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Brazilian Jiu-jitsu: a história do jiu-jitsu no Brasil 

contada a partir das lutas do Mestre Hélio Gracie

El Jiu-jitsu brasileño: la historia del jiu-jitsu en Brasil contada a partir de la luchas del Maestro Hélio Gracie

 

*Centro Universitário de João Pessoa, UNIPÊ. Curso de Educação Física

**Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Departamento de Educação Física (DEF)

(Brasil)

Julierme Fernandes de Oliveira*

Luciano Meireles de Pontes**

juliermefernandes@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O presente trabalho tem como objetivo descrever a história do Jiu-Jítsu no Brasil, a partir das lutas do Mestre Hélio Gracie, enfatizando desde os primórdios com alguns mestres dessa arte que fizeram apresentações públicas no país, até a sua real chegada com o mestre Mitsuyo Esay Maeda, arte marcial esta que se transformou nas mãos de um homem predestinado a tornar-se lenda, pela sua criação, seus feitos e lutas, que marcaram a história do Brasil não conhecida por parte da sociedade, e que através desse trabalho poderá ser mais bem elucidada, a história de uma arte marcial genuinamente brasileira, vinda da terra do sol nascente e criando vida própria nas mãos de um mestre brasileiro, Hélio Gracie, que transformou o antigo Ju-Jitsu japonês em Jiu-Jítsu, ou conhecido em todo mundo como Brazilian Jiu-Jitsu ou Gracie Jiu-Jitsu.

          Unitermos: Jiu-Jítsu. Luta. Conde Koma. Hélio Gracie. Vale-tudo.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 185, Octubre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O Jiu-Jítsu é uma arte marcial japonesa, mas que não teve origem na terra do sol nascente, tendo seu embrião no Norte da Índia a dois mil e quinhentos anos, criada e desenvolvida pelos monges budistas que em suas peregrinações pelo país e fora dele sofriam constantes ataques de saqueadores e ladrões de tribos mongóis, como os monges não podiam usar armas que era contra o principio de sua religião, os conhecimentos dos pontos vitais do corpo e do principio da física, alavanca, força mecânica de torção, tração, compressão, flexão, centro de equilíbrio e gravidade, começam a desenvolver movimentos de defesa pessoal sem o uso de golpes traumáticos, armas ou força bruta (HOBBE, 2007). Desta forma, levando seus opressores à submissão com o mínimo de força física, nascia assim à maior arte cientifica de luta de todos os tempos, levada pelos monges budistas a toda a Ásia e chegando ao Japão no século II d.C. através de um monge chamado Chen Gen Pin ensinando a arte a samurais que começam a ensinar dentro do Japão as técnicas desta arte, atemi-waza (golpes traumáticos), nague-waza (golpes de quedas), kazentsu-waza (golpes de articulação) e jime-waza (golpes de estrangulamento) (PORTAL JIUJITSU, 2012).

    Para Andreato et al. (2010), entre as sistematizações ocorridas na luta ao longo da sua história, surge o Brazilian Jiu-Jitsu, baseado em sistemas de alavancas, as quais possibilitavam a vantagem da técnica à força.

    Desta forma o presente estudo tem como objetivo descrever a história do Jiu-Jítsu no Brasil, a partir das lutas do Mestre Hélio Gracie.

A história do Jiu-jitsu no Brasil a partir das lutas do Mestre Hélio Gracie

    Segundo Robbe (2007, p.21): “surge no Brasil, à arte das técnicas suaves o Ju-Jítsu, onde na origem do termo, Ju significa suave, e Jitsu arte ou técnica, ficando esse estilo de luta conhecida no Brasil como Jiu-Jítsu”.

    Conforme as informações publicadas por Tatame (2008), antes mesmo de o navio Kasato Maru aportar no porto de Santos trazendo as primeiras famílias de japoneses para o trabalho nos cafezais do oeste paulista, em terras tupiniquins existe registros de orientais no Brasil, e alguns deles com o âmbito de demonstrações de artes marciais, como o japonês e mestre de Jiu-Jítsu Manji Takezawa, que teria feito alguns treinamentos com a guarda imperial do Imperador D. Pedro II no ano de 1888, há registros também de outras apresentações no ano de 1906 segundo Tatame (2008), em Manaus, de lutadores japoneses Akishima e Suiostki, demonstrando suas habilidades marciais na praça da saudade.

    No ano de 1909 no Rio de Janeiro, houve o primeiro confronto documentado entre estilos de lutas no Brasil, onde lutaram o japonês Taro Mayake e o brasileiro capoeirista Syriaco, onde o mesmo após Mayake estender a mão para cumprimentá-lo cospe no rosto do japonês e lhe aplica um golpe acabando com a luta (TATAME, 2008). Mayake segundo Tatame (2007, p.20): “viria a ministrar aulas na guarda nacional carioca e teve como aluno Dilermano Reis” (que assassinou o escritor Euclides da Cunha).

