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A utilização do jiu-jítsu brasileiro como 

conteúdo na Educação Física escolar

La utilización del jiu-jitsu brasileño como contenido de la Educación Física escolar

 

*Professor de Educação Física Graduado na Universidade Nove de Julho

**Professor do curso de Graduação em Educação Física

da Universidade Nove de Julho

***Professor do curso de Graduação em Educação Física

da Universidade Nove de Julho; Professor do Colégio CIAM

Thiago Henrique dos Santos Reis*

Frank Shiguemitsu Suzuki**

Fabio Rodrigo Ferreira Gomes***

gomes.sp@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

Resumo

          O Jiu-jítsu é uma arte marcial que tem sua origem no Japão, mas após o Shogunato Tokugawa não tem sido tão usado. Um jovem chamado Jigoro Kano, estudioso da educação e artes marciais, entendia que essas artes tinham muito mais do que simplesmente a prática do combate, mas também o aprimoramento ético e moral, assim fundou o Judô Kodokan. Essa modalidade cresceu em número de praticantes rapidamente, no Brasil foi divulgada por Conde Koma, que pertencia a segunda geração de alunos de Kano. Essa modalidade foi transformada pela família Gracie e chamada de Brasilian Jiu-jítsu, que tem carregado o estigma de luta que estimula a violência. O objetivo desse artigo é apresentar os princípios filosóficos do Judô e sua possibilidade de aplicação no Jiu-jítsu Brasileiro para Escola.

          Unitermos: Jiu-jítsu. Judô. Escola.

 

Abstract

          Jiu-jitsu is a martial art that has its origin in Japan, but after the Tokugawa Shogunate has not been so used. A young man named Jigoro Kano, who was a student of martial arts and education, understood that these arts were much more the simply the practice of combat, but also the ethical and moral improvement, and founded Kodokan Judo. This modality has grown rapidly in number of practitioners. In Brazil was disclosed by Conde Koma, who belonged to the second generation of students of Kano. This modality was transformed by the Gracie family and called Brazilian Jiu-jítsu, which has carried the stigma that the fight encourages violence. The aim of this paper is to present the philosophical principles of Judo and its possible application in Brazilian Jiu-jítsu for school.

          Keywords: Jiu-jitsu. Judo. School.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 17 - Nº 169 - Junio de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A área esportiva educacional precisa ampliar suas possibilidades e utilizar outras modalidades esportivas para complementar as que são mais praticadas por nossas crianças em âmbito escolar, principalmente se a modalidade tiver uma identidade nacional. No senso comum as pessoas acreditam que o esporte desenvolve o indivíduo em sua forma plena (aprendem a lidar com o ganhar e perder, o trabalho coletivo). Por exemplo, nos esportes coletivos afirmam que o praticante cresce por meio do esporte.

    As artes marciais que vieram do oriente são práticas corporais que trazem valores éticos e morais aos seres humanos (STEVENS, 2007). Essas modalidades no Brasil apareceram com o objetivo de defesa pessoal, esporte ou até mesmo como atividade física voltada para as questões da saúde.

    Os orientais têm bases filosóficas e religiosas voltadas à sociedade e tais crenças orientais são: a prática do “Zen” do Budismo; o Confucionismo; Xintoísmo; Taoísmo (SUGAI, 2000).

    No oriente as artes marciais sempre estiveram ligadas a guerra ou auto-defesa. Apesar disso, Jigoro Kano, formatou os significados e movimentos que faziam parte do antigo Jiu-jítsu, restando as técnicas que não ofereciam grande perigo a integridade física, dando o nome de Judô Kodokan (STEVENS, 2007).

    Quando a pessoa é apresentada a alguma arte marcial guiada pelos princípios filosóficos orientais, por meio da prática, acredita-se na mudança de sua conduta. Quando o estudo é mais aprofundado, percebe-se que mesmo com todo esse poder de mudança, não são transmitidos os valores na sua verdadeira essência para que o aluno entenda o que ele está fazendo.

