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Saúde Renovada: perspectivas multidisciplinares

à luz de uma concepção holística

Salud Renovada: perspectivas multidisciplinarias a la luz de una concepción holística

 

*Discentes do curso de Educação Física da Universidade Ítalo Brasileiro

** Orientador. Docente do curso de Educação Física

da Universidade Ítalo Brasileiro

(Brasil)

Ailton Aparecido Da Silva Souza*

Anderson Jovino Da Silva*

Yuri da Fonseca Silvério*

Adriano Losankas*

Prof. Ms. Eduardo Okuhara Arruda**

yf-silverio@uol.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Esta pesquisa de revisão teórica enfocou a abordagem da Saúde Renovada a partir de uma perspectiva holística, buscando compreender a complexidade que envolve o tema da saúde, considerando seus aspectos multifatoriais. O presente estudo teve como objetivo apresentar uma reflexão, à luz de uma visão abrangente sobre o fenômeno estudado, sobre os múltiplos fatores entrelaçados à saúde, bem como apresentar concepções que apontem para tendências multidisciplinares. A pesquisa teve como fundamentação teórica, os princípios do Pentáculo do Bem-estar (PBE) fundamentados por Nahas, Barros e Francalacci. Conclui-se, a partir das revisões, que em vista da complexidade que envolve o tema, as dimensões sociais, políticas, econômicas, culturais e, ainda, a própria complexidade humana, torna-se fundamental uma educação para a saúde a partir de uma visão abrangente, sustentada por princípios que considerem uma preocupação de natureza preventiva, não apenas consigo mesmo, mas com a sociedade como um todo.

          Unitermos: Saúde. Sedentarismo. Pentáculo do bem-estar.

 

Abstract

          This piece of theory revision research was focused on the Renewed Health approach, based on a holistic perspective, seeking to understand the complexity of the health theme, considering its multifactorial aspects. The objective of the current study was to present a reflection about the multiple factors intertwined with health with a broad view of the phenomenon studied, as well as to present concepts that point to multidisciplinary trends. The research used the principles of the Wellbeing Pentacle (PBE) by Nahas, Barros and Franacalacci as its theoretical basis. Due to the complexity of the theme and the impact of social, political, economic, cultural and human dimensions, it’s essential that health education be based on a holistic view, sustained by principles of prevention, considering not only the individual but society as a whole.

          Keywords: Health. Sedentarism. Wellbeing pentacle.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 183, Agosto de 2013. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    Segundo estudo realizado pelo American College of Sports Medicine em 2012 com referencia de dados do Brasil, E.U.A., Grã-Bretanha, China e Índia constatou-se que os níveis de sedentarismo estão numa crescente, e, podem em 2030 abreviar a expectativa de vida dos jovens de hoje em até cinco anos, fazendo com que vivam menos que seus pais (DEIRA; PROENÇA, 2012).

    Considerando os atuais índices de sedentarismo e suas respectivas consequências na saúde da população e ao se observar o comportamento do indivíduo sedentário, nota-se que grande parte destes comportamentos são adquiridos na idade infantojuvenil.

    Desse modo, surge uma problemática quanto ao papel da Educação Física, nos seus diferentes campos de atuação, como parques, academias, clubes, condomínios, entre outros. Nessa direção, a pesquisa teve como problemática algumas questões: Quais são as aptidões físicas que influenciam diretamente na saúde do indivíduo e devem receber maior atenção para a manutenção de uma vida saudável e, ainda, como educar a população para um estilo de vida mais ativo, preventivo e, portanto, mais consciente das implicações de uma vida sedentária?

    Levando-se em conta que um dos objetivos da Educação Física é a educação para a saúde (NAHAS, BARROS E FRANCALACCI 2000) essa pesquisa teve como objetivo apresentar uma proposta fundamentada na abordagem da Saúde Renovada, buscando desenvolver através de uma multifatoriedade e multidisciplinaridade estratégias e intervenções que acenem para uma educação para saúde por meio da atividade física, nutrição, comportamento preventivo, relacionamentos e controle do estresse, pois esses cinco fatores formam o pentáculo do bem estar fundamentado pelos três autores citados.

