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A ludicidade na aprendizagem do tênis

La ludicidad en el aprendizaje del tenis

 

Curso de Educação Física

Faculdade Metropolitana

(Brasil)

Carlos Eduardo Sipriano

Erasmo Afonso Mesquita

Manoel Lourenço Neto

Cenira Júlia Fernandes Magalhães Tonon

Francisco Tadeu Reis de Souza

p.jrvalentim@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          A pesquisa tem como um de seus objetivos, contribuir no processo de ensino-aprendizagem da modalidade tênis de quadra para crianças na faixa etária de 07 a 10 anos, tendo como finalidade diagnosticar as manifestações lúdicas nas aulas de iniciação ao tênis, observando sua contribuição no processo de ensino aprendizagem, observando os aspectos cognitivo, afetivo e motor, para em seguida verificar como utilizar as potencialidades das manifestações lúdicas no desenvolvimento das aulas. Este estudo procurou identificar uma faixa etária na qual os fatores sociológicos, psicológicos e sociais se fizessem favorável a pratica da iniciação desportiva da modalidade tênis. A proposta desta pesquisa é bem mais simples e imediatamente objetiva, sendo que a idéia principal e apresentar através de maneiras simples e eficazes a iniciação ao tênis através do lúdico. Para tanto a pesquisa é qualificada do tipo qualitativa e utilizamos como metodologia de investigação o método indutivo. Após a coleta, tabulação e analise dos dados, chegamos a conclusão que as crianças nesta faixa etária que vai dos 07 aos 12 anos de idade gostam de brincar, jogar, correr, saltar e que elas gostam quando suas aulas de tênis são realizadas usando o lúdico como ferramenta principal para estimular elas a fazerem as aulas de tênis, com isso tendo um melhor aproveitamento já que a pesquisa aponta como resultado que muitas crianças nesta faixa etária tem o tênis como uma obrigação e não como diversão.

          Unitermos: Ludicidade. Processo de ensino-aprendizagem. Tênis.

 

Artigo elaborado a partir de pesquisa de monografia de conclusão de curso.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 167, Abril de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O objetivo da pesquisa e diagnosticar as manifestações lúdicas nas aulas de iniciação ao tênis, observando sua contribuição no processo de ensino aprendizagem nos aspectos cognitivos, afetivos e motor, para em seguida verificar como usar as potencialidades da ludicidade no desenvolvimento das aulas. A melhoria do ensino do tênis no Brasil e um grande desafio para a Confederação e Federações de tênis, em particular para os professores de tênis. O tênis oferece vários caminhos o competitivo o terapêutico, o profissional entre outros, mas o tênis infantil e o mais preocupante.

    Não existe no Brasil uma escola de tênis com estilo próprio, como acontece em outros paises como n Espanha, na qual e realizado um trabalho de base para que no futuro formem tenistas profissionais para representar seus pais.

    A proposta e a expansão do tênis no meio acadêmico e escola que irá oportunizar as crianças menos favorecidas a pratica desta modalidade, e com isso os acadêmicos em Educação Física puderam ministrar aulas de iniciação sem ter a necessidade de serem atletas nessa modalidade, desta forma iria popularizar o tênis através de aulas na faculdade e comunidades carentes e projetos sociais. O tênis deve ser ensinado nas escolas publicas e projetos sociais envolvendo as Universidades tanto particulares como as publicas.

    A pesquisa tem como um de seus objetivos, contribuir no processo de ensino aprendizagem da modalidade tênis de quadra para as crianças na faixa etária de 07 a 12 anos, a fim de divulgar e popularizar esta modalidade esportiva, oportunizando desta forma que todas as crianças possam praticar este esporte, considerado erroneamente pela maioria da população, como sendo um esporte de elite.

    Com a divulgação e popularização do tênis para crianças de baixa renda, o crescimento do esporte nos pais e a chance de se descobrir novos talentos será bem maior, não sendo necessário esperar por um surgimento de novas referencias. A intenção e popularizar e levar as crianças as melhores opções da confecção de seu próprio material a baixo custo, oportunizando a pratica da modalidade tênis.

    O objetivo geral desta pesquisa é verificar como as atividades lúdicas podem contribuir no processo de ensino-aprendizagem do tênis e para tanto procuramos estabelecer um problema, guia desta pesquisa no qual argumentamos: á aplicação dos jogos lúdicos contribuem no processo de ensino-aprendizagem do tênis, estimulando o aluno? Para podermos nos aprofundar na pesquisa, trabalhamos com duas hipóteses, em que H1 sustentamos que os fatores econômicos determinam a eficiência na prática do tênis e H2 afirmamos que as atividades lúdicas bem trabalhadas na modalidade tênis, contribuem e estimulam a aprendizagem dos alunos. Baseados no problema e nestas duas hipóteses é que desenvolveremos esta pesquisa, em que tentaremos responder o problema e verificar a veracidade ou o falseamento das hipóteses.

Revisão de literatura

Aspectos históricos do tênis

    A literatura nos fornece muitos indícios sobre a origem do tênis. A literatura especializada nos indica que surgiu como uma variante de antigos jogos de bola praticados por egípcios, gregos e romanos.

    Outros acreditam que o tênis deriva de um jogo chamado de “haspartum” que foi adaptado pelos pais basco e recebeu o nome de “jeu de paume” porque a bola era rebatida contra um muro com a palma da mão. No século XII “jeu de paume” difundiu-se por toda a França, com muitas modificações, tanto nas regras quanto na configuração dos campos. Ele deixou de ser jogado com a bola contra o muro, passando a ser praticado em um retângulo dividido ao meio por uma corda. Surgiu, assim, o “longue-paume”, que permitia a participação de ate seis jogadores de cada lado.

