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O currículo da Educação Física no Proeja. Uma nova perspectiva

El currículo de Educación Física en el Proeja. Una nueva perspectiva

 

Prof. Esp. Docente do Instituto Federal de Educação, Ciência

e Tecnologia de Mato Grosso, IFMT

(Brasil)

Anderson Augusto Ribeiro

anderaugusto@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Através da proposição de novas ementas na área da Educação Física para o curso de Técnico em Edificações Integrado ao Nível Médio, do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos – Proeja, do Instituto Federal de Educação de Mato Grosso, o presente trabalho buscou desenvolver e aprimorar novos currículos após a realização de revisões de literaturas específicas e discussões pedagógicas no Campus Pontes e Lacerda do IFMT no ano de 2009. O presente trabalho é caracterizado como um levantamento bibliográfico com abordagem qualitativa exploratória, visando atender um programa que detém muitas características heterogêneas, quando comparados a outros níveis educacionais. O despertar do aprimoramento da consciência corporal, bem como de seus aspectos preventivos e mantedores relacionados à saúde geral, são pontos centrais na inserção da Educação Física no campo da educação profissional. Isto nos trouxe a responsabilidade de trabalharmos de forma mais direcionada mediante a seleção de conteúdos e ações relevantes, que vão exatamente ao encontro dos anseios deste alunado que por inúmeros motivos não concluíram seus estudos em momento oportuno. Desenvolvê-los integralmente de forma multidisciplinar, possibilita a descoberta da autonomia e emancipação social, na busca da habilitação plena para o mundo do trabalho.

          Unitermos: Currículo. Educação Física. Proeja.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 183, Agosto de 2013. http://www.efdeportes.com

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Introdução

    O Proeja, Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos, enquanto uma política social traz uma característica fundamental de ser uma ação focalizada, visto que pretende atender especificamente ao público jovem e adulto que não teve acesso à escolarização na idade adequada (PROEJA - DOCUMENTO BASE, 2007).

    Por se tratar exatamente de um grupo tão específico, geralmente esta parcela da população possui baixas rendas familiares; encontram-se situações de vulnerabilidade social; e desconhecem instruções básicas para uma vida social de qualidade, que dentre outros fatores, intervém diretamente em suas vidas e de seus familiares.

    Considerando ainda, as faixas etárias que este público apresenta neste programa, os conteúdos específicos ministrados nas aulas de Educação Física no ensino fundamental e médio cronologicamente ideal, não atendem os objetivos propostos à reinserção desses alunos que não tiveram condições de terminar seus estudos na época adequada.

    Toda a fase preparatória de trabalho relacionada à motricidade humana e de desenvolvimento lúdico-esportivo, ou até mesmo, as vivências das lutas e ginásticas pôr exemplo, teriam que sofrer adaptações para atenderem as reais condições físicas e psicossociais destes alunos; e talvez, mesmo moldando-se esses conteúdos, não alcançaríamos êxitos devido ao perfil acadêmico projetado ao curso que visa formar mão de obra qualificada para o mundo do trabalho, nesse caso, especificamente, na área de construção civil.

    A partir desse contexto, tornou-se necessário desenvolvermos as aulas de Educação Física no Proeja, de modo que estas fossem voltadas às necessidades e experiências epistemológicas trazidas por essa clientela específica, e que nossas ações como educadores, buscassem despertar nos discentes a autonomia e a qualificação específica para o ingresso ou reingresso laborativo.

    Contudo, neste trabalho, tivemos os objetivos de propormos novas ementas para a disciplina de Educação Física do curso Técnico em Edificações Integrado ao Ensino Médio, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - Campus Pontes e Lacerda, e de promovermos não só o desenvolvimento de habilidades técnicas dessas pessoas, mas também, valores socioculturais inerentes a todo processo educacional.

Metodologia

    Este trabalho baseou-se num levantamento bibliográfico com ênfase qualitativa e exploratória, conforme destaca Gil (2002), por se tratar de uma pesquisa que têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou da descoberta de intuições.

    Sua realização foi desenvolvida no Instituto Federal de Mato Grosso, IFMT, Campus Pontes e Lacerda, no ano de 2009, consistindo especificamente, na elaboração de ementários para a matriz curricular do curso Técnico em Edificações da Educação Integrada a Educação de Jovens e Adultos – Proeja, que contempla o ensino da disciplina de Educação Física em 7 (sete) semestres, sendo estas aulas, ministradas no período noturno.

