efdeportes.com

Valores dos pontos de corte ótimo do IMC para 

predizer níveis de obesidade: novo índice antropométrico

Los valores de los puntos de corte óptimo del IMC para predecir niveles de obesidad: un nuevo índice antropométrico

 

*Orientador

**Autor

***Co-autor

(Brasil)

Dr. Turibio Leite de Barros Neto*

Samuel Guerra Torres**

samuelguerra@yahoo.com.br

José Mário Pereira Filho***

mariofilhopf@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: A obesidade, como um grave problema de saúde pública, vem sendo vista atualmente como uma epidemia mundial. Diante disso, vários indicadores antropométricos foram criados para detectar e prevenir precocemente a obesidade. Objetivo: Verificar o poder discriminativo do índice de massa corporal (IMC) para classificar diferentes níveis de obesidade em indivíduos do sexo masculino, em paralelo sugerir, e comparar com o IMC, uma nova formula para estimar diretamente o percentual de gordura corporal (%G). Métodos: O estudo foi composto por 5072 avaliações físicas realizadas em indivíduos do sexo masculino, entre os anos de 2002 e 2004 em clubes recreativos na Grande São Paulo. As avaliações foram separadas de forma randomizada no grupo, denominado Regressão foi realizada uma regressão linear para o desenvolvimento de um novo indicador antropométrico. No segundo grupo, denominado Teste, foi aplicada curva ROC para verificar o poder discriminativo e determinar os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades. Foi verificado se ocorre diferença significante entre as áreas sob a curva ROC do IMC e IMG, também foi utilizada correlação de Pearson e análise descritiva. O nível de significância adotado nos testes foi de 5%. Resultados: Os resultados da regressão linear foram: (Índice de massa gorda) IMG = 0,19 (Idade) + 0,39 (peso) - 9,36 (estatura). O poder discriminativo do IMC variou entre 0,7030 e 0,7925, já o IMC variou entre 0,6908 e 0,7747, para os diferentes níveis de obesidades estudados. As comparações entre as áreas sob as curvas ROC demonstraram que não houve diferença significativa entre o poder discriminativo do IMC e o IMG. As correlações de Pearson entre %G x IMC e %G x IMG foram de 0,7684 e 0,7708, respectivamente. Conclusão: O IMC apresentou valores dos pontos de corte abaixo dos propostos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para classificação de diferentes níveis de obesidade. Não houve diferença significativa nas áreas abaixo da curva ROC entre o IMC e IMG.

          Unitermos: Novo índice antropométrico. Obesidade. Porcentagem de gordura.

 

Abstract

          Introduction: Obesity as a serious public health problem has been seen today as a worldwide epidemic. Therefore, several anthropometric indicators were created to detect and prevent early obesity. Objective: To investigate the discriminative power of the body mass index (BMI) to classify different levels of obesity in males, suggesting parallel, and compare with BMI, a new formula to estimate directly the percentage of body fat (% BF ). Methods: The study consisted of 5072 physical assessments conducted in males, between the years 2002 and 2004 in recreational clubs in Greater São Paulo. The evaluations were separated randomly in the group called regression was performed a linear regression to develop a new anthropometric indicator. In the second group, called test, ROC curve was applied to verify the discriminative power and determine the cutoff points with their respective sensitivities and specificities. It was checked if there were significant differences between areas under the ROC curve of BMI and IMG, was also used Pearson correlation analysis and descriptive. The significance level used in the tests was 5%. Results: The results of the linear regression were: (fat mass index) IMG = 0.19 (age) + 0.39 (weight) - 9.36 (height). The discriminatory power of BMI ranged between 0.7030 and 0.7925, since BMI ranged between 0.6908 and 0.7747, for different levels of obesities studied. Comparisons between the areas under the ROC curves showed no significant difference between the BMI and the discriminative power of IMG. The Pearson correlations between BMI and%% G x G x and IMG were 0.7684 0.7708, respectively. Conclusion: The BMI values ​​below the cutoff points proposed by the World Health Organization (WHO) classification of different levels of obesity. There was no significant difference in the areas under the ROC curve between BMI and IMG.

