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Redução do quadro álgico da articulação do joelho de 

atletas de voleibol submetidos à tratamento quiroprático

La reducción del dolor en la articulación de rodilla en jugadores de voleibol sometidos a tratamiento quiropráctico

The pain reduction of knee joint in volleyball athletes treated by chiropractor

 

*Graduação em Quiropraxia pela Universidade Feevale (2010)

Especialização em International Chiropractic Sports Science Diploma

pela New York Chiropractic College (2010)

**Graduação em Quiropraxia pela Universidade Feevale (2004). Atualmente é professor

do Centro Universitário Feevale. Tem experiência na área de Saúde Coletiva

e na área desportiva com ênfase em Quiropraxia

***Atualmente está realizando especialização em Atividade Física, Desempenho Motor

e Saúde pela UFSM e especialização em Biomecânica pela Universidade Feevale

Graduada em Quiropraxia pela Universidade Feevale

****Graduação em Educação Física Licenciatura Plena pela Universidade Federal

de Santa Maria (1995), especialização em Aprendizagem Motora com ênfase em

Esportes Aquáticos pela Universidade Federal de Santa Maria, mestrado em Ciência

do Movimento Humano pela Universidade Federal de Santa Maria com ênfase

em Medidas e Avaliação/Cineantropometria (2000) e doutorado em Ciência

do Movimento Humano pela Universidade Federal de Santa Maria com ênfase

em Medidas e Avaliação /Cineantropometria (2004). Atualmente é professor

adjunto da Universidade Federal de Santa Maria.

*****Gaduação em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Maria

Mestrado em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria


Bruna Romagna Rossetti*

Marcelo Machado de Oliveira**

Daiane Cesca***

Luciane Sanchotene Etchepare Daronco****

Laércio André Gassen Balsan*****

laerciobalsan@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Quiropraxistas estão envolvidos no tratamento de atletas desde o início da profissão. A quiropraxia não se preocupa apenas com o tratamento de lesões esportivas, mas em primeiro lugar, em como evitá-las e como ajudar a otimizar o desempenho dos atletas. Este estudo tratou-se de uma pesquisa pré-experimental, no qual buscou-se verificar se o tratamento quiroprático propicia o alívio de dor no joelho das atletas da equipe feminina de voleibol de uma cidade da serra gaúcha. A pesquisa contou com um grupo composto por cinco sujeitos do sexo feminino, com idade entre 13 e 16 anos. Foram realizados quatro atendimentos quiropráticos, onde os segmentos com restrição do movimento articular foram ajustados. Para verificar a significância do estudo foi utilizado o teste T de student, obtendo p < 0,01, que comprova que houve melhora estatisticamente muito significativa neste grupo. A partir dos resultados obtidos pôde-se

concluir que os ajustes quiropráticos diminuiram os sintomas álgicos nos joelhos das atletas na amostra pesquisada.

          Unitermos: Quiropraxia. Dor. Joelho.

 

Abstract

          Chiropractors are involved in treating athletes since the beginning of the profession. The chiropractic approach involves treating injuries but also gives a high importance in trying to avoid injuries and in improving athlete’s performance. This was a pre experimental study that had the objective of verifying if the chiropractic treatment provided knee’s pain relief in a women’s volleyball team from a city in the gaucha mountains. The study was composed by 05 athletes between the ages of 13 and 16. Four chiropractic treatments were submitted to these athletes. The results demonstrated a significant improvement in these athletes with a p<0.01 showing that the chiropractic treatment decreased knee’s pain in these athletes.

          Keywords: Chiropractic. Pain. Knee.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 17 - Nº 170 - Julio de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O voleibol, atualmente dinâmico e exigente sob ponto de vista físico, foi criado em 1895 para ser uma modalidade voltada para indivíduos de meia idade. O objetivo era promover uma atividade suave e de grande motivação para o povo americano. Muitos anos se passaram até chegarmos aos dias de hoje e, assim como o esporte em geral, o voleibol apresentou uma evolução em vários aspectos aliado a um alto índice de popularidade. No que diz respeito ao alto rendimento, a exigência chegou a tamanho refinamento que para ser atleta não basta apenas a vontade de jogar, soma-se um conjunto de requisitos associados a modernas técnicas de treinamento (MORAES; BASSEDONE, 2007).

