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Relação entre índices dermatoglíficos e avaliação do 

desempenho no teste de impulsão vertical em atletas de voleibol

Relación entre índices dermatoglíficos y la evaluación del rendimiento en el test de impulso vertical en jugadores de voleibol

Relation between dermatoglyphics indexes and performance evaluation in the vertical impulse test in voleyball players

 

*Fisioterapeutas, Universidade Salgado de Oliveira, Goiânia

**Fisioterapeuta Especialista em Acupuntura, Mestre em Fisioterapia

Doutorando em Ciências e Tecnologias em Saúde pela Universidade de Brasília

Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Salgado de Oliveira

e da Universidade Estadual de Goiás

***Fisioterapeuta, Mestre em Ciências da Saúde, Doutorando em Ciências

e Tecnologias em Saúde pela Universidade de Brasília, Bolsista FAPEG/CAPES

Docente da Universidade Estadual de Goiás

Gustavo Matos*

Marcus Moura*

Thiago Vilela Lemos**

Franassis Barbosa de Oliveira***

franassis_oliveira@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O método dermatoglífico consiste na avaliação das impressões digitais encontradas nos 10 dedos das mãos e trata-se de um procedimento capaz de identificar algumas características genéticas do indivíduo, como a tipologia de fibras musculares e a predisposição quanto às qualidades físicas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a relação entre os índices dermatoglíficos e a avaliação do desempenho dos atletas no teste de impulsão vertical, em jogadores de voleibol da Universidade Salgado de Oliveira, Brasil. Utilizou-se uma metodologia estatística explorativa. A amostra foi composta por 11 jogadores de voleibol do gênero masculino. O grupo foi submetido a uma avaliação para identificação do perfil dermatoglifico por meio das impressões digitais, segundo o protocolo de Cummins e Midlo (1942), e uma avaliação para identificação do desempenho no salto vertical através de um Kit para avaliação computadorizada da performance. Os resultados não demonstaram correlações entre os índices dermatoglíficos e o desempenho no salto vertical.

          Unitermos: Dermatoglifia. Salto vertical. Voleibol.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 185, Octubre de 2013. http://www.efdeportes.com/

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I.     Introdução

    A dermatoglifia – do latim dermo, significando “pele” e do grego glypha, “gravar” – é um termo proposto por Cummins e Midlo (1942). Fernandes Filho (2003) cita que a drematoglifia ganhou destaque nas áreas de Medicina Legal, Criminalística e Antropologia Física devido a características como a imutabilidade, inalterabilidade e imitabilidade.

    Com relação ao valor do índice das impressões digitais (ID), Nikitiuk (1991) acentua que o índice se forma ainda vida intra-uterina, entre o terceiro e o sexto mês, juntamente com o sistema nervoso do estrato blastogênico no ectoderma e não sofre alterações ao longo da vida, sendo dessa forma as impressões digitais marcas genéticas. Nas impressões, se incluem o tipo do desenho e a quantidade de linhas nos dedos das mãos, a complexidade dos desenhos e a quantidade total de linhas nos dez dedos das mãos.

    Segundo Abramova, Nikitina, Ozolin (1995) o método dermatoglífico consiste na avaliação das impressões digitais dos 10 dedos da mão do indivíduo e é um procedimento capaz de identificar algumas características genéticas do indivíduo, como a predisposição quanto às qualidades físicas predominantes inerentes ao mesmo.

    De acordo com Pável e Fernandes Filho (2004), a maioria dos autores distingue três grupos de desenhos de impressões digitais: arco (A), presilha (L), e verticilo (W e S). A forma dos desenhos se constitui em uma característica qualitativa. A quantidade de cristas cutâneas, dentro do desenho, representa as características quantitativas, que são a quantidade de linhas (QL) e a somatória da quantidade total de linhas (SQTL). A avaliação da intensidade dos desenhos efetua-se, inicialmente, na presença dos deltas, e calculando-se o índice de deltas (D10), que pode ser no mínimo “0” e no máximo “20”. O arco, que é um desenho mais difícil de ser encontrado do que a presilha e o verticilo é mais seguidamente observado nos dedos II e III. O verticilo, encontrado com um pouco mais de freqüência, por sua vez tem maior incidência de ocorrência nos dedos I e IV. A presilha, que é mais comum, apresenta-se normalmente nos dedos V e III.

Figura 1. Tipo de desenhos das impressões digitais

    Segundo Abramova, Nikitina, Ozolin (1995), o método dermatoglífico consiste em valioso instrumento para a detecção de talentos não só no Brasil, como em qualquer país do mundo, pois considera significativa a interligação entre as impressões digitais e as modalidades esportivas.