    Este projeto foi desenvolvido inicialmente pelo departamento de construção civil do IFMT (Instituto Federal de Mato Grosso) Campus Cuiabá Octayde Jorge da Silva, sendo implantado no campus Pontes e Lacerda - MT no ano letivo de 2009. Nele buscou-se o pleno desenvolvimento da nação, através dos avanços técnicos e científicos advindos do processo de industrialização na área de construção civil.

    A carga horária total do núcleo comum (formação geral) neste curso totalizava 1.218 horas. Deste total, a disciplina de Educação Física ocupava um montante de 119 horas aulas. Já para a formação profissional (formação específica) destinava-se um quantitativo de 1.235 horas de atividades. Somando-se as cargas horárias, o curso completo totalizou 2.453 horas.

    Para que as novas ementas fossem implantadas, foram realizadas revisões bibliográficas para a confecção do documento base, adequando os conteúdos e práticas específicas da área da Educação Física e áreas afins, junto às questões legais e pedagógicas que o curso propunha.

    As ementas foram discutidas e elaboradas através das contribuições específicas do professor da disciplina de Educação Física e da pedagoga do referido Campus.

Resultados

    Após o estudo de várias obras relacionadas ao campo da disciplina de Educação Física e áreas afins, e de apresentações de propostas e discussões pedagógicas junto ao departamento de ensino do Campus, chegou-se a confecção da proposta curricular final que atenderia satisfatoriamente o público especificado anteriormente.

    Os resultados obtidos neste trabalho foram dispostos em ementas semestrais, oferecendo idéias gerais de conteúdos que seriam perfeitamente aplicáveis e/ou adaptados para o desenvolvimento dos alunos que compõem esta modalidade de ensino, seguindo nas tabelas abaixo:

Tabela 1. Ementa geral da disciplina de educação física proposta para o 1º semestre

 

Tabela 2. Ementa geral da disciplina de educação física proposta para o 2º semestre

 

Tabela 3. Ementa geral da disciplina de educação física proposta para o 3º semestre

 

Tabela 4. Ementa geral da disciplina de educação física proposta para o 4º semestre

 

Tabela 5. Ementa geral da disciplina de educação física proposta para o 5º semestre

 

Tabela 6. Ementa geral da disciplina de educação física proposta para o 6º semestre

 

Tabela 7. Ementa geral da disciplina de educação física proposta para o 7º semestre

Discussão dos resultados

    A presente proposta curricular teve como objetivo principal abordar conteúdos relacionados à área da Educação Física e afins para os estudantes de edificações na modalidade Proeja, além de contribuir tecnicamente para a reinserção no mercado do trabalho com conhecimento e atuações técnicas inovadoras.

    A disciplina de Educação Física nesse contexto, através de suas novas abordagens e articulações nos aproximaram de diferentes teorias psicológicas, sociológicas e concepções filosóficas da sociedade através do esporte e atividades afins conforme descreve KUENZER (2001):

    “A Educação Física é um componente curricular teórico prático. Nele se integram, entre outros, conhecimentos de Biologia (a percepção do corpo como uma realidade física), de Sociologia, de História e de Filosofia (a percepção do corpo como uma realidade histórico e sociocultural), além de uma conexão com outros componentes da área de linguagem.”

    Para Daolio (1993), a partir do conhecimento corporal popular e das suas variadas formas de expressão cultural, a Educação Física escolar almeja que o aluno possua um conhecimento organizado, crítico e autônomo a respeito da cultura corporal de movimento.

    Entendemos que através do conhecimento corporal básico e das vivências exercícios físicos preventivos, os estudantes irão perceber melhoras em suas condições vitais mediante a participação efetiva deste plano curricular para alunos do Proeja.

    Os alunos ao trabalharem com temas mais abrangentes e participativos em sala de aula e fora dela, terão mais condições de refletirem e avaliarem seus hábitos desenvolvidos cotidianamente e, discerni-los, se foram interessantes para si ou não.

    Hoje, temos que desmistificar que a prática da Educação Física serve apenas parajogarmos bola” ou “realizarmos exercícios físicos extenuantes.” Os PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais) descrevem a discriminação realizada contra a disciplina; muitas vezes por conta dos exemplos citados acima, ou por total desconhecimento da evolução da Educação Física nas escolas:

    Educação Física ainda é tratada como “marginal”, que pode, por exemplo, ter seu horário “empurrado” para fora do período que os alunos estão na escola ou alocada em horários convenientes para outras áreas e não de acordo com as necessidades de suas especificidades (algumas aulas, por exemplo, são no último horário da manhã, quando o sol está a pino). Outra situação em que essa “marginalidade” se manifesta é no momento de planejamento, discussão e avaliação do trabalho, no qual raramente a Educação Física é integrada. Muitas vezes o professor acaba por se convencer da “pequena importância” de seu trabalho, distanciando-se da equipe pedagógica, trabalhando isoladamente. Paradoxalmente, esse professor é uma referência importante para seus alunos, pois a Educação Física propicia uma experiência de aprendizagem peculiar ao mobilizar os aspectos afetivos, sociais, éticos e de sexualidade de forma intensa e explícita, o que faz com que o professor de Educação Física tenha um conhecimento abrangente de seus alunos. Levando essas questões em conta e considerando a importância da própria área, evidencia-se cada vez mais, a necessidade de integração. A Lei de Diretrizes e Bases promulgada em 20 de dezembro de 1996 busca transformar o caráter que a Educação Física assumiu nos últimos anos ao explicitar no art. 26, § 3o, que “a Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos”. Dessa forma, a Educação Física deve ser exercida em toda a escolaridade de primeira a oitava séries, não somente de quinta a oitava séries, como era anteriormente. A consideração à particularidade da população de cada escola e a integração ao projeto pedagógico evidenciaram a preocupação em tornar a Educação Física uma área não-marginalizada. (Parâmetros curriculares nacionais: Educação física, p. 22, 1997).

    Mais que integrante da cultura corporal do movimento humano, a área da Educação Física hoje congrega a saúde preventiva; onde através de atividades físicas regulares podemos evitar doenças como: Diabetes, Hipertensão, Artrite, Estresse, Cardiopatias, Câncer, Arteriosclerose, obesidade, Distúrbios do sono etc. (Nieman, 1999).

    Os conteúdos trabalhados nessas vertentes e nas mais diversas modalidades de ensino devem ir de encontro aos interesses coletivos, e com vistas diretas à melhora social daqueles que participam do programa e daqueles que os rodeiam; mesmo porque as características dos centros educacionais hoje nos trazem a escola inclusiva e integral, onde toda a comunidade deve estar envolvida com os programas que beneficiam de alguma forma as pessoas que mais necessitam.

    Contudo, o currículo da Educação Física também deve se adaptar a áreas correlacionadas para que os objetivos específicos sejam desenvolvidos de uma forma satisfatória, inserido e apoiado dentro de um projeto político que contemple a disciplina como essencial e não meramente como integrante da carga horária geral do curso.

    Desde 1971, com o movimento denominado Nova Sociologia da Educação, as críticas relacionadas ao ensino passaram a ser mais constantes. Nesse contexto as preocupações dos educadores passam a ser com o desenvolvimento da pessoa e não do processo do conhecimento.

    Dessa forma, os currículos deveriam deixar de centrar-se nos aspectos conceituais. Para tanto, os eles tinham que ser trabalhados além da visão conceitual, com ênfase em aspectos universalistas e abstratos.

    A visão da nova sociologia destaca-se no caráter humano, construída a partir das várias formas de consciência e conhecimento, bem como as relações sociais e econômicas envolvidas no processo. Nessa perspectiva o que se torna mais importante não é saber se o conhecimento é verdadeiro ou falso, mas sim, saber o que realmente conta como conhecimento.

    A busca de um currículo com vistas às populações mais excluídas se fixa a partir do momento em que valorizamos as questões culturais e epistemológicas desses grupos. Da mesma forma desafia-se a novas conquistas e prestígios na área educacional. A importância entre as disciplinas passam a ser iguais, pois as atuações educativas tendem a se convergir em uma única direção na busca da construção social igualitária.

    Discutir sobre currículo nos remete a trabalhar nas escolas com efetiva participação docente e pedagógica. As atuações integradas, mesmo que ainda sejam tímidas e difíceis atualmente, são de extrema importância para mudarmos as formas de pensarmos e agirmos no campo da educação.

    O currículo tem a capacidade de dosar e desenvolver determinadas situações específicas que são fundamentais para a conclusão do processo de ensino aprendizagem. Por isso o engajamento de valores, técnicas, convicções, idéias, experiências...; devem estar dispostos nas disciplinas que demandam práticas para sua completa efetivação.

    Segundo Saviane (1995), estudos sobre a história dos currículos e a história das disciplinas escolares demonstram que a produção e a veiculação do saber escolar seguem trajetórias sinuosas e tumultuadas, num processo de lutas em diversas dimensões.

    Para mudarmos tal situação, precisamos nos libertar do passado onde imperava a educação impositiva, e passarmos para a educação voltada a coletividade, onde todos os agentes envolvidos no ambiente escolar, familiar e social em geral, façam parte e tenham responsabilidade em transferir conhecimentos com ética e sem centralização de poder.