    O voleibol situa-se entre os esportes mais populares no mundo e estima-se que existam 200 milhões de jogadores e, no Brasil, já está sendo o segundo em número de praticantes, só perdendo para o futebol (AAGAARD et al., 1997 apud MARQUES JUNIOR, 2003; NETO, 2004).

    O aumento da popularidade de cada esporte é concomitante com o aumento do número de lesões, mas nem sempre as lesões dos atletas são tratadas da mesma forma e pelos mesmos profissionais (KENNEDY et al., 1993; SAFRAN; MCKEAR; CAMP, 2002). Alguns autores citam as lesões da articulação do joelho como uma das principais causas de ausência no esporte (BITTENCOURT et al., 2005). As lesões de sobrecarga apresentam-se como a causa mais freqüente de queixas por parte dos atletas (RIBEIRO, 2007). As investigações feitas no voleibol por vários pesquisadores indicam que as lesões de sobrecarga funcional apresentam maior incidência do que as lesões agudas, e apresentam-se como a causa mais freqüente de queixas por parte dos atletas. Ribeiro (2007) concluiu, em seu estudo, que 42,1% das lesões em uma equipe feminina de voleibol eram de sobrecarga funcional, sendo o membro inferior a região mais afetada. No entanto, o “joelho de saltador” representou apenas 5,3% de todas as lesões, sendo a menos encontrada. Já Lian, Engebretsen e Bahr (2005) referem o “joelho de saltador” como uma lesão de sobrecarga frequentemente encontrada em atletas de basquete, vôlei, futebol, atletismo, tênis e esqui, sendo o vôlei o esporte de maior prevalência, com 44,6%.

    A dor é o principal sintoma apresentado pelo atleta, podendo levar a queda do rendimento físico ou afastamento do mesmo (CANGUSSU et al., 2007). A dor é um sinal de alerta que ajuda a proteger o corpo de danos nos tecidos, tendo uma função essencial à sobrevivência. As articulações do joelho envolvem mecanismos neuromusculoesqueléticos tão complicados, implicando forças de flexão, de extensão e rotatórias que, qualquer interferência na função normal pode lesar os tecidos, causando dor e incapacitação (CAILLET, 1999).

    Essa pesquisa teve foco no voleibol, onde verifica-se cada vez mais a importância de estudos que envolvam o conjunto vertebral e articular para o aperfeiçoamento da performance do atleta. Sendo assim, torna-se importante verificar se a remoção das subluxações encontradas em atletas determinará um alívio de dor na articulação do joelho. Em um estudo realizado por Foresi e Silva (2007), observou-se aumento do salto vertical de 14 atletas femininas de voleibol de uma equipe profissional após ajustes quiropráticos. Verbist (2009) também concluiu que, ao corrigir os desalinhamentos articulares de treze atletas (cinco mulheres e oito homens), principalmente de membros inferiores, obtém-se um aumento da impulsão/salto vertical dos atletas, bem como proporciona-se uma maior flexibilidade e agilidade para eles.

    O estudo tratou-se se uma pesquisa pré-experimental, com o objetivo geral de verificar se o tratamento quiroprático propicia o alívio de dor no joelho das atletas da equipe feminina de voleibol de uma cidade da serra gaúcha. Os objetivos específicos propostos foram: relacionar a dor do joelho da atleta com a sua posição em quadra; relacionar a dor no joelho com o tempo de prática esportiva das jogadoras.

    Quiropraxistas estão envolvidos no tratamento de atletas e lesões esportivas desde o início da profissão, há mais de 100 anos. A quiropraxia é uma profissão que lida com distúrbios articulares e é adequada para ser incluída como parte da equipe médica de qualquer esporte (BCSC, 2010). A partir disso, elaborou-se a presente pesquisa, que pretendeu responder a seguinte questão norteadora: Os ajustes quiropráticos auxiliarão na redução das algias de joelho de atletas de voleibol?

