efdeportes.com

Vivenciando o Método Mãe Canguru na tríade 

mãe-filho-família: uma revisão integrativa

Vivenciando el Método Madre Canguro en la tríada madre-hijo-familia: una revisión integrativa

 

*Enfermeira. Graduada pelas Faculdades Santo Agostinho de Montes Claros, Minas Gerais

**Enfermeira. Especialista em Gestão Pública em Serviços de Saúde

Docente em Enfermagem das Faculdades Santo Agostinho de Montes Claros, MG

*** Enfermeira. Mestre em Ciências. Docente em Enfermagem

das Faculdades Santo Agostinho de Montes Claros, MG

(Brasil)

Franciele Queiroz Nobre*

Juliana Soares Pereira Rocha*

Ingred Gimenes Cassimiro*

Adélia Dayane Guimarães Fonseca**

Ana Augusta Maciel de Souza***

adeliadayane@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O Método Mãe Canguru (MMC) é um cuidado humanizado voltado para a assistência perinatal, criado como uma alternativa de assistência à criança de baixo peso através do contato pele a pele de mãe e filho. O presente estudo tem como objetivo caracterizar os trabalhos já produzidos e sintetizar sua contribuição para o enfoque do MMC na experiência materna da tríade mãe-filho-família. Busca-se, principalmente, saber como a enfermagem tem contribuído para a vivência dessa tríade diante do MMC. Utilizou-se como método a pesquisa bibliográfica integrativa, envolvendo artigos escritos na íntegra entre os períodos de 2003 a 2010, tendo como base de dados a BDENF, Lilacs e Scielo. Através dos artigos revisados foram criadas as seguintes categorias: vivenciando e percebendo o Método Mãe Canguru, enfrentando dificuldades no Método Mãe Canguru e a enfermagem contribuindo para o sucesso do Método Mãe Canguru. Em termos de conclusão, constatou-se que o MMC foi positivo na recuperação dos prematuros e no aumento da competência materna nos cuidados com seus filhos. Porém, para o sucesso do Método, é imprescindível o apoio familiar e da equipe de saúde, uma vez que as dificuldades enfrentadas pelas mães podem comprometer suas participações no programa. Evidenciou-se ainda, a necessidade da enfermagem trabalhar com educação em saúde, explicando de forma clara os benefícios e finalidades do MMC, favorecendo a compreensão e aprendizado das mães e familiares.

          Unitermos: Método mãe canguru. Família. Mãe.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 185, Octubre de 2013. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    O Método Mãe Canguru (MMC) é um cuidado humanizado com estratégias de intervenção biopsicossocial voltado para a assistência perinatal. Criado na Colômbia em 1979, pelos médicos Sanabria e Martinez, como uma alternativa de assistência ao recém nascido (RN) de baixo peso (neonato com menos de 2.500 gramas) através do contato pele a pele de mãe e filho. Essa estratégia se fez devido à superlotação e aumento no número de infecções cruzadas nos berçários. Além disso, a carência de recursos humanos, equipamentos e materiais e a ausência de recursos tecnológicos suficientes, foram fatores que contribuíram para que o abandono materno infantil e a mortalidade neonatal tivessem um aumento significativo (CARVALHO, 2001; GONTIJO, 2006).

    Sanabria e Martinez acreditavam que o RN de baixo peso na posição canguru com alimentação materna exclusiva, provia maior estabilidade térmica substituindo assim, as incubadoras, permitindo a alta hospitalar precoce e uma diminuição na taxa de infecção hospitalar (CARVALHO, 2001; MOREIRA et al., 2003).

    É necessário que a população reconheça os benefícios que o MMC proporciona para o RN de baixo peso. A posição canguru promove o desenvolvimento afetivo de modo natural. Permite aos pais um contato pele a pele com o prematuro, ajudando-os a se sentirem mais confiantes em si mesmos, além de diminuir o estresse do RN, de reduzir o tempo de separação mãe-filho, permitir um controle térmico e favorecer a estimulação sensorial adequada à criança, contribui para a redução do risco de infecção hospitalar entre outros, fazendo com que esses neonatos recuperem o peso e recebam alta hospitalar mais cedo (FREITAS e CAMARGO, 2006).

