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Avaliação dos parâmetros físico-químicos de gel a base de peróxido de benzoíla manipulado pelos acadêmicos do curso de farmácia das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, FIPMoc

Evaluación de los parámetros físico-químicos de gel a base de peróxido de benzoilo manipulado por los 

estudiantes del curso de farmacia de las Facultades Integradas Pitágoras de Montes Claros, FIPMoc

 

*Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros – FIPMoc

**Faculdade de Saúde Ibituruna – FASI

***Faculdades Santo Agostinho – FASA

****Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES

*****Faculdade Anhanguera de Brasília – ANHANGUERA

Universidade de Brasília – UnB

******Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM

(Brasil)

Ronilson Ferreira Freitas*

Tahiana Ferreira Freitas**

Eurislene Moreira Antunes Damasceno* **

Thaisa Almeida Pinheiro* ***

Vanessa de Andrade Royo* ** ****

Anna Maly de Leão e Neves Eduardo*****

Tereza Cristina Catrink Pimenta Gonçalves* ******

ronnypharma@bol.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: Entre os medicamentos utilizados no tratamento da acne, o peróxido de benzoíla é um antimicrobiano que tem vindo a ser usado com maior freqüência. Objetivo: Avaliar parâmetros físico-químicos de gel a base de peróxido de benzoíla manipulado pelos acadêmicos do curso de farmácia das FIPMoc. Metodologia: Foi manipulado um gel de peróxido de benzoíla a 5%, logo em seguida as amostras do gel foram embasadas em recipiente adequado e identificadas. Posteriormente realizou-se o controle de qualidade das amostras através de testes físico-químicos. Foram avaliados os parâmetros: aspecto, cor, odor, pH e temperatura. Resultados: Em ambas as amostras do gel com coloração foi possível observar um aspecto granuloso no 1°, 8° e 16° dias. No teste da coloração, a partir do 8° dias, as amostras com corante apresentaram uma coloração levemente modificada, mas apresentaram o mesmo cheiro característico. A temperatura das amostras permaneceram inalteradas, entretanto, na amostra 1, foi possível observar um aumento no pH a partir do 8° dia, já no pH da amostra 2 houve uma queda a partir do 8° dia. Nos testes realizados no gel sem corante, nas duas amostras foi possível observar um aspecto granuloso, ambas as amostras apresentaram coloração normal, e apresentaram odor característico, na medida do pH, a amostra 1 a partir do 16° dia foi observado uma diminuição no pH, e na amostra 2, a partir do 8° dia, foi possível observar uma queda na leitura do pH,. A temperatura de ambas as amostras permaneceram constantes. Conclusão: A partir da analise físico-química, conclui-se que o gel manipulado pelos acadêmicos estava dentro dos padrões de controle de qualidade, e que este gel não apresentou mudanças muito significativas em relação aos aspectos analisados.

          Unitermos: Parâmetros físico-químicos. Controle de qualidade. Peróxido de benzoíla.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 177, Febrero de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A acne é uma doença inflamatória crônica (ARRUDA et al., 2009), e é mais freqüente durante a adolescência, uma vez que, nessa fase, os folículos pilos sebáceos, principalmente os localizados na face e no tronco, tornam-se mais desenvolvidos (LORCA, 2007). Os fatores envolvidos na etiopatogenia da doença são: a retenção de células (ceratinócitos) nos ductos dos folículos; modificações na flora bacteriana local; produção de inflamação e aumento da secreção sebácea. Esse último, bastante relevante, decorre da estimulação hormonal androgênica, que, segundo alguns autores, é função de uma maior produção glandular hormonal ou de uma maior ligação desses hormônios aos receptores intracelulares cutâneos, esse meio se torna propício ao desenvolvimento de bactérias, predominantemente o Propionibacterium acnes (P. acnes), que altera a composição lipídica do sebo. Além disso, a resposta imunológica ao P. acnes e a hiperseborreia com seus lipídeos pró-inflamatórios parecem estar envolvidas na formação do processo inflamatório que causa as pápulas, pústulas e nódulos (ARRUDA et al., 2009). Na fase adulta, esses fatores tendem a ser atenuados, com conseqüente redução da ocorrência da acne. No entanto, alguns autores têm estudado a influência de outros fatores, como a ação de neuromediadores e hiperandrogenia, na persistência dos quadros de acne além do período de adolescência, bem como no surgimento tardio da doença (TEIXEIRA; FRANÇA, 2007, COSTA; MOISÉS; LAGE, 2010).