Casuística e método

    O presente estudo tratou-se de uma pesquisa pré-experimental. Esta pesquisa tentou relacionar causa e efeito, isto é, a variável independente foi manipulada pelo pesquisador para que fosse avaliado seu efeito sobre uma variável dependente (THOMAS; NELSON, 2002). Com base neste conceito, esse estudo teve como objetivo verificar a eficiência do tratamento quiroprático na redução da sintomatologia em atletas que apresentavam dor no joelho de uma equipe de voleibol feminina, localizada em uma cidade da serra gaúcha. Foram avaliadas 38 atletas e destas apenas 5 atletas entre 13 e 16 anos participaram da amostra apresentando queixa de dor no joelho.

    Os critérios de inclusão para este trabalho foram atletas entre 13 a 16 anos da equipe feminina de voleibol da referida cidade com sintomatologia de dor no joelho, que tiveram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos pais ou responsáveis.

    Teve como critérios de exclusão atletas que não fossem liberados pelos pais/ responsáveis para fazer parte do estudo e aquelas com histórico recente de cirurgia ou de lesões (no mínimo 6 meses), tais como: Fraturas ósseas e ruptura de ligamento.

    Além disso, também seriam excluídos os atletas que faziam uso de medicamentos para alivio de dor, tais como: analgésico não-opióides, analgésicos opióides, antipiréticos, AINHs combinados com analgésicos adjuvantes, entre outros (ALVES NETO et.al., 2009).

    Antes da coleta de dados houve um contato com a equipe técnica, com esclarecimentos sobre o estudo. As atletas tiveram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelos pais ou responsáveis.

    O treinador da equipe encaminhou as atletas com dor de joelho para a autora do projeto, que fez uma avaliação quiroprática. A participação na pesquisa foi de forma voluntária e sem remuneração.

    Os dados obtidos dos pacientes foram registrados em um banco de dados sigiloso, e os resultados foram tornados públicos, independente de serem favoráveis ou não. Os participantes podiam desistir de participar da pesquisa, em qualquer momento desta, sem prejuízo algum. Os dados obtidos nessa pesquisa ficarão arquivados com a pesquisadora por cinco anos e depois serão incinerados. A acadêmica e o professor orientador deste projeto estavam à disposição dos participantes para qualquer dúvida.

    A permissão para a realização do atendimento com as atletas foi obtida através do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido de caráter confidencial, assinado pelos pais ou responsáveis das atletas, omitindo qualquer identificação dos participantes. A coleta de dados iniciou-se após a aprovação deste projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa da universidade onde a acadêmica pesquisadora realiza sua graduação, com processo número 4.00.03.10.1820. O plano de coleta de dados teve início com a divulgação do projeto para a equipe feminina de voleibol onde foi realizada a pesquisa. Os sujeitos que estavam com dor no joelho receberam esclarecimentos quanto aos objetivos da pesquisa e, após concordarem em participar da mesma, receberam, em duas vias, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para menores de 18 anos. O TCLE foi assinado pelos pais e pelos sujeitos, manifestando sua concordância em participar da pesquisa.

    A coleta de dados foi realizada no local de treino, durante os treinamentos, em uma sala ao lado da quadra onde os participantes treinavam, através de atendimento quiroprático. Ocorreu durante quatro semanas entre os meses de setembro e outubro, com um atendimento semanal, totalizando quatro atendimentos para cada participante. Durante esse período, a equipe estava participando de competições.

    Os instrumentos e materiais que foram utilizados foram as fichas de avaliação e de rotina do Projeto Atividade Física, Reabilitação na Promoção da Saúde da Clínica de Quiropraxia da Universidade Feevale, contendo nome, endereço, telefone, sinais vitais, queixa principal, entre outros, Escala Visual Analógica, uma maca Ivoti Table, estetoscópio da marca BD duo sonic e esfignomanômetro da marca BD duo sonic.

    No primeiro atendimento ocorreu uma avaliação clínica, onde foi feita anamnese, exame físico e testes ortopédicos de joelho. Em todos os atendimentos foi realizado palpação estática e dinâmica da coluna e das extremidades para a detecção de restrição do movimento articular, que foram ajustados pela autora do projeto quando necessário. A aluna foi acompanhada pelo seu orientador. As consultas de rotina incluíram preenchimento dos prontuários de atendimento do Projeto Atividade Física, Reabilitação na Promoção de Saúde, onde foram anotados os achados clínicos, os desalinhamentos articulares e a técnica utilizada.

