efdeportes.com

A criança e o brincar

El niño, la niña y el jugar

 

Graduado Educação Física Licenciatura Plena

Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

(Brasil)

Paulo Sergio Gomes

p.sergio.gomes@ibest.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O presente trabalho vem tratar sobre um assunto extrínseco, mas não tão bem estudado, a criança e a brincadeira. Os principais facilitadores para ela não estar funcionando nos dias de hoje como antigamente, a sociedade e suas armas tecnológicas como um dos maiores malfeitores dessa história. Qual o papel dos pais nesse caminho e o da escola e principalmente o nosso, professores de educação física? Trataremos também do papel da brincadeira na infância e sua influencia no mundo adulto. Com uma busca bibliográfica e também na internet sobre o assunto. Este trabalho teve sua formatação baseada em normas da revista Movimento da Escola de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul que tem por objetivo publicar pesquisas científicas sobre temas relacionados à Educação Física em interface com as Ciências Humanas e Sociais, em seus aspectos pedagógicos, históricos, políticos e culturais.

          Unitermos: Criança. Brincar. Sociedade. Contemporaneidade.

 

Resumen

          Este trabajo ha sido el tratamiento de un tema muy evidente, pero no tan bien estudiado, el niño y el juego. Los principales facilitadores por la que no está funcionando hoy como en el pasado, la sociedad y sus armas tecnológicas como uno de los mayores criminales de la historia. ¿Cuál es el papel de los padres y la escuela en este sentido y sobre todo de nosotros, los profesores de educación física? Trataremos también del papel del juego en la infancia y su influencia en el mundo de los adultos, con una búsqueda de la literatura en el Internet y también sobre el tema. Este estudio se basó en sus estándares de formato de la revista Movimiento Escuela de Educación Física de la Universidad Federal de Río Grande do Sul, que tiene como objetivo la publicación de la investigación científica sobre temas relacionados con la educación física en las Humanidades y las Ciencias Sociales de la interfaz en sus aspectos pedagógicos, históricos, políticos y culturales.

          Palabras clave: Niños. Juego. Sociedad. Contemporaneidad.

 

Abstract

          This work has been treating about a subject very apparent, but not as well studied, the child and joke. The main facilitators for her to not be working today as in the past, the company and its weapons technology as one of the greatest criminals of this story. What is the role of parents and the school in this way and especially ours, physical education teachers? We will also of the role of play in childhood and its influence in the adult world. With a literature search on the internet and also on the subject. This study was based on their formatting standards of the journal Movement School of Physical Education, Federal University of Rio Grande do Sul that aims to publish scientific research on topics related to physical education in the interface Humanities and Social Sciences in its pedagogical aspects , historical, political and cultural.

          Keywords: Children. Play. Society. Contemporaneity.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 180 - Mayo de 2013. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    Com o passar dos séculos muitas coisas importantes vem se perdendo, tanto pela ação do homem quanto pela ação do tempo. Coisas dentre essas que eram essenciais ao desenvolvimento físico e social do ser humano. Entre essas perdas, podemos dizer que uma das maiores e principais pilares é a brincadeira. Crianças de hoje mal sabem o significado de certos objetos, outras nem tem a oportunidade de saber que eles existem. Isso me motivou a pesquisar por autores que apontassem esse fato, intrínseco em nossa sociedade.

    Algumas experiências durante a jornada acadêmica me nortearam na busca desse conteúdo, um deles o Projeto Social Cidadão coordenado pelo Professor Rosalvo Luis Savitski em 2011, de forma a clarear minha mente no assunto brincar e a sua ligação com a criança. Esse foi o começo do questionamento de como as coisas estavam mudando desde minha época, e não era pouco, parece que elas não vão parar por ai.

    Alguns objetos usados no século passado deixaram de fazer sentido a nossa contemporaneidade, até mesmo alguns pais não sabem para que servem. Mas acima de tudo, a infância em essência vem se apagando como um giz na calçada molhada. A cada dia a criança vem se apropriando mais e mais do mundo adulto/tecnológico e acaba esquecendo-se do brincar.