    No entanto, é no dia 14 de novembro de 1914 que realmente o Jiu-Jítsu desembarcaria no Brasil, através de Mitsuyo Esay Maeda, mais conhecido como o Conde Koma, mestre de Jiu-Jítsu japonês e faixa preta de Judô da Kodokan do mestre Jigoro Kano, o Judô que se originou do Jiu-Jítsu, aprimorando as técnicas de projeções (quedas) e retirando os golpes mais perigosos da luta de solo do Jiu-Jítsu, o mesmo Maeda introduzira o Judô no Brasil. Daí por diante a uma interrogação, teria Conde Koma ensinado o Jiu-Jítsu japonês ou o Judô de Jigoro Kano aos irmãos Gracie? Esta resposta será dita mais adiante. Maeda desembarca em Porto Alegre em 1914 para demonstrações de Jiu-Jítsu, depois de ter estado pelos Estados Unidos, fazendo até demonstrações na Casa Branca para o presidente Theodore Roosevelt (GRACIE, 2008). Maeda também viaja pela Europa, América Central e América do Sul, e se juntado com outros companheiros encontrados em demonstrações, os também professores de Jiu-Jítsu Satake, Yenishi Raku, Sadaku Shimitsu e Sadao Okura.

    Voltando ao Brasil, a trupe de lutadores depois de se exibirem em Porto Alegre faz andanças pelo país, no Nordeste, em Recife no dia 26 de agosto de 1915, na região Norte em Manaus no dia 18 de dezembro, e no dia 20 em Belém, no Pará no Theatro Politheama.

    Em janeiro de 1916, Maeda faz sua última luta em Belém antes de embarcar para Inglaterra, deixando seus companheiros; na Europa, o mestre se apresenta em vários países, antes de retornar ao Brasil no ano de 1917 para fixar residência no Pará, na cidade de Belém onde a partir daí mudaria a história das artes marciais. Conde Koma ingressa no American Circus em novembro de 1919 para fazer apresentações e desafios, chega a Manaus em 1920 onde faz uma luta esportiva com o antigo amigo Satake que ficara no Brasil dando aulas em Manaus, Koma conheceria sua primeira derrota e única como lutador, voltando a Belém no mesmo ano. Segundo Tatame (2008, p.26): “historiadores explicam que muitos emigrantes procuravam a região norte do Brasil no início do século XX devido ao desenvolvimento da economia daquela região proveniente do ciclo da borracha”.

    Em 1917, em uma apresentação de Conde Koma em Belém no Teatro da Paz, um jovem de 15 anos assiste encantado com a série de técnicas demonstradas pelo japonês, seu nome, Carlos Gracie, filho mais velho dos cinco filhos homens de Gastão Gracie e Cesalina Gracie, Gastão, era descendentes de escoceses. Carlos ficara facinado com a demonstração, segundo Gracie (2008), o primerio contato de Carlos Gracie com o Jiu-Jítsu foi quando seu pai o leva para assistir Conde Koma em ação, pela primeira vez Carlos testemunhara, a vitória da técnica sobre a força bruta.

    Pedindo ao pai que o levasse para treinar aquela luta, Gastão era amigo pessoal de Maeda, pois o Gracie ajudava o Japonês no Americam Circus. Assim, Gastão leva Carlos para treinar na casa do mestre japonês que de imediato aceita treinar o garoto em sinal de sua amizade e respeito com o amigo, Carlos tem diariamente aulas com o mestre durante quase três anos, depois disso indica Tatame (2008, p.26): “Carlos começa a dar aulas para amigos e para os irmãos; em 1922, depois da morte do avô Pedro Carlos Gracie, transfere-se para o Rio de Janeiro com os irmãos e adota a profissão de professor e lutador.”

    Carlos e os irmãos neste período têm passagens por Minas Gerais e em São Paulo montam uma academia no bairro Perdizes, entretanto, não encontram sucesso retornando assim para o Rio onde em 1925 inauguram a primeira academia Gracie Jiu-Jítsu localizada na Rua Marquês de Abrantes, na Praia do Flamengo, junto com seus irmãos Oswaldo e Gastão, assumindo também a criação dos menores, George que tinha 14 anos e Hélio que tinha 12 anos. Assim, conforme Gracie (2008, p. 63), “uma vez inaugurada a Academia Gracie Jiu-Jítsu na rua Marques de Abrantes, Carlos deu inicio a uma tradição de lutadores e professores que se multiplicariam por décadas seguintes.” Após algum tempo, os Gracie transferem a academia para a Avenida Rio Branco no Centro do Rio de Janeiro, onde a academia torna-se um sucesso tendo quase 600 alunos, fruto dos desafios e lutas que os irmãos Gracie faziam nas suas andanças derrotando adversários por onde passavam. A academia Gracie também tinha seus filhos ilustres como alunos, como por exemplo, o ministro Mário Andreazza, último presidente do regime militar no Brasil, João Figueiredo, o ex-governador do estado da Guanabara (atual Rio de Janeiro), Carlos Lacerda entre outros famosos (TATAME, 2009).

