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Atividades físicas habituais e vulnerabilidade ao 

estresse em universitários de Educação Física-Bacharelado 

da Universidade do Extremo Sul Catarinense de Criciúma, SC

Las actividades habituales y la vulnerabilidad al estrés en universitarios de la carrera 

de Educación Física de la Universidad de Extremo Sul Catarinense de Criciuma, SC

Habitual Physical Activity and Vulnerability to Stress in students Physical 

Education-baccalaureate of University of Extremo Sul Santa Catarina de Criciuma, SC

 

Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC

Unidade Acadêmica de Humanidades Ciências e Educação

Departamento de Educação Física

Criciúma, Santa Catarina

(Brasil)

Bárbara Regina Alvarez

bra@unesc.net

Ariadne Marques Michels

ariadne_mmichels@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O estudo teve como objetivo identificar a vulnerabilidade ao estresse e os níveis de atividades físicas comparando com as fases iniciais (G1) e finais (G2) do curso de Educação Física da UNESC, Criciúma/SC, pesquisa descritiva transversal. Utilizou-se questionários de estresse e atividades físicas (NAHAS 2013). Percebe-se que os dois grupos encontram-se na mesma classificação em todos os aspectos analisados e com porcentagens bem semelhantes, Em relação ao estresse os dois grupos se classificam como rever situações, bem como os níveis de atividades físicas como moderadamente ativos, apresentando baixa correlação quando relacionadas às variáveis acima.
          Unitermos: Atividades físicas. Estresse. Universitários.

 

Abstract

          The study aimed to identify the vulnerability to stress and physical activity levels compared with the early stage (G1) and final (G2) course for Physical Education UNESC, Criciuma/SC, descriptive cross-sectional survey. We used questionnaires of stress and physical activity (NAHAS, 2013). It is noticed that the two groups are in the same classification in all analyzed aspects and with very similar percentages in relation to stress the two groups are classified as reviewing situations and levels of physical activity as moderately active, with low correlation when related to the above variables.
          Keywords: Physical activity. Stress. University.

 

Trabalho de Conclusão do Curso de Educação Física – Bacharelado pela Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 190, Marzo de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Conforme Corbin e Lindsey (1994) apud Nunomura (2004), o estresse seria uma manifestação do corpo para manter um equilíbrio fisiológico. Sendo também uma combinação de varias sensações, tais como: física, mental e emocional que resultam de estímulos de preocupação, medo, ansiedade, pressão psicológica e fadiga física e mental, que irão exigir uma adaptação e produção de tensão (LIIP NOVAES, 2000 apud ALVES et al 2006).

    Como visto na literatura, o estressor é definido como qualquer estímulo que provoca uma alteração orgânica e comportamental a mudança fisiológica, onde inclui a hiperfunção da glândula suprarrenal. Isto ocorre para adaptar o individuo a um novo estimulo que será gerado pelo agente estressor, definido esta ação como a fase de adaptação ou fase de resistência (NUNOMURA et al, 2004).

    Cada pessoa tem uma reação diferente referente ao estresse, sendo que os sintomas serão de acordo com as fases que se encontram. Dr. Selye descobriu que o corpo passa por três fases quando o estressor for mantido em longo prazo. Niemman, (1999 apud ALVES et al 2006), relata as fases do estresse, são: 1) Fase de alarme; 2) Fase de resistência; 3) Fase da exaustão:

    Souza et al (2011), cita que as respostas fisiológicas ao estresse ocorrem da seguinte forma: o Hipotálamo secreta CRH (corticotropina), onde este estimula a secreção da Hipófise, secretando o Hormônio ACTH (adrenocorticotrófico), que por sua vez estimula a córtex da suprarrenal a produzir cortisol, caindo na corrente sanguínea gerando um aumento do metabolismo dos carboidratos, proteínas e gorduras no sangue, isso irá depender do tempo que o individuo se mantêm na fase do estresse. Contudo, o hormônio que diminui o nível do cortisol é apenas o hormônio endorfina.