    Além disso, foi também mensurada a dor no joelho do atleta no inicio de cada atendimento, através da Escala Analógica Visual (EAV) (Anexo C), para verificar a evolução do quadro álgico.

    Segundo Beers e Berkow (2008), na EAV os pacientes fazem o sinal gráfico de jogo da velha (#) para representar o grau de dor em uma linha de dez centímetros não numerada, com “ausência de dor” indicada na extremidade esquerda e “dor insuportável” na direita. Os valores em milímetros (ou centímetros) medidos a partir da extremidade esquerda da linha representam a intensidade da dor percebida.

    Os dados coletados foram referentes ao nível de dor referido pelo sujeito pré e pós tratamento. O processamento e a análise dos dados foram feitos através de uma estatística descritiva, que teve como finalidade ordenar os dados que foram coletados na pesquisa. Para a avaliação do nível de significância do estudo foi utilizado o teste T de student com p < 0,05 sendo considerado estatisticamente significativo e p < 0,01 sendo considerado estatisticamente muito significativo.

Resultados

    A amostra do presente estudo foi composta por atletas portadoras de dor no joelho, sendo todas do sexo feminino, com idades entre 13 e 16 anos. Os dados foram obtidos de cinco atletas, sendo que duas apresentavam dor apenas no joelho esquerdo e três apresentavam nos dois joelhos, identificados através da numeração de 1 a 5, com a letra D para joelho direito e a letra E para joelho esquerdo. Todas foram atendidas voluntariamente, durante quatro semanas, no local de treino.

    Conforme demonstrado no gráfico 1, obteve-se uma amostra pouco variada no que diz respeito à posição da atleta em quadra. Todas jogavam na posição de atacante, sendo que 40% jogavam de atacante de ponta, 40% jogavam de atacante de meio, e 20% jogavam como atacante em todas as opções (meio, ponta e saída). A predominância de atacantes com dor no joelho é semelhante com as estatísticas mencionadas por Lipo e Salazar (2007), onde eles citam que a maior parte de lesões ocorrem durante os movimentos de ataque (45%) ou bloqueio (37%), sendo os ponteiros (51%) os que mais se lesionam.

Gráfico 1. Posição que joga

Fonte: Elaborado pelos autores

    O excesso de salto é considerado um dos maiores problemas do voleibol, e pode comprometer a articulação do joelho, assim como o tornozelo e a coluna vertebral (MARQUES JUNIOR, 2006). Segundo Rocha e Barbanti (2007), as atacantes de ponta, que além de ter o ataque como sua principal função atuam muito no bloqueio, saltam em média 60 vezes em um jogo de 4 SETS. A jogadora de meio, que tem uma função de extrema importância no bloqueio, salta em média 74 vezes por jogo de 4 SETS.

    Após uma anamnese, verificou-se que as atletas treinavam quatro vezes por semana, com grande número de saltos para melhorar a precisão, principalmente dos ataques. Observou-se nessas atletas, que todas apresentavam dor no joelho, devendo os mesmos ser decorrente do excesso de treino e do mau alinhamento da coluna vertebral e dos membros inferiores. A dor é um fator negativo em qualquer prática esportiva, inclusive no voleibol; é um sinal de alerta que visa proteger o corpo de danos nos tecidos. Ela pode ser expressa de várias formas, com intensidade, duração e freqüência variáveis (CAILLIET, 1999). O gráfico 2 demonstra a dor dos indivíduos no primeiro e no último dia de tratamento. Verifica-se que houve diminuição da dor em todas as atletas, sendo que em duas houve eliminação total da dor. Estes resultados comprovam que houve melhora estatisticamente muito significativa neste grupo, com um p < 0,01.