    Ao analisar os dados históricos, entende-se que, para que os Gracie chegassem ao patamar que chegaram tiveram que apresentar um marketing agressivo perante a sociedade, lançando desafios nos jornais da época, cartazes nas ruas com provocações e frases chocantes, atraindo curiosos e lutadores para os confrontos, em uma de suas frases falava: “Se você quer ter um braço quebrado contate, Carlos Gracie neste número”. Frases de efeitos como essa atraia dezenas para os confrontos, na época, um mal necessário, tendo em vista que décadas depois a imagem do Jiu-Jítsu seria erroniamente denegrida fazendo com a arte suave ficasse posta como uma luta violenta e sangrenta pela imprensa, fato este totalmente errado, já que, o Jiu-Jítsu é uma arte que implanta disciplina, moral e respeito ao próximo, fazendo com que o praticante seja tolerante e confiante em suas decisões, além de mostrar uma alto disciplina. Lutadores de luta livre, karaté, boxe, capoeira eram levados a submissão rapidamente pelas técnicas dos Gracie, fazendo com que este nome fosse respeitado e temido em todo Brasil como uma grande família de lutadores. As vitórias de Carlos, Oswaldo e George em luta com oponetes bem mais pesados faziam o público encantar-se com aquela luta de kimono e nome estranho até então desconhecida dos brasileiros, mas com uma eficiência técnica monstruosa, trazendo para a época a história de Davi contra Golias, o mais fraco derrotando o mais forte, o gigante sendo derrotado pelo pequeno, mas agora sem funda (arma de arremesso contituída por uma correia) e pedra, mas sim com técnicas de quedas e golpes de imobilizações e torções de articulações fazendo com que o adversário muitas fezes maior e mais pesado fosse levado a derrota facilmente por homens pequenos e franzinos de um sobrenome só, com uma arte oriental que é suave pelo nome e por suas técnicas, horrorizando e encantando a platéia que assistia com entusiasmo as vitórias dos irmãos Gracie, que se tornavam gigantes em confrontos de lutas diferentes fazendo estas vitórias serem comentadas na sociedade e por toda imprensa brasileira, segundo Tatame (2008, p.28): “trazendo para a academia Gracie dezenas de pessoas atrás de aprender o Jiu-Jítsu mostrado nestas lutas, para o uso de sua própria defesa pessoal”.

    A família Gracie já estava solidificada com a sua arte marcial perante a sociedade, Carlos Gracie era afamado como um grande mestre de Jiu-Jítsu quando ocorreu um fato que mudaria definitivamente a história do Jiu-Jítsu e de todas as artes marciais. Certo dia, Carlos Gracie atrasa-se para ministrar uma aula para um alto funcionário do Banco do Brasil, Mário Brandt, quando algo inusitado aconteceu, Hélio Gracie irmão mais novo dos cinco Gracies levanta-se da cadeira e pergunta a Mário Brant se ele queria que ele passasse o programa enquanto Carlos não chegava, Mário não só concordara com Hélio como depois da chegada de Carlos pediu para o mesmo que queria seu irmão mais novo como professor dele, conforme relatado por Gracie (2008, p.70): “Mario Brandt não ficou aborrecido e ainda elogiou muito Hélio. Carlos alegrou-se e se sentiu aliviado com a constatação de que seu irmão caçula já podia auxiliá-lo com os alunos.” Começaria a jornada de Hélio Gracie dentro do Jiu-Jítsu, irmão mais novo dos nove filhos de Gastão Gracie, Hélio em sua infância e adolescência sofria de constantes desmaios inclusive não podendo ir a escola e nem tão pouco treinar Jiu-Jítsu, conselho dado pelo médico, o Gracie então passaria a adolescência assistindo o irmão Carlos a ministrar aulas e aprendendo as técnicas do Jiu-Jítsu apenas observando. Hélio que pesava 60 quilos e destribuidos em 1,75m de altura começa a adaptar a arte suave a seu biotipo, através das chamadas alavancas nas posições fazendo com que se tevesse o mínimo de esforço possível para executar as posições empostas pela luta de solo especializando-se neste tipo de combate já que o Jiu-Jítsu mostrado por Conde Koma dava mais ênfase as técnicas de projeções. O Gracie estava a frente do seu tempo, modificando e aprimorando uma luta de uma tradição de milênios, modificando de tal forma que o Jiu-Jítsu começaria a ser chamado no Brasil e no exterior de Gracie Jiu-Jítsu ou Brazilian Jiu-Jítsu, pela primeira vez na história das artes marciais uma luta mudara de nacionalidade com técnicas, golpes e caracteristicas próprias, nascia assim o estilo brasiliero de lutar Jiu-Jítsu, uma forma cientifica de luta aprimorada, testadas por diversas formas de combate e todas levadas a submissão. Não só nasceria um estilo de luta, mas também uma filosofia de vida, e com ela um mito, Hélio Gracie.

