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Qualidade do pré-natal em gestantes menores de idade de uma

unidade básica de saúde da região oeste de Santa Maria, RS

La calidad del prenatal en menores de edad embarazadas en una unidad básica de salud de la región oeste de Santa María, RS

 

*Nutricionista, pós graduanda do Curso de Especialização

em Ciências da Saúde da Universidade Federal do Pampa, Uruguaiana, RS

**Nutricionista, Especialista e Mestre em Saúde Coletiva Docente

do curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano UNIFRA, Santa Maria, RS

Nathalia Bonetti Buzatti*

Karen Mello de Mattos**

nbbuzatti@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O pré-natal é o acompanhamento por profissionais da saúde que toda a gestante deve ter para garantir a saúde da mãe e da criança. O objetivo desta pesquisa foi verificar a qualidade do pré-natal em gestantes menores de idade para melhorar qualidade de vida do binômio mãe-filho. Os dados como idade gestacional, número de consultas de pré-natal e idade gestacional do início do pré-natal foram verificados na carteirinha das gestantes para classificar o Índice de Kessner. A classificação do Índice de Kessner revelou que 14,3% (n=1) das gestantes encontram-se com o pré-natal adequado, 71,4% (n=5) intermediário e 14,3% (n=1) foram classificadas com o pré-natal inadequado. Os resultados mostram que é necessário, melhorar a qualidade do pré-natal para atingir melhores níveis de adequação da assistência.

          Unitermos: Pré-natal. Gestante. Gravidez.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 175, Diciembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Na história da saúde pública brasileira, a atenção materno-infantil tem sido considerada área prioritária, com destaque para os cuidados durante a gestação (PINTO et al, 2005). A gravidez é dividida em três trimestres e os eventos que ocorrem durante a gestação, puerpério e lactação, são marcados por grandes mudanças na vida da mulher. As modificações mais conhecidas são as fisiológicas e metabólicas (BAIÃO; DESLANDES, 2006).

    Considera-se o acesso das gestantes e recém-nascidos a atendimento digno e de qualidade no decorrer da gestação, parto, puerpério e período neonatal direitos inalienáveis à cidadania (BRASIL, 2009). Melhorar a saúde materna e impedir mortes evitáveis é um dos objetivos de maior interesse no mundo no campo da saúde (SERRUYA; CECATTI; LAGO, 2004).

    A assistência pré-natal tem merecido destaque especial na atenção à saúde materno-infantil, que ainda é um campo de intensa preocupação na historia da Saúde Pública (COUTINHO; et al, 2003). O pré-natal é o período anterior ao nascimento da criança, em que um conjunto de ações é aplicado à saúde individual e coletiva das mulheres grávidas (NETO et al, 2008). A recomendação de iniciar o pré-natal no momento em que a gravidez é diagnosticada objetiva a adesão da mulher ao pré-natal e detectar eventuais fatores de risco (SERRUYA; CECATTI; LAGO, 2004).

    Segundo a Portaria n.° 569/GM de 1 junho de 2000, durante a gestação seria adequado realizar a primeira consulta de pré-natal até o quarto mês. Realização de, no mínimo, seis consultas de acompanhamento pré-natal, sendo preferencialmente, uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro trimestre de gestação.

    Devido a estes fatores, o objetivo deste trabalho é analisar a qualidade do pré-natal em gestantes menores de idade de uma Unidade Básica de Saúde da região oeste do município de Santa Maria-RS.

Metodologia

    O delineamento do estudo foi transversal com coleta de dados secundários, realizado em uma Unidade Básica de Saúde da região oeste de Santa Maria-RS, em setembro de 2009. O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa, bem como pela Unidade Básica de Saúde onde foi aplicado. A amostra foi composta por sete gestantes menores de idade que assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, certificando o anonimato. Os dados foram verificados na carteirinha da gestante como a idade gestacional, número de consultas de pré-natal e idade gestacional do início do pré-natal.

    Para quantificar a atenção pré-natal destas gestantes utilizou-se um indicador, desenvolvido por Kessner (KESSNER, 1973), e adaptado por Takeda (1993), que combina o número de consultas e o período de início do pré-natal.

Resultados

    O pré-natal que consiste no período anterior ao nascimento da criança, em que um conjunto de ações é aplicado à saúde individual e coletiva das mulheres grávidas (NETO et al, 2008).

    A qualidade deste serviço é analisada por meio do Índice de Kessner que é um algoritmo baseado no trimestre em que o cuidado pré-natal se inicia e no número de consultas, ajustado para a idade gestacional, sendo definido por três categorias de utilização: pré-natal adequado, intermediário e inadequado.

    De acordo com as informações coletadas a classificação do Índice de Kessner revelou que 14,3% (n=1) das gestantes encontram-se com o pré-natal adequado, 71,4% (n=5) intermediário e 14,3% (n=1) foram classificadas com o pré-natal inadequado.

    Halpern e colaboradores, em Pelotas/RS (1993) encontraram os seguintes resultados de acordo com o escore de Kessner, modificado por Takeda: 82,7% das mulheres receberam uma atenção pré-natal adequada, 9,1% receberam cuidados classificados como intermediários e 8,2% receberam uma atenção considerada inadequada.

Conclusões

    Os resultados mostram que é necessário, melhorar a qualidade do pré-natal para atingir melhores níveis de adequação da assistência. Os profissionais da saúde devem conscientizar as gestantes sobre a importância da realização do acompanhamento.

Referências

  • BAIÃO, Mirian Ribeiro; DESLANDES, Suely Ferreira. Alimentação na gestação e puerpério. Revista de Nutrição, Campinas, v. 19, n. 2, p.245-253, mar./abr., 2006.

  • BRASIL, Portaria 569, de 1 de junho de 2000. Define direitos da gestante na saúde pública. Disponível em: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/PORT2000/GM/GM-569.htm. acesso em: 27 de abr. de 2009.

  • COUTINHO, Tadeu; et al. Adequação do Processo de Assistência Pré-natal entre as Usuárias do Sistema Único de Saúde em Juiz de Fora-MG. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia - v. 25, n. 10, p. 717-724, 2003.

  • HALPERN, R, BARROS, F. C., VICTORA, C. G. et al. Atenção pré-natal em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, 1993. Cadernos Saúde Pública, v. 14, n. 3, jul./set. 1998.

  • KESSNER, D. M. Infant death: an analysis of maternal risk and health care. Washington DC: Institute of Medicine. National Academy of Sciences, 1973.

  • NETO, Francisco Rosemiro Guimarães Ximenes; et al. Qualidade da atenção ao pré-natal na Estratégia Saúde da Família em Sobral, Ceará. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 61, n. 5, p. 595-602. Brasília, set-out, 2008.

  • PINTO, Luiz Felipe; et al. Perfil social das gestantes em unidades de saúde da família do município de Teresópolis. Ciência & Saúde Coletiva, v. 10, n. 1, p. 205-213, 2005.

  • SERRUYA, Suzanne Jacob; CECATTI, José Guilherme; LAGO, Tania di Giacomo do. O Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento do Ministério da Saúde no Brasil: resultados iniciais. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 5, p. 1281-1289, set-out, 2004.

  • TAKEDA, Silvia Maristela Pasa. Avaliação de Unidade de Atenção Primária: Modificação dos Indicadores de Saúde e Qualidade da Atenção. Dissertação de Mestrado, Porto Alegre. Pelotas: mestrado em epidemiologia, Universidade Federal de Pelotas, 1993.

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