    Atualmente sabemos que a endorfina é responsável por diversas alterações psicofisiologicas, que vão desde o controle da dor ate a sensação de bem estar (HARBER e SUTTON, 1984 apud LUCAS). Segundo Marin-Neto (1995 apud CHEIK et al, 2003), a endorfina é liberada pelo organismo com a prática do exercício físico tendo um efeito tranquilizador e analgésico.

    A endorfina pode ser encontrada em regiões específicas do sistema nervoso central (SNC), como também na circulação sanguínea (plasmática). A endorfina é secretada para o sangue, pela glândula pituitária (hipófise), onde é responsável pela liberação de outros hormônios, entre eles o hormônio do crescimento (GH) e o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) que estimula a produção de adrenalina e cortisol.

    Com a prática de exercícios físicos vigorosos, percebe-se que um dos benefícios psicológico mais frequente decorrente do mesmo é a redução do estado de ansiedade e este efeito pode durar por varias horas. Segundo Dantas (2001 apud ALVES et al, 2006), o exercício físico tem uma ação antidepressiva, diferente para cada atividade fisica, tanto moderada quanto intensa. Relata também que os exercícios físicos anaeróbicos (RML e força) são eficazes.

    Niemman, (1999 apud ALVES et al, 2006), descreve que quando as pessoas são submetidas a situações de estresse, elas têm um aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial, das catecolaminas e da atividade do sistema nervoso. Os pesquisadores chamam de Reatividade Cardiovascular ao stress mental para esta alteração. Sendo assim o exercício físico é útil, pois a partir do momento que o individuo se adapta ao aumento da frequência cardíaca, da pressão arterial e dos hormônios do stress ocorrentes durante o exercício, o corpo é fortalecido e treinado a reagir mais tranquilamente quando as mesmas respostas são desencadeadas por um stress mental/ emocional.

    Hoffman (1997 apud NUNOMURA et al, 2004), constatou que para a liberação da endorfina na corrente sanguínea periférica as atividades físicas aeróbias têm que ter uma intensidade de 60% da capacidade máxima de O2. Sua liberação aumenta em resposta ao exercício.

    Nahas (2013) relata que o risco de doenças é maior para pessoas que acumulam gordura na região abdominal (central), particularmente ao redor das vísceras, onde o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e certos tipos de câncer são significativamente maiores. Neste caso deve-se dar maior atenção em que o perímetro da cintura for maior que 102 cm em homens e maior que 88 cm em mulheres. Para a verificação da distribuição da gordura corporal utilizamos o perímetro da cintura que faz uma diferenciação da mesma como: central (tipo androide) e periférica (tipo ginecoide).

    Este estudo tem como objetivo analisar, identificar e relacionar a vulnerabilidade ao estresse com a prática de exercício físico comparando tais resultados com as fases que os acadêmicos se encontram, do curso de Educação Física-Bacharelado da Unesc.

Metodologia

Caracterização do estudo

    Estudo descritivo transversal, este tipo de pesquisa tem como objetivo descrever registrar, interpretar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos. Não manipulando variáveis, tomando os dados como eles se apresentam, procurando descobrir, com a precisão possível, a frequência com que o fenômeno ocorre, sua correlação e conexão com outros fenômenos, sua natureza e características. (BARRUFFI, 1998).

Caracterização da população

    Participaram do presente estudo acadêmicos voluntários de ambos os sexos matriculados nas fases iniciais (1ª e 2ª), formando o Grupo um (G1) e finais (7ª e 8ª) Grupo dois (G2) do curso de Educação Fisica - bacharelado 2013/2, oferecido no período matutino da Universidade do Extremo Sul Catarinense-Criciúma/SC (UNESC), a escolha pelo devido curso foi por conveniência. Obtivemos um total de 46 matriculados com participação voluntaria de 22 estudantes no G1 e 45 matriculados com 41 participantes no G2.

Procedimento do estudo

    A coleta de dados ocorreu no mês de Novembro de 2013. Foi feito um contato prévio com a coordenação do curso pedindo autorização para fazer a aplicação dos questionários. Também com os professores responsáveis pelas aulas para agendar um horário. A pesquisa feita não acarretou risco para os participantes, bem como para a pesquisadora.

