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Qualidade de vida em idosos institucionalizados e não institucionalizados

Calidad de vida de personas mayores institucionalizadas y no institucionalizadas

Quality of life in elderly institutionalized and non-institutionalized

 

*Professor Assistente, Departamento de Saúde. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

**Fisioterapeuta, Pesquisadora Colaboradora. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

***Graduanda em Enfermagem. Faculdade Regional da Bahia

****Mestrando em Enfermagem e Saúde. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

(Brasil)

Marcio Costa de Souza*

Jairrose Nascimento Souza**

Ionete Rios**

Jaziele Dantas do Nascimento***

Paulo da Fonseca Valença Neto****

mcsouza@uesb.edu.br

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo tem como tema avaliação da qualidade de vida em idosos: uma comparação entre idosos não institucionalizados e institucionalizados em Feira de Santana, onde teve como objetivo comparar a qualidade de vida dos idosos institucionalizados e não institucionalizados no município de Feira de Santana-Ba. O caminho metodológico deste estudo é de abordagem quantitativa, descritivo, sendo um estudo de casos. Foi constituído por 40 indivíduos com idade igual ou maior que 60 anos residentes em instituições de longa permanência e participantes de centros de convivência no município de Feira de Santana-Ba, sendo utilizados dois questionários, o de identificação e o genérico de avaliação de Qualidade de Vida, denominado de WHOQOL-bref. Este estudo teve como resultado um desempenho maior em todos os domínios pelos idosos não institucionalizados. Pode-se concluir a importância de alertar a comunidade e órgãos competentes em toda sua conjuntura para a necessidade de preparar o país para o cuidado mais humanizado de seus idosos propiciando, igualmente, uma melhor qualidade de vida. Verifica-se que o grupo dois, dos idosos não institucionalizados, tende a uma classificação mais favorável da sua qualidade de vida, comparado ao grupo 1, dos idosos institucionalizados. Quanto à relação de saúde, verifica-se que os idosos não institucionalizados estão mais satisfeitos com a sua saúde. Quando procurou decifrar os domínios: físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente, que compõem o instrumento utilizado, o WHOQOL-BREF, observou os resultados obtidos no desempenho de todos os domínios, pelos idosos não institucionalizados, foram maiores do que os obtidos pelos idosos institucionalizados. Portanto, pode-se concluir que, de fato existe uma melhor condição em relação à qualidade de vida nos idosos não institucionalizados que nos idosos não institucionalizados.

          Unitermos: Qualidade de vida. Idosos. Institucionalizado. Não institucionalizado.

 

Abstract

          This study has as theme evaluation of the quality of life in the elderly: a comparison between institutionalized and non-institutionalized elderly in Feira de Santana, where it had objective to compare the quality of life of institutionalized and non- institutionalized elderly in the municipal of Feira de Santana, BA. The way methodological this study is a quantitative approach, descriptive, being a case study. Was composed by 40 individuals with age equal or greater than 60 years residents of long stay institution and participants of centers of coexistence the municipal of Feira de Santana, BA, being used two questionnaires, the identification and the generic valuation of quality of life, called WHOQOL-bref. This study had as result a performance greater in all the dominions by non-institutionalized elderly. May conclude the importance of alert the community and competent organ in its entire conjuncture to the need to prepare the country to care more humanized their elderly providing, equal, a better quality of life. Verify that the group two, the non-institutionalized elderly, tends to be more favorable classification of their quality of life, compared to group 1, of institutionalized elderly. Regarding the relation o health, note that the non-institutionalized elderly are more satisfied with their health. When sought decipher the dominion: physical, psychological, social relations and the environment that compose the instrument used, the WHOQOL-BREF, noted the results obtained in the performance of all dominion, the non-institutionalized elderly, were higher than those obtained by institutionalized elderly. Therefore, it may conclude that, in fact there is a better condition in relation quality of life in the non-institutionalized elderly than in institutionalized.

          Keywords: Quality of life. Elderly. Institutionalized. Non-institutionalized.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 174, Noviembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Na nossa sociedade, o processo de envelhecer é uma das mais difíceis tarefas da vida humana, pois a natureza se rebela contra o despojamento de um homem que assume seu lugar no próprio processo do envelhecimento, um ato muitas vezes esperado, porém dificilmente é aceito pela humanidade1.

