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A influência da suplementação de creatina 

na força explosiva de um piloto de motocross

La influencia de la suplementación de creatina en la fuerza explosiva de un piloto de motocross

 

Graduado em Educação Física e Mestre em Desenvolvimento Regional

pela Universidade do Contestado, UnC

(Brasil)

Douglas Tajes Junior

douglastajesjr@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          A creatina é um aminoácido de ocorrência natural presente no corpo principalmente no tecido muscular. Embora não seja um nutriente essencial, está intimamente envolvida no metabolismo humano (creatina fosfato CP). A suplementação de creatina vem sendo empregada por diversos atletas, como recurso ergogênico natural. A metodologia empregada foi experimental antes-depois. Os efeitos relatados por diversos estudos evidenciam aumento da massa corporal, da capacidade de esforço e da velocidade de repetição do esforço, da força e/ou potência e da performance durante sessões de esforço de contração muscular máxima. Como o motocross é uma modalidade que exige do piloto todas estas qualidades, foi proposto ao piloto o protocolo de suplementação de 20 gramas por dia durante 7 (sete) dias, divididas em 4 (quatro) doses ao dia de 5 (cinco) gramas dissolvidas em cerca de 250 ml de líquido que é a dose carga, a fase de manutenção será de 5 (cinco) gramas ao dia durante 60 (sessenta) dias, após isso se suspende o uso por 30 (trinta) dias. Com esta suplementação foi observado através de avaliações e testes um aumento na perimetria dos pontos anatômicos do piloto e aumento na força explosiva dos braços.

          Unitermos: Creatina. MotoCross. Força explosiva.

 

Abstract

          The creatine is a naturally occurring amino acid present in the body mainly in the muscle tissue. Although not an essential nutrient, is intimately involved in human metabolism (creatine phosphat CP). In the last decade, the supplemental creatine has become the most popular nutritional strategy employed by several athletes, ergogenic natural resource. The methodology was experimental before-after. The effects reported by several studies showed increased body mass, the ability of effort and the speed of repetition of effort, the strength and/or power and performance during sessions of maximum effort for muscle contraction. As the motocross is a method that requires the pilot all these qualities, was proposed to pilot the protocol of supplements of 20 grams per day for 7 (seven) days, divided into four (4) doses a day, five (5) grams dissolved in about 250 ml of liquid which is the dose loading, the phase of maintenance shall be five (5) grams a day for 60 (sixty) days after it is suspending the use of thirty (30) days. The supplementation was proposed because that is when there is a level of performance in a particular mode where the balance is similar to those of other competitors, who have one more thing to have an advantage, so there's supplementation was proposed. Alongside there supplementation was developed from a work twice this week in the gym for weight training to improve the physical preparation of the pilot. It is a case study in search explanatory therefore uses the experimental method which is the manipulation and control of the variables, in order to identify which independent variable that determines the cause of the dependent variable or the phenomenon under study. This supplementation was observed through an increase in perimetry tests of anatomical points of the pilot and increase the explosive force of arms.
          Keywords: Creatine. MotoCross. Explosive strength.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 190, Marzo de 2014. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    É vasta a bibliografia de relatos de utilização de recursos ergogênicos por atletas e desportistas, na tentativa de obter melhor desempenho físico ou aumento de massa e força musculares, no início da era cristã, quando os heróis olímpicos, tinham suas invencibilidades atribuídas às grandes ingestões alimentares18.

    Nos dias atuais estas tentativas continuam, pois sendo o motocross uma atividade, que requer muito da condição física dos seus praticantes, onde os pilotos precisam cada vez mais de ganhos, como: resistência à fadiga, aumento de massa muscular, velocidade de movimentos específicos para o melhor rendimento com a moto, tanto nos treinos como nas competições3.

    O termo ergogênico está relacionado com a produção de trabalho e em quanto ele se refere ao rendimento desportivo, indica meios para melhorar a potência que o indivíduo pode desenvolver-se. Deste ponto de vista, a suplementação oral de creatina monohidratada pode ser considerada como ajuda ergogênica produzindo estes efeitos2,5,13,15,17,25,26,27.

