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A eficácia de um programa de treinamento de ciclismo
de estrada na categoria elite feito com e sem orientação
do profissional de Educação Física

La eficacia de un programa de entrenamiento de ciclismo de ruta en la categoría
élite realizado con y sin orientación del profesional de la Educación Física

 

*Discentes do Curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira

**Orientador. Docente do curso de Educação Física da Universidade Salgado de Oliveira

Mestre e Doutor em Educação Física

(Brasil)

Hugo Henrique da Silva Nunes*

Diogo Neiva Nóbrega*

Ademir Schmidt**

hugoesporteclube@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Tendo em vista o crescente número de participantes e adeptos ao ciclismo, alguns procurando melhorar a qualidade de vida e outros buscando a performance, percebe-se que nem todos os atletas de ciclismo competem e treinam com a devida orientação do profissional de educação física. Alguns atletas não seguem uma periodização de treinamento, que pode acarretar em baixo rendimento em competições ou por excesso de treinamento ou por pouco treinamento. Por isso este trabalho tem como intuito a coleta de informações dos indivíduos, através de um questionário, a fim de mensurar se esse treinamento está surtindo resultado e quem orienta esses atletas e se seu programa de treinamento é eficaz. O estudo foi feito com atletas do sexo masculino da faixa etária variando dos 19 aos 34 anos. Aproximadamente 54% dos entrevistados praticam exercício físico com freqüência de 5 a 7 vezes por semana e 68% dos afirmaram que o exercício é realizado com variação da intensidade. No entanto percebe-se que o treinamento não é realizado de forma sistemática, já que os indivíduos afirmam ocorrer variação da intensidade, porém a monitoração desta é realizada de forma subjetiva e a grande maioria deles não é orientada corretamente. Por isso vê-se como imprescindível o respeito aos princípios de treinamento, já que cada indivíduo é único, tem seus próprios objetivos e peculiaridades.

          Unitermos: Ciclismo. Princípios de treinamento. Orientação.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 190, Marzo de 2014. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    Tendo em vista o crescente número de participantes e adeptos ao ciclismo, alguns procurando melhorar a qualidade de vida e outros buscando a performance, percebe-se que nem todos os atletas de ciclismo competem e treinam com a devida orientação do profissional de educação física. Alguns atletas não seguem uma periodização de treinamento, que pode acarretar em baixo rendimento em competições ou por excesso de treinamento ou por pouco treinamento. E muitas vezes esses atletas competem em distâncias muito maiores do que o corpo realmente está preparado, e em ritmo maior que o corpo está acostumado nos treinamentos, submetendo o corpo a um estresse muito grande o que pode acarretar em prejuízos físicos e fisiológicos, ate mesmo lesões.

    Desta forma trabalho teve como objetivo identificar a eficácia de um programa de treinamento de ciclismo de estrada na categoria elite feito com e sem orientação do profissional de educação física.

2.     O ciclismo e seu desenvolvimento

    Segundo a Federação Goiana de Ciclismo 2012 (FGC) o entusiasmo por competições de ciclismo de estrada começou no final do século XIX e não parou mais de crescer. A primeira corrida que se tem registro foi realizado dia 31 de maio de 1868, realizada no “Parc de Saint-Cloud” em Paris, e se tornou parte dos Jogos Olímpicos desde a sua primeira edição em 1896.”

    De acordo com dados da União Internacional de Ciclismo (UCI, 2012), “o primeiro campeonato mundial de estrada da UCI foi organizado em 1927, atualmente os circuitos são entre 12 e 17 km, com uma largada em grupo em uma distância total percorrida de aproximadamente 260 km.

    Segundo dados da Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC, 2012), no ano de 2011 o ranking brasileiro de ciclismo de estrada terminou o ano com 382 atletas no ranking na categoria elite, sendo 44 equipes participantes do ranking.

    De acordo com dados da FGC, no ano de 2012, conta com a participação de 34 equipes federadas. O ciclismo goiano conta com a FGC para a organização de campeonatos de nível estadual, e também conta com a participação da Liga Goiana de Ciclismo fundada em 2002. A própria entidade afirma que foi criada com o intuito de contribuir para o desenvolvimento do ciclismo no estado de Goiás e conseqüentemente no Brasil. Responsável desde então pelos maiores eventos ciclísticos do Centro-Oeste, a Liga Goiana de Ciclismo nestes anos contribuiu para a valorização do atleta e crescente organização dos clubes de ciclismo em nosso estado.

