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Excesso de peso e obesidade em adolescentes 

de 11 a 17 anos de idade no município de Cascavel

Sobrepeso y obesidad en adolescentes de 11 a 17 años de edad en el municipio de Cascavel

 

*Acadêmicas do Curso de Educação Física da faculdade Assis Gurgacz, FAG

**Doutor em Saúde da Criança e do Adolescente

pela UNICAMP e Docente da Faculdade Assis Gurgacz, FAG

(Brasil)

Edinéia Regina Scalco Dorigon*

Fernanda Paula Amattei*

Adriana Gomes da Costa*

Everton Paulo Roman**

ediscalco@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: O excesso de peso e obesidade tornaram-se um dos maiores problemas de saúde pública na atualidade, aumentando sua prevalência entre a população jovem e contribuindo para o aparecimento de diversas doenças, sendo uma grande preocupação para o Educador Físico durante a realização das atividades em suas aulas. Objetivo: Avaliar os níveis de excesso de peso e obesidade nos adolescente entre 11 a 17 anos de idade de ambos os sexos, nas escolas públicas e particulares do município de cascavel- PR. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo transversal realizado em 06 colégios de Cascavel (PR). Avaliou-se o peso e a estatura obtendo-se assim o IMC. O nível socioeconômico foi determinado pela ABEP (2010). Os dados foram analisados no programa SPSS versão 15.0. Foi realisada a análise descritiva com valores de média e desvio padrão das variáveis de estatura e peso das idades que fizeram parte da pesquisa. Resultados: Após realizar a pesquisa constatou-se a prevalência de excesso de peso e obesidade em ambos os sexos sendo que nos meninos o excesso de peso e obesidade concentrou-se na faixa etária dos 11 aos 13 anos de idade e nas meninas concentro-se aos 11 e 12 anos de idade. A classificação do nível socioeconômico foi prevalente nas classes C2 e D. Conclusão: percebe-se a importância na realização de novos estudos em relação a este tema, pois o mesmo é muito amplo e sabe-se que são inúmeros os fatores que se associam ao excesso de peso e obesidade.

          Unitermos: Sobrepeso. Obesidade. Adolescente.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 181 - Junio de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Inicialmente, cabe abordar que o excesso de peso e a obesidade tornaram-se um dos maiores problemas de saúde pública na atualidade. Os termos excesso de peso e obesidade podem ser definidos como acúmulo excessivo de gordura corporal sob a forma de tecido adiposo, sendo consequência de balanço energético positivo (ENES; SLATER, 2010), ou seja, a necessidade de nutrientes é menor que a oferta deles, acarretando prejuízos à saúde dos indivíduos.

    Já Guedes e Guedes (1998), definem o excesso de peso e a obesidade como termos distintos, porém com alguma relação. Nesse caso, o excesso de peso é tido como o aumento excessivo do peso corporal total, o que pode ocorrer em consequência de modificações em um dos componentes: gordura, músculo, osso e água, ou em seu conjunto. Por outro lado, a obesidade refere-se especialmente ao aumento na quantidade generalizada ou localizada da gordura em relação à massa magra.

    O estado nutricional do adolescente é de particular interesse, pois a presença do excesso de peso e obesidade nessa faixa etária tem sido associada ao aparecimento precoce de hipertensão arterial, dislipidemias, hiperlipidemias, aumento da ocorrência de diabetes tipo II, problemas psicossociais, estenose hepática, além de comprometer a postura e causar alterações no aparelho locomotor (ENES; SLATER, 2010; FALEIROS et al., 2008).

    Vários fatores podem estar associados ao excesso de peso e a obesidade. Ainda que o elevado peso corporal seja resultado do desequilíbrio entre oferta e demanda energética, a sua determinação tem-se revelado complexa e variável em diversos aspectos, como: fatores demográficos, socioeconômico, genéticos, psicológicos, ambientais e individuais (TERRES et al., 2006).