    Foi adotado como critérios de inclusão estudantes matriculados nas devidas fases (regulares/irregulares). Os que não atenderam os critérios de inclusão foram excluídos bem como aqueles que se negaram em assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Instrumentos utilizados e classificação

    Foi utilizado um questionário para identificar situações de estresse associados à frustração ou inibição por não conseguir algo que se deseja, verificando a vulnerabilidade ao estresse, desenvolvido pelo Departamento de Saúde, Educação e Bem-estar do Serviço de Saúde Publica dos Estados Unidos (NAHAS, 2013). O questionário é composto com 10 questões sendo que o indivíduo teria que escolher uma das opções em resposta da mesma, como segue: 4 para (sempre verdadeiro); 3 para (geralmente verdadeiro); 2 (geralmente falso) e 1 (sempre falso). A classificação de vulnerabilidade ao estresse foi realizada da seguinte forma: escorres inferiores a 15 pontos indica (vulnerabilidade ao estresse); 15 a 25 pontos (rever situações) e acima de 25 pontos (caminho certo), bem como um questionário de Atividades Físicas Habituais, desenvolvido por Russel R. Pate, Universidade of South Carolina/EUA (NAHAS, 2013) com o objetivo de verificar o nível de atividade fisica de cada um, composto por 11 perguntas onde para cada pergunta respondida SIM soma-se os pontos ao lado de cada uma delas trazendo uma classificação de 0 a 5 pontos como (inativo); 6 a 11 pontos (pouco ativo); 12 a 20 pontos como (moderadamente ativo) e mais de 21 pontos (muito ativo). Também foi disponível uma ficha de caracterização dos participantes com: nome, idade, sexo, estado civil, se é casado, se tem filhos, se trabalha, quantidade de horas trabalhada, e o perímetro da cintura este coletado com uma fita métrica no mesmo momento em que os participantes respondiam o questionário, com o intuito de caracterizar a amostra, juntamente com o termo de compromisso livre e esclarecido.

Análise e tratamento estatístico dos dados

    Os dados foram analisados por meio de estatísticas descritivas (media, desvio padrão, frequência relativa e absoluta), para verificar a diferença entre as médias foi utilizado o teste t de Student; para verificar a correlação entre os níveis de atividade fisica e vulnerabilidade ao estresse utilizou-se a correlação de Pearson através do programa Excel 2007.

Resultados e discussão dos dados

Amostra e caracterização da população

    A idade media da amostra e o desvio padrão entre os grupos foi de 20,2 ± 3,6 anos para G1 e 25,1 ± 6,6 anos para G2 com diferença significativa em p<0,001 conforme a analise estatística. Tal achado foi semelhante ao estudo de Rechenchosky (2012) com o objetivo de investigar o estilo de vida de universitários calouros e formandos de Educação Fisica de uma Universidade Publica do Centro-Oeste Brasileiro, que obteve 20,0 ± 4,3 anos para os calouros e 23,5 ± 2,3 anos para os formandos.

    A figura 1 apresenta que ambos os grupos mostraram-se como trabalhadores e solteiros. Quanto ao gênero masculino e feminino os dois grupos obteve predominância no gênero feminino. Em estudo de Cristovão (2012), onde analisa estudantes nas variáveis sociodemográficas e dimensões de saúde mental, teve a participação de 220 alunos de vários cursos de varias instituições de Lisboa que também apresentou um numero maior de estudantes no gênero feminino (70%) em relação ao masculino (30%).

Figura 1. Caracterização dos participantes

Fonte: Michels (2013)

    No estudo de Santos (2012), o qual teve como objetivo analisar o estilo de vida de estudantes universitários de uma instituição privada de ensino superior brasileira, entre acadêmicos ingressantes e concluintes, com participação de 720 alunos de diferentes cursos, utilizando um questionário para investigação sócio demográfica em relação ao sexo, idade, raça, curso, situação acadêmica, e renda familiar, bem como a avaliação dos dados antropométricos peso e estatura, onde os resultados foram semelhantes ao presente estudo comparados ao estado civil com 84,21% eram solteiros e 8,27% casados no grupo ingressantes e 76,64% solteiros, 16,20% casados no grupo dos concluintes.