    Respondendo a pergunta elaborada no início deste trabalho, o que realmente chega ao Brasil com Conde Koma é o Judô da escola Kodokan do mestre Gigoro Kano, segundo Tatame (2010, p.52): “Quando Maeda chega ao Brasil em 1914, Carlos Gracie teve o privilégio de aprender um Judô muito mais depurado e que certemente era o sistema de lutas mais evoluído do mundo.” Passado por Koma aos irmãos Gracie, só com Hélio Gracie o Judô Kodokan se transformaria no Jiu-Jítsu, pela adaptação e a modificação da luta de solo do Judô Kodocan por Hélio, fazendo com que nascesse uma luta de solo com caracterisitcas próprias diferentes da luta de solo do Judô, o Jiu-Jítsu agora faria a viajem inversa, como o Judô nasce do Jiu-Jítsu no Japão, no Brasil seria o Jiu-Jítsu que nasceria do Judô de Jigoro Kano.

    Hélio Gracie, nacido em Belém do Pará no dia 1 de outubro de 1913, se estabelece como o homem que mudaria toda uma história com uma luta que ficaria para a eternidade, depois de começar a treinar e dar aulas de Jiu-Jítsu, Hélio deixa de ter os desmaios constantes que tinha na infância e na adolescência, adquirindo uma saúde incontestável pelos médicos, além de adaptar-se a dieta Gracie, uma dieta elaborada pelo seu irmão Carlos onde combinações de alimentos fazem com que os nutrientes sejam bem distribuídos pelo organismo, dieta esta que é a base alimentar usada até hoje pela família Gracie. Neste sentido, logo viria os treinos e as lutas para mais uma popularização do Jiu-Jítsu, o próprio presidente das organizações Globo testemunhou os primeiros treinos de Hélio Gracie, Roberto Marinho era freguentador assíduo das aulas dos Gracie, ele esteve no dia em que Hélio treinou pela primeira vez com um oponente mais pesado, o aluno de Carlos, Edgar Santos Rocha, no treino Hélio tentou dar-lhe uma queda pegando-o pelas pernas mas não conseguiu e arreia com o peso do oponente, Edgar então pega suas costas e lhe aplica um estrangulamento, o até então iniciante na prática da Jiu-jìtsu vê que o oponente cruzas as pernas na sua frente, o Gracie quase entregue ao estrangulamento lhe aplica uma chave de tornozelos fazendo com que o seu oponente “bata” desistindo da luta.

    Depois de vários treinos, e lutas realizadas a portas fechadas por Hélio, seu irmão Carlos tem a idéia de testar o novo estilo Gracie de Jiu-Jítsu feito pelo irmão mais novo perante apresentação pública. Assim, no dia 16 de janeiro de 1932, Hélio Gracie subia ao ringue para lutar oficialmente pela primeira vez na sua vida, no Teatro João Caetano no Rio de Janeiro, seu adversário, o boxeador campeão brasileiro Antônio Portugal, antes do combate o Gracie mostrava nevorsismo, mas quando começara a luta o que se viu foi Hélio se esquivando de um soco de Portugal bloquando e o colocando para o solo, lhe aplicando uma chave de braço finalizando a luta em exatos 40 segundos, a luta foi tão rápida que as pessoas na época acharam que tinha sido marmelada (luta arranjada), neste momento afima GRACIE (2008, p.99): “a vitória de Hélio foi muito bem recebida pela imprensa e pelo publico, e Carlos sentiu que ele já estava realmente pronto e maduro para enfrentar o circuito profissional.”

    Em seguida, por sua fama, o Gracie foi convidado para enfrentar o seu primeiro advesário nipônico, o japonês Takashi Namiki, faixa preta da escola Kodokan de Judô que estava no Brasil para exibições. Hélio Gracie mostraria pela primeira vez o estilo brasileiro de lutar Jiu-Jítsu, já que a luta era desportiva, ou seja, sem golpes traumáticos, seria a luta de solo brasileira contra a luta de solo do Judô, mas o que se viu foi a negação da luta de solo por parte do japonês, querendo o tempo todo a luta em pé, para aplicar suas quedas, foram dez rounds de dez minutos cada, como informa Gracie (2008, p.100): “Nos dez rounds de dez minuntos a luta foi equilibrada. Sendo o Jiu-Jítsu de origem japonesa a platéia esperava que o japonês sobrepujasse o brasileiro tecnicamente; por isso, o empate equivaleu a um triunfo dos Gracies.” No final Hélio montou no advesário e aplicou-lhe uma chave de braço, o japonês resistiu e a luta acabou, como não houve finalização a luta foi considerada empate, Hélio incomodado com o resultado pediu uma outra luta com Namiki, mas o mesmo recusara, Hélio então tinha a certeza concreta que seu Jiu-Jítsu estava no mesmo nível ou melhor do que a luta de solo japonesa. A partir daí, Hélio viria a enfrentar sua primeira “pedreira”, no dia 6 de novembro de 1932, o gigante americano Fred Ebert, que pesava 93 kg e era vice-campeão mundial de luta-livre, o Gracie de apenas 18 anos e pesando 63 kg já era apontado pela imprensa como o derrotado, mas em uma hora e quarenta minutos de luta já as duas da manhã no ringue do Atlético Clube São Cristovão a comissão de pugilismo manda a polícia interromper o combate devido ao grau de violência e a hora tardia, Fred Ebert recebera uma hora e quarenta minutos de cotoveladas, e fora arremessado duas vezes do ringue, quando a policia interrompeu, Fred estava totalmente desfigurado e mal conseguia ficar em pé deixando claro que Hélio tinha vencido, mas como não houve desistência a luta acabou empatada, em uma entrevista para a revista Graciemag muitas décadas depois, o mestre Hélio disse que seus cotovelos ficaram pretos igual a sola de um sapato de tanto ele bater no rosto de Ebert, disse também que foi com essa luta que ele ficou famoso.