Gráfico 2. Avaliação da dor

Fonte: Elaborado pelos autores

    Durante o primeiro atendimento observou-se que a atleta número 2 referiu sua dor no nível mais elevado, sendo 6,7 referente ao joelho esquerdo e 6,9 ao direito e, conseqüentemente foi a atleta que apresentou a maior melhora, reduzindo sua dor para 0,3 em ambos os joelhos. A atleta número 5 eliminou a dor após quatro atendimentos quiropráticos em ambos os joelhos, já a atleta número 3 eliminou apenas no joelho direito. A atleta número 1 e número 4 apresentavam dor apenas no joelho esquerdo, avaliadas em 3 e 1,7 respectivamente, e após o quarto atendimento referiam a dor como 0,4 e 1.

    A atleta número 4 foi a que apresentou a maior nota referente a dor no último atendimento, entretanto foi a atleta que estava mais satisfeita com o tratamento; há dois anos ela rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e seis meses depois, em abril de 2009, fez uma cirurgia no local, colocando dois pinos. Após a cirurgia, se recuperou bem e voltou a jogar, mas sempre sentindo dor na parte anterior inferior do joelho esquerdo e com limitação dos movimentos. A atleta relatou que após quatro atendimentos notou uma grande melhora, que estava conseguindo realizar o movimento de agachamento e até sentar sob seus calcanhares, o que ela não realizava desde o período da lesão ocorrida.

    Considera-se atualmente, o mau alinhamento dos membros inferiores e o desequilíbrio da musculatura extensora como fatores contribuintes para a origem de dor no joelho (GRAMANI et al., 2006; MARQUES JÚNIOR, 2006). O desequilíbrio muscular dos membros inferiores pode gerar alto índice de lesão no joelho, porque o quadríceps é muito exigido no voleibol e os isquiotibiais geralmente praticam um trabalho compensatório insuficiente nas técnicas desportivas do voleibol (MARQUES JUNIOR, 2006).

    A quiropraxia busca, através de ajustes específicos, remover os desalinhamentos articulares e corrigir disfunções músculo-esqueléticas, promovendo o retorno do movimento e função das estruturas envolvidas, como também, o aumento das atividades das fibras proprioceptivas e a diminuição dos estímulos dolorosos (STRANG, 1984; CHAPMAN-SMITH, 2001).

    Analisando o tempo de prática esportiva das atletas, relacionando com a dor, não houve um resultado significativo, pois independente do tempo, todas apresentaram intensidade de dor semelhante.

    Os resultados obtidos comprovam que, na amostra pesquisada, com ajustes quiropráticos, ocorreu melhora do quadro álgico em atletas com queixa de dor no joelho. O quiropraxista deve visar o sistema músculo esquelético como um todo; uma disfunção em determinado local terá efeitos em outro. A disfunção de articulação vertebral associada a espasmos musculares pode irradiar elementos do sistema nervoso que pode resultar em dores (SARAIVA, 2004). O tratamento quiroprático visa atender às necessidades imediatas do indivíduo, como a remissão ou supressão da dor, pois assim o sistema nervoso funcionará sem interferências e regulará, de uma forma mais eficiente, os vários sistemas do corpo e a saúde em geral (CHAPMAN-SMITH, 2001).

Conclusão

    Este estudo tratou-se de uma pesquisa pré-experimental que buscou verificar se o tratamento quiroprático propicia o alívio de dor no joelho das atletas da equipe feminina de voleibol de uma cidade da serra gaúcha, além de relacionar a dor do joelho da atleta com a sua posição em quadra e com o tempo de prática esportiva das jogadoras. Conforme a análise dos resultados obtidos através da escala analógica visual da dor, evidenciou-se que todas as atletas apresentaram diminuição da dor no joelho, sendo que em duas houve eliminação total da dor. Quanto a relação da posição em quadra, todas as atletas da amostra jogavam de atacante e não houve relação estatisticamente significativa com o tempo de prática esportiva.

    Baseado no presente estudo, pode-se afirmar que o tratamento quiroprático diminuiu as queixas músculo esqueléticas, auxiliando na melhora da performance das atletas.

    Sugere-se que sejam realizadas novas pesquisas, com maior número de sujeitos e com um período maior de coleta de dados, para comprovar a importância da inserção da Quiropraxia no grupo de profissionais da medicina esportiva.

Referências

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