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Correlação da capacidade física agilidade com o 

IMC em atletas do Campo Grande, MS Rugby Clube

Correlación de la capacidad física agilidad con el IMC en jugadores del Campo Grande, MS Rugby Club

 

*Graduação em Educação Física pelo IESF e professor

da Rede Municipal de Ensino em Campo Grande, MS

**Graduação em Educação Física, Mestre em Educação pela UCDB

Professora da Rede Municipal de Ensino em Campo Grande, MS

Professora do IESF e do IFMS

Prof. Alexsandro Ferreira Lima*

Profª. Ms. Márcia Maria de Azeredo Coutinho**

coutinho_ef@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O Rugby é um esporte em constante ascensão no cenário mundial, a cada ano que se passa o número de praticantes cresce consideravelmente. Um dos componentes mais importantes para o desenvolvimento do mesmo é a agilidade onde o atleta deve se deslocar o mais rápido possível com a mudança de direção. Portanto, o objetivo deste estudo é correlacionar a capacidade física, agilidade com o Índice de Massa Corporal (IMC) em atletas do Campo Grande/MS Rugby Clube. Para isso os avaliados foram submetidos ao teste de IMC e Shuttle Run, obtendo-se os seguintes resultados: IMC com média de 27,8 kg/m2 , sendo 13 avaliados totalizando 81,25% classificados como acima do peso ideal para sua estatura; no Shuttle Run ocorreu média de 10,25 segundos, sendo que 8 atletas, somando 50%, obtiveram resultados acima desta média. Concluiu-se que não houve uma correlação da agilidade com o IMC nesse estudo, pois os resultados de IMC, não interferiram significativamente nos resultados do teste de agilidade.

          Unitermos: Rugby. Agilidade. IMC.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 177, Febrero de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O Rugby1, jogo que nasceu na Europa no século IX numa cidade inglesa, fruto do acaso durante uma partida de futebol, que era disputada entre duas turmas de uma escola pública da cidade e que dá nome ao esporte, está em constante ascensão no cenário esportivo, sendo considerado em algumas cidades e países do mundo como o principal esporte assistido e praticado. O Rugby é um jogo no qual o objetivo é levar a bola para além da linha do in-gol dos oponentes e pressioná-la contra o solo para marcar pontos. (INTERNATIONAL RUGBY BOARD - IRB, 2008)

    Esse esporte está em constante ascensão no Brasil considerando que na década de 80 o número de atletas era de 1.000 (um mil). Agora somente no Estado de São Paulo existem aproximadamente 2.475 (dois mil quatrocentos e setenta e cinco) atletas, entre juvenil, feminino e adulto. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RUGBY - ABR, 2009)

    Um breve histórico mostra que no Brasil o Rugby chegou durante o século dezenove, trazido por Charles Miller que teria organizado em 1895 o primeiro time de Rugby brasileiro em São Paulo, sendo que o primeiro clube a praticar o esporte foi Clube Brasileiro de Futebol Rugby, que foi fundado em 1891. Em 6 (seis) de outubro de 1963 foi fundada em São Paulo a União de Rugby do Brasil, que em 20 (vinte) de Dezembro de 1972 passou a ser chamada de Associação Brasileira de Rugby, sendo reconhecida pelo CND - Conselho Nacional de Desportos. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RUGBY, 2009)

    Em Mato Grosso do Sul existem dois times de Rugby; um em Corumbá que é o Corumbá Rugby Clube e um em Campo Grande, o Campo Grande Rugby Clube. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE RUGBY, 2009)

    Existem algumas variações do jogo de Rugby, como o Sevens, o Tag, Touch, Tip, Flag e Beach Rugby que foram desenvolvidas para permitir que qualquer pessoa possa praticá-lo em diversas circunstâncias com gradual desenvolvimento das habilidades. (INTERNATIONAL RUGBY BOARD, 2008)

    O Rugby Union, que é o mais tradicional e o mais jogado mundo afora. No Rugby Union, o jogo acontece entre duas equipes, cada uma com quinze jogadores e é realizado em dois tempos de quarenta minutos com um intervalo de no máximo dez minutos. (PARRELA et al, 2005).