          Keywords: New anthropometric index. Obesity. Percentage fat.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 183, Agosto de 2013. http://www.efdeportes.com

1 / 1

1.     Introdução

    Vários estudos citam a obesidade como uma verdadeira epidemia mundial (1,2), enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, e destacam sua relação direta com doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, diabetes, diminuição de HDL (“colesterol bom”), distúrbios lipídicos, principalmente na população masculina (3). Independente da importância de suas diversas causas, o ganho de peso está sempre associado a um aumento de ingestão de alimentos e a uma redução do gasto energético correspondente a essa ingestão. Diante disso, vários indicadores antropométricos foram criados, como o índice de massa corpórea - IMC, índice de conicidade, índice relação cintura quadril e perímetro da cintura, para através destes detectar e prevenir precocemente a obesidade (4).

    O IMC, como um dos indicadores antropométricos mais utilizados na avaliação do peso corporal, calcula a divisão entre o peso do indivíduo em kilogramas (Kg) e sua altura em metros elevada ao quadrado (quadrado de sua estatura), definindo rapidamente se alguém está muito acima ou muito abaixo do peso ideal. É uma medida antiga, do século XIX, que atualmente vem sendo indicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para estudos epidemiológicos por suas vantagens sobre outros indicadores como: baixo custo, simplicidade dos cálculos e bom poder discriminativo para detecção de sobrepeso e obesidade em grandes populações (5). Além disso, o IMC vem se apresentando como um bom indicador de risco cardiovascular (6).

    Apesar destes consensos relacionados ao IMC, existem ainda divergências quanto aos pontos de corte utilizados para crianças, adultos e idosos nas populações brasileiras (7). Estudos mostram que os pontos de cortes utilizados pelo IMC apresentam especificidade elevada e sensibilidade moderada, fato este, pode ocasionar ocorrência de falsos negativos para detecção de obesidade na população avaliada (4).

    Métodos laboratoriais indiretos como pesagem hidrostática, ressonância magnética e tomografia computadorizada apresentam resultados mais precisos na identificação de obesidade quando comparados com indicadores antropométricos, porém estes métodos têm um custo elevado que muitas vezes, torna inviável sua aplicação em grandes populações (5).

    Protocolo de três dobras cutâneas vem sendo amplamente utilizado para estimar densidade corporal de indivíduos (8) e vem apresentando resultados próximos aos obtidos por métodos considerados padrão ouro.(9-12). Além disso, este método possibilita aplicação em grandes populações devido a sua relativa simplicidade, a facilidade de transporte do equipamento de medida das dobras, a rapidez nas avaliações e o baixo custo. Devido a estas vantagens este protocolo pode apresentar-se como um possível parâmetro para desenvolvimento de novos índices indicadores antropométricos, baseado em seus bons resultados apresentados.

    Recentemente autores têm buscado outras formas para se quantificar a gordura corporal, alguns destes sugerem como alternativa o índice de adiposidade corporal (IAC) utilizando somente a medida do quadril e a estatura. Esta nova medida apresentou uma correlação maior com a densitometria quando comparado com o tradicional IMC, porém seu calculo não é tão simples e a população utilizada no estudo foi composta de indivíduos de origem mexicana e africana (13).

    Em contexto nacional um estudo realizado em Ribeirão Preto com 501 estudantes, pela Universidade de São Paulo (USP) verificou se os participantes do estudo estavam com o peso normal ou leve sobrepeso. Utilizou-se peso e estatura para calculo do IMC tradicional e para composição corporal, impedância bioelétrica, ajustando este índice. Constatou-se que para o IMC tradicional um individuo que estaria com peso normal (IMC= 24,9 kg/m²), na nova formula, teria 32% de quantidade de gordura em seu corpo, resultado este já o classificaria com risco de obesidade(14).