    A acne tem habitualmente um efeito psicológico de curto prazo, mas com potencialidade de se manter e que pode tornar-se grave. Diminuição da auto-estima e da auto-confiança podem conduzir a afastamento social e mesmo a depressão. Não tratada a acne severa ou nódulo-quística pode dar origem a cicatrizes inestéticas ou mesmo desfigurantes, as quais são, por si próprias, difíceis de tratar (FIGUEIREDO et al., 2011). Sendo assim, segundo Santos, Empis (2011), as doenças da pele são motivo de consulta em cerca de 10 a 15% das consultas de medicina geral e familiar. Contudo, em vista da rotina conturbada e da rapidez dos atendimentos nos consultórios médicos, prejuízos à saúde mental podem ser subdiagnosticados em detrimento do foco da consulta. O dermatologista, então, deve estar preparado para receber, identificar e encaminhar o paciente com tais agravos para o devido acompanhamento psiquiátrico ou psicológico (RIBAS; OLIVEIRA; RIBEIRO, 2008).

    Os tratamentos clássicos preconizados para a acne objetivam corrigir um ou mais fatores envolvidos na gênese do processo. A escolha dependerá da gravidade e extensão da doença. Apresentações clínicas pouco inflamatórias e não extensas são tratadas, em geral, com medicamentos tópicos: peróxido de benzoíla (PB), retinoides ou ácido azelaico. Para os casos mais graves e extensos, utilizam-se medicamentos sistêmicos: antibióticos, antiandrógenos ou isotretinoína. (LOURENÇO, 2011; HERANE, 2005).

    Em relação aos medicamentos tópicos, o peróxido de benzoíla é um antimicrobiano que tem vindo a ser usado com crescente freqüência na acne inflamatória ligeira a moderada (FIGUEIREDO et al., 2011). A ação bactericida do peróxido de benzoíla, é por ele liberar oxigênio gradualmente, além de que, supõe-se que este atue também reduzindo as enzimas bacterianas, do tipo lípase, que são responsáveis pela formação de ácidos graxos livres irritantes. Também tem ação queratolítica e antiseborréica. O peróxido de benzoíla é um potente agente oxidante, e é convertido na pele em ácido benzóico (LOURENÇO, 2011).

    Diante deste pressuposto, o objetivo deste estudo foi avaliar parâmetros físico-químicos de gel a base de peróxido de benzoíla manipulado pelos acadêmicos do curso de farmácia das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros – FIPMoc.

Metodologia

    O material empregado em ensaios foi produzido e/ou manipulado em um único lote, usando as mesmas matérias-primas, para não haver possibilidade de interferência na estabilidade do sistema se as matérias-primas forem de diversos fornecedores e apresentarem prazos de validade diferentes. Sendo assim, para os ensaios serem realizados em duplicatas, foram preparados em dois lotes. Em estudos de estabilidade deve ser assegurada a quantidade de material necessária para produzir amostra suficiente para a realização de todos os ensaios (ISAAC et al., 2008). O material analisado foi manipulado no Laboratório de Cosmetologia das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros – FIPMoc, por um grupo de acadêmicos do curso de graduação em Farmácia.

Preparo do Gel de Carbopol

Gel de Carbopol

Constituintes

[ ]

Carbopol 940

1%

Metilparabeno

0,15%

E.D.T.A

0,1%

Propilenoglicol

5%

Trietanolamina

qs

Água qsp

120g

Técnica

    Verteu a água em um béquer, em seguida adicionou o E.D.T.A. e agitou até a completa solubilização. Solubilizou o metilparabeno em q.s. de álcool e verteu-o na água. Logo em seguida, adicionou o propilenoglicol, homegeneizou e dispersou o carbopol 940 lentamente e sob agitação vigorosa. Deixou em repouso até a completa hidratação do carbopol e logo após neutralizou com q.s. de trietanolamina (pH 6,0-7,0). O gel de carbopol foi embalado e rotulado.