    No Rugby bola só pode ser passada com as mãos para trás ou para os lados, nunca para frente. A bola pode ser chutada para frente, mas os atletas da equipe do chutador devem estar atrás da bola para poderem participar da jogada. (INTERNATIONAL RUGBY BOARD, 2008)

    O campo do jogo não deve exceder 100 (cem) metros de comprimento e 70 (setenta) metros em largura e ainda deve ter uma área de validação atrás das linhas de fundo que não deve ser maior que vinte e dois metros de comprimento e os setenta de largura. (FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE RUGBY - FPR, 2004)

    Segundo a Federação Portuguesa de Rugby (2004), as bolas são de formato oval e devem ter quatro gomos, devendo ser de couro ou material sintético, para serem mais fáceis de pegar e devem pesar entre 410 (quatrocentos e dez) e 460 (quatrocentos e sessenta) gramas.

    As marcações dos pontos consistem em: Try que vale cinco pontos e é marcado quando a bola é pressionada contra o solo além da linha do in-goal dos oponentes; após a marcação de um Try a equipe pode tentar a Conversão de mais dois pontos chutando a bola sobre o travessão e entre os postes; o Drop-goal que vale três pontos e é marcado quando um atleta chuta para o gol, deixando a bola cair e tocar o solo chutando-a de voleio e por fim a Penalidade, que vale três pontos e é concedida a uma equipe após ocorrer uma infração dos oponentes, podendo a equipe optar por chutar para os postes. (INTERNATIONAL RUGBY BOARD, 2008)

    Os vencedores de um jogo de Rugby serão os atletas da equipe que conseguir colocá-los no espaço criado e utilizá-lo com sabedoria, e que consiga negar aos seus oponentes tanto a posse da bola quanto espaço para utilizar essa posse e consequentemente somar o maior número de pontos ao final da partida. (INTERNATIONAL RUGBY BOARD, 2008)

    Várias são as qualidades físicas de importância para o treinamento do Rugby, tais como: força muscular, resistência muscular, resistência aeróbia, velocidade, flexibilidade e agilidade.

    Baseado nessas informações optou-se neste artigo por avaliar a agilidade dos atletas da equipe do Campo Grande Rugby Clube, um dos componentes da aptidão física relacionada ao desempenho e que é de fundamental importância para a prática do Rugby.

    Marins e Giannichi (2003) afirmam que a agilidade é uma das capacidades físicas mais importantes na prática da Educação Física. E ainda sobre a importância da agilidade, Sobral (1988) citado por Marins e Giannichi (2003) afirma que esta capacidade física é de suma importância em disciplinas esportivas como boxe, tênis, ginástica, handebol, basquetebol, futebol, voleibol e natação.

    Para Gallahue e Ozmun (2005) agilidade é a habilidade de alterar a direção do corpo rápida e precisamente. Com agilidade, podem-se fazer alterações rápidas e precisas na posição do corpo durante o movimento.

    Pitanga (2004) acrescenta ainda que a agilidade é caracterizada pela capacidade de realizar trocas rápidas de direção e deslocamento do centro de gravidade do corpo. Esta definição vai bem ao encontro com o que exige um jogo de Rugby, pois há momentos em que o jogador para não ser derrubado e imobilizado durante uma jogada (ação que todo jogador que está atacando tenta evitar) ele precisa rapidamente mudar de direção para se desvencilhar de seu adversário ou ainda rapidamente passar a bola ao seu companheiro de equipe para que esse prossiga a jogada.

    Tritschler (2003) relata que por muito tempo a agilidade foi associada com as capacidades atléticas em uma variedade de esportes e ainda supõe que a agilidade seja uma combinação de velocidade e equilíbrio dinâmico que mudanças rápidas de direção.

    Por fim, Robergs e Roberts (2002, p.04) definem simples e objetivamente a agilidade como a “capacidade de mudar de direção rapidamente durante o movimento”.

    O problema que guiou essa pesquisa foi se há uma relação direta entre agilidade e composição corporal, ou seja, a estrutura corporal maior ou menor de um atleta influenciaria sua agilidade?

    Malina (2002), diz ainda que a análise da composição corporal é a quantificação dos principais componentes estruturais do corpo humano. Sendo o tamanho e a forma corporais determinados basicamente pela carga genética e formam a base sobre a qual são organizados, em proporções variadas, os três maiores componentes estruturais do corpo humano: osso, músculo e gordura. Esses componentes são também as maiores causas da variação da massa corporal.