    Portanto a precisão dos índices é de grande importância uma vez que, quanto mais cedo for detectado o sobrepeso, mais rápida pode ser a intervenção para reverter o quadro, e assim, evitar possíveis riscos à saúde.

2.     Objetivos

  1. Verificar o poder discriminativo do IMC para classificar diferentes níveis de obesidade em indivíduos do sexo masculino.

  2. Sugerir uma nova formula para estimar diretamente o percentual de gordura corporal.

  3. Comparar se ocorre diferença estatística significante nos resultados deste novo índice com o IMC.

3.     Casuística e métodos

3.1.     Casuística

    No presente estudo foi utilizado um banco de dados do Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte (CEMAFE) composto de 5072 avaliações físicas realizadas em indivíduos do sexo masculino, sedentários ou fisicamente ativos com idade entre 18 e 58 anos. Todos os participantes foram avaliados entre os anos de 2002 e 2004 em clubes recreativos na Grande São Paulo por profissionais, especialistas atuantes na área da saúde.

3.1.1.     Critérios de inclusão

  • Estar na idade entre 18 a 58 anos;

  • Ser do sexo masculino;

  • Freqüentar clubes recreativos na Grande São Paulo;

  • Ser voluntario a realizar a avaliação física proposta;

  • Não ter realizado atividades ou exercícios físicos moderados ou intensos antes das avaliações.

3.1.2.     Critérios de exclusão

  • Idade fora dos limites estabelecidos;

  • Ser do sexo feminino;

  • Ter sofrido algum tipo de procedimento relacionado à amputação;

  • Se recusar a realizar a avaliação física por completa;

  • Apresentar qualquer fator de risco antes ou durante as avaliações que possa comprometer a saúde dos avaliados.

3.2.     Métodos

    Para avaliar o peso dos indivíduos foi utilizada uma balança digital, com precisão de 0,1 quilogramas. Para a estatura, utilizou-se estadiômetro escalonado em 0,1 centímetros. As dobras cutâneas peitoral, abdominal e da coxa foram aferidas utilizando adipômetro científico, com precisão de 0,1 milímetros (8).

3.2.1.     Divisão dos grupos

    As avaliações foram separadas de forma randomizada em dois grupos com 2536 participantes em cada. O primeiro grupo, denominado Regressão foi realizada uma regressão linear, tendo como variável dependente o percentual de gordura e como variáveis independentes o peso (kg), a estatura (m) e a idade (anos completos), para o desenvolvimento de um novo indicador antropométrico, aqui denominado Índice de Massa Gorda (IMG).

    No segundo grupo, denominado Teste, foi aplicada curva ROC para verificar o poder discriminativo que corresponde à área sob a curva e determinar os pontos de corte com suas respectivas sensibilidades e especificidades dos métodos em estudo (IMC e IMG) (Figura 1) (15). Os pontos de corte foram determinados através do Índice de Youden, que sugere como ponto de corte o que tem maior soma da sensibilidade e especificidade (16).

3.2.2.     Composição corporal e IMC

    Adotou-se como padrão ouro o protocolo proposto por Jackson & Pollock de três dobras cutâneas (8) para se estimar a densidade corporal dos indivíduos, a formula de Siri (17) para transformar o resultado da densidade corporal em percentual de gordura e a tabela da NIDDK (18) (The National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases), para classificar os indivíduos em diferentes níveis de obesidade com base no percentual de gordura encontrado.

    O IMC foi calculado pela razão entre o peso e a estatura ao quadrado (peso/estatura²).

    Para melhor entendimento dos métodos utilizados foi criado resumo em forma organograma (Figura 2).