    Isso em parte, pode ser culpa dos pais ou das crianças mesmo sem o devido interesse, mas além de tudo isso, lá influenciando o andar da carruagem está a sociedade, que manipula e controla praticamente tudo. O filósofo escocês Carl Honoré (2004) dizia que a sociedade competitiva transformou a infância em uma fase de stress comparável à da vida adulta, perdendo assim o brilho de ser criança.

    Honoré (2004) por experiencia de vida percebeu que os pais de hoje em dia mantem uma pressão exagerada em cima dos filhos, mirando sempre que eles ocupem posições no topo satisfazendo assim suas proprias realizações pessoais, isso foi esposto no livro de pesquisas "Sob Pressão" (Ed. Record, 2004) no Brasil. Então seguindo o pensamento de quem rouba a infancia da criança são os pais em conjunto com a sociedade, ficamos no paradigma de como resolver isso que está entrelaçado em nossas vidas. Há claro varios “porém (s)” de como isso acontece, a velocidade com que acontece e como isso influencia a vida adulta dessa criança.

    Tudo nos leva ao papel do brincar na infancia, e como ele pode não resolver, mas amenisar esse problema, ou ao mesmo atrasar esse processo que não poder ser visto nem quantificado, mas é muito contagioso.

    Honoré (2004) diz que estamos passando por um momento impar na história onde devemos dar ao nossos filhos uma infancia “perfeita”. Varios fatores convergem para termos essas percepção a globalização é a principal que trouxe mais competição e incertezas sobre o mercado de trabalho, o que nos deixa mais ansiosos em preparar os nossos filhos para a vida adulta e competitiva. A cultura do captalismo alcançou o apogeu nos últimos anos. O próximo passo é criar uma cultura de expectativas elevadas: dentes, cabelos, corpo, casa, estudos, tudo deve ter perfeição. E crianças cada vez mais “perfeitas”, fazem parte desse retrato, como diz o autor “É uma cultura do tudo ou nada.” Ou voce é rico ou pobre, ou feio ou bonito, o influente ou esquecido, ou legal ou chato, acabamos perdendo os meio termos e queremos que nossos filhos tambem percam.

    O objetivo desse artigo é desvendar o porque a sociedade mudou, as brincadeiras mudaram e/ou deixaram de existir. Qual o papel da criança na sociedade e como podemos reverter esse fato nas escolas e principalmente nas aulas de educação fisica, diminuindo essa pressão do mundo adulto com a brincadeira na criança/aluno.

A criança na sociedade

    Em cada período de desenvolvimento da sociedade construíram-se concepções diferentes em relação à infância. O estudo desta história possibilita refletir sobre o modo de relação atual desse universo com a criança. Philippe Ariès (Blois, 21 de julho de 1914 - Paris, 8 de fevereiro de 1984) foi um importante historiador francês da família e infância. No seu trabalho “A história Social da Criança e da Família”, demonstra que o surgimento de um discurso sobre a infância está vinculado à emergência da percepção da especificidade do infantil na modernidade. Ariès nos diz que a infância não existia na Antiguidade, o que existia era o ser pequeno, visto como um adulto em miniatura, o qual participava de todas as atividades do mundo adulto. A diferenciação “adulto-infância” não existia, sendo que as crianças eram consideradas adultos imperfeitos. A criança era indistinta dos adultos, nos trajes, brinquedos, jogos, trabalho, linguagem, sexualidade, diferindo das outras pessoas apenas por serem menores. Não tinham um estatuto específico, ou seja, participavam livremente na rua dos eventos do cotidiano e de todas as atividades da comunidade: ritos, costumes, festas, lutas, jogos, e assim, elas cresciam. Também não havia uma preocupação de excluí-las das conversas dos adultos, havendo certo desleixo, sendo comum dormirem na mesma cama com os pais ou com criados que cuidavam delas.

    Os brinquedos e as brincadeiras da época medieval eram comuns às crianças e aos adultos. Ariès (1978) afirma que as crianças brincavam normalmente com brincadeiras da idade adulta, ou seja, ao mesmo tempo em que brincavam com bonecas, os meninos de quatro a cinco anos praticavam o arco, jogavam cartas, xadrez e participavam de jogos de adultos. Os adultos brincavam de acender vela com os olhos vendados, como se tivessem 15 anos, além disso, as crianças manuseavam armas sem nenhuma restrição por parte dos adultos.

