efdeportes.com

Empoderamento no processo de envelhecimento humano:

algumas reflexões e contribuições sobre saúde e qualidade de vida

El empoderamiento en el proceso de envejecimiento humano: algunas reflexiones y aportaciones sobre la salud y la calidad de vida

 

*Mestranda em Envelhecimento Humano, coordenadora

e docente do curso de Enfermagem da ULBRA Carazinho

**Mestre em Educação, coordenadora e docente

do curso de Educação Física da ULBRA Carazinho

***Doutor em Educação, docente no Programa

de Mestrado em Envelhecimento Humano, UPF

(Brasil)

Anelise Schell Almeida*

anelisealmeidafw@yahoo.com.br

Patricia Carlesso Marcelino**

patriciacarlessosiqueira@gmail.com

Péricles Saremba Vieira***

psvieira@upf.br

 

 

 

 

Resumo

          O presente artigo tem como objetivo refletir acerca do empoderamento no processo de envelhecimento humano, e o modo como este pode contribuir para a qualidade de vida dos idosos. A trajetória metodológica utilizada foi uma revisão bibliográfica acerca do tema, o qual tem como objetivo refletirmos sobre essas premissas. Com base nesse estudo percebe-se que o processo de envelhecimento humano no que tange a qualidade de vida pode ser influenciado pelo empoderamento dos idosos, através de orientações no contexto da educação em saúde que possibilite alternativas para promoção da qualidade de vida. A educação em saúde vai além do cumprimento de serviços ou de meras tarefas laborais, está intimamente ligada ao comprometimento dos gestores e profissionais da saúde com a realidade que os cerca, tendo como ponto fundamental o entendimento da prática de orientações que contribuam para a qualidade de vida de nossas comunidades, em especial aos usuários idosos. Existe sim, uma grande evolução no empoderamento do usuário, a grande missão da saúde é viabilizar novas ações que contribuam para moldar a realidade vigente.

          Unitermos: Envelhecimento humano. Empoderamento. Saúde. Qualidade de vida.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 167, Abril de 2012. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    Com o aumento da expectativa de vida, a longevidade passou a ser vista não só como um ganho para a sociedade, mas também como uma preocupação, devido ao aumento de patologias e disfunções psicológicas e funcionais causadas pelo estilo de vida da população, o que pode causar uma diminuição na qualidade de vida da população. Pode-se dizer que longevidade não é sinônimo de qualidade de vida.

    A má qualidade de vida faz com que os idosos sejam cada vez mais esquecidos e desvalorizados pela sociedade. Nossos idosos estão carentes de cuidados, de atenção, demandam de um olhar real para a qualidade de vida que estão obtendo. Neste sentido o empoderamento ao idoso no processo de envelhecimento humano, preconizado pelas políticas públicas de saúde na atenção primária, pode contribuir de forma significativa para a manutenção e melhoria da qualidade de vida da população idosa, mediante práticas dos profissionais em especial da área da saúde que valorizem a autonomia do idoso, orientando de modo que possibilite acréscimo de ações cotidianas com vistas à qualidade de vida.

    Esse empoderamento pode ser viabilizado através da Educação em Saúde, considerada uma estratégia de desenvolvimento comunitário que visa aumentar o entendimento e a autonomia dos indivíduos, a fim de dirigirem seus próprios destinos. Os idosos deveriam tomar posse deste “poder” que lhes é conferido teoricamente, negligenciado muitas vezes pelos detentores da informação. O empoderamento implica no rompimento com a lógica assistencial dominante, que privilegia o saber de um e silencia o saber de outros, a relação é de parceria e não de hierarquia.

    Com base nessa premissas apresentaremos algumas reflexões sobre processo de empoderamento no processo de envelhecimento humano no que se refere à saúde e a qualidade de vida.