    Por meio das marcas digitais evidenciam-se as características de resistência, velocidade, força e agilidade, além do que, fatores psíquicos e a classificação somatotípica podem ser identificados (ALMEIDA, FERNANDES FILHO, DANTAS, 2005).

    A observação e determinação de parâmetros ideais, não são utilizados como esterótipos de exclusão, ao contrário, vêm para identificar e atender às exigências de cada esporte com suas particularidades (BRAMON, WALSHE, MCDONALD, 2004).

    Identificar algumas características genéticas do indivíduo, como a tipologia de fibras musculares e a predisposição quanto às qualidades físicas predominantes inerentes a mesma são objetivos do método dermatoglífico (FERNANDES FILHO, 2003).

    Abramova, Nikitina, Ozolin (1995) esclarecem que os pontos em comum entre as impressões digitais e a modalidade esportiva podem ser utilizadas como ferramenta na orientação esportiva precoce e na seleção esportiva devido à relação existente entre as marcas genéticas e aptidões congênitas.

    Abramova, Nikitina, Kotchetkova (1994) relatam que ao se analisar as impressões digitais (ID) entre os representantes altamente qualificados de diversos grupos de modalidades esportivas e de diversas posições, revelaram-se certas tendências nas correlações dos índices integrais das ID específicas das diferentes modalidades esportivas.

    A formulação de uma metodologia científica aplicada ao processo de seleção nos desportos está intimamente ligada ao estudo das “características de modelo” dos atletas mais destacados na modalidade, sendo que atleta de alta qualificação pode servir como padrão a ser seguido por praticantes de um esporte (FONSECA et al, 2008). Dessa forma, Fernandes Filho (1997), sugerem que a identificação do perfil do atleta de alto rendimento pode ser executada através de avaliações das qualidades físicas básicas da modalidade, do somatotipo, das características genéticas, dentre outras possibilidades.

    Segundo Medina e Fernandes Filho (2002), o conhecimento das características de um esporte parece auxiliar na seleção de estratégias que resultariam em seu melhor rendimento.

    Desta forma, vemos que as características dermatoglíficas, como marcas genéticas, são considerados indicativos a serem utilizados, tanto no que se refere à performance atlética, quanto na compreensão morfofuncional do atleta.

    O presente estudo tem como objetivo identificar a relação entre um conjunto de características dermatoglíficas e a força explosiva de membros inferiores por meio do teste de impulsão vertical além de realizar uma análise comparativa entre o perfil dos atletas de voleibol da Universidade Salgado de Oliveira com o perfil de atletas de alto rendimento do voleibol brasileiro, possibilitando identificar a qualificação dos atletas e auxiliar na orientação e seleção esportiva.

II.     Materiais e métodos

    O presente estudo é do tipo transversal, descritivo com tipologia de perfil. Foram selecionados para este estudo 11 jogadores de voleibol, do gênero masculino da Universidade Salgado de Oliveira, Campus Goiânia, Brasil.

    O protocolo de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Materno Infantil CEP-HMI-Goiânia-GO, sob nº de protocolo36/2008 e os participantes após tomarem conhecimento dos objetivos e procedimentos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

    Foram excluídos indivíduos que não estavam participando do treinamento regularmente, os vetados pela comissão técnica e/ou departamento médico, aqueles que não concordaram com a participação além dos que apresentaram alguma alteração ou deformidade que impedia a obtenção das impressões digitais.

    Os instrumentos utilizados foram um coletor de impressões digitais da marca Impress®, um Kit para avaliação computadorizada da performance, que é composto por duas placas as quais são aderidas ao solo por meio de fitas adesivas e um computador com o software MultiSprint, sendo a placa conectada no computador através de um cabo USB na realização dos testes para obtenção dos dados. O protocolo para coleta do salto vertical foi através da técnica Countermovement Jump.

    O protocolo escolhido para determinação das características genéticas foi o de dermatoglifia digital, de Cummins e Midlo (1942), a que se refere Fernandes Filho (1997). Fez parte do método usado na presente pesquisa o processamento e posterior obtenção das impressões digitais. Após houve o processamento preliminar de sua leitura, onde o protocolo preconiza: identificar os tipos de desenho: arco (A), presilha (L) ou verticilo (W); contar a quantidade de linhas em cada dedo da mão (QL); contar a quantidade de linhas em todos os dez dedos das mãos (SQTL); determinar a delta 10 (D10) – intensidade sumária dos desenhos; determinar os tipos de fórmulas digitais, identificar o número de deltas em cada dedo das duas mãos, mão direita (MDT) e mão esquerda (MET).