Sedentarismo e sua influência na sociedade atual

    A relação entre atividade física, saúde e os problemas causados pelo sedentarismo estão cada vez mais inequívocos no cotidiano social, nesse aspecto, é crucial que se tenha um estilo de vida ativo já nas primeiras décadas da vida, pois é sabido que muitos dos hábitos adquiridos nesta época são levados pelo resto da vida.

    Na atualidade, os jovens estão cada vez menos condicionados fisicamente e parte desta culpa se deve ao avanço tecnológico que, em função de uma mecanização, observa e acha soluções simples para o cotidiano, facilitando tarefas que antes necessitariam esforço físico para que fossem executadas. Isto é notado claramente quando precocemente a criança ou adolescente substitui atividades físicas pelas novidades eletrônicas (MARANI; OLIVEIRA; GUEDES, 2006).

    O estilo de vida considerado pouco saudável com diminuição de atividade física e aumento do sedentarismo está correlacionado ao aumento e manutenção do sobrepeso.

Saúde

    Ao pensar no fenômeno saúde, há, naturalmente, uma complexa que entrelaça o tema, mas, torna-se emergente que a saúde deve ser compreendida para além das questões biológicas. O importante é superar o conceito restrito que o termo saúde carrega. Saúde, não é simplesmente a ausência de doenças ou enfermidades e sim um conjunto de fatores como o psicológico, físico e social, por exemplo, (GUEDES; GUEDES, 1993).

    Atualmente a saúde é concebida por uma multifatoriedade de aspectos que influenciam no comportamento humano e sua relação com o bem-estar físico, mental e social. Também se pode defini-la como sendo positiva ou negativa, a primeira tem a ver com a capacidade de aproveitar a vida em todos os aspectos acima citados e superar as tarefas diárias com êxito; enquanto que a segunda se relaciona com patologia, morbidade e em casos extremos, chegar à morte (PITANGA, 2002).

    A saúde não deve ser concebida, portanto, simplesmente por ausência de enfermidade, mas, sim como um conjunto dimensionado pelo estado de bem-estar físico, social e psicológico.

O pentáculo do bem-estar

    Para Nahas, Barros e Francalacci (2000), a sociedade concebe a saúde com o simples fato da ausência de doenças, tendo um pensamento equivocado que o indivíduo é saudável ou doente, não levando em conta os outros fatores. É difícil definir exatamente esse conceito, não obstante, pode-se dizer que abrange aspectos físicos, sociais e psicológicos.

    A saúde está correlacionada com estilo de vida e qualidade de vida, o primeiro tende a ser representado pelas atitudes tomadas no dia-a-dia do indivíduo de modo consciente e que podem ser mudadas ao longo da vida, adicionando ou excluindo hábitos que entenda ser necessário; já o segundo se relaciona com trabalho satisfatório, longevidade, relação familiar, disposição, espiritualidade e dignidade. Qualidade de vida pode ser algo percebido individualmente por cada pessoa, visto que cada um tem sua percepção sobre os fatores ligados a esta questão. Sobre o estilo de vida para promoção de saúde é proposto um pentáculo da saúde conforme segue:

Figura 1. Pentáculo da saúde fundamentado por Nahas, Barros e Francalacci (2000, p. 51)

    Os fatores constituintes do pentáculo da saúde, buscam esclarecer o porquê podem promover e ou melhorar o estado de saúde das pessoas e, ainda, o quão é prejudicial a inobservância desses princípios, pois levam a saúde em sua concepção ampla e multifatorial.

Comportamento preventivo

    Gonçalves e Vilarta (2004) apontam que os comportamentos preventivos ligados a fatores biológicos, ambientais ou culturais acabam causando alterações na vida pessoal, pois nos primeiros anos de vida aprendemos e modelamos comportamentos saudáveis e com o passar das fases de desenvolvimento da vida, surgem comportamentos relacionando tudo o que foi aprendido tornando prejudicial à saúde.

    Nahas (2000, p. 53) cita vários comportamentos preventivos onde nos dias atuais são fundamentais para vida do individuo; exemplos destes comportamentos são:

    Uso de protetor solar para evitar envelhecimento precoce e câncer de pele; Uso de preservativos nas relações sexuais na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis; Não fumar, principal risco doenças cardiovasculares; Ingestão moderada de bebida alcoólica podendo causar doenças hepáticas, câncer, etc.; Não usar drogas, pois podem causar problemas familiares, escolar, perda de emprego etc.