    Como o motocross, sendo uma modalidade pouco estudada pela comunidade científica, observou-se uma oportunidade ímpar, de estudo e melhora da sua performance dentro do esporte, pelos integrantes do Laboratório de Fisiologia do Exercício das Faculdades Integradas do Vale do Iguaçu (Uniguaçu). Foi proposto a ele esta oportunidade, que foi bem aceita, tendo sido feita a orientação nutricional com o Departamento de Nutrição da Uniguaçu, e os acompanhamentos durante os treinos na academia de musculação da Uniguaçu, nos treinos na pista e nas competições durante o ano.

    Devido ao grande desenvolvimento da preparação física no esporte de alto rendimento, vem acompanhado de uma avaliação crescente da vantagem de contar com adequados níveis de força, potência e velocidade1. O alto rendimento está constituído pela habilidade de realizar gestos desportivos de qualidade e a capacidade de reiterá-los várias vezes32. Desta forma, os pilotos de motocross tem problemas quando a força e a velocidade dos gestos não tem a capacidade de reinteração necessária. Neste ponto que se encaixa a suplementação de creatina, pois ela aumenta a disponibilidade de creatina fosfato (CP) no organismo, aumento da ressíntese de CP, acidez muscular reduzida, aumenta o metabolismo oxidativo, aumenta a intensidade do treinamento4,8,11,13,15,20,31,34.

    A intenção deste estudo é, observar como a suplementação de creatina pode ajudar no ganho de força explosiva no piloto de motocross, sabendo que este é um esporte que necessita de uma dedicação total do piloto, tendo uma equipe de apoio capacitada dando o suporte necessário, para que este tenha uma melhora no seu desempenho dentro das pistas, neste esporte tão empolgante mas pouco estudado cientificamente.

Materiais e métodos

    A metodologia empregada foi a experimental, com os experimentos antes-depois. Estabelece-se um grupo único analisado inicialmente e submetido a um determinado estímulo. A cada ação realizada avalia-se o grupo. Concluindo se o efeito aplicado altera ou não o grupo estudado.

    O universo da pesquisa foi constituído por um piloto de motocross, 19 anos, competidor do Campeonato Paranaense de Motocross de 2005, na categoria MX 2, logo a amostra é do tipo não probabilista intencional.

    A creatina monohidratada foi pesada numa balança de precisão, marca OHAUS Adventure AR2140 no Laboratório de Nutrição da Uniguaçu e armazenada em embalagens plásticas com um total de 5 gramas cada uma, para que não houvesse diferença na hora da ingestão pelo piloto.

    O trabalho com o piloto é realizado há três anos, com os trabalhos no Laboratório de Fisiologia do Exercício das Faculdades Integradas do Vale do Iguaçu (Uniguaçu) e duas vezes na semana na academia de musculação da Uniguaçu, com a finalidade de aprimorar a preparação física deste durante o ano de competição, dando maior ênfase nos grupos musculares dos braços, isso para garantir maior especificidade do treinamento. Os exercícios são de: flexão e extensão de punho, pronação e supinação de antebraço, supino deitado e inclinado, pliometria de braços, flexão de antebraço, rosca direta, tríceps com peso livre, desenvolvimento em polia alta6. E o piloto comprometeu-se em executar as fases do experimento, com assinatura de um termo de compromisso, conforme resolução 196∕96 do Conselho Nacional de Saúde, aprovado pelo Comitê de Ética da Instituição.

    Para a aferição da massa corporal (MC), foi utilizada uma balança do tipo Filizola, com precisão de 100 gramas. Para a aferição da estatura do piloto foi utilizado um estadiômetro fixo na parede, com precisão da escala de 0,1 cm. (ver tabela 1).