    No protocolo do salto vertical o indivíduo partiu da posição de salto com os dois pés sobre as placas e pousou novamente sobre as mesmas. O software Multisprint® identificou o valor do salto em uma relação de centímetros por segundo. Foram realizados três saltos, para análise estatística. Foi utilizada a técnica Countermovement Jump (CMJ), um salto com movimento preparatório, para obtenção dos dados do salto e que é iniciado na posição em pé, a partir da qual o indivíduo realiza um movimento descendente (contração excêntrica) seguido por um movimento ascendente (contração concêntrica).

Figura 2. Ilustração do kit para avaliação computadorizada da performance. Fonte: Autores, 2013

    Esse protocolo de salto vertical por meio da técnica Countermovement Jump (CMJ) foi elaborado pelo Laboratório de Avaliação da Carga (LAC), do Centro de Excelência esportiva da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e desenvolvidos especialmente para o uso conjunto com Kit para Avaliação Computadorizada da Performance.

    Para fazer a apresentação de resultados foi realizada análise exploratória de dados, sendo que foi dividido em dois grupos de acordo com a mediana do salto, onde o grupo 1 representa os indivíduos que tiveram desempenho abaixo da média e o grupo 2 representa os indivíduos que tiveram desempenho acima da média de toda amostra, adotando um nível de significância de p<0, 005. No caso de variáveis mensuráveis foi utilizado o Teste U de Mann-Whitney, para testar se a média do grupo 1 é significativamente maior que a média do grupo 2 e vice versa, sem a necessidade de possuírem distribuições normais, das variáveis nominais o teste da Mediana, foram testadas as freqüências, truncadas por suas medianas nos dois grupos, avaliando se são equivalentes.

III.     Resultados e discussão

    As Impressões Digitais (ID) são estruturas definidas por hereditariedade que têm a multiformidade estrutural, sendo diferenciadas filogeneticamente e antropogeneticamente para a execução das funções mecânicas e tácteis complicadas que se distinguem por sua individualidade (FERNANDES FILHO, 1997).

    Fernandes Filho, Roquetti Fernandes, Dantas (2004), afirmam que a dermatoglifia é um marcador genético para ser usado em associação com as qualidades físicas básicas e a tipologia de fibras musculares.

    Segundo Silva et al. (2003) a avaliação da intensidade de desenhos se efetua partindo da presença dos deltas, e se calcula, assim, o chamado índice de deltas (D10). O Arco (A) é um desenho que não possui deltas; a Presilha (L) - o desenho de um delta; o Verticilo (W) - o desenho de dois deltas. Cada tipo de desenho recebe uma avaliação correspondente - 0, 1 e 2, respectivamente para A, L e W. Ou seja, a avaliação máxima é 20 e a mínima é 0 (a soma de deltas nos 10 dedos). O desenho mais simples é o arco e o mais complexo é o verticilo.

    Desta forma, vemos que as características dermatoglíficas, como marcas genéticas, são considerados indicativos a serem utilizados, tanto no que se refere à performance atlética, quanto na compreensão morfofuncional do atleta.

    A literatura apresenta alguns trabalhos na modalidade de voleibol que tratam de potencial genético, como os estudos de Medina; Fernandes Filho (2002), utilizando como marcador o método dermatoglifico, que de acordo com Abramova, Nikitina, Ozolin (1995), é um método simples que estuda as impressões digitais e a interligação dessas marcas genéticas com aptidões congênitas, podendo ser utilizado como método de avaliação e orientação dentro do esporte.

    Segundo Cabral, Cabral, Bezerra (2005), a dermatoglifia estuda as impressões digitais, que são marcadores genéticos informativos e objetivos, independem de nacionalidade ou etnia, podendo ser utilizado como grande auxiliar na área esportiva, uma vez que procura estabelecer uma relação das impressões digitais com aptidões herdadas geneticamente para determinadas habilidades.

    O presente estudo teve como objetivo principal a identificação e relação de um conjunto de características dermatoglíficas e da força explosiva de membros inferiores por meio do teste de impulsão vertical

    Utilizou-se da estatística descritiva, análise explorativa de dados, dividindo grupos de acordo com a média da amostra, onde o grupo 1 obteve valores de desempenho abaixo da média e o grupo 2 obteve resultados superiores ao valor médio. No caso de variáveis mensuráveis foi utilizado o Teste U de Mann-Whitney, para testar a significância entre grupos.