Nutrição

    Para Lancha Júnior (2011), a nutrição quando aplicada a atividade motora divide-se em quatro áreas do movimento, podendo assim direcionar a intervenção nutricional adequada para a população alvo. O movimento humano sempre fez parte da vida cotidiana do organismo humano, e, para realizá-los são acionadas fontes de energia que variam de acordo com a intensidade e a duração da atividade.

    Para Carvalho e Mara (2010), os distúrbios ocasionados pela falha na alimentação e reposição hídrica, eletrolítica e de substrato energético, prejudicam a tolerância ao esforço e colocam em risco a saúde do praticante de atividades físicas, podendo causar a morte. Estes distúrbios são mais frequentes em atividades de longa duração e são bastante influenciados pelas condições ambientais. Estes problemas podem acometer tanto atletas competitivos quanto anônimos frequentadores de parques e academias, portanto devem ser considerados por todos.

Relacionamentos

    Para Gonçalves e Vilarta (2004) o relacionamento social é fundamental para complementar a realização de uma vida plena, com família, no trabalho, e no lazer aspectos que compõe a qualidade de vida transformando em satisfação pessoal.

    Não obstante, Costa Carbone (2004) evidenciam que seria necessário uma avaliação para poder entender o problema de relações familiares no momento em que o comportamento de um indivíduo interfere em outro, seria o modo mais eficaz de compreender o problema, pois as interações familiares são fundamentais para um estilo de vida positivo onde se deve compreender e solucionar os problemas quando eles existem.

Estresse

    Margis et al. (2003), destacam que o estresse é concebido pela perturbação da homeostase em decorrência de estímulos externos que provocam excitação emocional, desencadeando aumento dos níveis de um hormônio chamado adrenalina na circulação sanguínea, causando distúrbios psicológicos e fisiológicos; por outro lado o termo estressor é definido como o evento ou estimulo que ocasiona ou leva ao estresse. A reação de cada pessoa a um fator de estresse depende do meio em que ela se encontra e de sua característica pessoal, ou seja, sua carga genética.

    Segundo Py, Jacques (1998), o estresse do dia-a-dia não pode ser entendido como ruim por si só, pois todos os seres vivos estão expostos aos fatores de estresse através de suas interações com o ambiente. O estresse passa a ser negativo quando há um excesso, que por sua vez pode desencadear em enfermidade, os autores ainda distinguem o estresse em dois termos, o endógeno e o exógeno, o primeiro diz respeito a característica pessoal de cada um, como ela se comporta, o segundo é concebido pelas situações e circunstancias vívidas pelas pessoas.

Atividade física

    Para Caspersen (1985, apud FIGUEIRA JUNIOR, 2009), atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que resulta em gasto energético maior do que os níveis de repouso.

    A atividade física contribui com os fatores de saúde das pessoas diminuindo o índice de doenças, melhorando a autoestima, aumentando a expectativa de vida e contribuindo com o bem estar. Entidades ligadas a Educação Física e as ciências dos esportes indicam que sessões de trinta minutos de atividade física por dia, desenvolvidas continuamente ou em período de 10 a 15 minutos cumulativos em intensidade moderada são consideradas como promoção de saúde (FIGUEIRA JUNIOR, 2009).

    Para Carvalho et al (1996), em um planejamento para prática de atividade física visando a promoção da saúde deve-se enfocar três constituintes que se relacionam: atividade aeróbia, sobrecarga muscular e flexibilidade, com intensidades e duração variadas de acordo com os objetivos e aptidão de cada individuo. Essas três variáveis promovem a capacidade cardiorrespiratória, força/resistência muscular e flexibilidade, estas por sua vez compõem a chamada aptidão física relacionada à saúde (A.F.R.S.).

Aptidão física relacionada à saúde (A.F.R.S.)