    Segundo Kishimoto (1999), brinquedo é o objeto que representa certas realidades, é um substituto dos objetos reais, para que possa ser manipulado pelas crianças, sendo todo objeto utilizado para brincar ou jogar. Brincadeira é a ação voluntária e consciente que a criança desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na ação lúdica (KISHIMOTO, 1999). Percebe-se assim, que na época medieval não existia uma separação entre as brincadeiras e brinquedos reservados às crianças e as brincadeiras e jogos dos adultos, os mesmos eram comuns a ambos.

    Com o passar dos anos, algumas especificidades se destacam, como a idade de sete anos, que era a idade fixada para a criança começarem a trabalhar ou entrar na escola. Assim, antes dos sete anos os brinquedos e brincadeiras que predominavam eram bonecas, esconde-esconde, cavalo de pau, cantar, dançar e, após os sete anos, surge como brincadeira a caça, cavalos, armas e teatro e, dessa forma, a criança abandona o traje da infância (ARIÈS, 1978).

    Com o avanço da Revolução Industrial e das novas tecnologias, na segunda metade do século XX, os brinquedos tradicionais foram substituídos por brinquedos de plástico, os quais reproduziam cada vez mais o mundo dos adultos. Aparecem aviões, trens, bonecas na moda, com roupas e acessórios, carros de combate, munições... Brinquedos rápidos e cheios de novas tecnologias: sons, ruídos, com destrezas e piruetas.

    Mais a frente no tempo, e principalmente com a invenção da imprensa, percebeu-se um maior destaque em relação à criança, pois diante dessa invenção ocorreu a divisão entre os que sabiam ler e os que não sabiam. Assim, as crianças foram sendo excluídas do mundo adulto, mas incluídas em um novo mundo destinado só para elas. Sob esse aspecto, Neil Postman professor da Universidade de Nova York, escreveu mais de duas dezenas de livros, traduzidos para mais de trinta países. Boa parte deles trata da conexão entre mídia e educação, com destaque especial, na avaliação do próprio autor seu livro “O desaparecimento da infância, livro publicado no Brasil, em 1999, afirma que “como as crianças foram expulsas do mundo adulto, tornou-se necessário encontrar outro mundo que elas pudessem habitar. Este outro mundo veio a ser conhecido como infância.”

A criança e a brincadeira

    O brincar é essencial para a vida da criança, pois estabelece uma conexão entre o mundo imaginário e o mundo real, só que devido aos problemas sociais citados acima esse lúdico da brincadeira vem se perdendo.

    Pode-se entender segundo Vygotsky que quando a criança brinca, não há apenas uma repetição de eventos vistos ou ouvidos. A criança cria, combinando o antigo com o novo. Porém, a base da criação é a realidade da qual extrai elementos, pois a construção imaginária não parte do nada. Estes elementos da realidade podem ter sido adquiridos não só pela experiência direta do individuo, mas também pela experiência social adquirida por relatos e descrições (Vygotsky, 1984). Esses são fatores importantes e que podem influenciar a vida adulta da criança com a sociedade e com a sua família de modo positivo ou negativo.

    As crianças quando brincam estão totalmente envolvidas e compenetradas. Este aspecto apontado por Huizinga (2008) diz respeito ao lado cômico do jogo, ao riso, ao lúdico, que se contrapõe ao trabalho, que em nossa sociedade é concebido como algo sério e dicotômico do brincar. E muitas vezes não é entendido pela mesma. Por isso muitas vezes, a criança é vista como ser sem pensamento ou papel social.