    O enfermeiro deve contribuir na expansão do MMC e conscientização das mães e familiares sobre seus benefícios através de ações educativas. Anualmente nascem no mundo cerca de 20 milhões de crianças com baixo peso, destas 40% morrem antes dos doze meses de vida. O MMC pode contribuir para a redução dessa mortalidade, por isso, a importância do papel do enfermeiro e demais profissionais da saúde diante a população para a realização do método (MILTERSTEINER et al., 2003).

    Este estudo poderá contribuir para novas pesquisas e para o planejamento de um cuidado familiar e de enfermagem frente aos benefícios do MMC. Daí surge à seguinte pergunta norteadora: como a enfermagem tem contribuído para a vivência da tríade mãe-filho-família diante o MMC?

    A resposta a essa questão pode colaborar na expansão do MMC, na adoção do método pelas famílias, além de aprimorar a atuação do enfermeiro. O objetivo deste estudo é caracterizar os trabalhos já produzidos e sintetizar sua contribuição para o enfoque do MMC na experiência materna da tríade mãe-filho-família.

Metodologia

    Este estudo fez-se através de uma pesquisa bibliográfica integrativa, que permite uma análise de diversos artigos publicados, possibilitando conclusões e reflexões a respeito de um determinado tema. Além disso, proporciona um saber crítico a profissionais de diversas áreas, principalmente os da enfermagem, pois ela oferece um rápido acesso aos resultados de pesquisas, facilitando a utilização das condutas e tomadas de decisões referentes ao tema pesquisado, procurando melhoria na prática clínica (LUNA et al., 2011; SOUZA et al., 2010).

    Ao realizar uma pesquisa integrativa é necessário percorrer algumas etapas. São elas: estabelecimento de hipóteses ou questão de pesquisa, busca na literatura, categorização e avaliação dos estudos inclusos na pesquisa, interpretação e apresentação dos resultados (MENDES et al., 2008).

    Os levantamentos bibliográficos foram realizados nos meses de fevereiro e março de 2012, com inclusão de estudos entre os períodos de 2003 a 2010 das bases de dados indexadas: LILACS (Literatura Latino – Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), SCIELO (Scientific Eletronic Library Online) e BDENF (Base de Dados de Enfermagem). Foram utilizados os descritores: método mãe canguru, família, mãe, pesquisados na BVS (Biblioteca Virtual em Saúde).

    Durante a busca bibliográfica, inicialmente foram encontrados vinte e sete artigos. Sendo quinze publicações da base de dados da LILACS, cinco da SCIELO e sete da BDENF. Desse total, dez artigos foram excluídos por não apresentarem textos completos (cinco da LILACS e cinco da BDENF), cinco por serem repetidos (três da LILACS e dois da SCIELO) e sete por não responderem ao problema de pesquisa (cinco da LILACS, um da SCIELO e um do BDENF). Dessa forma, restaram-se cinco artigos, os quais foram lidos na íntegra para que fossem inclusos nesta pesquisa integrativa.

    O instrumento utilizado para a coleta de dados apresentou as seguintes informações: base de dados, nome do artigo, objetivos, ano de publicação, resultados, conclusões e delineamento dos artigos. As discussões das informações colhidas e a apresentação dos resultados foram descritos por meio de categorização dos estudos pesquisados.

Resultados e discussão

    Fizeram parte desta pesquisa bibliográfica integrativa cinco artigos descritos no quadro a seguir, por ordem crescente do ano de publicação.

Quadro 1. Organização dos artigos segundo título, ano de publicação, periódico, base de dados, metodologia e objetivos

Nome do artigo

Ano de Publicação

Periódico/Base de Dados

Metodologia

Objetivos

1. Método Mãe Canguru: o papel dos serviços de saúde

e das redes familiares no

sucesso do programa

2003

Cad. Saúde Pública/SCIELO

Qualitativa

Aumentar a compreensão sobre as condições hospitalares e sociais/familiares relacionadas à prática do MMC.