    Na perimetria utilizou-se uma fita métrica, que permite obter uma medida do perímetro sem haver compressão da pele, a fita tem o seguinte padrão: a) 7 mm de largura e 2 metros de comprimento; b) constituída de material flexível; c) fundo branco de visualização clara dos milímetros; d) rebobinação automática. Sete pontos anatômicos forma aferidos, sendo eles: torácico, abdominal, braço direito contraído, antebraço, quadril, coxa e perna. (ver tabela 2)

    Para a aferição da força e força explosiva foram utilizados testes de20:

  • Salto Vertical, onde o avaliado deverá assumir a posição ereta, de lado para a superfície graduada, e com o braço estendido acima da cabeça, o máximo possível, mantendo as plantas dos pés no solo. O avaliado faz uma marca com os dedos na posição mais alta que alcançar da superfície, para facilitar a marcação os dedos do avaliado devem estar sujos de pó de giz. O teste consiste em saltar o mais alto possível, sendo facultado ao avaliado o flexionamento dos joelhos e o balanço dos braços para a execução do salto. Resultado: é dado em centímetros, subtraindo-se a marca mais alta da mais baixa, feita pelo avaliado sem o salto, são realizados cinco saltos, computando o melhor dos três resultados alcançados.

  • Salto Horizontal, partindo da posição ereta, pés paralelos com pequeno afastamento lateral, o avaliado ficou atrás da linha de partida, saltou a maior distância possível a frente, com a ajuda da flexão dos joelhos e balanço dos braços. Resultado: é dado em centímetros, medindo-se a distância entre a linha de partida e o calcanhar que tenha aterrissado o mais próximo desta linha. Foram feitos cinco saltos, computando o melhor dos três resultados alcançados.

  • Uma Ação Motora Voluntária Máxima Dinâmica (1 AMVMD), o avaliado deitado na mesa do supino, com o maior número de carga que ele possa executar sem auxílio. Resultado: é dado em quilogramas, somado o peso das anilhas de cada lado da barra, sem contar o peso da mesma.

  • Flexão e Extensão na Barra, o avaliado suspenso na barra, com total extensão dos membros superiores e inferiores, deverá elevar seu corpo, utilizando a força dos membros superiores e cintura escapular, até o queixo ultrapassar a altura da barra e retornar à posição, em total suspensão estendida. Essa movimentação deverá ser realizada tantas vezes quanto possível. Resultado: será anotado o número de vezes que o avaliado conseguiu elevar o corpo, colocando o queixo acima da barra.

  • Repetições Totais com 70% de Uma Ação Motora Voluntária Máxima Dinâmica (RT com 70% de 1 AMVMD), o avaliado deitado na mesa do supino, realiza repetições totais com 70% do peso que alcançou com 1 AMVMD. Resultado: é dado em quilogramas, foram realizadas duas tentativas e somados os resultados das mesmas. (ver tabela 3)

    Os dados serão apresentados por estatística descritiva com comparação direta com os resultados do teste antes da suplementação e o re-teste após o término da suplementação.

Resultados

    Como podemos analisar pelas tabelas, houve um ganho de massa corporal da ordem de 1,5 Kg e força explosiva de maior ênfase nas flexões e extensões dos membros superiores na barra por parte do piloto.

Discussão

    Como o motocross é uma atividade que exige do piloto um trabalho de força máxima dos membros superiores com isometria, este tem que estar preparado fisicamente para suportar este estresse físico dá melhor maneira possível. Para suportar tamanho esforço, o piloto se dedica nos treinamentos na pista e fora dela (neste estudo na academia de musculação), mas ocasionalmente isso por si só não garante uma melhora visível.