    Do Judô Kodokan que foi se expandindo pelo mundo, nasceu o Jiu-jítsu Brasileiro ou Brazilian Jiu-jítsu, que usa suas técnicas de auto-defesa, sem muito apego filosófico e educacional (combate pelo próprio combate). Essa falta de filosofia, fez com que várias gerações de lutadores desse Jiu-jítsu rotulassem a modalidade como violenta.

    Nesse sentido o objetivo deste trabalho é refletir sobre as origens do Jiu-jítsu brasileiro, para justificar as possibilidades de sua aplicação na Escola.

Desenvolvimento

    Existem várias histórias sobre as origens do Jiu-jítsu, no entanto nesse trabalho focaremos aquela que advém do Japão Feudal, pois é o que mais interessa para nossa discussão.

    Pode-se definir que existem dois tipos de Jiu-jítsu: o antigo que deu origem a muitas modalidades de lutas, por exemplo, o Judô; e outro aperfeiçoado pela família Gracie a partir do Judô trazido para o Brasil por Mitsuo Maeda (Conde Koma), sendo chamado pelos seus fundadores, de Jiu-jítsu Brasileiro (VIRGILIO, 2002).

    No Japão feudal, muitas artes marciais eram praticadas, artes que faziam uso de lança, arcos e flechas, espadas e muitas outras armas, RATTI e WESTBROOK (2006) registram 23 práticas desarmadas no Japão feudal. O Jiu-jítsu era uma dessas artes. No entanto, também era chamado de Taijutsu e de Yawara, era um sistema de ataque em que se podia bater no oponente por meio de socos e chutes, arremessá-lo, imobilizá-lo e até estrangulá-lo; e esse sistema também ensinava as defesas para tais ataques (KANO, 2008b). Pode-se dizer que existiam várias escolas de Jiu-jítsu, e cada uma privilegiava um ou mais dos sistemas de lutas acima citados.

    Cada mestre de Jiu-jítsu ensinava o que julgava mais importante, não havia um método sistematizado (KANO, 2008a). Naquela época os mestres mais famosos apresentavam sua arte em um conjunto de inúmeras técnicas, todos tinham diferentes formas de ensino, mas não conseguiam enxergar um princípio que fomentasse a arte.

    Antes da criação do Judô em 1882, a curiosidade dos povos europeus e americanos sobre o Jiu-jítsu aumentava cada vez mais, pela eficiência demonstrada em exibições feitas aos outros povos em viagens de mestres de Jiu-jítsu, também pelo mistério daquele país que era desconhecido e fechado para relacionamentos até a era Meiji.

    Até a reforma Meiji, os samurais com seus poderes podiam matar qualquer cidadão que fosse suspeito. Após o Imperador Mutsu Hito (1867-1912), grandes modificações ocorreram: a ocidentalização dos costumes, os samurais passaram a perder os seus valores e não tinham mais poder atribuído pelo imperador. Dessa forma os samurais foram banidos, privados de sua espada (que significava sua alma) perdendo o respeito da população. Neste período as guerras internas acabaram e os exércitos ocidentais equipavam-se de fuzis e canhões. Assim as artes marciais perderam a força, pois um guerreiro não teria como enfrentar um exército armado somente com sua espada. Com isso o significado da vida pelo caminho do guerreiro – Bushido ou Budo – perdeu a força (KANO, 2008a).

    O Jiu-jítsu é a arte de auto defesa, com ou sem arma, contra os oponentes com ou sem armas. O lutador de Jiu-jítsu não precisa ter uma grande força física, embora seja admitida com bom uso. É a luta para um oponente mais fraco vencer o mais forte.

    Resumidamente, o Jiu-jítsu era a arte marcial que os samurais usavam para treinar a defesa pessoal. Jigoro Kano (fundador do Judô Kodokan), iniciou seu treinamento com 17 anos e se preocupou com a falta de ética devido o declínio da arte naquele período e o perigo com que as técnicas eram executadas. A partir daí começou a estudar a arte utilizando o Código de Honra dos samurais (Bushido) junto às religiões orientais, para dar o toque filosófico necessário para agregar valores às técnicas que ele selecionou para o Judô (VIRGÍLIO, 2002).