    Com o cruzamento entre o grupo 1 e 2, analisamos a quantidade de desenhos em cada dedo, das duas mãos e encontramos os seguintes valores ilustrados na Tabela 1.

    Legenda: MET representa o tipo de desenho de cada dedo da mão esquerda (1° até o 5° dedo), MDT representa o tipo de desenho de cada dedo o da mão direita (1° até o 5° dedo), o número 0 representa o desenho dermatoglífico Arco (A), o número 1 representa o desenho dermatoglífico Presilha (L) e número 2 representa o desenho dermatoglífico Verticilo (W).

Tabela 1. Quantidade de desenhos em cada dedo de ambas as mãos nos grupos. Fonte: Autores, 2013

    Estas comparações serviram para mostrar as diferenças entre o salto vertical de atletas com um maior ou menor rendimento e suas características dermatoglíficas, quanto à quantidade dos desenhos, de tipos diferentes, para todos os dedos da mão direita (MDT) e da mão esquerda (MET).

    De acordos com a Tabela 1, não houve diferença estatisticamente significativa entre o cruzamento do grupo 1 com grupo 2 em relação à quantidade de desenhos de cada dedo das mãos. Visto que o presente estudo não se aplica a atletas de alto rendimento, infere-se que o nível de performance atlética dos indivíduos aqui avaliados não estão dentro dos parâmetros ideais para o alto rendimento.

    Segundo Fonseca et al. (2008), em seu estudo sobre o perfil dermatoglífico, somatotípico e da força explosiva de atletas da seleção brasileira de voleibol feminino, verificou-se elevada predisposição das atletas para força explosiva, resistência de velocidade e agilidade, além de índices morfológicos e da capacidade de salto condizentes com atletas de alta qualificação internacional, quanto ao tipo de desenho predominante em cada dedo da mão nas duas mãos das atletas de voleibol feminino, foi verificada maior presença do desenho dermatoglífico presilha (L), que se caracteriza pela presença de um delta em cada dedo, corroborando também com estudo de Fernandes Filho e Medina (2002).

    De acordo com os índices dermatoglíficos do grupo 1 e 2 observamos que os resultados obtidos não se enquadram dentro do que a literatura nos apresenta, visto que os indivíduos do grupo 2 apresentaram maiores quantidades de desenhos do tipo verticilo e tiveram melhor desempenho no salto vertical e os indivíduos do grupo 1 apresentaram maiores quantidades de desenho do tipo presilha e tiveram menor desempenho durante o salto vertical.

    Segundo Silva et al. (2003), a velocidade e a força explosiva são caracterizadas pelo aumento da quantidade de presilhas (L>7), diminuição dos verticilos (W<3), presença e aumento dos arcos, e a redução do SQTL. Já a capacidade aeróbia e as atividades de combinações motoras complexas são caracterizadas pela diminuição dos arcos (até 0) e presilhas (L<6), aumento dos verticilos (W>4) e aumento do SQTL. Portanto, o aumento da quantidade de linhas é contrário ao desenvolvimento das qualidades de velocidade e de força

    Fernandes Filho e Medina (2002) caracterizaram o comportamento simétrico do tipo de desenho de todos os dedos das mãos de atletas do voleibol masculino adulto, mostrando que o perfil do atleta de alto rendimento dentro do voleibol já esta traçado.

    Sendo assim quando se trata do tipo de desenho predominante encontrado no grupo, os indivíduos aqui analisados apresentaram uma maior quantidade do desenho presilha (L), sendo, portanto uma característica observada em outros estudos com voleibol de alto rendimento. Portanto o desenvolvimento de estratégias de treinamento específicas, no grupo que apresentou índices maiores de L poderia ser benéfico para um melhor aprimoramento físico dentro do voleibol.

    Para Fonseca et al. (2008), no voleibol os atletas necessitam de altos níveis de potência de membros inferiores para executar cortadas, bloqueios e outras tarefas que envolvem a capacidade de salto, que são freqüentes durante as ações de jogo.

    Segundo Fazolo, Cardoso, Tuche (2005), o baixo nível de D10, o aumento da parcela de desenhos simples (A, L), a diminuição da parcela de desenhos complexos (W, L) e o aumento do SQTL são todos próprios das modalidades esportivas com alta potência e tempo curto de realização. O alto nível de D10, a falta de arco (A), o aumento da parcela de W e o aumento do SQTL caracterizam modalidades esportivas e as diferenças em grupos de resistência de velocidade. As modalidades de esporte de velocidade e de força inserem-se nos valores baixos de D10 e do SQTL.