Preparo do Gel a Base de Peróxido de Benzoíla

Gel Antiacne

Constituintes

[ ]

Peróxido de benzoíla

5%

Gel de carbopol qsp

120g

Técnica

    Triturou o peróxido de benzoíla em um gral e levigou-o com q.s. de propilenoglicol. Adicionou o gel e homogeneizou. O gel a base de peróxido de benzoíla foi dividido em quatro amostras, sendo duas com corante e duas sem corante, que depois de armazenados me recipiente próprio e rotulados foram guardados em ambientes diferentes.

Análise de parâmetros físico-químicos

    Os testes físico-químicos foram realizados no Laboratório de Físico-química da mesma instituição. Para esta análise utilizou-se os seguintes parâmetros: aspecto, cor, odor, pH e temperatura. Os testes foram realizados no dia em que foi manipulado o gel, no 8° e 16° dias após a manipulação.

Aspecto

    A amostra deve ser analisada, a fim de avaliar as características macroscópicas para verificação de sinais de instabilidade. A não ocorrência de separação de fases, de precipitação, de turvação, deve ser indicativa de estabilidade da amostra ensaiada. O aspecto pode ser descrito como granulado, pó seco, pó úmido, cristalino, pasta, gel, fluido, viscoso, volátil, homogêneo, heterogêneo, transparente, opaco e leitoso. A amostra pode ser descrita como normal, sem alteração; levemente separada, precipitada, turva; separada, precipitada, turva (ISAAC et al., 2008).

Cor

    A colorimetria deve ser realizada pela comparação visual, sob condições de luz branca. A comparação visual da cor da amostra ensaiada com a cor do padrão deve ser realizada em cerca de 5 g da amostra acondicionados em frascos iguais. A fonte de luz empregada deve ser a luz branca, natural. A amostra pode ser classificada, em relação à cor em: normal, sem alteração; levemente modificada; modificada; intensamente modificada (ISAAC et al., 2008).

Odor

    O odor da amostra ensaiada deve ser comparado ao odor do padrão, diretamente através do olfato. A amostra pode ser classificada, em relação ao odor em: normal, sem alteração; levemente modificado; modificado; intensamente modificado (ISAAC et al., 2008).

pH

    A determinação do pH deve ser realizada em uma dispersão aquosa a 10% (p/p) da amostra ensaiada em água recém destilada, usando peagômetro digital, avaliando a diferença de potencial entre dois eletrodos imersos na amostra em estudo (BRASIL, 2004). O eletrodo deve ser inserido diretamente na dispersão aquosa (FARMACOPÉIA BRASILEIRA, 2001) e valores mantidos entre 5,5 e 6,5, compatíveis com o pH cutâneo, devem ser usados como critério de estabilidade (ISAAC et al., 2008).

Temperatura

    Em embalagem adequada, semelhante àquela a ser usada para a comercialização do produto cosmético, 10 g da amostra devem ser submetidos a condições extremas de temperatura, como 5 ºC e 45 ºC, para detecção de sinais de instabilidade a mudanças de temperaturas e sob manutenção de temperaturas baixas e elevadas por um determinado intervalo de tempo. A não ocorrência de separação de fases deve ser indicativa de estabilidade do produto ensaiado (ISAAC et al., 2008).

Resultados e discussão

    Os ensaios de Controle de Qualidade têm por objetivo avaliar as características físicas, químicas e microbiológicas das matérias-primas, embalagens, produtos em processo e produtos acabados. Assim, a verificação da conformidade das especificações deve ser vista como um requisito necessário para a garantia da qualidade, segurança e eficácia do produto e não somente como uma exigência regulatória (ANVISA, 2008).

    O Controle de Qualidade, considerado um conjunto de atividades destinadas a verificar e assegurar que os ensaios necessários e relevantes sejam executados e que o produto não seja disponibilizado para uso e venda até que cumpra com a qualidade preestabelecida, não deve se limitar às operações laboratoriais, mas abranger todas as decisões relacionadas à qualidade do produto (ANVISA, 2008).