Perspectivas sobre o envelhecimento humano no Brasil

    O envelhecimento humano pode ser definido como um processo gradual, universal e irreversível, onde acontecem modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas, conseqüência da ação do tempo e segundo Sturmer et al (2010) Apud Marcelino (2010) é gradual porque não se fica velho de um dia para o outro. É universal porque afeta todos os indivíduos de uma espécie numa forma similar. As evidências indicam que o processo de envelhecimento pode ser acelerado ou desacelerado por fatores ambientais e comportamentais, mas não pode ser revertido.

    Com o aumento da população mundial, o numero de idosos vem crescendo consideravelmente nos últimos anos. O processo de envelhecimento vem sofrendo inúmeras alterações, devido a fatores que ocorrem durante este ciclo. De acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) (2010) o censo aponta crescimento da população idosa, a qual inspira cuidados, e também revela que os idosos com 60 anos ou mais formam o grupo que mais cresceu na última década.

Figura 1. A estrutura em forma de gota, com predominância de adolescentes e adultos jovens, representa um 

bônus demográfico para o país: há um contingente maior da população em idade ativa (Fonte: IBGE, 2010)

    Apesar desse crescimento significativo de idosos, os dados mais relevantes apontam que somos, pela primeira vez na historia recente, uma nação cuja maior parcela da população é predominante adulta e em idade ativa, ou seja, um em cada cinco brasileiros tem entre 20 e 29 anos de idade, o que significa dizer que por duas décadas o país terá as condições propicias para se desenvolver já que estará no auge da sua força produtiva, enquanto as crianças e os idosos (ambos dependentes daqueles que trabalham) representarão um percentual menor na população. Esse fato é chamado “bônus demográfico”, pelo qual já passaram algumas nações que se tornaram ricas e desenvolvidas.

    A estrutura etária da população, que era uma pirâmide, passou a assumir a forma de uma gota. (IBGE, 2010).

Figura 2. O país terá, daqui a quatro décadas, um perfil etário na forma de pote, semelhante ao da 

França atual. Haverá quase tantos idosos quantos jovens, pressionando os gastos com saúde e previdência

O Rio Grande do Sul e o processo de envelhecimento populacional

    Em análise realizada por pesquisadores do Observatório das Metrópoles, do núcleo de Porto Alegre e da Fundação de Economia e Estatística/ RS baseada nos dados divulgados pelo Censo 2010, verificou-se importantes mudanças no perfil demográfico do estado do Rio Grande do Sul, com destaque para o aumento da proporção da população de 45 a 64 e da população de 65 anos e mais.

    O índice de idosos subiu de 27,61% em 2000 para 44,61% em 2010. Essa é uma mudança muito significativa na estrutura demográfica gaúcha. Especialmente se levarmos em consideração que essa mudança atingiu tanto os homens como as mulheres.

    A tendência verificada na distribuição da população por faixas etárias se confirma quando se observa o índice de idosos que a proporção entre o numero de pessoas com mais de 65 anos de idade e o numero de jovens abaixo de 15 anos de idade, de modo que, quanto mais elevado o índice, maior é o envelhecimento da população. Nesse sentido de acordo com o IBGE (2010) o Rio Grande do Sul esse índice aumentou de modo muito significativo.

Um olhar sobre a saúde brasileira

    Na década de 70, as práticas de saúde eram caracterizadas pelo modelo biomédico, que é essencialmente curativista, hospitalocêntrico, discriminatório e centrado na figura do profissional médico. Sob esta ótica, o ser humano é tratado de forma fragmentada, sendo a patologia o foco do cuidado, em detrimento da integralidade do ser.

    Além disso, o direito à saúde estava reservado àquelas pessoas que dispunham de recursos financeiros para comprar os serviços médicos particulares. A população pobre recebia atendimento em instituições de caridade, enquanto os ricos recebiam assistência médica individualizada, ambos com o objetivo único de curar a patologia de uma forma isolada.