Perímetro da cintura

    Os riscos de doenças cardiovasculares, diabetes entre outros são maiores para pessoas com perímetro acima de 94 cm para homens e 80 cm para mulheres. Os resultados encontrados neste estudo em relação ao perímetro da cintura mostram que 9,09% G1 e 2,43% G2 ficaram entre risco moderado e também 2,43% do G2 com alto risco conforme mostra figura abaixo, percebe-se também que nas fases iniciais G1 obtiveram uma perimetria maior comparado ao G2, a media e o desvio padrão nos valores encontrados entre os grupos foram de 74,0 ± 7,6 cm para G1 e de 70,8 ± 14,1cm para G2, não havendo diferença significativa.

Figura 2. Classificação Perímetro da Cintura

Fonte: Michels (2013)

    As comparações entre estudos relacionados à perimetria da cintura ainda são difíceis devido à carência de trabalhos semelhantes, especialmente, aqueles comparando acadêmicos nas fases iniciais e finais do curso.

Vulnerabilidade ao estresse e classificação

    Em relação às perguntas do questionário de estresse associadas à frustração ou inibição por não conseguir algo que se deseja (questões 2, 3, 5, 6, 7 e 9), obteve-se um numero maior tanto no G1 quanto no G2 na opção de sempre verdadeiro e geralmente verdadeiro, percebendo que esses indivíduos estão mais susceptíveis aos sintomas de ansiedade, angustia, impaciência entre outros. Já a primeira pergunta do questionário ficou bem evidente que alguns indivíduos de ambos os grupos responderam a opção de geralmente falso, o que significa que 18,18% do G1 e 24,39% do G2 mostraram estar bem impacientes com algumas situações. Analisando a ultima pergunta que esta associada em ser otimista e esperar por coisas boas da vida, ambos os grupos apresentou uma maior porcentagem na opção de sempre verdadeiro e geralmente verdadeiro. Apesar de mostrar resultados altos nas opções citadas à cima o G2 não se mostrou tão otimista. Conforme mostra tabela abaixo.

Tabela 1. Análise em percentual das respostas do questionário de indicativo ao estresse

    Em relação à classificação da vulnerabilidade ao estresse ficou evidente que a maioria dos dois grupos se classificou no estado de rever situações, apresentando uma porcentagem maior comparada aos outros estados, onde o G1 apresentou 63,63% e o G2 60,97%, apesar disso ambos os grupos também se classificaram em caminho certo, com 36, 63% o G1 e 36,58% para G2, mostrando-se pessoas com autocontrole em diversos fatos, conforme mostra a figura abaixo. Embora os relatos dos participantes sejam de que no final do curso há uma sobrecarga maior com os estudos, e a expectativa dos resultados fossem que os acadêmicos tivessem maior vulnerabilidade ao estresse neste período, os resultados foram contraditórios ao esperado. Calais et al (2007), em seu estudo, compara os níveis, os sintomas e a presença de stress em universitários calouros e veteranos, utilizando o inventario de sintomas de stress de LIPP. Participaram da pesquisa 105 alunos do curso de Jornalismo da Universidade Pública de SP, onde dos 105 participantes 54% apresentaram stress, sendo deste total 51% da amostra do primeiro ano e 60% de quartanista (veteranos).

Figura 3. Classificação Vulnerabilidade ao Estresse

Fonte: Michels (2013)

    Os valores aqui encontrados são apenas um indicativo do estado do estresse, ou seja, não identifica níveis ou fases no qual o indivíduo se encontra. Ficando como um alerta para quem se classifica como rever situações a procurar ajuda especializada.

Atividades Físicas Habituais e Classificação

    Conforme a tabela 2 as respostas do questionário de atividades físicas habituais os dois grupos G1 e G2 obtiveram maior pontuação nas perguntas relacionadas à: utiliza escadas ao invés do elevador, pratica atividades físicas moderadas e leves, quando sobtensão realiza exercícios para relaxar e participa de exercícios físicos fortes. Com a prática de musculação o G2 com 51,22% mostraram-se com mais interesse comparando com o G1 que tiveram 31,81%. Na maioria das questões o G2 se saiu com maior pontuação mostrando indivíduos mais bem ativos.