    Para entendermos como a creatina terá esse efeito na força explosiva de um piloto de motocross teremos que relatar algumas particularidades das fibras musculares, as fibras possuem capacidades tanto de concentrações de velocidade (rápidas) e manifestação dos grandes esforços, como de um trabalho duradouro em condições de fadigabilidade crescente32. As fibras lentas (tipo I, de baixo limiar e oxidativas) são mais adaptadas para assegurar as contrações relativamente pequenas quanto à força e à duração próprias para o trabalho duradouro de resistência. As fibras rápidas (tipo II, de alto limiar e glicolíticas) não possuem grande resistência, porém são adaptadas para as concentrações rápidas e fortes, mas bem curtas em tempo32. Pode ser feita ainda outra subdivisão das fibras tipo II em IIA (rápidas-oxidativas-glicolíticas, ROG), IIB (rápidas-glicolíticas, RG), e IIC (indiferencidas, não-classificadas, intermediárias, de interconversão)9.

    Um estudo de várias fibras em amostras de músculos provenientes de quatro homens jovens que haviam morrido subitamente indica uma variabilidade semelhante nas médias de distribuição. O bíceps braquial contém 55% de fibras tipo II e os feixes lateral e longo do tríceps braquial contém 60% de fibras tipo II9. Acredita-se que o músculo humano apresente um limite máximo de acúmulo de creatina entre 150 e 160 mmol/Kg de músculo seco29, as concentrações de creatina (Cr) e fosfocreatina (PCr), estão diretamente relacionadas com os tipos de fibras musculares, observando-se maiores concentrações nas fibras de concentração rápida IIA e IIB em relação às fibras de contração lenta tipo I13. No músculo, parte da creatina captada é fosforilada (PCr) através de uma reação mediada pela enzima creatinaquinase (CPK). Em repouso, aproximadamente 60% da creatina total presente no músculo encontra-se na forma fosforilada7, 21. Estes relatos corroboram com o estudo, pois o motocross é uma atividade que exige muito dos membros superiores em contrações isométricas.

    Para qualquer velocidade específica de movimento, o torque produzido será maior quanto mais alto for o percentual de distribuição das fibras tipo II no músculo9. Pela mesma razão, para qualquer torque específico produzido, durante uma bateria de motocross, terá maior sucesso teoricamente, o piloto que possuir maior percentual de fibras tipo II e um maior armazenamento de creatina intra-muscular. As relações precedentes mostram que as fibras tipo II são capazes de produzir uma maior tensão muscular máxima e um ritmo mais rápido de desenvolvimento de tensão que as fibras tipo I. Um alto percentual de fibras musculares tipo II pareceria vantajoso para os atletas que participam nas provas tipo potência9. Estudos mostram que, as fibras musculares do tipo II possuem uma estrutura nervosa de ação ou eixo de cilindro mais grosso, com alta freqüência de impulsos na unidade de tempo, e incluem um recrutamento de maior velocidade que as fibras lentas tipo I14. Atualmente se reconhece que o nível qualitativo do rendimento desportivo está sustentado principalmente sobre a estrutura do “mosaico” de fibras musculares que compõem os distintos grupos musculares14. Este mosaico, conforme supremacia de determinado grupo de fibra muscular, têm tanta importância como o VO2máx, o volume por minuto, o tamanho do coração, a quantidade de hemoglobina14. Pesquisas relatam que, na mensuração da hipertrofia de fibras musculares com suplementação de creatina durante 12 semanas observou-se um aumento de 35% e 36% nos tipos II e IIA nas áreas de secção transversal da fibra muscular, comparado com 11% e 15% do grupo placebo30.

    Dado seu papel na produção de energia, a suplementação de creatina aparece muito efetiva para vários atletas envolvidos em esportes que requerem explosão muscular como: levantamento de peso, velocistas, jogadores de futebol americano e motocross3.

    No músculo esquelético existe um equilíbrio reversível entre creatina e a creatina-fosfato: na condição de repouso, aproximadamente dois terços do conteúdo de creatina está na forma fosforilada (CP) e o restante fica na forma livre24. Mas, a fosforilação da creatina é um processo dependente de oxigênio, isto é, da fosforilação oxidativa24.