Figura 1. Modelo de curva ROC

  1. Poder discriminativo (área sob a curva)

  2. Sensibilidade (proporção de verdadeiros positivos)

  3. Especificidade (proporção de verdadeiros negativos)

  4. Escolha do ponto de corte com a maior soma da sensibilidade com especificidade.

Figura 2. Organograma resumindo as metodologias utilizadas no presente estudo

  1. Numero total de participantes dividido em dois randomicamente.

  2. Regressão linear gerando um novo índice (IMG).

  3. Percentual de gordura obtido por Pollock e classificado pela NIDDIK.

  4. Aplicação da curva ROC no IMC e IMG.

  5. Resultados obtidos.

  6. Comparação entre os índices.

3.2.3.     Análise estatística

    Foi utilizada análise descritiva expressa em valores médios e respectivos desvios padrão, obtidos e apresentados em tabelas. Para verificar se ocorre diferença significante entre as áreas sob a curva ROC do IMC e do novo índice utilizamos teste de Hanley & McNeil (19). Também foi utilizada correlação de Pearson e análise descritiva para se caracterizar a população.

    As análises estatísticas foram realizadas com os programas R e PASW18. O nível de significância adotado nos testes foi de 5%.

    O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) em agosto de 2008.

4.     Resultados

    O descritivo, média e desvio padrão, do banco de dados completo e separado nos grupos (Regressão e Teste) das variáveis idades e características antropométricas estão apresentadas na Tabela 1. Visto que o banco de dados foi dividido de forma randomizada, os grupos apresentaram resultados de forma relativamente próximas, não somente as médias, mas também os desvios padrões, com isso aparentemente não ocorreu desequilíbrio entre os grupos.

4.1.     Regressão linear para nova formula (IMG)

    Abaixo apresentamos os resultados da regressão linear com a distribuição dos erros normais e ligação de identidade.

IMG = 0,19 (Idade) + 0,39 (peso) - 9,36 (estatura) O coeficiente de determinação foi igual a 0,9555.

4.2.     Poder discriminativo, pontos de corte e comparações

    O poder discriminativo do IMC variou entre 0,7030 e 0,7925, já o IMG variou entre 0,6908 e 0,7747, para os diferentes níveis de obesidades estudados, com seus respectivos erros padrões (SE), pontos de corte, sensibilidades e especificidades apresentados na tabela 2. Quanto às comparações entre as áreas sob as curvas ROC apresentadas na tabela 3, demonstraram que não houve diferença significativa entre o poder discriminativo do IMC e o IMG. As correlações de Pearson entre %G x IMC e %G x IMG foram de 0,7684 e 0,7708, respectivamente.

Tabela 1. Descritivo das idades e características antropométricas com média e desvio padrão

 

Tabela 2. Área sob curva ROC com os respectivos pontos de corte do IMC e IMG obtidos pelos critérios de Youden (1950)

 

Tabela 3. Comparação entre as áreas sob a curva ROC do IMC e IMG

5.     Discussão

    A média do IMC da população, com idade maior ou igual a 18 anos, da cidade de São Paulo é de 25,29Kg/m² (20), resultados próximos aos encontrados no presente estudo (tabela 1) que foi de 25,60kg/m².

    As duas médias são consideradas como sobrepeso pelos critérios de classificação da OMS, acima do ponto de corte estabelecido de ≥25kg/m² (2). Em relação ao %G, os resultados médios foram de 20,46%, acima do percentual indicado pela NIDDK (20% obesidade moderada) sinalizando, portanto, que a população da Grande São Paulo está com o peso (em kg/m²) e %G acima dos indicados para uma boa saúde (18).

    A fórmula obtida pela regressão linear apresentou-se de maneira relativamente simples, já que é utilizada apenas a multiplicação, soma e subtração para se obtiver os resultados estimados do %G.

    Demonstrou-se quanto maior a idade e peso, maior devem ser o %G, devido os coeficientes 0,19 e 0,39 respectivamente, e quanto maior a estatura menor deve ser o %G, visto que seu coeficiente resultou em - 9,36. Isto significa que a cada aumento na unidade da variável idade e no peso teremos um aumento de 0,19 e 0,39, respectivamente no percentual de massa gorda. Logo, a cada aumento na unidade da variável estatura, teremos uma diminuição de 9,36. Foi apresentado um bom coeficiente de determinação (0,9555) para o IMG, indicando uma boa relação do modelo.Nas áreas sob a curva ROC, apresentadas na tabela 2, observam se os respectivos pontos de corte obtidos pelos critérios de Youden e as correspondentes sensibilidades e especificidades (16).