    Tritschler (2003), afirma que é importante que se avalie a composição corporal para monitorar a eficiência de programas de treinamento físico, sendo que uma vantagem competitiva pode ser ganha pelo atleta que alcançar um equilíbrio ótimo entre peso de gordura e o peso da massa magra corporal para seu esporte em particular, variando consideravelmente de acordo com o esporte e sexo.

    Para que se possa avaliar a composição corporal são usados inúmeros métodos. Eles podem variar consideravelmente em sua exatidão, instrumentos necessários para a coleta dos dados e também em sua praticidade; havendo prós e contras distintos associados com vários métodos e em geral existe uma combinação de exatidão e praticidade. Entre eles existem as chamadas técnicas paralelas para a avaliação da composição corporal, entre elas está o Índice de Massa Corporal (IMC). (TRITSCHLER, 2003)

    O Índice de Massa Corporal é uma técnica utilizada para verificar o estado nutricional e observar se a pessoa está dentro dos padrões de normalidade com relação ao seu peso e estatura. Conforme Fernandes Filho (2003) o IMC é a razão entre o peso da pessoa (kg) e a sua estatura elevada ao quadrado (m2). Em outras palavras, IMC (kg ÷ m2) é o resultado da divisão do peso da pessoa pelo quadrado de sua altura - IMC= Massa Corporal (Kg) ÷ estatura2 (m).

    De posse das informações de peso e estatura do indivíduo, torna-se necessário que se classifiquem os avaliados. O IMC dos atletas foi classificado conforme as diretrizes estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que consistem em:

  1. IMC abaixo de 18,5 – Abaixo do Peso;

  2. IMC entre 18,5 e 24,9 – Peso Normal;

  3. IMC entre 25,0 e 29,9 – Sobrepeso;

  4. IMC entre 30 e 34,9 – Obesidade Leve;

  5. IMC entre 35 e 39,9 – Obesidade Moderada;

  6. IMC acima de 40 – Obesidade Grave.

    Optou-se pela a escolha da aplicação do protocolo do IMC nesta pesquisa por sua funcionalidade e praticidade, tanto na aplicação dos testes, quanto na disponibilidade de materiais para a realização do mesmo.

    Portanto, em face dessas considerações, o objetivo desse trabalho foi correlacionar a capacidade física, agilidade com o IMC em atletas do Campo Grande/MS Rugby Clube.

Materiais e métodos

    Este estudo caracteriza-se como quantitativo, descritivo e de campo. Foram selecionados 16 (dezesseis) atletas do sexo masculino, com idade entre 13 e 34 anos do time do Campo Grande Rugby Clube, que tem sede na cidade de Campo Grande-MS. Esses atletas treinam de duas a três vezes por semana e participam frequentemente de campeonatos da modalidade referida. Como critério de seleção, os atletas deveriam praticar o Rugby a pelo menos seis meses e serem voluntários para compor as amostras.

    A coleta dos dados foi realizada a partir das 16h30m. O teste de agilidade foi realizado em uma pista de atletismo. Antes da coleta os avaliados receberam informações especificas sobre os testes e os procedimentos para a realização dos mesmos e leram e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Posteriormente, cada avaliado preencheu um cadastro com informações pessoais e uma anamnese sobre a prática de exercícios físicos.

    Para o cálculo do IMC, primeiramente foram mensuradas as estaturas e peso dos atletas. A estatura foi medida com o atleta em posição completamente ereta, com os braços ao lado do corpo e as mãos voltadas para as coxas, descalços, calcanhares encostados e o peso igualmente distribuídos em ambos os pés, os atletas deveriam inspirar profundamente e segurar a respiração enquanto a medida era tomada. O peso foi aferido em uma balança de plataforma nivelada, com os pés descalços, devendo o avaliado estar em posição imóvel e olhando para um ponto fixo a sua frente. Posteriormente os resultados foram aplicados na equação IMC= Massa Corporal (Kg) ÷ estatura2 (m) e classificados de acordo com a tabela de resultados.

    A agilidade foi mensurada utilizando-se o teste da corrida de Vai-e-Vem – o Shuttle Run, desenvolvido por Johnson & Nelson (1979) que teve por objetivo medir a habilidade de correr com mudança de direção do corpo.