    Deste de sua criação o ciclismo evoluiu muito assim como as distâncias percorridas em tempos cada vez menores, desta forma os métodos de treinamento usados na preparação física de atletas mudou muito, é de fundamental importância, no treinamento saber determinar intensidade, volume, assim como os outros 5 princípios do treinamento.

    A determinação da intensidade da atividade física é, provavelmente o fator mais importante do princípio da sobrecarga. A mensuração da freqüência cardíaca é uma forma indireta para a estimativa da intensidade do exercício e da utilização de oxigênio pelo corpo (FOSS e KETEYIAN, 2000 apud SILVA e RODRIGUEZ-AÑEZ, 2003).

    É importante destacar que a intensidade e a freqüência do exercício vão depender do condicionamento do indivíduo, para os menos condicionados parte-se dos valores de referência menores e para os mais condicionados utiliza-se os valores de médios a mais altos dentro da referencia (FOX, BOWERS e FOSS, 1991).

    De acordo com Dantas (2003) deve-se respeitar alguns princípios básicos no treinamento. Quando esse treinamento é prescrito por um profissional de educação física, ele saberá equilibrar todos esses princípios a fim a atender os objetivos do aluno e garantido a integridade física deste. O profissional de educação física é o principal responsável por essa orientação física e técnica.

    O profissional de educação física é responsável por prescrever, orientar e acompanhar a todos que praticam atividade física ou esportiva seja ela nas manifestações de competição, obtenção de performance ou simplesmente recreação. E é seu dever garantir a integridade física do aluno, uma vez que a atividade física apresenta riscos, devendo, inclusive, ter responsabilidade frente ao ordenamento jurídico brasileiro (CONFEF, 2000; OLIVEIRA, SIVA, 2005).

    Quando a atividade física é mal orientada poderá acarretar diversos prejuízos para os praticantes, antes de 1998 a profissão de educação física, não era regulamentada por lei, muitas atividades físicas e suas diversas manifestações eram orientadas através de ex-atletas, e outras pessoas que não tinham formação.

    De acordo com Oliveira, Silva (2005) essa prática muito comum certamente casou muitos danos a diversos alunos, pois quem os orientava não tinha o conhecimento científico e técnico específico para a prática.

    Ainda segundo Pereira (1988) apud Oliveira e silva (2005), a atividade docente, o ensino da educação física, a orientação técnica e física de equipes esportivas, as situações de ensino e treinamentos da cultura física, da iniciação desportiva ao desporto de alto nível, devem ser de competência exclusiva dos profissionais de nível superior, professores de educação física. Estes profissionais, com a competência necessária para o desempenho destas funções, estariam para a cultura física assim como os profissionais de mesmo nível, como odontólogos e engenheiros estão para a odontologia e a engenharia.

    Segundo Freitas, Pinto, Suzarte et al. (2010), no ciclismo há uma baixa incidência de lesões referente ao ciclismo, isso se dá pelo fato do ciclismo ser um esporte onde praticamente não há impacto, as lesões no ciclismo comumente ocorrem por estresse de treinamento (over training) em ciclistas de competição.

    O profissional de educação física tem como caracteristica prescrever, orientar e acompanhar todos aqueles que iniciam a pratica de atividade física, fator primordial para que se possam alcançar os objetivos esperados com o máximo de eficiência, respeitando sua integridade física (OLIVEIRA, SIVA, 2005).

    A pessoa sem qualificação em treinamento que se aventura na prescrição não sabe dosar o volume e a intensidade, freqüência de treino entre outros o que pode levar a lesões e também o não alcance do resultado, por isso o profissional de educação física é a pessoa mais indicada para esse prescrição é o profissional que tem conhecimentos científicos para tal prescrição.

    O tempo do exercício esta relacionado ao volume que está diretamente relacionado à intensidade. Se estas duas variáveis não mudam o corpo adapta-se e o condicionamento fica estagnado. A intensidade do treinamento deve sofrer variações, porque ela é de primordial importância para garantir aumentos máximos na aptidão física (FOX, BOWERS e FOSS, 1991 apud SCHMIDT, 2011).