2. Percepção dos pais sobre a vivência no método mãe-canguru

2003

Rev.

Latino-am.

Enfermagem /

BDENF

Qualitativa

Analisar a percepção dos pais prematuros acerca da vivência do Método-Canguru.

3. Vivendo do outro lado do método canguru: a experiência materna

2008

Rev. Eletr.

Enf. / LILACS

Qualitativa

Identificar as dificuldades enfrentadas pela mãe participante do método canguru e observar as estratégias utilizadas para superar as dificuldades.

4. Método mãe canguru:

vivências maternas e contribuições para a enfermagem

2010

Rev.

Latino-Am.

Enfermagem /

SCIELO

Qualitativa

Descrever as vivências das mães no MMC e discutir as contribuições a partir dos significados dessas vivências para as ações de enfermagem.

5. Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso (Método Canguru): percepções de puérperas

2010

Rev. Gaúcha

Enfermagem /

LILACS

Qualitativa

Conhecer as percepções de puérperas frente à utilização do MMC.

Fonte: Coleta de dados da pesquisa, 2012

    A análise dos artigos de n° 1, 3 e 4 conforme a seqüência do quadro, evidenciou que o apoio familiar é uma ferramenta imprescindível para o sucesso do Programa Mãe Canguru, uma vez que o longo período de internação ocasiona estresse às mães. Ainda nos artigos mencionados acima, incluindo também o de n° 5, observou-se a importância da compreensão da enfermagem em relação às mães e RNs prematuros e da equipe de saúde oferecer uma assistência humanizada, minimizando os medos e angústias dessas famílias.

    O artigo n° 2 relatou a falta de estrutura física das instituições hospitalares para a realização do MMC. Houve necessidade de diversas negociações entre o enfermeiro e a diretoria do hospital onde foi realizada a pesquisa, com o intuito de conseguir alimentação e uma área física adequada para as mães participantes do programa. Uma vez que teriam que permanecer no hospital o maior tempo possível para a realização do método.

    As pesquisas inclusas neste estudo foram realizadas de forma qualitativa. Observamos que todas elas evidenciaram as dificuldades das mães participantes do MMC, que serão discutidas a seguir nas categorias criadas a partir dos artigos pesquisados.

Vivenciando e percebendo o Método Mãe Canguru

    As mães que vivenciam o MMC deparam com diversas dificuldades associadas a medos e ansiedades, até adquirirem confiança para prestarem os cuidados com os RNs.

    “[...] tive mais segurança, me senti como mãe. Quando ele estava na UTI eu não era mãe [...]” (Artigo n° 2)

    “No início eu tinha dificuldades pra pegar ele, porque ele é todo pequeninho, molinho {...} mas agora eu já perdi o medo.” (Artigo n° 3)

    Ver a recuperação do seu filho dia a dia e ficar em contato íntimo com ele através da posição canguru faz com que as mães se sintam entusiasmadas. A proximidade do binômio mãe-filho favorece o estabelecimento do vínculo e a troca de afetividade entre ambos. Para elas a resposta positiva dos RNs é sinal que a volta para casa está cada vez mais próxima (FURLAN et al., 2003). Podemos perceber isso nas seguintes falas:

    “[...] desenvolver, crescer, ganhar peso, quando a gente pega o neném, o que a gente mais quer é que ele recupere o peso, porque se ele não recuperar o peso tal, não vai embora.” (Artigo n° 4)

    “[...] eu esperei seis meses para ver meu bebê e agora ficar assim, corpo a corpo sentindo o calor, sentindo o coraçãozinho é muito, muito gostoso, ele fica muito mais calmo aqui do que se tivesse na cama, ele dorme melhor, fica bem mais calmo.” (Artigo n° 5)