    Professor Jigoro Kano praticou Jiu-jítsu nas escolas Kito-ryu e Tenjin-s­hinyo-r­yu, essas escolas faziam o aluno tomar quedas e golpes sem explicar o porquê estavam fazendo, para que os alunos desenvolvessem o autodomínio com a descoberta dos movimentos e a paciência para entender e desvendar os segredos da hora correta, atingindo ai seu objetivo em longo prazo, essa forma era estimulante, mas os alunos se machucavam muito e repetiam muitas vezes para aprender, só freqüentava as aulas quem aguentava o ritmo. Jigoro Kano foi ensinado dessa forma, imitando ações de mestre, o ensino não era claro.

    Então formulou técnicas aprendidas nessas escolas de Jiu-jítsu, separando os pontos fortes de cada Dojô (escola), deu sentido a essas técnicas, partindo do princípio: Seiryoku Zenyo “máxima eficiência com o mínimo de esforço”, para o aperfeiçoamento do ser humano, usando esse princípio no local de treinamento e na vida cotidiana, para benefícios da sociedade.

    Assim, em 1882 esse jovem idealista formado pela Universidade Imperial, com conhecimento sobre várias escolas de Jiu-jítsu, pedagogia, filosofia, formulou e lançou um novo estilo de luta, o Judô Kodokan (Escola para o estudo da vida), da qual foram eliminadas as técnicas que ofereciam maior perigo a integridade física, dando ênfase a ética e a tradição de luta que vem há mais de 500 anos (VIRGÍLIO, 1986).

    Como o Judô a técnica é estudada e praticada com objetivo da máxima eficiência, o que seria aprendido em seis anos em outras escolas de Jiu-jítsu, passa para apenas três anos pelo método do Judô. Assim passou a ser usado por várias escolas de Jiu-jítsu. O objetivo geral é o aperfeiçoamento físico, mental e moral, e o uso desses poderes para o bem da sociedade (KANO, 2008a).

    Outro objetivo da modalidade foi a preservação das tradições japonesas que caminhavam para a extinção, a transformação do Jiu-jítsu em instrumento de educação física, moral e cívica, podendo ser praticada por crianças e idosos.

    “O Judô nasceu do descontentamento de um jovem japonês que acreditava que a arte marcial tinha muito mais a oferecer à sociedade e ao homem que simplesmente a habilidade de derrotar um outro homem em um combate”. (FERREIRA, 2003, p.3)

    A tradução da palavra japonesa Judô se divide em duas partes: “Ju” que significa suavidade, delicadeza, flexibilidade; “Dô” significa caminho, ou caminhar com consciência. Assim significando “o caminho da suavidade”, “o caminho da gentileza”.

    O Judô é praticado em um lugar especial chamado de “Dojo” e seus praticantes vestem um Judogui (roupa de Judô, comunmente chamado de kimono) simbolizando a roupa cotidiana e uma faixa com cores indicando sua graduação (DARIDO e RANGEL, 2008).

    Por meio da etiqueta (forma de cumprimentos que realiza ao professor e ao oponente antes e depois dos combates) e os golpes elaborados pensando na preservação do oponente. Baseou-se o método de ensino nas doutrinas e religiosos orientais – Taoísmo, Zen Budismo, Confucionismo e o Xintoísmo.

    A evolução dentro do Japão foi rápida, fazendo Jigoro Kano voltar seus olhares para a expansão do Judô para o mundo, para estreitar os laços de amizade entre os povos, que foi a meta da segunda geração da Kodokan, vários professores, inclusive Mitsuyo Maeda e Satake foram fazer divulgação para o mundo, sendo as lutas em desafios um fator muito importante para a primeira fase da divulgação priorizando não o ensinando do Judô, mas sim fazer com que o mundo o conhecesse, mesmo que mestre Jigoro Kano não concordava com os desafios, eles aconteceram primeiro dentro do Japão contra outros escolas e depois pelo mundo, priorizando seguidamente o ensino e a organização estrutural.