    A avaliação médica pré-participação em atividade física é um importante instrumento para manutenção da saúde e segurança do atleta e mais do que uma simples formalidade. A correta avaliação médica pode eliminar ou impedir uma atividade física e também identificar condições que possam predispor o atleta à morte súbita, permitindo que o profissional de educação física possa delimitar quais as atividades são ou não pertinentes a um determinado indivíduo (SILVA, ARCIE, LEÃO et al., 2005).

    A determinação da intensidade da atividade física é, provavelmente, o fator mais importante do princípio da sobrecarga. A mensuração da freqüência cardíaca é uma forma indireta para a estimativa da intensidade do exercício e da utilização de oxigênio pelo corpo (FOSS e KETEYIAN, 2000 apud SIVA e RODRIGUEZ-AÑEZ, 2003).

    É importante destacar que a intensidade e a freqüência do exercício vão depender do condicionamento do indivíduo, para os menos condicionados parte-se dos valores de referencia menores e para os mais condicionados utiliza-se os valores de médios a mais altos dentro da referencia (FOX, BOWERS e FOSS, 1991).

3.     Metodologia

    Trata-se de estudo descritivo que segundo Gil (1986), apud Almeida, Ferreira, Oliveira et al (2009) tem como objetivo primordial a descrição das características de determinada população.

    Os grupos de indivíduos pesquisados são atletas de ciclismo do sexo masculino que competem na categoria elite de Goiânia, categoria essa que consiste em atletas de sua maioria entre a faixa etária de 19 a 34 anos. Foram analisados 50 atletas de 8 equipes de Goiânia, atletas federados na Federação Goiana de Ciclismo no ano de 2012, tendo 17 atletas que treinam sob supervisão de um profissional de educação física e 20 que não têm acompanhamento. A autorização foi concedida pelo próprio atleta, mediante de termo de consentimento para autorizar que suas informações fossem usadas nesse estudo.

    Como instrumento de pesquisa utilizou-se um questionário, que contém 20 questões fechadas, sobre quantidade de horas de treinamento por dia, quilometragem semanal de treinamento, quantidade de horas dedicadas ao descanso, hábitos alimentares, quem orientava e quem periodizava os treinamentos dentre outras perguntas relacionadas à rotina de treinamento.

    A coleta de dados ocorreu em abril de 2012. Os dados coletados a partir do questionário foram tabulados e transformados em porcentagem, e apresentados em gráficos e utilizando o programa Microsoft Excel, versão 2007.

4.     Resultados e discussão

    No gráfico 1, foi observado que a maior parte dos atletas de elite estão entre 24 e 28 anos. Provavelmente a idade que os atletas atingem a auge do rendimento na categoria elite, que a maior parte dos atletas, estão abaixo de 30 anos.

Gráfico 1. Idade em faixas etárias

    No gráfico 2, constatou-se que 48% dos atletas estão praticando a modalidade a mais de três anos, isso provavelmente acontece porque antes de o atleta competir na categoria elite ele passa por outras categorias de base.

Gráfico 2. Quanto tempo compete

    De acordo com os dados levantados e expostos no gráfico 3, mais de 12% não realizou a avaliação física/médica. O restante (44%) fez uma avaliação médica e apenas 10% procurou um profissional de educação física para ser avaliado, sendo que 34% realizaram uma avaliação médica/física. Uma avaliação física inicial é de primordial importância para diagnosticar o estado de condicionamento físico inicial, e para comparar se o treinamento com passar do tempo se tendo resultados.

Gráfico 3. Avaliação médica/física antes de iniciar pratica de exercícios

    No gráfico 4 pode-se notar que aproximadamente 74% dos entrevistados praticam exercício físico com uma freqüência de 5 a 7 vezes por semana, portanto estão dentro dos valores recomendados pela literatura como necessários para uma melhora da função cardiorrespiratória e perda de massa gorda, entretanto, a freqüência deve estar de acordo com o objetivo desejado.

    ACSM (2001), apud Fleck e Simão (2008) recomenda uma freqüência de 3 a 5 vezes por semana, com intensidade entre 55 a 85% da FC máx ou 55 a 80% do VO2max freqüência semanal de exercício físico, para uma melhora da função cardiorrespiratória.

Gráfico 4. Freqüência semanal de exercício físico

    O gráfico 5 mostra que mais de 70% dos entrevistados realizam no mínimo treinos acima 450 km por semana, que no treinamento e primordial saber dosar a distância que é a parte do volume de treino.

    Na teoria do treinamento, segundo Barbanti (2010), volume é a quantidade total de estímulo de movimentos oferecida ao corpo no treinamento. É a soma da duração (tempo ou distância) e das repetições de todos os estímulos no treinamento.