    Os fatores determinantes ambientais mais fortes que podemos citar são: a diminuição dos níveis de atividade física e o aumento da ingestão calórica. Estes fatores estão ligados de forma significativa ao ambiente moderno, pois é um potente estímulo para a obesidade. Também a genética é uma forte influência na obesidade, mas, não quer dizer que seja inevitável, deve-se utilizar de vários recursos e esforços para tentar regularizar o peso desses indivíduos, realizando um importante trabalho para a prevenção do problema em questão.

    Pelo fato dos alimentos de grande quantidade energética (açúcar e gordura) ser de baixo custo, liga-se a obesidade com maior número da população de média e baixa renda e menor nível educacional. (GUEDES, 2009/2010)

    Hoje em dia as crianças e jovens procuram formas de lazer sedentárias (computadores e televisão), fica cada vez mais difícil a prática de atividades físicas, pois o espaço para essas atividades são limitados. A ingestão de refeições rápidas, como os refrigerantes, salgadinhos, sanduíches e biscoitos substituíram o arroz, feijão, carnes e verduras (TARDIDO, 2006).

    Em uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, no ano de 2008, evidenciou-se que 13% dos adultos são obesos, sendo o índice maior entre as mulheres (13,6%) do que entre os homens (12,4%). Já o índice de brasileiros com excesso de peso é maior. Entre os adultos das 26 capitais e do Distrito Federal, 43% estão acima do peso, a frequência entre os homens é de 43,3%, enquanto 39,5% das mulheres estão nessa faixa (BRASIL, 2009).

    Com relação aos jovens, a prevalência do excesso de peso e obesidade aumentou 8,9% no período de 1974-1997 (DAYRELL et al. 2009). Estudos recentes mostraram que a probabilidade de crianças e adolescentes com elevado índice de massa corporal (IMC) apresentarem excesso de peso ou obesidade aos 35 anos aumenta significativamente á medida que a idade das mesmas avança (TERRES et al., 2006). Quanto a região geográfica, Pelegrini et al. (2010) constatou em um estudo realizado com escolares que as maiores prevalências encontram-se na região sul do Brasil.

    Existem diversas formas de tratamento para o excesso de peso e a obesidade, mas esses tratamentos são complexos, pois quanto mais o individuo estiver com excesso de peso maior é o risco de doenças e todo tratamento requer mudança de estilo de vida e não apenas utilizar-se de recursos e tratamento farmaco­lógico em longo prazo (GUEDES, 2009/2010).

    Seria importante desenvolver uma disciplina de educação física e nutrição, onde as aulas fossem ministradas por nutricionistas, médicos, educadores físicos, para uma boa orientação sobre a importância e vantagens de uma alimentação saudável, com a ingestão de todos os tipos de nutrientes, sendo dividida em várias refeições, juntamente com a prática de atividade física para melhorar a qualidade de vida. A adoção destas medidas retardaria ou evitaria o excesso de peso e obesidade, além do aparecimento de outras doenças no decorrer da vida de um individuo (TARDIDO, 2006).

    Com os fatos expostos anteriormente, e sabendo da relevância deste trabalho para o melhor conhecimento dos índices de excesso de peso e obesidade entre adolescentes, o objetivo deste trabalho foi avaliar o excesso de peso e a obesidade em adolescentes de 11 a 17 anos de idade.

Materiais e métodos

    Os escolares foram avaliados após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Assis Gurgacs (FAG) sob o parecer 143/2011. Antecedendo às avaliações, emitiu-se um Termo de Consentimento Livre Esclarecido, o qual foi entregue aos pais ou responsáveis pelas crianças, com o objetivo de obter autorização para o estudo e também para informar sobre os propósitos e os procedimentos técnicos da pesquisa que estão de acordo com as normas que regulamentam pesquisa, com seres humanos, segundo a comissão Nacional de Saúde.

    Os locais selecionados para a realização do estudo foram seis escolas da cidade de Cascavel, oeste do estado do Paraná, sendo cinco na rede pública e uma na rede particular de ensino. A população constituiu-se de adolescentes de 11 a 17 anos de idade, de ambos os sexos, devidamente matriculados nas escolas da rede pública e particular de ensino e frequentando as aulas. A amostra estudada foi de 1.577 adolescentes (811 meninas e 766 meninos).