    Frente a essa realidade, emerge o Movimento da Reforma Sanitária, que propunha a remodelação do sistema de saúde hegemônico. O movimento reunia uma diversidade de atores que defendiam idéias que posteriormente serviriam de sustentação ao Sistema Único de Saúde.Para Filho (1996, p. 63), “um dos principais produtos desse movimento foi à elaboração de um documento intitulado Pelo direito universal à saúde, que sublinha a necessidade do Estado se comprometer definitivamente com a assistência à saúde da população.”

    Neste sentido, esse movimento culminou com a construção de um novo projeto de saúde para o país, o Sistema Único de Saúde (SUS), cujo objetivo é a superação dos limites do modelo de saúde vigente. O SUS foi criado pela Constituição Federal Brasileira de 1988 e regulamentado através das Leis nº 8080, conhecida como Lei Orgânica da Saúde (LOS), e nº 8142, ambas de 1990 (CUNHA; CUNHA, 2001). E neste âmbito é que se busca empoderar o nosso usuário, para que este participe e seja beneficiado com o sistema de saúde conquistado.

Qualidade de vida e bem-estar

    Desde os tempos antigos as pessoas procuram seu bem-estar com o mundo, as pessoas, o trabalho, ou seja, procuram ser felizes dando prazer não só a elas, mas também as pessoas à sua volta. O interessante é que a maioria dos seres humanos procura agradar e fazer os outros felizes, e quando isso não acontece elas acabam se tornando infelizes (GONÇALVES,VILARTA, 2008).

    Nahas (2006) define qualidade de vida como sendo a condição humana resultante de um conjunto de parâmetros individuais e sócio-ambientais, modificáveis ou não, que caracterizam as condições em que vive o ser humano. Considera-se como parâmetros individuais, moradia, meio de transporte, segurança, assistência médica, condições em que as pessoas trabalham, remuneração, educação, opções de lazer, meio ambiente, dentre outros.

    Já os parâmetros individuais são caracterizados como a hereditariedade e os componentes do estilo de vida: hábitos alimentares, controle do estresse, atividade física habitual, relacionamentos pessoais e comportamento preventivo. Os parâmetros individuais são entendidos como um conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, os valores e as oportunidades na vida das pessoas.

    De acordo com Nahas (2006, p.29), o estilo de vida corresponde ao conjunto de ações habituais que refletem as atitudes, valores e oportunidades das pessoas. Estas ações têm grande influência na saúde geral e qualidade de vida de todos os indivíduos.

    Conforme Nahas (2006), o envelhecimento humano populacional acarreta o aumento da incidência de doenças crônico-degenerativas, mais comuns em idade avançada. Isso leva um contingente crescente de pessoas, que mais cedo ou mais tarde, acabam dependentes de outros até para as tarefas mais simples. Esta redução da qualidade de vida é mais drástica na última década de vida, podendo ser minimizada se a pessoa mantiver um estilo de vida ativo. A qualidade de vida não deve ser definida somente como ausência de enfermidades, mas sim, deve ser analisada através de três dimensões principais: saúde mental, função física e função social.

    Nahas (2006) destaca que a atividade física e aptidão física tem sido associadas ao bem estar, à saúde e à qualidade de vida das pessoas em todas as faixas etárias, principalmente na meia idade e na velhice, quando os riscos potenciais da inatividade se materializam, levando a perda precoce de vidas e de muitos anos de vida útil.

    Para Gonçalves, Vilarta (2004), a qualidade de vida pode ser diferenciada segundo objetivos, formas de abordagem, resultados observados e interpretações apropriadas ao contexto no qual é estudada ou aplicada.

    De acordo com Saba (2008), o bem estar é o conforto diante da vida, é a concordância com o tipo de desafios e compensações que ela apresenta, é o estado de perfeita satisfação física e moral, é a harmonia entre os pensamentos e as ações de uma pessoa em relação a si mesma e à coletividade.