    Araújo e Araújo (2000) defendem que aptidão física é a capacidade de esforçar-se sem apresentar níveis excessivos de cansaço ou fadiga, isto é, ter boas condições para realizar tarefas diárias ou exercícios mais intensos mantendo um bom estado condicional. Os mesmos apontam ainda que

    aptidão física representaria a habilidade do corpo de adaptar-se às demandas do esforço físico que a atividade precisa para níveis moderados ou vigorosos, sem levar a completa exaustão. (p. 02)

    Os tecidos ósseo, muscular e adiposo são os que têm relação direta quando se fala em composição corporal, crescimento e desenvolvimento motor de crianças e adolescentes, pois quantitativamente verifica-se que estes tecidos apresentam alterações proporcionais durante toda a vida, ou seja, mesmo na fase adulta (GUEDES; GUEDES, 1997).

    A aptidão física relacionada à saúde abrange as capacidades motoras que sofrem influência fisiológica que podem proteger o organismo de doenças provocadas por um estilo de vida sedentário. Dessa forma a A.F.R.S. engloba capacidade cardiorrespiratória, força/resistência muscular e flexibilidade; além dessas capacidades ainda há os aspectos da composição corporal (BRASIL, 1995; GLANER, 2005; GUEDES et al., 2002; RONQUE et al., 2007).

Capacidade cardiorrespiratória

    Capacidade aeróbia é o quanto o coração, pulmões e sistema vascular conseguem oxigenar o organismo durante a atividade física constante. Pode-se chamar esse conjunto de resistência cardiovascular que em seu conceito geral refere-se ao uso dos sistemas circulatório e respiratório, esta resistência depende muito do estilo de vida de cada pessoa, pois a frequência, duração e intensidade são fatores fundamentais para o melhor desempenho desse aspecto, que pode ser considerado o mais importante relacionado à aptidão física (GALLAHUE, DONNELLY, 2008).

    Hoje através de vários estudos científicos pode-se afirmar que o treinamento aeróbio melhora o consumo de oxigênio. O consumo máximo de oxigênio tanto absoluto quanto relativo, ao gênero e idade representa um importante fator de longevidade, ou seja, quanto mais alta a condição aeróbica do individuo menor o risco de mortalidade (ALMEIDA, ARAÚJO, 2003).

Força / resistência muscular

    Guedes (2007) define força como sendo o nível de tensão máxima que pode ser produzido por um grupo muscular específico e a resistência muscular é definida como a capacidade desse mesmo grupo muscular em manter os níveis de força máxima por um período maior de tempo.

    Com base nas definições acima, as medidas associadas à força muscular devem exigir uma quantidade de sobrecarga máxima que deverá ser removida em um único movimento, por outro lado, os testes que solicitam repetições contínuas do mesmo movimento devem fornecer informações sobre resistência muscular.

    Segundo Gallahue e Donnelly (2008) força é a capacidade de realizar um esforço em oposição a uma matéria externa ao corpo. As pessoas que realizam exercícios físicos diariamente concentram um esforço maior nos membros inferiores para correr, saltar, pedalar, entre outros, já os membros superiores desenvolvem força ao carregar objetos grandes, segurar utensílios e balançar-se em barras.

Flexibilidade

    A flexibilidade diz respeito à capacidade dos ligamentos se moverem por uma extensão completa de movimento. É uma habilidade relacionada especificamente com os ligamentos articulares e a melhoria desse aspecto está relacionada a pratica constante. As crianças naturalmente são muitos flexíveis, principalmente no quadril e joelhos. A falta de atividade na segunda infância e adolescência leva a uma perda da capacidade de realizar esses movimentos (GALLAHUE, DONNELLY, 2008).

    A flexibilidade é um componente neuromotor intrinsecamente ligado à qualidade de vida, pois a perca dessa capacidade com o passar do tempo dificulta em atividades básicas como andar, subir ou descer escadas ou até mesmo levantar da cama, visto que essas tarefas exigem, ainda que pouco, certo grau de amplitude. Embora haja poucos estudos, evidencias mostram que atividades aeróbias e/ou força não contribuem diretamente para promoção de flexibilidade, necessitando então de atividades especificas para que isso ocorra (MATSUDO, MATSUDO, BARROS NETO, 2000).