    Os dados foram coletados no horário de aula e, para a entrevista e avaliação física, os adolescentes foram conduzidos até uma sala apropriada, respondendo primeiramente um questionário e logo em seguida determinando-se a estatura e peso.

    A classificação do estado nutricional foi determinada pelos percentis. O excesso de peso foi característica para os adolescentes que tinham classificação ≥ ao percentil 85, enquanto que a obesidade foi caracterizada com a classificação do estado nutricional ≥ ao percentil 95, de acordo com os pontos de corte propostos por Cole et al, 2000.

    Além do peso, estatura e estado nutricional, coletamos dados através de um questionário aplicado aos alunos. Estes questionários continham perguntas sobre: idade, sexo e nível socioeconômico.

    O nível socioeconômico foi definido a partir dos padrões estabelecidos pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa – ABEP (2010), que determina a seguinte classificação baseada na renda média familiar.

Tabela 1. Classificação socioeconômica da população brasileira de acordo com a renda familiar segundo a ABEP (2010)

    Os dados foram armazenados no programa SPSS versão 15.0. Foi realizada a análise descritiva com valores de média e desvio padrão das variáveis de estatura e peso das idades que fizeram parte da pesquisa.

Resultados

    Conforme dados apresentados na tabela 2, observou-se que o maior percentual de adolescentes com excesso de peso (EP) ocorreu na faixa etária dos 11 anos de idade, com 29,1% dos meninos avaliados. Constatou-se também, que os percentuais de excesso de peso mantêm-se aproximados até os 13 anos, sendo que após esta idade os valores tendem a diminuir até os 17 anos de idade.

    No que se refere á obesidade, o maior índice também foi encontrado aos 11 anos. Após esta idade os valores tendem a se apresentar alternados, sem prosseguir numa sequência crescente ou decrescente de porcentagem conforme tabela 2.

    Ainda de acordo com os dados da Tabela 2, evidenciou-se que o maior percentual de adolescentes do sexo feminino avaliadas com excesso de peso se concentrou na faixa etária dos 11 e 12 anos de idade, com 24,4% e 22,8%, respectivamente. Constatou-se, dessa forma, que os percentuais de excesso de peso mantêm-se aproximados até os 12 anos, sendo que após esta idade os percentuais tendem a diminuir até os 17 anos de idade, porém com valores alternados.

    Com relação à obesidade, os maiores índices também foram encontrados entre os 11 e 12 anos de idade. Após os 12 anos os valores tendem a se apresentar alternados, com pequenas variações de porcentagem. Os resultados podem ser de melhor visualizados na tabela a seguir (tabela 2) .

Tabela 2. Valores de excesso de peso e obesidade de adolescentes do sexo masculino e feminino na faixa etária de 11 a 17 anos de idade de colégios de Cascavel – PR

    Considerando o total de adolescentes entrevistados em nossa pesquisa (1.577), de ambos os sexos, sem distinção de idade, a prevalência de excesso de peso e obesidade foi maior no grupo dos meninos, com 21,8% e 7, 0% respectivamente. No grupo das meninas os valores encontrados foram de 17,5% para excesso de peso e 5,7% para obesidade.

    Considerando os resultados, foi observado a concentrações significativas dos percentuais nas classes socioeconômicas C2 e D para todas as idades dos meninos avaliados e observou-se também concentrações significativas dos percentuais nas classes socioeconômicas C2 e D para todas as idades das meninas avaliadas.

Discussão dos resultados

    Como observou-se nos resultados, o maior percentual de adolescentes do sexo masculino com excesso de peso e obesidade se encontra na faixa etária dos 11 anos de idade (29,1%), mantendo-se aproximados até os 13 anos.

    Em relação ao sexo feminino observou-se que o excesso de peso e a obesidade também se encontram na faixa etária dos 11 anos de idade (24,4%), mantendo-se aproximados até os 13 anos.