    No ano de 1934, Hélio colocaria seu Jiu-Jítsu em xeque novamente contra um japonês, o judoca Mayake, faixa preta diplomado pela escola Kodokan, que dava aulas em São Paulo, a luta agora seria novamente desportiva. Mayake que era famoso por nunca ter sido finalizado em estrangulamentos e até fazendo exibições enrrolando uma corda no pescoço e duas pessoas puxando as pontas simutâneamente sem bater começa a luta dando uma queda em Hélio que por baixo do oponente faz a defesa de guarda, em seguida o Gracie coloca o japonês preso em suas pernas lhe aplica um estrangulamento, Mayaki tentando se levantar e raspado, Hélio cai montado no japonês com o estrangulamento encaixado isto aos vinte dois minutos de combate, para delírio do público presente Mayake acaba inconsciente e defecado em cima do ringue da tamanha pressão que Hélio Gracie colocara no seu pescoço. No mesmo ano, Hélio enfrentaria o americano e lutador de wrestler (luta olímpica) Wladek Zbyszko, este pesava 120 kg o dobro do peso de Hélio Gracie, a luta durou duas horas mas sem vencedor.

    Em fevereiro de 1935, Hélio volta ao vale tudo, agora para enfrentar o campeão brasileiro de luta livre Olando Américo da Silva, o Dudu, que pesava 88 kg. No início da luta Hélio aplica um tapa no rosto com Dudu em seguida dando uma queda no Gracie, que por baixo do adversário fazia guarda e lhe aplicava vários socos e pontapés na região dos rins, quando Dudu se desvencilha das pernas de Hélio e levanta, está totalmente desfigurado, aos 19 minutos de luta Hélio atingi o oponente com um tapa que faz com que ele se desequilibre, em seguida aplica um pontapé na boca e um soco no rosto fazendo com que Dudu desista da luta, este combate ficou conhecido como o mais violento que Hélio participara, inclusive saindo nos jornais do dia seguinte que o lutador Dudu saio do ringue muito mal e que estava urinando sague e farinha dos rins.

    No final de 1935, Hélio Gracie enfrentaria uma das suas lutas de Jiu-Jítsu mais dificéis, contra o japonês Yassuiti Ono que chegou ao Brasil dizendo que poderia vencer os cinco irmãos Gracie em uma noite, a luta teve 5 rounds de 20 minutos, logo no primeiro round o japonês encaixa uma chave de braço em Hélio que resiste até sair da chave, Ono com seu jogo de quedas aplicava dezenas delas em Hélio que tentava trazer a luta para o solo, em uma dessas envestidas no solo o Gracie consegue encaixar um estrangulamento, Hélio que passara a luta na maioria das vezes dominado pelo seu adversário não deixaria escapar esta oportunidade, depois do golpe encaixado, Ono lenvanta com Hélio pendurado no seu quadril isto no terceiro round, o japonês resisti e quando toca o gongo para o fim do round Hélio Gracie solta as golas do kimono de Ono que cai desacordado, este foi literalmente “salvo pelo gongo”, em seguida depois de reanimado o japonês começa a fugir dos golpes de Hélio nos dois últimos rounds acabando a luta empatada, décadas depois em entrevista a revista tatame o mestre exclamou: “foi o japonês mais filha da mãe que eu já enfrentei”.

    Hélio Gracie despertava temor e curiosidade para vários lutadores da época, inclusive os japoneses da escola Kodokan de Judô, muitas vezes se indagavam como um brasileiro inferior fisicamente e com conhecimentos de Jiu-Jítsu passado por um japonês vinha ganhando lutas duríssimas contra os prórprios japoneses? Gracie (2008), nos conta que as duras lutas que Hélio travava com os melhores representantes da Kodokan despertava a curiosidade dos japoneses. A resposta era simples aos olhos de quem via Hélio Gracie lutar, as modificações e as adaptações que ele fez na luta de solo japonesa moldaram o estilo de luta a seu biótipo, fazendo com que ele dispendesse o mínimo esforço com a máxima eficiência, dilema esse que o próprio professor Jigoro Kano da escola Kodokan ressaltou quando fundou o Judô, mas que na prática era usado por um brasileiro que nem conhecia o professor Jigoro Kano, e que realizava este dilema necessária e instintivamente, “Hélio Gracie”.