    Um cosmético, principalmente os manipulados, devem passar por várias etapas de pesquisa, incluindo proposição, criação e desenvolvimento, além de que devem ser desenvolvidos os testes de estabilidade, para assegurar a atividade durante toda sua vida útil. Existem várias alterações que pode cometer os produtos manipulados, sendo que estas alterações podem ser extrínsecas ou intrínsecas, as alterações extrínsecas são aquelas ao qual estão relacionadas a fatores externos aos quais o produto está exposto (tempo, temperatura, luz e oxigênio, umidade, material de acondicionamento, microrganismos e vibração) e intrínsecas, que são aquelas alterações provocadas pela natureza das formulações, e normalmente está relacionada com a incompatibilidade física e incompatibilidade química, como, por exemplo, pH, reações de óxido-redução, reações de hidrólise, interação entre ingredientes da formulação e interação entre ingredientes da formulação e o material de acondicionamento (ISAAC et al., 2008).

    Neste estudo, foi manipulado pelos acadêmicos do Curso de Graduação em Farmácia das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros, amostras de Gel a base de Peróxido de Benzoíla, em duas amostras do gel, foi adicionado um corante, permanecendo duas amostras sem corante, e após a manipulação, realizou-se alguns testes físico-químicos, a fim de realizar o Controle de Qualidade destes produtos. Os testes procederam-se no dia da manipulação, oito e dezesseis dias após está, foram realizados os mesmos testes. Os testes realizados foram o aspecto, cor, odor, pH através do phmêtro, milivoltagem, temperatura e estresse térmico. Os resultados foram apresentados em forma de tabelas ( Tabela 1 e Tabela 2).

Tabela 1. Gel a base de Peróxido de Benzoíla com Corante

Tabela 2. Gel a base Peróxido de Benzoíla sem Corante

    Tanto na amostra 1, quanto na amostra 2 do gel com coloração, foi possível observar um aspecto granuloso no 1°, 8° e 16° dias, significando que estas amostras não sofreram nenhuma alteração no aspecto durante o passar dos dias. No teste de coloração, a partir do 8° dias, ambas as amostras com corante apresentaram uma coloração levemente modificada, e a amostra 1, em todo o período de realização dos testes, apresentou o mesmo cheiro, odor característico ao do produto manipulado, entretanto, a amostra 2, no 8° dia do teste, apresentou um odor levemente modificado. A temperatura no 1°, 8° e 16° dias na amostra 1 permaneceu inalterada, entretanto, nesta amostra, foi possível observar um aumento no pH a partir do 8° dia, onde no 1° e no 8° dia, leu-se um pH igual a 4,56, entretanto, no 16° dia, o pH estava em torno de 4,61, foi possível observar também uma variação no milivolts, que até no 8° dia estava de 149, e no 16° dia estava na faixa de 151. A temperatura na amostra 2 também permaneceu constante durante todo o experimento, já no pH da amostra 2 houve uma queda a partir do 8° dia, no 1° e 8° dias, o pHmêtro leu-se 4,63, entretanto, no 16° dia, utilizando o mesmo pHmêtro, o pH foi lido em 4,56. A milivoltagem aumentou, uma vez que nos 1° e 8° dias, lêu-se uma milivoltagem de 144, e no 16° dia, a milivoltagem lida foi de 152.

    Nos testes realizados no gel sem corante, tanto na amostra 1 quanto na amostra 2, foi possível observar um aspecto granuloso, no teste de coloração, ambas as amostras apresentaram coloração normal, e no teste de odor, o resultado apresentado também foi normal, na medida do pH, a amostra 1 no 1° e 8° dias, mediu um pH de 4,85, entretanto, no 16° dia foi observado uma diminuição no pH (pH= 4,79). Na amostra 1 do gel sem coloração, foi possível observar também um aumento na milivoltagem, onde no 1° e 8° dias, leu-se uma milivoltagem de 132, já no 16° dia, a milivoltagem foi lida, e o valor encontrado foi 139. Na amostra 2, a partir do 8° dia, foi possível observar uma queda na leitura do pH, onde no 1° e 8° dias, o pH estava em torno de 4,91, já no 16° dia, foi possível ler o pH, e este estava na faixa de 4,89, foi possível observar nesta amostra um aumento na milivoltagem, onde no 1° e 8° dia, a amostra mediu uma milivoltagem no valor de 133, já no 16° dia, a milivoltagem estava de 139. A temperatura de ambas as amostras permaneceram constantes, e o estresse térmico, que foi medido a partir do 8° dia, também permaneceram constantes.