    No que se refere ao nível socioeconômico á grande maioria dos adolescentes do sexo masculino e feminino envolvidos na pesquisa estão inseridos na classe C2 e D. O maior percentual de meninos inseridos na classe C2 e D foi aos 12 e 13 anos enquanto que o menor foi aos 17 anos. Nas meninas constatou-se entre a classe C2 e D o maior percentual aos 12 e 13 anos e o menor aos 17 anos de idade.

    Em relação aos resultados encontrados na tabela 2, observou-se que o maior percentual de adolescentes com excesso de peso (EP) ocorreu na faixa etária dos 11 anos de idade, com 29,1% dos meninos avaliados. Analisou-se também, que os percentuais de excesso de peso mantêm-se aproximados até aos 13 anos, sendo que após esta idade os valores tendem a diminuir ate os 17 anos de idade.

    Esse fato esta relacionado com o início do estirão puberal do crescimento, que ocorre por volta dos 11 anos e 13 anos de idade (CARVALHO et al., 2007). Segundo Urbano et al. (2002), devido ao surto de crescimento na adolescência o consumo de dietas inadequadas com a ingestão excessiva de alguns tipos de alimentos pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças, dentre elas a obesidade.

    Esse resultado também foi encontrado no estudo de Suñé et al. (2007), efetuado na cidade de Capão da Canoa – RS com adolescentes, onde a maior prevalência de excesso de peso e obesidade se concentrou na faixa etária dos 11 a 13 anos de idade e, de forma elevada, correspondendo a 24,8% da amostra estudada. Esse fato confirma a magnitude e gravidade que o problema assumiu entre os escolares de todo o Brasil.

    Já na pesquisa de Guedes; Guedes (1998), realizada na cidade de Londrina (PR), apresentou-se taxas maiores de excesso de peso e obesidade nos meninos na faixa dos 16 aos 17 anos de idade, diferenciando-se do presente estudo. Os referidos autores apontaram a adolescência como o período em que ocorrem as alterações mais significativas nos hábitos de vida dos jovens. Dessa forma, constataram que os adolescentes pesquisados na ocasião, gradualmente, com o passar dos anos adquiram hábitos alimentares e de atividade que favoreceram maior acúmulo de gordura e de peso corporal.

    Analisando os resultados encontrados em pesquisa internacional, observou-se que na China a maior prevalência de sobrepeso e obesidade entre adolescentes também é relatada nos 11 e 12 anos (ABRANTES; LAMOUNIER; COLOSIMO, 2002). Porém, a comparação entre os dados é limitada, os países possuem cultura e hábitos diferentes, além das variações em população e amostragem, no entanto estão entre o grupo de países considerados como emergentes, os quais passam pela transição em relação ao estado nutricional.

    Observa-se, independentemente das limitações de comparação, que a obesidade está se tornando um problema mundial, exigindo ações dos órgãos de saúde desde ações que vão da esfera municipal, estadual e federal nos mais diferentes países, produzindo assim políticas públicas que possam alcanças estes adolescentes nas mais diferentes classes sociais.

    Para as adolescentes do sexo feminino as idades de 11 e 12 anos também apresentaram as maiores taxas de excesso de peso e obesidade. Isso pode estar relacionado com a maturação sexual, pois nessa fase, ocorre o aumento de estatura e do peso, desenvolvimento muscular e aumentos dos depósitos de gordura em meninas (FONSECA; SICHIERI; VEIGA, 1998).

    Adair e Gordon-Larsen citados por Oliveira e Veiga (2005), relacionaram a idade da menarca com a ocorrência generalizada de excesso de peso em adolescentes norte-americanas de diferentes etnias, e concluíram que a maturação sexual precoce contribui para dobrar a chance de apresentar excesso de peso, o que possivelmente ocorreu em nosso estudo.

    A mesma afirmação apareceu nos estudos de Monteiro; Victoria; Barros (2004) e Terres et al. (2006), que descreveram que as adolescentes que maturam sexualmente mais tarde apresentam menos excesso de peso do que as que maturam precocemente.

    Já no estudo de Guedes; Guedes (1998), a maior prevalência de adolescentes obesas se deu nos 16 e 17 anos de idade, diferenciando-se de nossa pesquisa. Apontando o fato de que, com o advento da puberdade, as moças passam a apresentar crescentes aumentos na quantidade de gordura corporal.