    Segundo Fazolo, Cardoso, Tuche (2005), em seu estudo com atletas de alto rendimento do beach soccer brasileiro identificou a presença do desenho presilha(L), nos dez dedos das mãos dos indivíduos estudados, caracterizando assim uma maior predisposição a atividades de velocidade.

    Contrapondo-se aos dados aqui encontrados, visto que os atletas que tiveram um maior rendimento no salto não apresentaram diferenças significativas em relação ao número de desenhos de cada dedo das mãos, quando comparados aos que tiveram um menor rendimento, lembrando-se que os indivíduos aqui avaliados não se enquadram num perfil de alto rendimento dentro se sua modalidade esportiva.

    Sendo assim os dados aqui apresentados nesse trabalho demonstram a necessidade de critérios mais apurados de avaliação dentro do voleibol, visto que o perfil dermatoglíficos de atletas de alto rendimento no voleibol já foi traçado em estudos recentes, portanto equipes com intuito de alcançarem um rendimento coletivo significativo dentro de um grupo dispõem de critérios fidedignos como o perfil dermatoglífico para seleção de seus atletas.

    Observa-se no Gráfico 1 os índices de delta (D10), presilha (L) e verticilo (W), de acordo com a mediana, onde o Grupo 2 representa os indivíduos que tiveram desempenho acima da média e o grupo 1 representa os indivíduos que tiveram desempenho abaixo da média, durante o salto vertical.

Gráfico 1. Níveis de D10, L e W nos atletas de voleibol da equipe Universo Goiânia. Fonte: Autores, 2013.

    De acordo com o Gráfico 2 observa-se somatória da quantidade de linhas em cada um dos dedos da mão direita (MDSQL) e da mão esquerda (MESQL).

Gráfico 2. Somatória da quantidade de linhas em cada um dos da mão direita (MDSQL) e 

mão esquerda (MESQL) nos atletas de voleibol da equipe Universo Goiânia. Fonte: Autores, 2013

    De acordo com os gráficos 1 e 2 os indivíduos aqui estudados não apresentaram relevância significativa com relação à presença de desenhos e quantidade de linhas digitais quando comparados com o perfil dermatoglífico do alto rendimento no voleibol. Portanto fica clara a necessidade da seleção inicial quando se visa o alto rendimento, visto que o perfil dermatoglífico dentro do voleibol brasileiro já está traçado, já que nesta modalidade o Brasil se encontra em evidência em nível internacional.

    Fonseca et al. (2008), em seu estudo sobre o perfil dermatoglífico, somatotípico e da força explosiva de atletas da seleção brasileira de voleibol feminino verificou elevada predisposição genética das atletas para força explosiva, resistência de velocidade e agilidade através de valores que demonstraram maior presença de (L), seguido de (W), menor ocorrência de (A), e valores intermediários do D10 e SQTL.

    Segundo Nishioka, Fernandes Filho, Dantas (2007), em seu trabalho sobre o perfil dermatoglífico, somatotípico e das qualidades físicas básicas de bailarinos o grupo apresenta 2 características marcantes: a alta resistência e níveis altos de coordenação ou seja alta quantidade de D10, W,SQL e baixa quantidade de L e A.

    Para Fonseca et al. (2008), nos índices dermatoglíficos do alto rendimento do voleibol existe tendência ao desaparecimento de (A), um aumento das parcelas de (W), D10 e SQTL, indicativos do aumento da predisposição à coordenação motora.

V.     Conclusão

    Não houve correspondência significativa em nenhum dos índices dermatoglíficos quando relacionado com o salto em relação aos parâmetros de atletas de alto rendimento previamente avaliados.

    Os atletas de voleibol masculino da Universidade Salgado Oliveira não se enquadraram dentro dos perfis dermatoglíficos do alto rendimento do voleibol. Visto que os mesmos não são submetidos a avaliações criteriosas para identificação de seu potencial dentro do esporte e não são expostos a cargas máximas de treinamento para melhora das características físicas que se enquadram o perfil de jogadores de alto rendimento.

    A identificação do perfil dermatoglífico de qualidades físicas, do atleta de voleibol de alto rendimento, pode ser aplicado diretamente na orientação das estratégias de treinamento, das diversas qualidades físicas envolvidas no esporte, como medida auxiliar ao treinamento físico, em especial técnico também, e por conseqüência, tático.

    Após a execução dos procedimentos de identificação do perfil dermatoglífico, de qualidades físicas, convém efetuar-se uma comparação entre os valores registrados em trabalhos com atletas de alto nível com os valores padrões da amostra pesquisada.

Agradecimentos

    À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (FAPEG) e à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Referências

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