    Na Europa apesar de aparecerem desde o séc. XVIII algumas publicações sobre Jiu-jítsu, eram muito escassas e duvidosas. No início de séc. XX os professores da Kodokan chegaram a Europa, implantando o Judô de forma efetiva, fazendo demonstrações e desafios recebendo a admiração e respeito. Mas o Jiu-jítsu e o Judô aparentemente eram considerados uma mesma luta, diferenciando-se nas suas metas e suas estratégias de ensino.

    Segundo VIRGÍGLIO (2002) Mitsuyo Maeda (Conde Koma) apesar de ser discípulo direto de Tomita (o que mais recebeu ensinamentos de mestre Jigoro Kano) acreditava que a provação maior das lutas era confrontar outros estilos e modalidades. É importante salientar que Koma era conhecido por vencer muitos combates (América do Norte, América Central, Europa e Brasil) contra vários estilos de luta, e não por ser um ótimo professor, outro fato e que foi cogitado seu desligamento do Judô Kodokan por conta desses desafios.

    O Brazilian Jiu-jítsu também conhecido por “Gracie Jiu-jítsu” tem como fundadores a família Gracie, e foi aprimorado pelo Mestre Hélio Gracie. O legado Gracie começou no século XX, com Conde Koma. Naquela época Gastão Gracie (diplomata), ajudou Maeda a se instalar na cidade de Belém do Pará, para demonstrar sua gratidão Maeda ensinou o Judô Kodokan a seus filhos, ou talvez uma mescla de Jiu-jítsu e Judô, pois como dito acima, não havia uma diferença clara entre as modalidades.

    As aulas de Maeda consistiam em ensinar a partir da luta propriamente dita, sem nenhum processo pedagógico, os Gracies acabavam por cair inumeras vezes levantar e tentar novamente, até que a luta de solo (consiste em lutar no solo para realização de imobilizações) foi apresentada a eles, foi o momento oportuno para perceber que no solo o mais franzino poderia levar vantagem sobre o mais robusto, tendo este lema os Gracies se aperfeiçoaram na luta de solo.

    Com a mudança para o Rio de Janeiro, Carlos resolveu ensinar suas técnicas de lutas para ajudar no orçamento da família. Carlos sempre foi contra a violência e a associação do Jiu-jítsu a mesma, entretanto no início para divulgar a nova modalidade, o jeito encontrado por eles foi o desafio a lutadores de vários estilos de lutas para comprovar a supremacia do Jiu-jítsu Brasileiro, lutas em formato esportivo sem golpes traumáticos, lutas oficiais de vale-tudo ou simplesmente luta de rua.

    Um determinado dia, Carlos teve que resolver assuntos fora da academia e atrasou-se, Hélio Gracie (irmão mais franzino de Carlos) que acompanhava todas as aulas, resolveu dar a aula do dia para não desapontar o aluno que esperava o mestre ansiosamente. Hélio era tão observador que ministrou uma excelente aula, superando as aulas de Carlos. Assim o aluno solicitou que a partir daquele momento gostaria de receber aulas apenas com o pequeno Hélio (GRACIE, 2007).

    Hélio percebeu que não conseguia executar facilmente alguns movimentos que havia memorizado, ai começou a adaptar alavancas para que não precisasse usar força na luta, ou seja, Hélio conseguiu adaptar o estilo de luta a seu próprio corpo.

    “Nunca gostei de dar aulas a atletas. Atleta não precisa. Quem precisa do meu Jiujitsu é o cara franzino, apavorado, frouxo, inseguro, indefeso. Já imaginou esse cara ter certeza que não leva facada, paulada, pisão, soco, pontapé, gravata? Ele aprende a sair de qualquer situação e começa a ver que é invencível. Sua moral tímida muda para a de alguém que acredita em si, e isso não tem preço. (...) Criei um veículo para dar segurança às pessoas.” (GRACIE, 2007).