    A prevalência de excesso de peso e obesidade foi maior no sexo masculino, com 21,8% e 7,0%, respectivamente. Apresentando, o sexo feminino, 17,5% com excesso de peso e 5,7 com obesidade.

    Os resultados encontrados no presente estudo estão de acordo com as informações descritas na literatura. Pesquisas relatam que a proporção de meninos com excesso de peso e obesidade é maior do que a encontrada em meninas (FONSECA; SINCHIERI; VIEGA, 1998; BABALAN; SILVA, 2001).

    Uma possível explicação para tal fato é a maior preocupação entre as adolescentes femininas com a imagem corporal (BALABAN; SILVA, 2001). Outro fator é o habito de omitir refeições, especialmente o desjejum, juntamente com o consumo de refeições rápidas, que fazem parte do estilo de vida dos adolescentes, sendo considerados comportamentos importantes que podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade (FONSECA; SICHIERI, VEIGA, 1998).

    Outras pesquisas, porém, não encontraram diferenças estatísticas significativas entre os sexos quanto á prevalência de excesso de peso e obesidade em adolescentes (SUÑÉ et al., 2007; ABRANTES; LAMOUNIER, COLOSIMO, 2002).

    Já o estudo de Guedes; Guedes (1998) encontrou maior prevalência de moças obesas, se comparada com rapazes, na faixa dos 16-17 anos.

    Com a relação á investigação das classes socioeconômicas dos adolescentes participantes do estudo, constatou-se que, em ambos os sexos para todas as idades, os percentuais mais elevados se concentraram nas classes C2 e D. Isso se deve ao fato de que a maioria das escolas utilizadas para a realização da pesquisa eram públicas (cinco), enquanto que apenas uma fazia parte da rede particular de ensino.

    De acordo com o estudo de Suñé et al. (2007), realizado na cidade de Capão da Canoa – RS, foi encontrada a prevalência de excesso de peso e obesidade de 25,7% na escolas municipais, 17,1% nas escolas estaduais e de 39,2% nas particulares.

    Oliveira; Veiga (2005), destacam que, no Brasil, em 1989, foi observado maior prevalência de excesso de peso em adolescentes de nível de renda mais alto, todavia, em estudos locais, verificou-se o inverso. Em estudos de tendência de excesso de peso/obesidade em adultos brasileiros, demonstrou-se que a prevalência vem diminuindo em classes sociais mais altas e aumentando nas classes sociais mais baixas.

    Alguns fatores que não foram avaliados nesta pesquisa podem ter interferência na obtenção dos resultados, dentre eles, o nível de atividade física, horas de sono diárias, tempo frente a eletrônicos e hábitos alimentares.

    Sugere-se a realização de outras pesquisas com adolescentes de outras cidades e outros estados do Brasil para melhor interpretação dessas informações e consequentemente realizar a monitoração desses dados em uma fase importante do ser humano.

Conclusão

    Com o objetivo de responder a algumas questões formulou-se o trabalho visando determinar os fatores relacionados ao excesso de peso e obesidade entre os adolescentes de 11 a 17 anos de idade na cidade de Cascavel, Paraná. Os resultados encontrados revelam que houve maior numero de adolescentes de ambos dos sexos com excesso de peso e obesidade nas faixas etárias de 11 a 13 anos de idade, tendo alguns fatores associados como nas meninas que nessas idades encontra-se em período de maturação sexual, e os meninos que estão na fase de estirão de crescimento, após essa faixa etária com o avanço da idade esses valores de excesso de peso e obesidade tendem a alternar os seus valores.

    Em relação ao nível socioeconômico, o maior número de adolescentes avaliados se concentra nas classes C2 e D que são denominadas como classe media-baixa, onde em nossa pesquisa avaliamos o maior número de escolas públicas do que escolas particulares.

    Sabe-se que são inúmeros os fatores que se associam ao excesso de peso e obesidade, contudo observou-se alguns desses fatores, dentre eles que mesmo em uma população de classe media-baixa os índices foram relativamente altos.

Referências

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