    Sabe-se, que a família é o primeiro meio de socialização da criança, em que ela receberá a base inicial do que consiste a vida em sociedade, quer seja um grupo constituído segundo a estrutura nuclear moderna que a sociedade como um todo tem como modelo, ou organizada de acordo com outras possibilidades. Inegavelmente, o lúdico é um instrumento que permite a inserção da criança na cultura e através do qual se pode permear suas vivências internas com a realidade externa. É um facilitador para a interação com o meio, embora seja muito pouco explorado pelas famílias seja qual for o nível socioeconômico, que em decorrência de alguns fatores, como por exemplo, rotina de trabalho intensa, deixam de estreitar momentos de prazer através do simples ato de brincar com os filhos. Sou participante ativo do Programa Esporte e Lazer da Cidade de Santa Maria (PELC), patrocinado pelo Ministério do Esporte no Rio Grande do Sul trabalhando como agente social, em uma das minhas aulas com turmas de crianças (entre 7 e 12 anos) questionei-os: Vocês convidam seus pais para brincar com junto? A resposta surgiu imediatamente... “Claro que Não, professor”! Não fiquei surpreso.

    A falta de uma estrutura familiar acarreta ausência ou deficiência das funções e papéis dos indivíduos. Os pais trabalham excessivamente, a mãe sai para o mercado de trabalho, então, sobra pouco tempo para brincar com a criança. Para minimizar o sentimento de culpa, os pais acreditam na recompensa material: dar um brinquedo, comprar um novo DVD, colocar o vídeo-game no computador, enfim, oferecer brinquedos para que a criança possa se ocupar. Acredito que abordar o tema do lúdico junto ao contexto familiar (que é uma das funções do agente social do PELC), uma vez que tal abordagem pode direcionar para estratégias que promovam a intergeracionalidade.

    Realmente sabe-se pouco a respeito do brincar das crianças, bem como a respeito da visão dos familiares e de suas interações com os seus filhos em atividades lúdicas. A brincadeira como queimada, cabra-cega, barra-manteiga, amarelinha, pular corda, entre tantas outras, fazem parte da lembrança de muitas pessoas, mas infelizmente, não constam no repertório infantil de hoje. Ultimamente as crianças estão brincando menos. Além da falta de tempo dos pais, em virtude do trabalho, se destaca também a preparação precoce das crianças para o mercado de trabalho (cursos de inglês, espanhol, informática, etc.), o número reduzido de filhos por família, a violência encontrada nas ruas, moradias cada vez menores, as novas tecnologias que fazem brinquedos, eletrônicos e aparelhos de informática de última geração, e claro, a televisão que fascina e encanta a maioria da população. Tais motivos explicam, mas não podem ser aceitos, já que brincar é essencial para a vida das crianças.

    A inserção da criança no mundo se dá por meio de trocas, e as maneiras de ensinar a criança a existir como um ser social pode ser considerado como práticas educativas. Para Szymanski (1998):

    As práticas educativas ocorrem de maneira informal ou mesmo sem um planejamento explícito, porém, vinculadas a uma imensa gama de situações de vida. É num montante de atividades estimuladoras fornecidas pela família, que se dá o fenômeno da brincadeira, dos jogos e dos muitos brinquedos que podem auxiliar os pais na educação da criança. (SZYMANSKI, 1998. Práticas Educativas na família. São Paulo; manuscrito não publicado)

A criança e a Educação Física (escola, formação e pedagogia)

    Com o advento da sociedade industrial no final do século XVIII, início do século XIX, na qual predominava a produção de bens em grande escala, a atividade lúdica modifica-se: ela torna-se segmentada, passa a fazer parte especificamente da vida das crianças; ao mesmo tempo torna-se "pedagógica" entrando na escola com objetivos educacionais. Estes fenômenos são acompanhados do surgimento do brinquedo industrializado, a institucionalização da criança, um movimento da mulher para o mercado de trabalho que, aliado à falta de espaço e segurança nas ruas das grandes cidades, transformam o brincar em uma atividade mais solitária e que acontece em função do apelo ao consumo de brinquedos.

    Dando um passo a mais nessa história, chegamos aos dias de hoje, há cada vez mais tecnologias, onde visam facilitar a vida de todas as formas e isto está dominando o mundo e nós inseridos nessa sociedade pós- industrial, onde as principais características passam pela produção de serviços, informática, estética, símbolos e valores. Neste mundo globalizado vivenciamos grandes contradições: grandes avanços nas comunicações, uma aceleração descontrolada. Informações e descobertas; o aumento da longevidade do ser humano graças aos avanços da medicina; um aumento crescente do desemprego e como conseqüência mais tempo livre; incremento da violência e uma visível piora na qualidade de vida; crescente poluição de lixo, visual e sonora, o que tem levado a mudanças climáticas.