    No entanto, apesar do envelhecimento ser um processo natural e de caráter individual para cada ser humano, ainda existem muitas peculiaridades a respeito desse fenômeno. No decorrer deste, muitas alterações e repercussões são descritas em todos os sistemas do corpo humano, resultando assim, em disfunções e patologias ao longo da vida2.

    Entretanto, vale ressaltar que, o processo de envelhecimento é um fenômeno biológico natural, mas entendê-lo só dessa maneira significa reduzir a questão e não analisá-la em sua complexidade, o que implica não haver em conta aspectos psicológicos, sociais e culturais. Portanto há um equívoco quando prioriza apenas a condição biológica como formadora de comportamento e de saúde do indivíduo3.

    É importante destacar que o processo do envelhecimento seja de natureza multifatorial, dependente da programação genética e das alterações que vão ocorrendo a nível celular e molecular, que resultarão em sua aceleração ou desaceleração, com redução de massa celular ativa, diminuição da capacidade funcional das áreas afetadas e sobrecarga em menor ou maior grau dos mecanismos de controle homeostático4.

    Nota-se que, o envelhecimento engloba muito mais que mudanças físicas, mas também, aspectos emocionais, cognitivos e sociais, contribuindo para a configuração de uma terceira idade bem-sucedida, normal ou patológica, sendo assim, pensar a qualidade de vida na velhice requer observar a multidimensionalidade e multidirecionalidade destes construtos5.

    É evidente que os fenômenos iniciais do desenvolvimento conduzem ao aperfeiçoamento da função, aumentando assim a capacidade na realização das atividades, contudo, não se pode esquecer que os fenômenos tardios resultam na deteriorização das funções, gerando uma redução contínua da capacidade do ser humano6.

    Associado as condições inerentes ao envelhecimento, é importante discutir a sua relação com a qualidade de vida, principalmente pelo fato das alterações ocorridas pelo mesmo. No que concerne o termo qualidade de vida (QV), a Organização Mundial de Saúde (OMS) refere-se como uma percepção do indivíduo na sua posição na vida, no contexto da cultura e nos sistemas de valores nos quais vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações, sendo que, esta definição abrange seis domínios principais: saúde física, estado psicológico, níveis de independência, relacionamento social, características ambientais e padrão espiritual7.

    O conceito de qualidade de vida está relacionado principalmente à auto-estima e abrange uma série de aspectos como a capacidade funcional, o nível sócio-econômico, o estado emocional, a interação social, a atividade intelectual, o auto-cuidado, o suporte familiar, o próprio estado de saúde, os valores culturais, éticos e a religiosidade, o estilo de vida, a satisfação com o emprego e/ou com atividades diárias e o ambiente em que se vive8.

    Diante do exposto, este estudo teve como objetivo comparar a qualidade de vida dos idosos institucionalizados e não institucionalizados no município de Feira de Santana-Ba.

Materiais e métodos

    A presente pesquisa trata-se de um estudo descritivo, com uma abordagem quantitativa, sendo de caráter epidemiológico. O estudo foi realizado em duas instituições de Feira de Santana filantrópicas no qual um possui idosos com residência fixa de longa permanência (Instituição A) e a outra com idosos que utilizam a mesma como centro de convivência (Instituição B), no qual os mesmos vão até a instituição, passam o dia e retornam para sua residência9.

    A amostra foi não-probabilística e por conveniência, composta por 32 idosos, sendo 16 idosos da Instituição A e 16 idosos da Instituição B. Os critérios de inclusão na pesquisa foram idosos com idade igual ou superior a 60 anos, de ambos os sexos, que participaram voluntariamente mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).9

    O estudo foi realizado através da aplicação de um questionário de identificação, formulado pelos pesquisadores, constando informações pessoais como nome, sexo, idade e hábitos de vida (álcool, tabaco, prática de atividade física).

    A avaliação da qualidade de vida consistiu na aplicação de questionários obtidos por entrevista face a face, sistematizados através do World Health Organization Quality of Life - abreviado (WHOQOL-bref), versão abreviada do questionário genérico WHOQOL 100 desenvolvido pelo grupo de QV da OMS, medindo a percepção dos indivíduos a respeito do impacto na sua QV.