    Por muito tempo, acreditou-se que a velhice era uma doença inevitável para a maioria das pessoas. Tal crença se baseava na grande incidência de problemas de saúde entre indivíduos da hoje chamada terceira idade. Nos dias atuais, sabe-se que o envelhecimento é influenciado tanto por fatores genéticos quanto pelo estilo de vida, o que já coloca a atividade física como um dos principais hábitos para o prolongamento da juventude. Muitos aspectos da deterioração física e mental, que antes era atribuídos ao efeito do tempo, são atualmente relacionados à inatividade.

A promoção à saúde e o empoderamento dos usuário

    A promoção à saúde consiste no desvelamento das potencialidades dos indivíduos em cuidar da própria saúde, ou seja, no empoderamento dos indivíduos/famílias/comunidades, para que tenham o controle sobre a própria vida, sendo sujeitos críticos e autônomos capazes de refletir acerca da realidade e decidir a melhor conduta a ser adotada. Segundo a Carta de Ottawa (1986, p.1), “promoção da saúde “é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo”.

    A promoção em saúde é efetivada através da Educação em Saúde, em processo de educação permanente da comunidade. Segundo a Carta de Ottawa (1986, p.1), promoção da saúde “é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo”.

    A promoção da saúde adota uma gama de estratégias políticas que visam direcionar os indivíduos a assumirem responsabilidade em relação a sua saúde, reduzindo o peso financeiro na assistência a saúde uma vez que os problemas reduziriam, numa perspectiva libertária na busca de mudanças sociais mais profundas, em especial a educação popular.

    Neste contexto se faz necessário o redesenho de programas de saúde que contemplem a integralidade, a humanização e a equidade, enfatizando a intersetorialidade como política de promoção da qualidade de vida e a participação/empoderamento com o intuito de valorizar a capacidade crítica e reflexiva dos agentes sociais, mediante um contexto econômico, social, cultural e ambiental em saúde.

    Sob esse ponto de vista é pertinente salientar que a promoção da saúde acontece mediante ações que viabilizem o empoderamento do indivíduo, compreendendo suas potencialidades numa sociedade que almeja desenvolver-se. É preciso que haja uma inter-relação entre pessoas envolvidas e ambientes a serem trabalhados. Assim, um programa com ações que incentive a construção do conhecimento acerca da saúde individual e coletiva visando o auto-cuidado.

    O empoderamento é uma estratégia de desenvolvimento comunitário que visa aumentar o poder e a autonomia dos indivíduos, a fim de dirigirem seus próprios destinos. Assim, os cidadãos precisam tomar posse deste poder que lhes é conferido, que muitas vezes é negligenciado por falta de informação. O empoderamento implica no rompimento com a lógica assistencial dominante, que privilegia o saber de um e silencia o saber de outros, a relação é de parceria e não hierárquica.

    A incorporação do empoderamento comunitário às práticas assistenciais demanda de novos modos de se fazer saúde, incorporem como diretriz, uma postura que encare os usuários na sua singularidade de sujeitos portadores de direitos, em substituição a uma perspectiva que entende os usuários como suplicantes e beneficiários dos serviços. (CARVALHO, 2002, p.1094).

    O processo de empoderamento dos usuários ocorre mediante a educação em saúde. Porém, tal educação em saúde deve ser diferente da tradicional, em que prevalece a verticalidade na relação e os conhecimentos do usuário são ignorados. O novo modelo de educação em saúde valoriza o conhecimento do senso comum e procura desvelar a realidade de cada cliente, bem como, sua compreensão de mundo. Sob esta abordagem pedagógica “ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo”. (FREIRE, 2001, p. 69).

    A implementação de práticas que objetivem o empoderamento comunitário demanda abordagens educativas que valorizem a criação de espaços públicos que logrem promover a participação dos indivíduos e coletivos na identificação e análise crítica de seus problemas, visando a elaboração de estratégias de ação que busquem a transformação do status quo. (CARVALHO, 2002).