    O uso de material de origem natural em cosméticos tem evoluído bastante, entre eles, podem ser citados os extratos vegetais, óleos vegetais, óleos essenciais e seus derivados que são incorporados nas formulações, agregando nestes produtos bioatividade, funcionalidade e apelo de marketing (GALEMBECK; CSORDAS, 2011).

    Nos últimos anos, tem sido possível observar que a indústria cosmética tem lançado produtos contendo ingredientes naturais, mas ainda não se tem uma definição precisa do que venha a ser o termo produtos naturais, um vez que um meio define natural, como substância advinda de fonte vegetal renovável e que não apresenta nenhuma alteração química, entretanto, outra definição, mais ampla, considera natural a substância ou seus derivados sintéticos de origem natural, o que poderia englobar todas as matérias-primas, uma vez que podem ser reduzidas a uma origem ou outra, entre os reinos animal, mineral ou vegetal (ISAAC et al., 2008).

    Ensaios físico-químicos são operações técnicas que consistem em determinar uma ou mais características de um produto, processo ou serviço, de acordo com um procedimento especificado. Os equipamentos devem ser submetidos à manutenção e à calibração/aferição periódicas, de acordo com um programa estabelecido pela empresa, de forma a garantir que forneçam resultados válidos. A fm de garantir a rastreabilidade dessas ações, todos os documentos e registros referentes a elas devem ser mantidos nos arquivos da empresa (ANVISA, 2008).

    Através de ensaios físico-químicos, é possível verificar alguns parâmetros que são indicadores e asseguram um Controle de Qualidade para o consumidor está utilizando o produto de uma maneira segura. Parâmetros como: aspecto, cor, odor, pH, temperatura, e estresse térmico, são testes rápidos e simples mas com grande significância na parte de Controle de Qualidade de Cosméticos. Um exemplo clássico de alterações no produto é a mudança na coloração, uma vez que diversos fatores, tais como: submissão do produto à radiação luminosa, por exposição à luz natural, pode facilitar que o produto apresente mudança de coloração devido à oxidação de seus componentes (ISAAC et al., 2008).

    A coloração de um fitocosmético é importante do ponto de vista comercial, uma vez que pode influenciar a compra, por parte do consumidor, que não se sente atraído pela aparência do produto (GALEMBECK; CSORDAS, 2011). A modificação do odor ocorrido na amostra 2 do gel com coloração, provavelmente pode ter ocorrido por contaminação microbiana, devido ao uso e manejo inadequado do produto, como aplicação com a ponta entretanto, nenhuma alteração visual foi notada nos produtos.

    O valor de pH dos produtos que foram usados para os ensaios que estão sendo apresentados neste trabalho, estão apresentados nas tabelas 1 e tabela 2. Como pode ser verificado, os valores não sofreram alteração muito discrepantes, o que representa a manutenção de valores entre 4,56 e 4,91, em ambas as amostras de cada gel (com e sem coloração), compatíveis com o pH cutâneo. Valores baixos de pH podem está relacionados ao aparecimento de irritação dérmica cumulativa (GALEMBECK; CSORDAS, 2011), e ser devido à degradação de qualquer componente do fitocosmético (ISAAC et al., 2008).

Conclusão

    A partir da analise físico-química, conclui-se que o gel manipulado pelos acadêmicos estava dentro dos padrões de controle de qualidade, e que este gel não apresentou mudanças muito significativas em relação aos aspectos avaliados.

Referências

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 177 | Buenos Aires, Febrero de 2013
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