Tabela 2. Análise em percentual das respostas do questionário Atividades física habitual

    Na figura de classificação de atividades físicas habituais, ambos os grupos se encontram como moderadamente ativos, com maior percentual (50%) para G1 e de 53,65% para G2 comparados às outras opções. Esperava-se que o G2 tivesse uma classificação baixa onde os indivíduos relatam que não teriam tempo suficiente para pratica de atividades físicas. Em estudo de Joia (2010), onde objetiva identificar a relação entre o estilo de vida dos estudantes universitários de uma faculdade de São Francisco de Barreiras, BA, com 257 alunos de diferentes cursos, utilizou o instrumento “perfil de estilo de vida individual”, que investiga aspectos como: nutrição, atividade física, prevenção, relacionamentos e controle de estresse. Em seu resultado relacionado com a prática de atividades físicas, mostrou que 45,5% não realizam atividades físicas moderadas ou intensas por pelo menos 30 minutos e 38,9% não realizam exercícios de força e alongamento muscular, ao menos duas vezes por semana. Classificando-se como indivíduos de baixo nível de Atividades Físicas. Esses resultados se mostraram contraditórios com a atual pesquisa, provavelmente, pela influencia que o curso de Educação Física o qual utiliza aulas práticas no decorrer da grade curricular e pela reflexão que o mesmo impõe nos alunos sobre a importância da pratica de exercício físico, diferente dos demais cursos pesquisado no estudo citado anteriormente.

Figura 4. Classificação Atividades Físicas Habituais

Correlação entre os resultados

    Para analisar se houve correlação entre níveis de atividade física e situações de estresse, utilizou-se a correlação de Pearson. Os resultados indicaram baixa correlação entre estas variáveis, no entanto os resultados demonstraram que quanto maior níveis de atividade física melhor a condição ao estresse, ou seja, menos estresse.

    Vários estudos (CHEIK et al, 2003; ALVES et al, 2006; NUNOMURA et al, 2004), sugere que o exercício físico quando praticado de maneira moderada e/ou intensa promove a liberação de endorfina a qual é responsável por diversas alterações psicofisiologicas, como: a redução da dor e a sensação de bem estar.

Considerações finais

    Através da pesquisa onde procurou saber se os estudantes das fases iniciais e os estudantes das fases finais do curso de Educação Física – bacharelado da UNESC teriam diferença em relação à vulnerabilidade ao estresse e aos níveis de atividade física, os resultados obtidos mostraram que as duas fases se encontraram na mesma classificação em todos os aspectos analisados. Em relação à caracterização dos participantes foram encontrados valores bem próximos entre eles no que se refere ao trabalho, estado civil, idade e gênero. Ao analisar o perímetro da cintura dos estudantes, percebeu que a grande maioria é isentos a risco de doenças cardiovasculares. Sugere-se fazer mais estudos relacionados à perimetria abdominal em estudantes universitários de diferentes cursos para comparar os resultados, já que houve uma dificuldade bem grande nesse quesito.

    Quando questionados em relação ao estresse os dois grupos se classificam em rever situações com porcentagens maiores que a outras opções, bem como os níveis de atividades físicas se mostraram como moderadamente ativos. Correlacionando essas variáveis apresentaram resultados que indicaram baixa correlação, porem mostraram que quanto maior nível de atividade física melhor torna-se a sua condição ao estresse, ou seja, menos estresse. Esperava-se que os acadêmicos das fases finais fossem mais vulneráveis ao estresse e com baixo nível de atividade física. Os resultados obtidos no estudo mostram-se contraditórios ao esperado em relação aos níveis de estresse principalmente nas ultimas fases.

Referências bibliográficas

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  • SANTOS, J.J.A. dos. Estilo de vida relacionado à saúde de estudantes Universitários: comparação entre ingressantes e concluintes. Programa de estudos Pós Doutorais em Ciências da Saúde, Universidade Fernando Pessoa, 2012.

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