    Neste sentido, os Conselhos de Saúde, bem como as rodas e grupos de discussão, são espaços de empoderamento dos cidadãos, pois nestes locais eles atuam no levantamento de prioridades e necessidades, na formulação de estratégias, na implementação e avaliação das ações, a fim de garantir a qualidade dos serviços de saúde e a integralidade na atenção.

    Prioriza-se o cuidado holístico ao indivíduo/família/comunidade, em que a equipe de saúde percebe o usuário enquanto sujeito biopsicossocial, ampliando seu olhar para além da doença. Este é o princípio da integralidade, assegurado no artigo 7, inciso II da Lei 8080/90, que diz: “a integralidade, é entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema” (SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE, 2000, p. 25).

    Para que os indivíduos possam ser vistos como um todo, se faz necessário o entrelace entre todos os setores que permeiam o meio em que vive este indivíduo, mais especificamente, do conjunto de políticas sociais que fazem parte daquele município, estado e país. As políticas públicas saudáveis são o eixo norteador para a remodelação do sistema vigente, visando à promoção da saúde da população, em especial das pessoas idosas, em decorrência do aumento da expectativa de vida em nivel mundial, especialmente no Brasil.

Considerações finais

    O Sistema Único de Saúde incorpora princípios e diretrizes capazes de modificar a atual lógica de atenção à saúde, quais sejam: universalidade de acesso a todos os níveis de atenção, integralidade da atenção, resolutividade, descentralização, direito à informação, igualdade na assistência, participação da comunidade, entre outros.

    Tais princípios e diretrizes transformam o Sistema Único de Saúde no paradigma ideal de atenção à saúde, capaz de modificar a situação de desigualdade na assistência prestada atualmente . Assim o SUS é um modelo de saúde jovem que traz consigo a esperança de uma transformação há tempos sonhada. Porém, colocar o que está posto na legislação em prática é uma tarefa complexa que exige empenho de diferentes atores, ou seja, carece de profissionais que atuem em consonância com os princípios e diretrizes deste novo sistema de saúde, no empoderamento dos usuários.

    Percebe-se a dicotomia entre a teoria e as práticas vigentes na orientação ao idoso, pois através dela pretende-se empoderá-los para que mantenham e melhorem sua qualidade de vida em um período tão especial de nossas vidas. Entretanto, quando empodera-se população idosa, através da educação em saúde, pode-se deparar com a falta de estruturas físicas e funcionais para trabalhar com estes idosos empoderados.

    Conforme Junqueira (2005, p.49) “a qualidade de vida demanda uma visão integrada dos problemas sociais e da sua solução”. A complexidade desses problemas exige vários olhares, vários saberes que articulados permitirão visualizar soluções adequadas à realidade social onde estes problemas emergem.

    Diante dessas considerações, percebe-se a necessidade de uma educação emancipatória voltada para o desenvolvimento e a sustentabilidade das populações, visando superar a evidente dicotomia existente entre a teoria e a prática, que é percebido em nossos municípios, onde a realidade vivenciada contrapõe-se ao texto constitucional. A educação em saúde é relegada a um segundo plano, e a prioridade continua sendo o contentamento aos usuários com consultas médicas, números de exames, distribuição de medicamentos e a cura de patologias e de agravos, reforçando o modelo hegemônico de atenção à saúde.

    Nesse contexto o gestor ou profissional do Sistema Único de Saúde necessita em seu cotidiano atuar buscando superar os diversos entraves que se apresentam, entre eles, os conceitos e pré-conceitos instituídos ao longo do tempo, tendo em vista a efetivação de um modelo de atenção à saúde pautado na reflexão de suas práticas de empoderamento ao idoso. Eis nossa missão!

Referências

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 167 | Buenos Aires, Abril de 2012
© 1997-2012 Derechos reservados