Composição corporal

    É impossível falar sobre atividade física sem esbarrar nos processos de amadurecimento e envelhecimento fisiológico, pois é sabido que atividades físicas voltadas à saúde devem ser aplicadas com duração e intensidade compatíveis com cada praticante.

    Para Guedes (1999), o ser humano não é biologicamente estável, ou seja, desde a concepção até sua morte ocorrem transformações, sendo algumas delas positivas e outras negativas. O fato é que estas transformações ocorrem em ritmos e intensidades diferenciados em cada ser, dependendo ainda da etapa da vida em que ele se encontra e, portanto devem ser respeitadas.

    Os tecidos ósseo, muscular e adiposo são os que têm relação direta quando se fala em composição corporal, crescimento e desenvolvimento motor de crianças e adolescentes, pois quantitativamente verifica-se que estes tecidos apresentam alterações proporcionais durante toda a vida, ou seja, mesmo na fase adulta (GUEDES; GUEDES, 1997).

    A gordura total do corpo é composta por gordura essencial e gordura armazenada, onde a primeira é a necessária para o funcionamento fisiológico normal do organismo e inclui a gordura encontrada na medula óssea, coração, fígado, rins e sistema nervoso central. Já a gordura armazenada é aquela contida no tecido adiposo e é a maior fonte de combustível do corpo (BARBANTI, 1990).

    O crescimento em estatura refere-se ao crescimento longitudinal dos ossos de um indivíduo, sendo que nos primeiros dois anos é lento, continua lento, mas constante durante a infância e apresenta grande aceleração também conhecida como estirão de crescimento pubertário. Este crescimento logo cessa com o fechamento das cartilagens ósseas que ocorre no final da puberdade.

    Guedes e Guedes (1997), mostram que o crescimento ósseo longitudinal no pós-natal ocorre das suas extremidades epifisárias para as diáfises, dependendo significativamente dos nutrientes sanguíneos, o que explica a presença de capilares nessas áreas do tecido ósseo.

    Quando o crescimento ósseo cessa, as células cartilaginosas deixam de se proliferar ocorrendo a fusão óssea ou fechamento das epífises. Nesse momento estas se unem as diáfises geralmente deixando uma crista elevada na superfície óssea, chamada linha epifisária e assim o comprimento dos ossos longos é fixado.

    O aumento da massa muscular ocorre lentamente durante a infância e aumenta significativamente durante a puberdade, seguindo o padrão semelhante ao observado na estatura, e como ocorre na estatura, a massa muscular na puberdade é maior nos meninos que nas meninas. Como a força muscular isométrica está relacionada à massa muscular, aumentam praticamente juntos nos meninos até o início da puberdade e um rápido aumento durante a puberdade.

    Nas meninas, a força aumenta juntamente com a idade tanto antes quanto durante a puberdade. O pico de aumento de força nos meninos e nas meninas varia de uma musculatura para a outra, porém é importante ressaltar que, mesmo antes da puberdade os meninos apresentam maior força que as meninas e devido à força muscular estar ligada a massa muscular, seu aumento na puberdade sugere que o aumento dos níveis de testosterona leva ao desenvolvimento da massa muscular (FORJAZ, 2002).

Considerações finais

    A concepção restrita fundamentou, historicamente, a compreensão do conceito de saúde, há anos se relacionou apenas ao fator de não apresentarem doenças. Conforme mostra a Carta de Ottawa em 1986, este conceito mudou bastante apesar de a população em geral ainda não compreender totalmente os valores destes conceitos, de que a saúde não deve ser considerada como a ausência de doenças, mas, sim como um complexo conjunto de fatores inter-relacionados e dependentes um do outro.

    Conclui-se, portanto, a partir dessa revisão, de que as facilidades da vida moderna e vida da sociedade pós-moderna tem contribuindo para a sociedade adquirir hábitos de vida perniciosos à saúde e, consequentemente, as doenças hipocinéticas têm surgido silenciosamente e quando diagnosticadas podem apresentar quadros irreversíveis. Há, portanto, uma necessidade emergente de conscientização social, educando a população em relação à complexidade que envolve a saúde e, ainda, que hábitos simples do dia-a-dia podem ser adotados como fatores profiláticos que podem interferir positivamente na promoção da saúde.

Referências

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