    O IMC apresentou pontos de corte abaixo aos indicados pela OMS que é de ≥25kg/m² para classificação de sobrepeso para homens, onde 23,08Kg/m² foi o ponto de corte obtido no presente estudo; os demais pontos também se apresentaram abaixo aos indicados (18). Enquanto o IMG apresentou resultados relativamente próximos aos da tabela de classificação propostos pela NIDDK, sendo que em indivíduos com baixo %G o IMG demonstrou uma tendência de superestimar os avaliados, os indivíduos com elevado %G a tendência foi de subestima-los 12.

    Observando o poder discriminativo dos dois métodos para distinguir indivíduos considerados normais e obesos, de acordo com a tabela da NIDDK, não houve diferença significativa na comparação das áreas sob a curva ROC entre IMC e IMG (tabela 3), entretanto esses apresentam resultados de forma diferentes (Kg/m² e %G respectivamente).

    Pelo fato do IMG apresentar seus resultados em %G diretamente isso poderia facilitar sua interpretação, pois existem vários métodos diretos e indiretos que também chegam a estes resultados em percentuais, havendo também a possibilidade de classificação por tabelas já existentes.

    A correlação obtida no presente estudo entre %G e IMC de 0,7684 aproximou-se dos resultados encontrados na literatura, que foi de 0,75, mesmo que tenham sidos utilizados diferentes métodos para avaliar o %G (21). A correlação do IMG com o %G de 0,7708 apresentou-se um pouco acima da correlação do IMC, possivelmente devido as variáveis utilizadas por estes dois métodos, que além de ambos utilizarem peso e altura, o IMG utiliza a idade para obter a estimativa de percentual de gordura, variável esta que poderia tornar este método um pouco mais preciso.

    É importante saber das limitações que os indicadores antropométricos como o IMC, e possivelmente o IMG podem apresentar. Autores citam três principais limitações para o IMC: a baixa correlação com a estatura, com a massa livre de gordura e a proporção dos membros e do tronco (22).

    Também há possibilidades de ocorrer casos em que indivíduos tenham o mesmo IMC, mas %G diferentes (diferença vista comumente quando comparamos atletas com indivíduos considerados normais). Apesar do IMG apresentar seu resultado em %G é bom salientar que seu cálculo é baseado principalmente na massa total dos avaliados, portanto há necessidade de cautela para interpretação de seus resultados quando for utilizado em casos individualizados.

6.     Conclusão

  1. O IMC apresentou valores dos pontos de corte do poder discriminativo abaixo dos propostos pela OMS para classificação de diferentes níveis de obesidade.

  2. Podemos considerar como vantagem o resultado que o IMG apresenta, já que é expresso em %G diretamente, contudo, ainda não sabemos ao certo qual o poder discriminativo deste índice em outras populações, portanto há necessidade de futuros estudos para comprovar a sua eficiência.

  3. Não houve diferença significativa nas áreas abaixo da curva ROC entre o IMC e IMG, apesar de seus resultados serem expressos de formas diferentes. Tanto o IMC como IMG são indicadores antropométricos populacionais, portanto necessitam de cautela na interpretação de seus resultados.

Referências bibliográficas

  1. Nammi S, Koka S, Chinnala KM, Boini KM. Obesity: An overview on its current perspectives and treatment options. Nutrition Journal. 2004;3(3):1-8.

  2. World Health Organization: Obesity: Preventing and managing the global epidemic. World Health Organisation Geneva 2000.