    Os dados quantitativos foram organizados, tabulados e analisados através da estatística descritiva, sendo realizados freqüências relativas para as variáveis categóricas, tratada em função de índices percentuais e para as variáveis numéricas forma utilizadas a média e desvio padrão. Em seguida, os dados foram apresentados em forma de gráficos e tabelas, com o auxílio do Microsoft Office Excel 2007.

    A pesquisa foi realizada respeitando os critérios estabelecidos na resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, a qual foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade Adventista de Fisioterapia (FAFIS).

Resultados

    Quando analisado a proporcionalidade de sexo nas instituições, observou-se que, na instituição A, demonstrado na Tabela 1, constatou-se maior presença do sexo masculino, um total de 9 (56,25%) e que, há um maior número de idosos do sexo feminino na Instituição B, perfazendo um total de 15 (93,75%). Em relação à faixa etária a instituição A possui uma maior proporção entre a faixa etária de 70 a 79 anos correspondendo a 8 (50%), enquanto que a instituição B as faixa etárias entre 60 a 69 e 70 a 79 anos tem a mesma proporção, totalizando 7 (43,75%) cada. Em relação à média de idade, na instituição A teve 74,69 anos, com um desvio-padrão de ± 9,67, já na instituição B, a média de idade correspondeu a 71,06 com um desvio-padrão de ± 7,31, obtendo uma diferença entre as médias de idade de 3,63 anos.

    Quanto ao hábito de vida, na instituição A, metade dos participantes do estudos são usuários de Tabaco, e apenas 3 (18,75%) tem hábito etilista, e que esta mesma proporção realizam alguma atividade física, no entanto, quando realizada a mesma indagação, nenhum dos participantes fazem uso do álcool e do tabaco e 6 (37,5%) realizam atividade física.

Tabela 1. Caracterização da população de idosos institucionalizados e não institucionalizados

    Quanto à questão do WHOQOL-BREF, que interrogou sobra a percepção da qualidade de vida, pode-se notar que, na instituição A, 8 (50%) participantes do estudo consideram a sua qualidade de vida nem boa nem ruim, e que 3 (18,75) indivíduos consideram boa e outros 3 (18,75%).

    Porém, quando o questionamento foi a visão dos participantes em relação á sua saúde, na instituição A 6 (37,25%) estão satisfeitos com a sua saúde, enquanto que 11(69,75%) estão satisfeitos. È importante ressaltar que nenhum participante da instituição B está muito insatisfeito com a sua saúde.

Tabela 2. Avaliação da qualidade de vida e da satisfação da saúde na perspectiva do idoso institucionalizado e não institucionalizado

    O gráfico 1 representa a síntese dos resultados obtidos através da aplicação das equações, ao conjunto de respostas apresentadas individualmente pelos sujeitos pesquisados; agrupados conforme os quatro domínios, físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente; que compõem o instrumento utilizado, o WHOQOL-BREF.

    Observando o referido gráfico, nota-se que os resultados obtidos no desempenho de todos os domínios, pelos idosos da instituição B, foram maiores do que os obtidos pelos idosos da instituição A. Percebe-se também que, apenas, o domínio III, das relações sociais, referente aos idosos não institucionalizados, atingiu a “região de sucesso” (a partir de 71), porém no limite; com um desempenho médio de 71 (DP = ±13,25), enquanto, no grupo de idosos institucionalizados, o desempenho desse domínio foi de 56 (DP = ±16,80).

    Os piores índices de desempenho foram encontrados no domínio IV, do meio ambiente, em ambos os grupos: os idosos institucionalizados apresentaram desempenho médio igual a 45 (DP = ±14,34); e, os não institucionalizados, apresentaram desempenho médio igual a 60 (DP = ±9,61).

Gráfico 1. Resultados dos domínios pesquisados através do questionário de qualidade de vida Whoqool-Bref 100

Discussão

    Em estudo realizado por Teixeira, Oliveira e Dias10, em 17 idosos institucionalizados, evidenciou-se uma maioria do sexo feminina (94,1%), que constitui em 15,9 vezes mais que o sexo masculino, proporção esta, próxima com a encontrada nesta pesquisa na Instituição B, sendo diferente da outra instituição. Porém não há fatos que demonstrem a real causa da diferença entre os sexos nas instituições.