    A taxa de degradação da CP tem se mostrado maior nas fibras musculares do tipo II (contração rápida) em relação às do tipo I (contração lenta), e a disponibilidade de CP como um substrato energético nas fibras de contração rápida é considerada o possível fator limitante para a manutenção da força muscular durante um exercício de alta intensidade12.

    Utilizando uma dose de 20 a 24 gramas diárias de creatina por cinco dias, nos testes de repetições totais no exercício supino a magnitude do aumento do número de repetições foi de 21%6. A presente investigação encontrou um aumento no número de repetições do exercício supino em 29% e flexões de braço em 1 minuto em 53%. Estes resultados, provavelmente, estão relacionados a um incremento na concentração de fosfocreatina muscular, o que possibilita uma elevação na taxa de ressíntese de ATP, contando também, que o piloto executava o mesmo exercício supino nas suas sessões semanais de treinos na academia.

    Conforme observado nas tabelas, o piloto obteve um ganho de massa corporal da ordem de 1,5 Kg. Mas como a creatina é uma substância osmoticamente ativa34 , com isso, o aumento da concentração intracelular de creatina pode induzir o fluxo de água para o interior das células, explicando em parte o aumento de massa corporal observado após o período de carga da suplementação de creatina, tendo em vista que cinco dias seriam um período muito curto para induzir a hipertrofia muscular.

    Em conseqüência os aumentos da perimetria nos membros superiores, podem ser relacionados com a maior afinidade da creatina com as fibras musculares tipo II, predominantes nesses grupos musculares e em relação com o maior trabalho muscular dos membros superiores realizados nas baterias e priorizado nos treinamentos em academia, devido à especificidade do treinamento. Em contrapartida, o declínio da perimetria na coxa medial e perna de 1 centímetro pode ser relacionado, com a menor carga de trabalho muscular realizado por esses grupos musculares, tanto na academia quanto durante uma bateria de motocross e sua predominância de fibras musculares tipo I.

    Os ganhos de força explosiva, observados através de comparação direta com os testes realizados antes e depois da suplementação de creatina nos membros superiores, podem estar relacionados com o treinamento em exercício supino (que foi utilizado como instrumento de teste). E o decréssimo na força explosiva dos membros inferiores, salto vertical deve-se, que as fibras predominantes nos músculos das panturrilhas são fibras musculares do tipo I, que não tem grande afinidade com a creatina e, esse grupo muscular não realiza um movimento específico durante a prática do esporte.

Conclusões e perspectivas de aplicação

    Com base nos resultados dos testes obtidos, temos um ganho de força explosiva dos membros superiores do piloto. Mas ainda não podemos afirmar com total clareza que este ganho de força explosiva foi resultado apenas da suplementação de creatina, a qual o piloto foi exposto. Pois juntamente com a suplementação ocorreram treinos na sala de musculação (duas vezes na semana) e os treinamentos com a moto na pista (três vezes na semana). Com isso, não temos recursos ainda para controlar estas variáveis que são muito importantes antes de darmos uma opinião mais fidedigna para os efeitos desta suplementação do nosso estudo.

    Não dispomos de um cicloergômetro de membros superiores, que seria o mais apropriado para a pesquisa, já que a modalidade de motocross usa-se de movimentos mais intensos destes grupos musculares. Se possuíssemos este recurso poderíamos realizar o teste de Wingate, um dos mais apropriados para este tipo de pesquisa. Devido a isso, foi escolhido pela literatura levantada os testes que foram efetuados, que são os que se aproximam ao máximo para inferir o rendimento máximo “explosivo” de potência anaeróbica a partir de fosfatos intramusculares de alta energia19.

    Observou-se que o tempo da fase de manutenção não é o mais indicado para o motocross, devido ao calendário de competições que é muito próximo.

    O estudo deve ser continuado, propomos a mesma pesquisa, mas sem a adição da suplementação de creatina, para daí sim, através desse controle, comparar os resultados e poder afirmar ou não se a suplementação de creatina tem algum efeito ergogênico para o piloto de motocross.

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