    Outros japoneses curiosos com a fama e a perícia do mestre da luta de solo brasileira se deslocaram ao Brasil para lutar contra o mesmo, em 1936 mais dois estiveram presentes, os japoneses Takeo Yano e Massagouchi. O primeiro uma luta que nem agradou a Hélio nem ao público presente, Yano Fujira durante o tempo todo fugira da luta conseguindo levar a mesma até seu término, prevalecendo como resultado o empate. Logo depois em entrevista, Hélio Gracie disse que preferia lutar com um duríssimo lutador como Yassuiti Ono do que realizar uma nova luta com Yano, pois entre um adversário perigoso e um fujão, escolheria o primeiro. Em seguida Hélio lutou com Massagoushi, este estava ciente do temível estragulamento do Gracie, mas acabou batendo em uma chave de braço conhecida como “armlock”.

    Depois da sua participação em várias lutas, o lado “professor” começou a falar mais alto que o de lutador, então Hélio começaria a dedicar-se mais na aulas do que em suas grandiosas lutas, mas ele viria a lutar ainda para delírio dos amantes das lutas e também da imprensa. Em 1937, vai a Belo Horizonte, Minas Gerais enfrentar o boxeador Erwin Klausner ganhando rapidamente; no mesmo ano enfrentou o capoeirista conhecido como Espingarda, essa luta foi a portas fechadas da academia, mas toda a imprensa e público souberam, Hélio também vencera rapidamente. Um dos motivo para que Hélio Gracie lutasse a portas fechadas com alguns lutadores é que vários eram os desafios feitos para o professor, só que na sua consepção não se poderia lutar com qualquer um em público, oficialmente Hélio Gracie fez 17 lutas profissionais, mas pela honra de sua família e pela honra do Jiu-Jítsu o professor teria lutado em mais de 500 lutas, entre lutas dentro da academia e nas ruas, em esquinas escuras, ressaltando que essas lutas nas ruas eram com lutadores profissionais, naquela época no Rio de Janeiro era comum se ter confrontos em ruas escuras desertas e de madrugada, todas com a preocupação do Gracie em mostrar e propagar a sua arte, de maneira alguma Hélio Gracie bateu ou inflamou uma pessoa que não lutasse profissionalmente, o mestre sempre foi contra violência. Ele falava que quando se aprende o Jiu-Jítsu a pessoa fica mais tolerante por que sabe que não tem medo e não será agredido por outra, por ser dotado das técnicas da arte suave, então não faria sentido a briga.

    Depois desta última luta, Hélio começa realmente a dar aulas, dando ênfase ao aprimoramente das técnicas que o consagraram e também a dar aulas de defesa pessoal, que para ele era o mais importante, mostrar a uma pessoa fraca e sem confiança a conseguir levar uma outra dotada de força física e bem maior a submissão. Depois de 13 anos dando aulas e sem lutar profissionalmente o professor foi obrigado a lutar novamente, nesta oportunidade para defender a horna de sua família já que o professor jamais fugiria de um embate, recebendo um desafio lá estava prontificado para luta, desta vez com o baiano Landulfo Caribé, que era capoeirista, em uma luta que durou quatro minutos Hélio levaria Caribé a submissão, luta esta ocorrida na Escola Nacional de Educação Física. Três meses depois na sede da redação do Diário Carioca foi a vez de Azevedo Maia que gostava de inflamar os Gracie, apagar em um estrangulamento do professor em dois minutos, antes de finalizar a luta Hélio estava entre as pernas de Maia quando levantou o oponente e lhe socou ao chão, Maia prontamente reclamou: “isso não vale!”. O mestre prontamente respondeu: não proteste Maia! Isso é pra macho!”. No outro dia o Diário Carioca publicou a matéria: “Num rápido encontro de 2m10s, Hélio Gracie respondeu a Azevedo Maia, deixando-o desacordado com um estrangulamento”.

    Por nunca ter perdido para um lutador japonês em seis combates, a colônia japonesa se viu incomodada com a capacidade técnica de Hélio Gracie, fato esse que acarretou a um jornal da colônia japonesa chamado Nippak-shimbu patrocinar a vinda de dois lutadores japoneses ao Brasil, que não eram qualquer um, simplesmente o número 1, Masahiko Kimura e o número 2 do Japão, Toshio Yamagushi que tinha 1,75 metros e pesava 120 kg e o número 3 do Japão, Kato, ambos lutadores de Judô. Kimura quatro anos mais jovem que Hélio e com 30 kg de diferença do Gracie disse que não lutaria, pois se vencesse colocariam o motivo na diferença de peso, e que Kato lutaria e venceria o mestre de Jiu-Jítsu brasileiro.