    O envelhecimento da população é um fenômeno de amplitude mundial, segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) em 2025, existirão 1,2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos, sendo que, os muitos idosos (com 80 ou mais anos) constituem o grupo etário de maior crescimento, e no Brasil, estima-se que haverá cerca de 34 milhões de idosos em 2025, o que levará o Brasil à 6ª posição entre os países mais envelhecidos do Mundo11.

Quanto ao hábito de vida, o uso do fumo é um dos fatores mais importantes como causas de morte entre indivíduos com 60 anos ou mais, ocasionando doenças cardiopulmonares e diversos tipos de cânceres, associadas a uma perda da mobilidade em ambos os sexos, sendo que, tais patologias são mais prevalentes em idosos tabagistas, com estimativas de 60% a 70% que em consumidores de álcool, não sendo encontrado este costume nos indivíduos da instituição B12.

    Tem sido amplamente demonstrado que os fumantes mais idosos apresentam algumas características que os diferem dos mais jovens, geralmente, fumantes com idade superior a cinqüenta anos apresentam maior dependência da nicotina, fumam maior número de cigarros e há mais tempo, têm mais problemas de saúde relacionados ao cigarro e sentem mais dificuldade em parar de fumar. Embora os benefícios com a interrupção do hábito de fumar sejam maiores entre os mais jovens, o abandono do cigarro em qualquer idade, reduz o risco de morte 2,3 vezes mais e melhora a condição geral de saúde, o que permite afirmar que o risco referentes ao fumo estão mais presentes na Instituição A13.

    Alguns estudos demonstram que, as mudanças fisiológicas que acompanham o processo de envelhecimento influenciam diretamente no seu metabolismo, de forma que, a ingestão do álcool pode influenciar negativamente a capacidade funcional, bem como, a habilidade psicomotora e cognitiva, incluindo atenção e memória dos idosos, o que aumenta o risco de acidentes, ferimentos, isolamento e, finalmente, institucionalização. Idosos com problemas relacionados com a álcool são mais susceptíveis a viverem sós, pois geralmente experimentaram a morte do cônjuge, tem experiência com depressão, ferimentos por quedas e falta de apoio social e de atividades de lazer, que concorda com o nosso estudo, pois os participantes do nosso estudo que tem o hábito etilista se encontram na Instituição A, que é de longa permanência12. (HULSE, 2002).

    Okuma14 inferi que, a prática constante e moderada de atividade física é incentivada por médicos, psicólogos, fisioterapeutas e professores de educação física quer em ambiente e modalidades especiais, a fim de melhorar a qualidade de vida, sendo assim, cada vez mais estudos demonstram que, a atividade física é um recurso imprescindível para minimizar a degeneração provocada pelo envelhecimento, possibilitando dessa forma ao idoso uma qualidade de vida ativa, já que o exercício estimula várias funções essenciais do organismo, mostrando-se não só um coadjuvante importante no tratamento de doenças crônicas degenerativas como diabetes, hipertensão, osteoporose, mas é também fundamental na manutenção das funções do aparelho locomotor, principal responsável pelo desempenho das AVD’s e pelo grau de independência e autonomia nos idosos. Em relação a esta pesquisa, confirma-se que os participantes do estudo da instituição B realizam mais atividade de física que a instituição B.

    Fleck, Chachamovicha e Trentini15 (2003) discorrem em sua tese a relevância científica e social de se investigar as condições que interferem no bem-estar na senescência e os fatores associados à qualidade de vida de idosos, no intuito de criar alternativas de intervenção e propor ações e políticas na área da saúde, buscando atender às demandas da população que envelhece.

    Já Silva e Rezende5, expressam veementemente que a “qualidade de vida” tem várias vertentes, que compreendem desde um conceito popular, amplamente utilizado na atualidade, em relação a sentimentos e emoções, relações pessoais, eventos profissionais, propagandas da mídia, política, sistemas de saúde, atividades de apoio social, dentre outros, tão importante quanto à preocupação com as conseqüências, e o impacto sofrido pela sociedade, advinda das questões relacionadas às transições demográficas e epidemiológicas, sendo necessário a investigação da percepção individual do idoso acerca de seu bem-estar, no intuito de avaliar a qualidade dos anos adicionais de vida e sugerir condutas e políticas que favoreçam um envelhecimento bem sucedido, tornando o bem estar como condição sine quo no para uma boa qualidade de vida.

