampla possibilidade de terem alcançado seu pico genético de crescimento, apresenta um percentual de diferença nas suas alturas, com os mais baixos, apresenta-se médias de 1,64 cm, enquanto os mais altos podem atingir 1,90 cm ou até mais.

    O estudo de Predict desenvolvido pelo médico francês Pierre Chatelain, traz considerações que podem revolucionar o tratamento de crianças com baixa estatura, que começa a ser lançado no Brasil, surgindo como uma complementação eficaz aos métodos utilizados pelos especialistas. Este estudo recomenda o mapeamento genético do sujeito permitindo além da precocidade do diagnóstico, um tratamento modelado às necessidades particulares de cada sujeito (SAÚDE, 2013).

    Muitos ensaios clínicos nas últimas duas décadas, comumente realizados por endócrinos na área de pediatria e pelos fabricantes, estes ensaios indicaram que o tratamento com GH (hormônio do Crescimento) humano recombinante melhorou as taxas de crescimento e consequentemente a altura de crianças de baixa estatura idiopática às causas da síndrome de Turner, síndrome de Pradder-Willi, insuficiência renal crônica e peso abaixo da média à idade gestacional ao nascer; e também com crescimento inferior até os dois anos de idade, juntas essas situações sem deficiência de GH, além do melhoramento da reposição em crianças com deficiência hormonal. Essas características foram consideradas recomendações aprovadas para uso de GH (WANNMACHER, 2006).

    O hormônio do crescimento- GH é a união dos aminoácidos moléculas orgânicas produzidas em maior quantidade pela hipófise anterior a qual forma o peptídeo. A secreção do hormônio do crescimento acontece nas formas pulsáteis, os picos de maior amplitude são observados durante a terceira e quarta fase do sono profundo. As características pulsáteis são controladas por um mecanismo muito complexo, envolvendo especialmente duas proteínas a somatostatina, de ação inibitória, e as proteínas hipotalâmicas que agem estimulando a secreção que é o hormônio liberador. A somatostatina e o hormônio liberador sofrem influencias de diversos fatores, como nutrição, sono, atividade física, estresse, hormônios tireoidianos e esteroides sexuais (SEICK; BOGUSZEWSKI, 2003).

    No ano de 2003, a Food and Drug Administration (FDA) consentiu o tratamento de baixa estatura idiopática em crianças com hormônio do crescimento biossintético. Grande parte das crianças não tinham deformidade de secreção de GH, nem tão pouco sinal de alguma patologia, além de se mostrar psicologicamente bem. No entanto, persiste em controversa a decisão do uso de GH em crianças saudáveis no exercício médico, em que o benefício de máxima altura deve ser comparado com os custos e riscos. Outros dois estudos pesquisaram a segurança de GH em crianças com baixa estatura idiopática com quatro e sete anos que usaram GH, e nestes estudos não encontraram efeitos adversos significantes com a terapia (QUIGLEY et al., 2005).

    Evidências de eficácia que necessitam ser confrontada à de alternativas ou a não tratamento, para determinar o benefício clínico real, foram feitas em vários outros estudos. O assunto de perigo não é total, levando em conta se são aceitáveis devido à gravidade da condição a ser abordada. Quando se estuda a baixa estatura idiopática, não existe doença, a morbidez decorrente é escassa e a condição de vida não parece ser prejudicada pela baixa estatura. Ao considerar-se o custo, este se mostra muito alto.

    Portanto ao considerar que essas crianças devam receber o hormônio do crescimento através de injeções pode significar admitir que a baixa estatura realmente seja uma doença e através disso conduzir à discriminação social. Desta forma o caso de que baixa estatura idiopática deva ser tratada com hormônio do crescimento não denota que deva ser basicamente tratada em crianças determinadas como normais. Sendo assim, com ênfase do benefício clínico com baixa possibilidade de resultado, o alto custo, segurança de longo prazo sem definição, a indicação desse tratamento necessita ser reavaliada. Portanto a decisão final é individual e controversa (WANNMACHER, 2006).

    Assim, é muito importante que toda criança, ao longo do seu processo de crescimento, compareça às consultas regulares ao pediatra, para acompanhamento do crescimento, permitindo, assim, a identificação e o tratamento precoce de qualquer tipo de anormalidade em seu crescimento.

3.     Considerações finais

    Os fatores decorrentes da baixa estatura são aqueles de origem genética podendo alterá-lo para melhor ou pior, usando os Sistemas Neuroendócrinos, a Alimentação e o Metabolismo. Outro importante fator determinante da altura final é o fator ambiental causado por agravos nutricionais, posição socioeconômica e cultural, que permeiam o crescimento infantil desde a etapa pré-natal, podendo afetar o quadro nutricional da mãe na gravidez, e logo o retardo de crescimento intrauterino e o desenvolvimento durante o período pré-natal.

    Portanto a influência mútua destes fatores é que determina e influência o processo de desenvolvimento no ser humano. A baixa estatura pode ser um sintoma de uma cadeia de doenças ou problemas médicos, onde citamos alguns: Doenças ósseas; Doenças crônicas; Doenças renais; Doença celíaca, Doença do hipotireoidismo e diabetes; Condições genéticas, tal como Síndrome de Down; Deficiência de hormônio do crescimento; Infecções do bebê em crescimento antes do nascimento; Desnutrição e Restrição de crescimento intrauterino.

    Sendo assim, em relação ao crescimento linear (estatura), pode-se descrever que a altura final do individuo é o resultado da influência mútua entre sua carga genética e os fatores do meio ambiente que permitirão a maior ou menor expressão do seu potencial genético.

    Pode-se observar que os autores concentram a ideia de que, mesmo com os benefícios que a atividade física proporciona, bem como a importância da prática de atividade por crianças e adolescentes, quando não for acompanhada, pode causar implicação negativa no processo de crescimento e desenvolvimento, especialmente no desenvolvimento motor, que ainda não estão satisfatoriamente desenvolvidos.

Referências

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