    Houve então no ano de 1951 duas lutas entre Hélio Gracie e Kato, a primeira no Maracanã no dia 6 de setembro. A luta terminara empatada, mas com Hélio em vantagem, no final da luta o japonês aplicando uma queda no Gracie e o mesmo prontamente invertendo caindo montado no oponete, o público indo ao delírio não esperava o toque do sino para o término da luta, uma luta que durou três rounds de dez minutos por dois de descanso. A segunda luta entre Hélio e Kato agora aconteceria em São Paulo no dia 30 de setembro, no Pacaembu, dessa vez a coisa foi diferente, com Hélio mais confiante soltando o seu jogo, partiu para dentro do oponente, o japonês revidou aplicando-lhe seguidas quedas até que em uma dessas quedas o Gracie fecha a guarda em Kato e aplica-lhe seu famoso estrangulamente próximo ao término do primeiro round, e para delírio do público o japonês cai desacordado, a vitória do mestre do Jiu-Jítsu brasileiro estava consumada e acontecendo o que já se previa, a subida de Kimura ao ringue para desafiar Hélio, como cita Gracie (2008, p.271), “Kimura fez o que estava acertado: foi até o meio do ringue e desafiou Hélio Gracie”. O desafio foi prontamente aceito. A luta entre Hélio Gracie e Kimura ficou marcada para o dia 23 de outubro do mesmo ano, mas antes Kimura falara para a imprensa que se Hélio Gracie conseguisse aguentar lutar com ele por três minutos poderiam dar a vitória ao Gracie. O estádio do Maracanã com um público de vinte mil pessoas e presenças ilustres como a do vice-presidente Café Filho para ver a peleja, as regras da luta seriam as mesmas da luta de Hélio e Kato, começando a luta, Kimura 30 kg mais pesado deu inciativa ao combate dando uma queda em Hélio que logo em seguida colocou sua guarda para funcionar, a luta já passara de 3 minutos, indo contra o que Kimura havia dito. O que se viu foram mais de 13 minutos de luta e o espanto de Kimura por ver que o brasileiro tinha bastante recursos técnicos para escapar de seus golpes, até que em uma chave de braço aplicada por Kimura chamada ude garami, que mais tarde seria batizada com o seu nome, iria finalizar a luta, mas Hélio não desistira suportando a grande pressão do golpe, até que Carlos Gracie irmão de Hélio que estava em seu corner, vendo que o irmão não bateria de forma alguma e certamente teria o braço quebrado, joga a toalha para desistência da luta, acabando com a vitória de Kimura. O japonês comprimenta Hélio espantado com a resistência e a técnica do Gracie, o público aplaudio Hélio de pé, observando que o Gracie só perdera por motivos de questão física e não técnica. Mais tarde em sua biografia o professor Kimura relata que uma das grandes felicidades que ele teve ao longo de suas viajens lutando pelo mundo, foi constatar que havia no Brasil a luta de solo dos japoneses, e que estava bem reprentada por Hélio Gracie. Gracie (2008), fala que Kimura elogiava Hélio todas as vezes que era perguntado sobre este historico confronto.

    A partir daí, Hélio Gracie já não imagina lutar em desafios, voltando a dar as suas aulas como era de costumes e ajudando pessoas dando trabalho na academia dele e do irmão; uma dessas pessoas foi Waldemar Santanta, que trabalhava na academia como roupeiro e tivera a chance de treinar com o mestre, já que muitos dos roupeiros da academia Gracie também viravam lutadores. Certo dia em uma falta de água no Centro do Rio de Janeiro, Waldemar esquecera uma tornera aberta numa noite, no outro dia o tatame da academia Gracie estava encharcado, Hélio muito irritado despediu Waldemar que era um dos melhores funcionários da academia, e um dos melhores alunos de Hélio. Ocorrido o fato o estopim estava aceso, um jornalista da época chamado Carlos Renato do jornal Última Hora começa a alimentar na cabeça de Waldemar a discordia com o seu mestre. Pouco tempo depois Hélio perdoa Waldemar que volta novamente a trabalhar e receber aulas do professor, mas com o Carlos Renato ainda em seus calcanhares dizendo para Waldermar que na academia Gracie ele seria só mais um, foi quando Waldemar recebera uma proposta para lutar com um lutador que era conhecido por fazer marmeladas, Hélio prontamente desautorizou o pupilo a fazer esta luta, já que ele proibira qualquer lutador da academia Gracie se envolver com lutas arranjadas, mas Waldemar precisando de dinheiro e sendo incentivado por Carlos Renato aceitou, fazendo a luta e ganhando rapidamente. Hélio sabendo do ocorrido furioso expulsa Waldemar Santana da academia, Carlos Renato aproveitara o momento e convence Waldemar a desafiar o antigo mestre, Hélio Gracie mesmo depois de aposentado e com 42 anos aceita o desafio de Waldemar que tinha 25 anos e pesava 94 kg, quase trinta quilos mais pesado que o Gracie. Esta luta se deu no dia 24 de maio de 1955, com Hélio Gracie com 39 graus de febre devido a uma inflamação no ouvido, Waldemar partira para cima do antigo mentor, onde ocorreu uma luta épica, três horas e quarenta e cinco minutos de luta, registrada no livro dos recordes como a luta mais prolongada de todos os tempos da humanidade. Waldemar sempre por cima e Hélio sempre fazendo guarda usando de sua técnica apurada, mas já exausto o Gracie tomara uma queda e quando foi levantar-se tomou um chute no rosto e caira desacordado (TATAME, 2009). Waldemar consumara a vitória, ficou conhecido como o primeiro e único lutador a nocautear o grande mestre Hélio Gracie. Ringue invadido para prestar atendimento ao mestre, o primeiro que entra e segura-o em seus braços é o sobrinho, filho de Carlos, Carlson Gracie, que como a família faz até hoje, mexer com um Gracie é mexer em um vespeiro, jura vingança e desafia o algoz do tio, Carlson que era muito amigo de Waldemar desde os treinos na academia Gracie, disse ao amigo: “Somos muito amigos, mas não tem jeito, para defender a honra da minha família vou ter que quebrar a tua cara”. Seis meses depois Carlson com apenas 18 anos e pesando 72 kg, aniquilaria Waldemar Santana no confronto direto, vingando seu tio e trazendo a honra e a hegemonia de volta para a família Gracie.