    Observou-se que a vivência das mães e suas percepções diante o MMC, mostraram resultados positivos. As mães compreenderam a importância do método para os seus filhos, demonstraram satisfeitas diante os resultados do mesmo, porém, não tiveram uma orientação adequada dos profissionais de saúde referente ao MMC. Profissionais estes, que foram capacitados para a realização do método, pois, de acordo com as normas do manual técnico para a implantação do MMC, um dos critérios é a capacitação dos profissionais de saúde. Veja a fala a seguir:

    “[...] ah, você tem que fazer por causa da sua filha, pra ela ter mais peso, protege mais [...] falaram assim: faça o método que sua filha vai desenvolver mais rápido, engordar, crescer. Então eu fiz.” (Artigo n° 4)

    A participação e a presença dos pais desde a internação da criança é importante e traz benefícios inquestionáveis. Portanto, as mães compreendendo como devem proceder diante a prática do MMC, irão favorecer para uma rápida recuperação dos seus RNs, além da alta hospitalar precoce e do aumento no vínculo entre mãe e filho (HENNING et al., 2006).

Enfrentando dificuldades no Método Mãe Canguru

    Os artigos pesquisados abordaram dificuldades enfrentadas pelas mães participantes do MMC, no qual as principais foram medos, angústias, inseguranças e dúvidas quanto ao método e aos cuidados com os prematuros. É notável isso na fala do artigo n° 3:

    “Eu senti mais dificuldades no início, tanto que eu pedia sempre pra enfermeira me ajudar, mas agora a insegurança já passou.”

    A internação dessas crianças pode durar dias, semanas ou meses e a prática do MMC exige das mães dedicação e tempo exclusivo para a realização do mesmo. Devido a essa permanência prolongada no ambiente hospitalar as mães ficam mais susceptíveis ao estresse.

    “Às vezes bate um “estresse” sabe {...} tem muito tempo que eu to aqui...” (Artigo n° 3)

    “O que é chato às vezes é o tempão que a gente tem que ficar no hospital. Às vezes parece que a gente fica meio perturbada de ficar tanto tempo dentro do hospital. Quando eu fico assim eu pego e dou uma volta.” (Artigo n° 3)

    Para as mães participantes do MMC, principalmente aquelas com menor poder aquisitivo, morar longe dos hospitais ou em outras cidades, gerando além do cansaço emocional e físico, o aumento do gasto com o transporte, era outra dificuldade enfrentada.

    “O difícil é ir e vir. Dinheiro é difícil. O que facilitou foi o passe até Ribeirão Preto e Sertãozinho (fornecido pelo hospital). Não tinha o passe de Serrana, tinha que pagar.” (Artigo n° 2)

    “Ruim assim era que eu tinha que sair todo dia e ir lá, né. Para mim é um pouco longe, né?...” (Artigo n° 2)

    O fato de a mãe morar em outra cidade pode ocasionar pioras no quadro clínico do prematuro, devido a sua permanência em tempo integral com o RN ficar prejudicada, além de promover um distanciamento familiar (NEVES et al., 2010).

    Para o sucesso do programa não é necessário apenas a dedicação e compreensão das mães, mas também dos familiares e equipes de saúde. Pois, as mães que não tiveram apoio da família e dos maridos, apresentaram maiores dificuldades na adesão e prática do MMC, devido o estresse e afastamento de suas casas e outros filhos existentes. Observe as falas presentes no artigo n° 4:

    “[...] minha filha adolescente, então foi o maior sofrimento, pois eu acumulava a preocupação com o neném e o meu marido arrumava problemas, trazia tudo para a minha cabeça.”

    “[...] foi muito difícil, mas valeu apena. Cheguei a abandonar a casa e os outros filhos.”