    Portanto, no grupo dos idosos institucionalizados, todos os domínios que compõem o WHOQOL-BREF permaneceram na “região de indefinição” (de 40 a 70). No grupo dos idosos não institucionalizados, apenas o domínio III, das relações sociais, atingiu a “região de sucesso” (acima de 70); os demais domínios permaneceram semelhantes ao outro grupo, na “região de indefinição”, porém, com desempenhos médios mais altos.

    O Whoqol Group ao abordar sobre os domínios expostos no estudo alerta quanto à qualidade de vida subjetivo, que englobam fatores multidimensionais incluindo elementos positivos e negativos tornando o conceito amplo e complexo, envolvendo a saúde física, o estado psicológico, o nível de independência, as relações sociais, as crenças pessoais e a relações sociais15.

Considerações finais

    Após os resultados obtidos, pode-se afirmar que, há diferenças consubstanciais entre os idosos institucionalizados e os não institucionalizados. Ao tratar sobre a qualidade de vida, verifica-se que os idosos não institucionalizados, tende a uma classificação mais favorável, comparado ao outro grupo, formado pelos idosos institucionalizados. Porém quando se relata sobre a percepção sobre a satisfação da sua saúde, mais idosos não institucionalizados.

    No final da pesquisa, evidenciou-se que apenas o domínio das relações sociais, referente aos idosos não institucionalizados, atingiu a região de sucesso pré-estabelecido no WHOQOL-BREF, mas, vale ressaltar que os piores índices de desempenho foram encontrados no domínio do meio ambiente, em ambos os grupos.

    Quando destaca o grupo dos idosos institucionalizados, todos os domínios encontrados na pesquisa ficaram na “região de indefinição”, comparando com o grupo dos idosos não institucionalizados, enquanto o domínio das relações sociais obteve a “região de sucesso”.

    Desta forma, constata-se que a classificação é mais favorável da sua qualidade de vida, comparado ao grupo dos idosos institucionalizados. Contudo pode-se afirmar que os piores índices de desempenho foram encontrados no domínio relacionado com o meio ambiente.

    Após a construção oportuna deste material, podemos concluir que é de notória visibilidade a diferença entre a percepção de saúde até a confirmação da qualidade de vida, que neste estudo comprova uma melhor condição para os idosos não institucionalizados, não foi de interesse dos pesquisadores compreender este fenômeno, o que pode estimular a novos estudos que tentem encontrar os novos questionamentos que aqui é sugerido.

Referências

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  6. Sabra A. Medicina de família: saúde do adulto e do idoso. Rio de Janeiro; Guanabara Koogan, 2006.

  7. Belasco A., Sesso RCC. Qualidade de vida: princípios, focos de estudo e intervenções. In: Diniz DP, Schor N. Qualidade de vida. 1. ed. Barueri: Manole, 2006.

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  9. Medronho RA. Epidemiologia. 2. Ed. São Paulo: Atheneu, 2010.

  10. Teixeira DC, Oliveira IL, Dias RC. Perfil demográfico, clínico e funcional de idosos institucionalizados com história de quedas. Fisio e mov 2006; 19: 101-8.

  11. Davim RMB. et al. Estudo com idosos de instituições asilares no município de Natal/RN: características socioeconômicas e de saúde. Rev Lat-Ame de Enf 2004, 12: 518-24.

  12. Hulse G. Álcool, drogas e muito mais entre idosos. Rev Bra de Psi 2002, 24: 34-41.

  13. Peixoto SV, Firmo JOA, Costa MFL. Condições de saúde e tabagismo entre idosos residentes em duas comunidades brasileiras. Cad Sau Púb 2006, 22: 1925-34.

  14. Okuma SS. O idoso e a atividade física: fundamentos e pesquisa. 4. ed. São Paulo: Papirus, 1998.

  15. Fleck MP, Chachamovich E; Trentini, CM. Projeto WHOQOL-OLD: método e resultados de grupos focais no Brasil. Rev de Saú Púb 2003, 37:793-9.

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