Gráfico 5. Quilômetros por semana de treino

    Pode-se notar que, como mostra no gráfico 6, a atividade física mais praticada além do ciclismo entre os indivíduos é a musculação (32%), que é um trabalho muito importante para um atleta profissional para auxiliar no aumento de força. Observa-se ainda, no gráfico 6 que 24% dos atletas praticam a natação. Esta atividade proporciona um melhor condicionamento cardiorespirátorio, sendo uma boa opção de atividade alternativa para melhora do sistema cardiovascular, e também que 24% não praticam nenhuma atividade alternativa, sendo que para o atleta ter um rendimento maior no ciclismo que é um esporte muito desgastante é de extrema importância que ele faça um trabalho de força ate mesmo para diminuir o risco de se ter uma lesão

Gráfico 6. Exercício que pratica com maior freqüência, além do ciclismo

    Para o treinamento aeróbio, utilizando-se métodos contínuos, recomenda-se 20 a 60 minutos de trabalho na zona alvo. O treinamento dos sistemas anaeróbios, por sua alta intensidade, só permitirá durações menores (DANTAS, 2003).

    O gráfico 7 mostra que mais de 50% dos entrevistados realizam no mínimo de 3 horas por sessão, o que é satisfatório, no entanto para conseguir uma melhora da condição cardiorrespiratória, perda de gordura, aumento do VO2máx, outros aspectos também devem ser levados em consideração, como intensidade, freqüência de treino entre outros. Destaca-se o profissional de educação física como habilitado para controlar estas variáveis.

Gráfico 7. Qual duração de cada sessão de treino

    Como podem ser constatado no gráfico 8, 22% dos entrevistados sempre realizou o exercício físico com a mesma duração, o que é prejudicial para o alcance dos objetivos, pois o tempo do exercício está relacionado ao volume que está diretamente relacionado à intensidade. Se estas duas variáveis não mudam, o corpo adapta-se e o condicionamento fica estagnado. A intensidade do treinamento deve sofrer variações, porque ela é de primordial importância para garantir aumentos máximos na aptidão física (FOX, BOWERS e FOSS, 1991 apud SCHMIDT, 2011).

Gráfico 8. Há variação no tempo e na distância nos treinamentos?

    No que se refere à intensidade dos exercícios (gráfico 9), quase 60% dos entrevistados afirmaram que o exercício é realizado com variação da intensidade. No entanto a mensuração da intensidade, na maior parte dos casos, é realizada de forma subjetiva. Por isso dificilmente terão melhoras de condicionamento em qualquer capacidade motora, pois como dito anteriormente, o controle da intensidade é primordial para melhoras da aptidão física.

Gráfico 9. Há variação na intensidade do exercício realizado?

    Dos entrevistados que declararam ter uma variação de intensidade nos exercícios como demonstra no gráfico 10, cerca de 80% tem o controle dessa variação apenas por percepção subjetiva, ou seja, apenas estimam essa variação não utilizando de outros meios ou equipamento. Nota-se então a importância do acompanhamento do profissional de educação física, para prescrever o volume e intensidades corretos para cada caso.

Gráfico 10. Como controla a intensidade do exercício

    De acordo com o gráfico 11 podemos observar que mais de 60% dos entrevistados possui algum tipo de acompanhamento/orientação. Porém é interessante que esse acompanhamento seja feito por um profissional de educação física tem como caracteristica prescrever, orientar e acompanhar todos aqueles que iniciam a pratica de atividade física, fator primordial para que se possam alcançar os objetivos esperados com o máximo de eficiência, respeitando sua integridade física (OLIVEIRA, SIVA, 2005).

Gráfico 11. Tem acompanhamento

    Dos entrevistados que informaram que possuem algum acompanhamento ou orientação para realização dos exercícios (Gráfico 12), mais de 24% deles possuem acompanhamento de um profissional de educação física com planilha de treino. Por outro lado, percebe-se que mais de 26% dos indivíduos não tem orientação de um profissional de educação física nem mesmo de forma assistemática.

Gráfico 12. Quem acompanha/orienta?

    De acordo com o gráfico 11, aproximadamente 40% não possuem acompanhamento ou orientação profissional e desse total como informa o gráfico 13, mais de 82% gostaria de ter acompanhamento ou orientação profissional. Esse desejo já pode ser considerado um passo importante, para a conscientização da população sobre atividade física orientada por um profissional de educação física, e que futuramente possa ser dado à importância que lhe cabe.