    Com essas citações o Jiu-jítsu foi exposto a população como arma, procurado por aqueles que gostam de briga, pois não foi oferecido como uma aprendizagem de defesa pessoal, mas sim como meio de liquidar os oponentes.

    No início dos anos noventa os treinos eram inteiramente voltados aos campeonatos, o ensino era voltado à malícia de competidor, como ganhar pontos, deixando totalmente de lado a parte de defesa pessoal.

    Ao passar dos anos a técnica foi se desenvolvendo muito rápido e surgiram os campeonatos deixando de lado a defesa pessoal, hoje em dia as aulas e academias visam às competições e priorizam os melhores atletas.

    Nada mais justo que priorizar os melhores atletas por que a própria história do Jiu-jítsu brasileiro priorizou os melhores lutadores, essa é a própria filosofia desse Jiu-jítsu (TEIXEIRA, 2007).

    A luta consiste em derrubar o oponente, imobilizá-lo e o fazer desistir da luta com finalizações (chaves de braço, enforcamentos, chaves de perna, etc.), cada ação equivale a uma pontuação.

    Esse esporte tomou proporção mundial por meio do vale-tudo, mais especificamente UFC, um torneio realizado nos EUA nos anos 90 demonstrou sua superioridade contra vários estilos de artes marciais, passando a ser praticando por todos.

Considerações finais

    O Jiu-jítsu brasileiro possui na sua essência o Judô Japonês (Kodokan), ao longo dos tempos foi se tornando uma arte de confrontos para provar sua eficiência e supremacia. Logo foi se estabelecendo em academias como luta de “Pit boys”, tornando-se sinônimo de violência.

    Com a influência da mídia os famosos vale tudo, hoje conhecido como MMA (mix martial arts), tomam conta dos grandes espetáculos, chamando a atenção de muitos espectadores. Os grandes lutadores se aperfeiçoam em várias modalidades de lutas, e uma modalidade que não pode ficar de fora é a luta de imobilizações. Sendo assim aumenta a procura do Brazilian Jiu-jítsu, criando um estereótipo que o Jiu-jítsu é praticado apenas por pessoas que visam sobressair-se nos torneios de vale tudo.

    Quando é mencionado a inclusão deste Jiu-jítsu na área escolar, cria-se uma certa restrição, pois os leigos acreditam que a modalidade não contribui com a formação do aluno, diferentemente das artes como: Judô, Caratê, Tae Kwon do e até mesmo a Capoeira.

    Mas acredita-se que o Brazilian Jiu-jítsu pode ser utilizado no contexto escolar, desde que seja levado em consideração alguns valores de etiqueta que Kano propôs nos princípios do Judô Kodokan.

    Até mesmo uma adaptação especificamente para o âmbito escolar, mais especificamente, utilizar as dimensões do conteúdo que proposto por Coll et. al. (1998) (conceito, procedimento e atitude), assim norteando as técnicas e a maneira que foram ensinadas, ou seja: o que o aluno necessita saber (conceitos) sobre o que será aprendido; o que deve saber fazer (procedimentos), especificamente o conteúdo prático; Para que fazer (atitudinal), quais as atitudes que são esperadas com a prática realizada.

    Pois observando a prática do Jiu-jítsu brasileiro com um olhar de educador, percebemos a ausência das dimensões conceituais e atitudinais durante as aulas, pois a grande preocupação é a transmissão da parte procedimental (aprimoramento da parte técnica e física), pois o que nos aparenta que os alunos possuem uma grande preocupação com os resultados competitivos.

    Se o Jiu-jítsu for levado para o conteúdo escolar da mesma maneira que é ministrado dentro destas academias, não acrescentará no que diz respeito aos aspectos educacionais, pois o propósito da escola não é formar atletas e nem competidores de Jiu-jítsu, mas sim a prática corporal para tomar outra dimensão (formação do cidadão).

    Sendo assim justifica a prática desde que os ensinamentos do Judô estejam atrelados a aula, pois quando Jigoro Kano criou o Judô deixou claro que a prática não era a formação de guerreiros e sim cidadãos de bem.

Referência bibliográfica

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