  3. Richelsen B, Pederson SB. Associations between different anthropometric measurements of fatness and metabolic risk parameters in non-obese, healthy, middle-aged men. Int J Obes Relat Metab Disord. 1995;19(3):169-174.

  4. Pitanga FJG, Lessa I. Indicadores antropométricos de obesidade como instrumento de triagem para risco coronariano elevado em adultos na cidade de Salvador - Bahia. Arq. Bras. Cardiol. 2005;85(1):26-31.

  5. Sant`Ana MSL, Priore SE, Franceschini SCC. Métodos de avaliação da composição corporal em crianças. Rev Paul Pediatr. 2009;27(3):315-321.

  6. Eckel RH, Krauss RM. American Heart Association call to action: obesity as a major risk factor for coronary heart disease. Circulation. 1998;97:2099-2100.

  7. Anjos LA. Índice de massa corporal (massa corporal estatura²) como indicador de estado nutricional de adultos: revisão de literatura. Rev Saúde Pública. 1992;26(6):431-6.

  8. Jackson AS, Pollock ML. Generalized equations for predicting body density of men. Brit. J. Nutr. 1978;40:497-504.

  9. Fonseca PHS, Marinse JCB, Silva AT. Validação de equações antropométricas que estimam a densidade corporal em atletas profissionais de futebol. Rev Bras Med Esporte. 2007;13(3)153-156.

  10. Glaner MF, Rodriguez-Añez CR. Validação de equações para estimar a densidade corporal e/ou percentual de gordura para militares masculinos. Treinamento Desportivo. 1999;4(1):29-36.

  11. Jackson AS, Ellis KJ, McFarlin BK, Sailors MH, Bray MS. Cross-validation of generalised body composition equations with diverse young men and women: the Training Intervention and Genetics of Exercise Response (TIGER) Study. British Journal of Nutrition. 2009;101: 871–878.

  12. Rodrigues MN, Silva, SC, Monteiro WD, Farinatti PTV. Estimativa da gordura corporal através de equipamentos de bioimpedância, dobras cutâneas e pesagem hidrostática. Rev Bras Med Esporte. 2001;7(4)125-131.

  13. Bergman RN, Stefanovski Buchanan TA, Sumner AE, Reynolds JC, Sebring NG, Xiang AH, Watanabe RM. A Better Index of Body Adiposity. Obesity (2011) 19 5, 1083–1089.

  14. Grecco MSM. Validação de Índice de Massa Corporal (IMC) ajustado pela massa gorda obtido por impedância bioelétrica. 2012. 175p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2012.

  15. Martinez EZ, Louzada NF, Pereira BB. A curva ROC para testes e diagnósticos. Caderno de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro. 2003;11(1):7-31.

  16. Youden WJ. Index for rating diagnostic tests. Cancer. 1950;3:32-35.

  17. Siri WE. Body composition from fluid spaces and density: analysis of methods. In: Brozek J, Henschel A, editors. Techniques for measuring body composition. Washington DC: National Academy of Science; 1961:223-244.

  18. National Institute of Diabetes and Digestive and Kidney Diseases (NIDDK). Understanding adult obesity. NIH- Publ. n° 94-3680. Rockvilli, MD: National Institute of Health; 1993.

  19. Hanley JA, McNeil BJ. A method of comparing the areas under receiver operating characteristic curves derived from the same cases. Radiology. 1983;148(3):839-843.

  20. Sichieri R, Moura EC. Análise multinível das variações no índice de massa corporal entre adultos, Brasil, 2006. Rev. Saúde Pública. 2009;43(supl. 2):90-97.

  21. Deurenberg P, Weststrate JA, Seidell JC. Body mass index as a measure of body fatness: age- and sex-specific prediction formulas. British Journal of Nutrition. 1991;65:105-114.

  22. Garn SM, Leonard WR, Hawthorne VM. Three limitations of the body mass index. Am J Clin Nutr. 1986;44(6):996-997.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 18 · N° 183 | Buenos Aires, Agosto de 2013  
© 1997-2013 Derechos reservados