Gráfico 13. Gostaria de ter acompanhamento/orientação?

    No gráfico 14 observou-se que 24% não dedica tempo para recuperação, um fator fundamental para o atleta além de ter um bom treinamento, uma boa alimentação, deve também dedicar tempo para recuperação.

Gráfico 14. Dedica tempo a recuperação?

    Nota-se no gráfico 15, que a 24% ainda não alcançou seus objetivos. Acredita-se que isto se dá pela falta de sistematização do treinamento, já que muitos declararam não receber orientação profissional para prática da atividade física regular. E também devem ser estabelecidos os parâmetros da especificidade, porque segundo Dantas (2003) apud Schmidt (2011), este princípio preconiza, como ponto essencial, que o treinamento seja montado sobre os requisitos específicos da performance, em termos de capacidade motora interveniente, sistema energético preponderante, segmento corporal e coordenações psicomotoras utilizadas. Ou seja, o treinamento deve ser prescrito de acordo com o objetivo almejado.

Gráfico 15. Está alcançado seu objetivo?

    No gráfico 16 observou-se que 14% dos atletas já tiveram algum tipo de lesão proveniente do ciclismo. Segundo Freitas, Pinto, Suzarte et al. (2010), no ciclismo há uma baixa incidência de lesões referente ao ciclismo, isso se dá pelo fato do ciclismo ser um esporte onde praticamente não há impacto.

Gráfico 16. Já teve lesões decorrentes do ciclismo

    Nota-se que dos 14% que já teve lesão proveniente do ciclismo (gráfico 16), mais de 71% foram fraturas devido a quedas e os outros 28,57% lesão muscular. De acordo com Freitas, Pinto, Suzarte et al. (2010), as lesões no ciclismo comumente ocorrem por estresse de treinamento em ciclistas de competição.

Gráfico 17. Tipos de lesões

    O gráfico 18 mostra que 82% não possui acompanhamento nutricional, e apenas 18% possui esse acompanhamento. Para se ter um alto rendimento é de fundamental importância o atleta consumir as quantidades certas de calorias diárias para não sofrer por exemplo um catabolismo muscular, por isso além de ter um acompanhamento com um profissional de educação física ele também deverá ter um acompanhamento nutricional.

Gráfico 18. Têm acompanhamento nutricional

    No gráfico 19 observou-se que 86% dos atletas utilizam algum tipo de suplemento alimentar, mas apenas 18% têm acompanhamento nutricional. Será que esses atletas que não tem acompanhamento nutricional estão ingerindo o que seu corpo realmente necessita? A alimentação inadequada afeta diretamente o rendimento desse atleta nos treinamentos e nas competições

Gráfico 19. Toma algum tipo de suplemento alimentar

    Observou-se que no gráfico 20 que 40% dos atletas não tem nenhum tipo de patrocínio, e que precisam conciliar trabalho, e treinos, o que muitas vezes reflete em tempo menor para treinar e se recuperar o que também pode prejudicar o rendimento.

Gráfico 20. Têm patrocínio?

5.     Conclusão

    Analisando os resultados percebe-se que aproximadamente 54% dos entrevistados pratica exercício físico com freqüência de 5 a 7 vezes por semana. A grande maioria afirma que o exercício é realizado com variação da intensidade. Através das respostas coletadas, pôde-se constatar 76% sendo atingindo seus objetivos.

    Com os dados coletados percebe-se que, com ou sem orientação profissional, maior parte dos entrevistados está buscando a melhora da performance. Porém é interessante ressaltar a grande validade de se seguir um programa de treinamento seguido de um bom acompanhamento profissional no qual o profissional de educação física que tem a disposição o conhecimento científico para cada fase do treinamento.

    Por isso vê-se como imprescindível o respeito aos princípios de treinamento, já que cada indivíduo é único, tem seus próprios objetivos e peculiaridades. Sendo que cada prescrição de exercícios deve levar em conta as características biológica, a adaptação ao exercício, a sobrecarga ideal a cada condicionamento, se possível a continuidade de um histórico de atividades físicas, saber dosar a interdependência do volume-intensidade, respeitar a treinabilidade de cada sujeito e preconizar atividades de acordo com especificidade do objetivo almejado.

Referências bibliográficas

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