    Na fala a seguir nota-se a importância do apoio familiar para o desenvolvimento do MMC:

    “[...] minha mãe foi muito especial, estava sempre presente, foi ela que me aconselhou, ela vinha direto aqui (hospital) comigo. [...] minha família foi primordial, foi tudo.” (Artigo n° 4)

    Devido à permanência prolongada nos hospitais, alguns casais podem ter conflitos frente à saudade de casa, dos familiares, outros filhos existentes e a vontade de permanecer na instituição para ver a recuperação do prematuro. É importante e necessária a compreensão da família frente a essa ambigüidade de sentimentos, pois a mulher fica sensível diante a situação e precisa de apoio para enfrentar esses acontecimentos (GUIMARÃES e MONTICELLI, 2007).

A enfermagem contribuindo para o sucesso do Método Mãe Canguru

    O apoio e orientação de forma adequada dos profissionais de saúde, especificamente os da enfermagem, fazem diferença no sucesso do MMC. É necessário que a equipe tenha um preparo adequado, seja compreensiva e que dê o suporte necessário às mães e familiares. Percebemos isso nas falas do artigo n° 2:

    “Quando eu cheguei em casa eu acho que os ensinamentos deles lá (profissionais do berçário) foram ótimos pra mim, porque eu aprendi bastante coisa, né. E agora eu tenho facilidade. Graças a Deus e à vocês lá.”

    “Ela trouxe o conhecimento de lá (hospital) para cá (domicílio)... muito mais segurança para mexer com a nenê, né?”

    A enfermagem não tem colaborado de forma exata em relação à adequação da situação de prematuridade. Essa falta de habilidade profissional ocasiona desarmonia, pois, a enfermagem não reconhece as dificuldades enfrentadas pelas mães diante essa transformação (ARIVABENE e TYRREL, 2010).

    Com base nos artigos pesquisados, as mães aceitaram participar do programa sem saber como o MMC funcionava. Elas informaram saber apenas que os seus filhos iriam ganhar peso mais rápido e por isso aceitaram participar. Não tiveram informações sobre a realização do método, seus benefícios e não foram esclarecidas quanto às dúvidas e medos. Podemos evidenciar isso claramente nas falas das mães no artigo n° 3:

    “Me falaram mais ou menos o que era pra eu fazer {...} disseram que eu tinha de colocar ele no meu peito e ficar o máximo possível, essas coisas [...]”

    “Recebi umas explicações simples e básicas e apenas elas não foram suficientes pra eu participar direitinho do canguru, tanto que eu sempre tinha dúvidas e perguntava pra alguém.”

    “Não recebi nenhuma orientação sobre o canguru, apenas chegaram pra mim e me avisaram que no dia seguinte eu ia pro canguru.”

    “Eu nem sabia o que era esse negócio de canguru. A enfermeira simplesmente me disse que eu poderia colocar o meu neném no colo e que isso ajudaria ele a ganhar peso mais rápido e que ele não precisaria fazer força para ficar quentinho.”

    É necessário que a enfermagem compreenda os sentimentos e dificuldades vivenciados pelas mães prematuras e trabalhe melhor a sua assistência. Deve-se oferecer a essas mães apoio e orientação adequada, capaz de garantir conhecimento amplo sobre o MMC. Deixando também, que a participação ao programa seja uma decisão espontânea das mães, diminuindo assim, situações de estresse no ambiente hospitalar e familiar (ARIVABENE e TYRRELL, 2010). Conforme TOMA (2003), a enfermagem deve aprimorar o seu papel de forma que em conjunto com a mãe, se estabeleça o cuidado necessário para o prematuro.

Considerações finais

    O MMC oferece vários benefícios para as mães e RNs prematuros. A proximidade com seus filhos durante a prática do método promove uma vivência única para essas mães, deixando-as mais felizes por estarem perto dos RNs o tempo todo.

    Apesar das dificuldades e medos enfrentados pelas mães participantes do MMC, observou-se nesta pesquisa bibliográfica integrativa que mesmo sem conhecimento adequado sobre o método, elas tiveram boa aceitação para participarem do programa e se mostraram satisfeitas com os resultados. O MMC mostrou-se positivo na recuperação dos prematuros e no aumento da competência materna nos cuidados com seus filhos.