    Cada avaliado iniciou o teste na posição em pé, atrás da linha de partida. Ao ser dado o comando “ATENÇÃO; VAI”, os avaliados – um por vez - correram em direção aos blocos, pegavam um, retornando a linha de partida, colocavam o bloco atrás desta linha e repetiram esta movimentação com o outro bloco. Os avaliados deveriam cruzar o mais rápido possível a linha de partida quando do transporte do segundo bloco; os blocos eram colocados no chão e não arremessados, nesse caso o teste deveria ser repetido. Foram dadas duas tentativas com um intervalo de descanso entre elas. O resultado foi o tempo gasto para executar a tarefa, sendo que foi computado o melhor tempo de cada atleta das duas tentativas e estabelecida uma média com esses resultados, de posse dessa média os atletas foram classificados em acima ou abaixo da média.

    Para a coleta de dados foram utilizados uma fita adesiva para demarcar uma área de 9,14 metros entre duas linhas, um cronômetro Kadio KD 1069 com precisão de décimos de segundos e dois blocos de madeira, medindo 5 (cinco) centímetros por 5 (cinco) centímetros por 10 (dez) centímetros, uma trena métrica da marca Songhe Tools SH-E-3016 e uma balança digital da marca Geom H 250 Plenna.

Apresentação e discussão dos resultados

    O objetivo deste estudo foi correlacionar a capacidade física agilidade com o IMC em atletas do Campo Grande/ MS Rugby Clube, utilizando-se a avaliação da composição corporal através do IMC e o teste de agilidade de Shuttle Run, desenvolvido por Johnson & Nelson (1979). A seguir será apresentada a tabela 1, que contém valores referentes às medidas antropométricas e valores de IMC dos atletas da referida equipe.

Tabela 1. Medidas antropométricas e valores de IMC dos atletas do Campo Grande Rugby Clube. n=16

    Na tabela 1 são apresentados resultados médios, mínimos e máximos em relação às medidas antropométricas dos atletas avaliados, onde se pode perceber que em média, os atletas apresentaram um valor médio de 27,08 kg/m2. É importante que se faça uma importante consideração: o menor IMC apresentado na tabela I, que é de 18,80 kg/m2, trata-se de um adolescente de 13 (treze) anos de idade, sendo que este indivíduo está classificado como dentro do peso normal, de acordo com os critérios nacionais de avaliação para o IMC, (ANEXO 5). (PROJETO ESPORTE BRASIL – PROESP-BR, 2007).

    Os resultados encontrados referentes ao IMC foram superiores aos encontrados por Avelar et al (2008), que foram de 24,01 kg/m2 em média, sendo 21,5 kg/m2 o menor valor e 28,7 kg/m2 o maior valor obtido pelos autores.

    Em seguida, na Tabela 2, são apresentadas as classificações referentes aos resultados obtidos pelo IMC.

Tabela 2. Classificação dos avaliados pelo IMC. n (16)

    Pode-se observar na tabela 2 que 3 atletas, ou seja, 18,75% dos avaliados foram considerados dentro do peso ideal, nota-se também que 10 atletas, 62,50% dos avaliados foram classificados como sobrepeso e 3 ou 18,75% encontram-se classificados com obesidade leve. Referente às classificações abaixo do peso, obesidade moderada e obesidade grave, nenhum dos avaliados obtiveram tais classificações. É importante que se observe que 81,25 % dos atletas investigados encontram-se acima do peso considerado pela OMS (2004).

    Na tabela a seguir 3, são apresentados os tempos obtidos pelos atletas por meio do teste de agilidade, o Shuttle Run.

Tabela 3. Resultado do teste de Shuttle Run (seg.). (n 16)

    Assim como sugere o protocolo de Johnson & Nelson (1979), para a mensuração dos resultados do teste de Shuttle Run, foi considerado o melhor resultado das duas tentativas de cada atleta, desta forma sendo estabelecida a média do grupo.

    Analisando a tabela 3, no que se refere aos resultados da aplicação do teste de agilidade, pode-se observar que a média apresentada pelo grupo avaliado foi de 10,25 segundos, esses valores se apresentam superiores em 1,22 segundos quando comparados com os resultados obtidos por Silva e Fernandes Filho (2008), que foram de 9,03 segundos em média, sendo obtidos os valores de 8,80 segundos como o menor tempo e de 9,25 segundos como o maior tempo verificado pelos autores.

    Na tabela 4 são apresentadas as classificações acima e abaixo da média e também a porcentagem referente aos resultados apresentados no teste de Shuttle Run.