    Há, ao mesmo tempo, uma necessidade e um movimento do ser humano para o resgate das suas raízes mais profundas, das suas razões de ser e existir; uma "fome" de auto-desenvolvimento para não sermos devorados pelos incomensuráveis estímulos que o cotidiano nos apresenta.

    É dentro desse contexto que o brincar oferece-nos a possibilidade de tornarmo-nos mais humanos, abrindo uma porta para sermos nós mesmos, poder expressar-nos, transformar-nos, curar, aprender, crescer. E é diante desse fato que começamos a tratar do papel do professor nessa história.

    Um dos pilares fundamentais que temos quando crianças é a escola, ela exerce uma função primordial no desenvolvimento do ser humano, pois muitas vezes a criança passa mais tempo na escola do que com sua família. Já adentrando no mundo escolar, temos que citar o papel do professor nessa grande bola de neve. Cada um tem sua didática, sua forma de ensinar, ou reproduzir e supõe-se que todos tenham uma pedagogia compreensiva a tal situação (sociedade de consumo) e não piore ainda mais o quadro visto acima. Além disso, o professor precisa perceber que também há um segundo lado, que as oportunidades a tecnologia ainda não chegaram e as chances não são as mesmas.

    Dornelles (2005) salienta que a infância da atualidade não é só a infância das novas tecnologias, há também aquela infância que é diferente da idealizada, aquela que está à margem de tudo, ou seja, das novas tecnologias, dos games, da Internet. Crianças e adolescentes que estão, muitas vezes, fora de suas casas, sem acesso aos produtos de consumo, que sobrevivem nos bueiros da vida urbana. Como lidar com tudo isso? Projetos sociais auxiliariam nesse papel, e a educação física, tem um papel nesse ambiente já tão desgastado da sociedade? E como começar? Por onde?

Conclusão

    A melhor forma de lidar com tudo isso é simplesmente não ignorar que já estamos entranhados na tecnologia e nas mídias, o papel do professor, principalmente o de educação física é tecer um caminho ao aluno pensar e ser critico sobre o que acontece ao seu redor. Para assim que eles mesmos (alunos) percebam a funcionalidade de tal tecnologia e a aplicá-la da forma mais amena possível. Projetos sociais voltados para a área do esporte e lazer “recolheriam” as crianças desse mundo midiatizado e as colocaria em um ambiente mais saudável e lúdico, longe da individualidade causada pela sociedade capitalista. Um desses programas é o PELC citado acima, onde ainda participo com agente dessa busca de direito ao autoconhecimento.

    Acredito que para darmos o primeiro passo é necessária uma renovação dos professores das escolas, pois esses já acomodados com suas vidas e seus cotidianos não utilizariam nenhum tipo de formação a eles prestada, há um bom pessoal novo entrando nas escolas e tentando amenizar a situação caótica com idéias e ideais diferentes ao do passado.

    No fim das contas para finalizar nosso artigo, podemos perceber que todas as coisas estão ligadas de certa forma, como tudo nada vida é uma conseqüência. A tecnologia tirando o melhor do brincar da infância; professores acomodados e sem vontade de mudar; escolas confinadas as mídias e reprodutoras do capitalismo, conseqüentemente aulas de educação física sem nenhuma didática, visando somente o desempenho causando mais “fome” de auto critica.

    Sabe-se da abrangência do tema aqui discutido, família, sociedade, criança, infância, lúdico, brincadeira, brinquedos, entretanto, espera-se com este trabalho, contribuir para que novas e mais aprofundadas investigações sejam elaboradas e que pontos ainda não clarificados tomem espaço em futuras discussões e pesquisas. Possivelmente utilizaremos os dados reunidos nesse artigo para uma futura pesquisa com base nesta evolução do brincar e qual o estado estamos em Santa Maria.

Referencias

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 18 · N° 180 | Buenos Aires, Mayo de 2013  
© 1997-2013 Derechos reservados