    Hélio Gracie continuara a dar aulas e sendo reconhecido como o grande mestre do Jiu-Jítsu brasileiro, tendo um legado enorme formando grandes campeões. Aos poucos o mestre desenvolvera seu legado, fazendo com que seus sobrinhos e filhos assumissem o posto que ele os deixou, assim, logo vieram a disseminar o Jiu-Jítsu por todo o mundo mostrando que a arte suave estaria e está até hoje acima das outras artes como a mais eficiente luta de todos os tempos, foi moldada novamente para o desportivo, com regras, tempo limitado, divisão de faixas e competições oficiais, um Jiu-Jítsu que o mestre não gostava muito, para ele isto seria um anti Jiu-Jítsu, que sua arte fora feita para defesa pessoal, onde o mais fraco irá prevalecer contra o mais forte, mesmo agora também sendo desportivo, fora sendo para defesa pessoal e para o vale tudo, é a luta que mais cresce em termos de adeptos no Brasil e no mundo, havendo campeonatos mundias e nacionais, e todos com a supremacia dos atletas brasileiros, que são os melhores do mundo, um esporte que cresceu tanto, que membros da família já perderam para alunos de membros do próprio clã Gracie. Hélio Gracie um mestre do Jiu-Jítsu, de uma arte genuinamente brasileira e que poucas pessoas neste país sabe, que o maior lutador de todos os tempos nascera em nossas terras.

    Hélio Gracie morrera no dia 29 de janeiro de 2009 aos 95 anos em Itaipava Rio de Janeiro, lucido até o último dia de vida, dando aulas um dia antes de sua morte, para quem o conhecia, achava-se que o grande mestre era imortal, como a arte que desenvolveu e propagou, com suor, nervos e sangue.

Considerações finais

    O Jiu-Jítsu como arte nipônica chega ao Brasil pelas mãos do Conde Koma, que ensina as técnicas aprendidas no Japão a Carlos Gracie, a partir daí, o irmão mais novo Hélio Gracie, aprende a luta e modifica as suas técnicas existentes adaptando-as a seu biótipo, nasce então neste momento o Brazilian Jiu-Jitsu, e um grande lutador e professor da “arte suave”.

Bibliografia

  • ANDREATO, L. V. A história do Brazilian Jiu-jitsu. Revista Digital EF Deportes, n.142, 2010.

  • GRACIE, R. Carlos Gracie, o criador de uma dinastia. Rio de Janeiro: Record, 2008.

  • PORTAL JIUJITSU. O portal do Jiujitsu brasileiro. A história. Disponível em: http://jiujitsubr.com.br/?pgn=htms/texto_historia.htm. Acesso em: 20 maio 2012.

  • REVISTA TATAME, Brasil-Japão: 100 anos de lutas. n. 149, Julho, 2008

  • REVISTA TATAME. Especial “Adeus Hélio Gracie”. n. 156, Fevereiro, 2009.

  • REVISTA TATAME. A luta do século. n. 177, Novembro, 2010.

  • REVISTA GRACIEMAG. Homenagem Hélio Gracie, n.145, Março, 2009.

  • ROBBE, M. Brazilian Jiu-Jítsu: a arte suave. São Paulo: On line, n.5, 2007.

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 18 · N° 185 | Buenos Aires, Octubre de 2013
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