    Crer que o corpo discente também pode contribuir e aprender fora das quatro paredes reformulando suas estratégias atitudinais, para que aliados ao corpo pedagógico da escola possam direcionar e aumentar as possibilidades que cada um de nós tem. Assim o aumento dos potenciais de autonomia e criticidade se desenvolverão de modo que perfis antes nunca percebidos poderão contribuir muito nos processos educacionais e pessoais dentro e fora do ambiente escolar.

    Portanto, disciplinas ou conteúdos abertos são fundamentais para a otimização do conhecimento. As organizações com metodologias expansivas e processos interdependentes nos levam a participações nas decisões políticas e administrativas na escola.

    Outro fator importante são as avaliações constantes dos processos instaurados, pois nos trazem possibilidades de novos encaminhamentos ou da manutenção dos mesmos. Esta prática é bastante dinâmica e demanda trabalhos coletivos porque os pontos de interesse comum se convergem para a consolidação dos objetivos propostos inicialmente.

    Infelizmente ainda hoje assistimos e, até às vezes somos coniventes, com currículos militaristas, de caráter extremamente autoritário, sem nenhuma flexibilidade, onde os sujeitos percebidos no processo educacional são reféns em potencial de aulas centralizadas e desmotivantes.

    De acordo com Sacristan (1998), urge superar essa lógica, garantindo maior participação teórica de professores nos processo pedagógicos, juntamente com a visão de conjunto de toda a esfera educativa.

    Os currículos participativos exigem formação continuada; devem-se consolidar as vivências de cada estudante dando oportunidades para que eles realmente façam parte do processo de ensino aprendizagem. Temas relevantes e atuais que possam ser colocados em prática em seus cotidianos ajudam muito para a internalização do conhecimento.

    Muitas vezes nos deparamos nos corredores das escolas com os alunos fazendo os seguintes questionamentos: Onde vou usar isto? Para que serve? Este conteúdo ou prática é realmente importante para minha vida? Eles estão se referindo a determinados conteúdos que não tem relação alguma com o dia a dia que eles vivenciam.

    Os conteúdos direcionados e multidisciplinares fornecem as dimensões e as possibilidades dos objetivos a serem alcançados. Esta ação quando compartilhada com as pessoas que estão socialmente mais vulneráveis, são importantíssimas para o desenvolvimento pessoal e coletivo de cada uma delas.

    Contatos com processos claros, dinâmicos e objetivos, aumentam as possibilidades e o modo de enxergar o mundo que essas pessoas têm consigo. Para tanto, nós educadores, ao transformarmos nossos contextos e atitudes, transpondo as barreiras pré-existentes há muitos anos, participaremos politicamente das novas perspectivas da educação, que darão melhores condições para as atuações sociais.

    Enfim, a organização, a proposição e as adaptações de novos currículos, principalmente com características interdisciplinares, são primordiais e devem ser repensadas continuamente, para que as conquistas de eficiência e qualidade nas mais diversas áreas do mundo do trabalho sejam alcançadas satisfatoriamente.

Considerações finais

    A Educação Física assim como outras disciplinas integrantes dos currículos, já passou por momentos de desigualdades e de irrelevância social. Hoje, porém, sabemos que a magnitude alcançada por essa área do conhecimento é muito positiva, chegando a atingir níveis e perspectivas essenciais para a sociedade.

    O trabalho aqui apresentado além de efetivar uma proposta coesa, dá condições para que ele seja redimensionado e adaptado em outros cursos e até mesmo em áreas afins que desenvolvam o ensino no Proeja ou em outras modalidades de ensino, proporcionando efetiva participação multidisciplinar no cotidiano técnico-científico e social dos participantes do programa.

Referências bibliográficas

  • DAOLIO, J. Da cultura do corpo. Campinas: Papirus, 1995.

  • GIMENO SACRISTAN, J. Compreender e transformar o ensino. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.

  • GIL, ANTONIO, C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas, 2002.

  • KUENZER, A. Z. Ensino médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.

  • MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Programa Nacional De Integração Da Educação Profissional Com A Educação Básica Na Modalidade De Educação De Jovens e Adultos. Documento Base. Brasília, 2007.

  • NIEMAN, D. C. Exercício e saúde. 1ª ed. São Paulo: Manole, 1999.

  • PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Educação Física. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.

  • SAVIANI, N. A conversão do conhecimento científico em saber escolar: uma luta inglória? Revista do SINPEEM. nº 2. São Paulo, 1995.

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