    A realização dessa pesquisa evidencia a necessidade da enfermagem trabalhar com educação em saúde, usando uma linguagem objetiva sobre o MMC, explicando de forma clara seus benefícios e finalidades. Favorecendo assim, a compreensão e aprendizado das mães e familiares. Acreditamos que se as instituições de ensino incluir conteúdos a cerca do MMC e do cuidado humanizado ao RN de baixo peso na formação dos profissionais de saúde, essa problemática será minimizada.

Referências

  • ARIVABENE, JC, TYRRELL, MAR. Método mãe canguru: vivências maternas e contribuições para a enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem [internet]. Mar - abr 2010 [acesso em: 20 fev. 2012]; 18(2): [07 telas].

  • CARVALHO, MR. Método Mãe Canguru de Assistência ao Prematuro. Rio de Janeiro: BNDES, 2001. 96p.

  • FREITAS, JO; CAMARGO, CL. Discutindo o cuidado ao recém-nascido e sua família no Método Mãe-Canguru. Rev. Bras. Crescimento Desenvolv. Hum., 2006; 16 (2): 88-95.

  • FURLAN, CEFB; SCOCHI, CGS; FURTADO, MCC. Percepção dos pais sobre a vivência no método mãe-canguru. Rev. Latino-Am. Enfermagem [internet]. Julho-agosto 2003 [acesso em: 23 fev. 2012]; 11(4): 444-452.

  • GONTIJO, TL. Avaliação Normativa da Implantação do Método Canguru na Maternidade Odete Valadares, Belo Horizonte, Minas Gerais. 2006. 122p. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) - Universidade Federal de Minas Gerais – Escola de Enfermagem, 2006.

  • GUIMARÃES, GP; MONTICELLI, M. A formação do apego pais/recém-nascido pré-termo e/ ou de baixo peso no método mãe-canguru: uma contribuição da enfermagem. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, 2007 Out - Dez; 16(4): 626-635.

  • HENNING, MAS; GOMES, MASM; GIANINI, NOM. Conhecimentos e práticas dos profissionais de saúde sobre “a atenção humanizada ao recém-nascido de baixo-peso – método canguru”. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant., Recife, 2006 Out - Dez; 6(4): 427-435.

  • LUNA, IT; MOREIRA, RAN; SILVA, KL; CAETANO, JÁ; PINHEIRO, PNC; REBOUÇAS, CBA. Obesidade juvenil com enfoque na promoção da saúde: revisão integrativa. Rev. Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2011 jun; 32(2): 394-401.

  • MARTINS, AJVS; SANTOS, IMM. Vivendo do outro lado do método canguru: a experiência materna. Rev. Eletr. Enf. [internet]. 2008; [acesso em: 20 fev. 2012]; 10(3): 703-710.

  • MENDES, KDS; SILVEIRA, RCCP; GALVÃO, CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm., Florianópolis, 2008 Out - Dez; 17(4): 758-764.

  • MILTERSTEINER, AR et al. Respostas fisiológicas da Posição Mãe-Canguru em bebês pré-termos, de baixo peso e ventilando espontaneamente. Rev. Bras. Materno Infantil, Recife, v. 3, n. 4, p. 447-455, 2003.

  • MOREIRA, MEL et al. Quando a vida começa diferente: os bebês e sua família na UTI neonatal. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003. 192p.

  • NEVES, PN; RAVELLI, APX; LEMOS, JRD. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo-peso (método mãe canguru): percepções de puérperas. Rev. Gaúcha Enferm. [internet] mar 2010 [acesso em: 26 fev. 2012]; 31(1): 48-54.

  • SOUZA, MT; SILVA, MD; CARVALHO, R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein. 2010; 8 (1Pt1): 102-6.

  • TOMA, Tereza Setsuko. Método Mãe Canguru: o papel dos serviços de saúde e das redes familiares no sucesso do programa. Cad. Saúde Pública [internet]. 2003.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 18 · N° 185 | Buenos Aires, Octubre de 2013
© 1997-2013 Derechos reservados