Tabela 4. Classificação dos atletas perante a média da agilidade da equipe. n (16)

    Referente a tabela acima, é possível verificar que nas duas tentativas concedidas para a realização do teste de Shuttle Run, e também no resultado final quando se considera os melhores tempos de cada atleta, os números apresentados mantiveram-se os mesmos, 8 atletas equivalente a 50% dos avaliados, apresentaram valores semelhantes tanto para acima como para abaixo da média.

    Portanto, de acordo com os resultados apresentados, infere-se que a classificação de sobrepeso e obesidade dos sujeitos pesquisados não interferiu significativamente na obtenção de uma boa classificação de agilidade. A metade dos sujeitos avaliados, ou seja, 50% conseguiram superar os valores médios de classificação da agilidade da equipe. É importante salientar que nem sempre uma classificação de IMC, apontando para sobrepeso e obesidade é indicativo de falta de algumas capacidades físicas como a de agilidade.

    Tritschler (2003), alerta para que mesmo para adultos e jovens, a relação entre o IMC e a percentagem de gordura é imprecisa, pois uma mulher com um IMC de 23 kg/m2 pode apresentar um percentual de gordura corporal entre 24% e 34,4%; já um homem com IMC de 23 kg/m2 pode apresentar uma variação de 9,3% a 21,3 (24). Isso porque o IMC falha quando distingue entre peso de gordura e o de massa magra, pois possui um valor limitado como método de avaliação de composição corporal. Portanto, o autor recomenda que os profissionais em estudos sobre exercícios e esportes utilizem o IMC com cuidado. O IMC pode ser uma ferramenta paralela valiosa para identificar pessoas que podem apresentar perfis de composição corporal problemáticos.

Considerações finais

    Não houve uma correlação da agilidade com o IMC nesse estudo, pois os resultados encontrados como de IMC com média de 27,8 kg/m2 , sendo 13 avaliados totalizando 81,25% classificados como acima do peso considerado ideal para sua estatura; média de 10,25 segundos no teste de Shuttle Run, sendo que 8 atletas (50%), obtiveram resultados acima desta média, demonstraram que o IMC é um protocolo rudimentar de avaliação da composição corporal. Sendo recomendado para resultados mais precisos métodos mais confiáveis como a pesagem hidrostática ou medida de dobras cutâneas, por exemplo.

    Este estudo contribuiu com uma divulgação do esporte para a comunidade, levando em consideração que o mesmo está em crescimento. Porém, faz-se necessário que existam mais estudos relacionados ao Rugby no sentido de popularizar e também de se desenvolver a prática do mesmo, melhorando o desempenho dos atletas da modalidade e demonstrando que além dos treinos é preciso pesquisas no sentido de divulgar e aperfeiçoar o Rugby.

Nota

  1. Devido à escassez de referências sobre o Rugby, às informações aqui apresentadas são baseadas nos sites da Associação Brasileira de Rugby (ABR), International Rugby Board (IRB) e Federação Portuguesa de Rugby (FPR).

Referências

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  • FACHIN, O. Fundamentos de Metodologia. 4. ed. – São Paulo: Saraiva, 2003.

  • FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE RUGBY. Leis do jogo de Rugby, 2004. Disponível em http://www.fpr.pt. Acesso em 22 de abr. 2009.

  • FERNANDES FILHO, J. A prática da avaliação física. Testes, medidas e avaliação física em escolares atletas e academias de ginástica. 2. ed. – Rio de Janeiro: Shape, 2003.

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  • GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3. ed. – São Paulo: Atlas, 1991.

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  • MALINA, R. M; BOUCHARD, C. Atividade física em atletas jovens: do crescimento à maturação. São Paulo: Roca ltda., 2002.

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  • PARRELA, M. M.; NORIYUKI, P. S.; ROSSI, L. Avaliação da perda hídrica durante treino intenso de rugby. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Rio de Janeiro, v.11, n.4, 2005.

  • PITANGA, F. J. G. Testes medidas e avaliação em educação física e esportes. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2004.

  • ROBERGS, A. R.; ROBERTS, S. O. Princípios fundamentais de Fisiologia do Exercício para aptidão, desempenho e saúde. São Paulo: Phorte Editora, 2002.

  • TRITSCHLER, K. A. Medida e avaliação em educação física e esportes de Barrow & McGee. [tradução da 5. ed. Original de Márcia Greguol; revisão científica, Roberto Fernandes da Costa]. Barueri, SP: Manole, 2003.

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