    Mais tarde surgiu o “court-paume”, jogo similar, disputado em recinto fechado, mais de técnica mais complexa e exigindo uma superfície menor para sua pratica. As partidas eram disputadas em melhor de 11 jogos saindo vencedora a equipe que fizesse primeiro os s seis jogos. Eis porque, no tênis, os seis jogos (games) definem o set.

    Com o aparecimento da bola de borracha, em meados do século XIX, surgiu na Grã-bretanha o tênis ao ar livre, ou “tênis real”, bastante semelhante ao court-paume, mas sem paredes laterais e de serviço.

    O “lawn tênis” (definição dada em função da quadra de grama) logo se expandiu por toda índia, impulsionado pelo entusiasmo das senhoras e chegou a Inglaterra, onde o críquete era o esporte da moda e do verão.

    O tênis foi um dos esportes integrantes das primeiras olimpíadas da era moderna, em 1896 e passou a ter a dimensão internacional a partir de 1904, quando a copa Davis foi considerada como a principal competição por paises.

    Assim como na maioria dos paises, o Brasil conheceu o tênis por intermédio dos imigrantes, geralmente engenheiros, comerciantes e diplomatas que levavam na bagagem a famosa “caixa” criada e comercializada por Wingfield, na qual constavam livro de regras, raquetes, bolas e rede. Acredita-se que a Argentina foi a primeira a praticar o novo esporte na América do sul.

    A introdução no Brasil foi em 1898, no clube “Rio Cricket”, em Niterói, mas muitos estudiosos afirmam que quadras foram construídas em São Paulo em 1892, já nos primeiros anos do novo século, já havia clubes sediados em Recife, Salvador, Santos, Itajaí e Porto Alegre.

O tênis de quadra

    O tênis de quadra é um esporte que pode ser praticado por crianças e adultos, seja dos 05 aos 90 anos de idade, sem maiores problemas, por se tratar de um esporte que une gerações, no qual um avô pode jogar tênis com seu neto de 05 anos com tranqüilidade.

    O tênis nos oferece muitas situações e cada situação tem dois lados, cabendo ao jogador o poder da escolha. Caso você leve o tênis com seriedade e compete em torneios, sua concentração melhora, não apenas para o esporte, mas para todas as outras atividades de sua vida. Esta modalidade exige muita disciplina, porque sem treino regular dificilmente, nenhum praticante consegue desenvolver seu jogo de forma satisfatória.

    O tênis atualmente esta em franco desenvolvimento no que diz respeito a estudos produzidos através da ciência no campo cientifico, no que diz respeito a aspectos físicos, técnicos e psicológicos. Com vários estudos voltados para Biomecânica aplicada ao tênis, para aperfeiçoar e aperfeiçoar os golpes no tênis de campo. As razões de ordem técnica da necessidade dos estudos fundamentam-se nos fatos de que não há material desta qualidade escrito na língua portuguesa, estando o espaço vazio para ser ocupado.

    Quanto à massificação do tênis, ela vira com o surgimento de novos ídolos no esporte. Estão sendo realizados treinamentos específicos para que através destes treinamentos, a resposta a nível fisiológico dos sistemas seja ótima para que se possa atingir um alto nível de rendimento. Certamente o maior benefício que o tênis proporciona aos seus adeptos e o meio de se conservarem fisicamente bem.

    Poucos são os estudos realizados pela ciência no afinco de produzir um método para a iniciação na modalidade tênis para crianças na faixa etária de 07 a 12 anos. Em sua maioria, os estudos e bibliografias pesquisadas, estão voltados para o adulto ou tenistas de alto rendimento.

    Alguns estudos publicados em sua maioria já aparecem com receitas prontas, e não mostram a mínima preocupação de se trabalhar os aspectos da ludicidade para que as crianças se desenvolvam como um todo, os livros são voltados únicos e exclusivamente para técnica, isso tanto para adultos como para crianças e atletas, não respeitando a lei da individualidade biológica.

    Os estudos atuais seguem a mesma linha de pesquisa de estudos anteriores, ou seja, voltado para a parte técnica. A respeito da ludicidade, existe um projeto em andamento, mas ele não se prende a ludicidade, e sim como usar o tênis como esporte para crianças do colégio da rede publica, visando a massificação do esporte em grade curricular.

    Esta pesquisa não visa só à parte logística do tênis de campo e a inclusão do mesmo na rede pública, o objetivo desta pesquisa e de cunho cientifico tentando provar que através da ludicidade, o aluno na faixa etária de 07 a 12 anos poderá assimilar de forma rápida a aprendizagem de uma modalidade de alto grau de dificuldade através de jogos e brincadeiras contribuindo assim para seu desenvolvimento motor.

    Com isso oportunizando a inclusão social das crianças e aproximando as mesmas do Centro Universitário para uma convivência com o meio acadêmico, promovendo assim uma convivência dessas crianças no seu dia a dia contribuindo para o crescimento das mesmas.

    A educação pode ser considerada igualmente como um processo de socialização que implica em equilíbrio nas relações inter-individuais e ausência de reguladores de ordens externas, ou seja, um processo de democratização das relações socializadas que implica criar condições de cooperação. A aquisição individual das operações pressupõe a cooperação e intercambio entre as pessoas (SANTOS, 2001).

    Marques (1990) afirma que as sociedades industriais são altamente organizadas e especializadas e a sua especialização tem se identificado de maneira precoce atingindo mais segmentos. Com isso, o desporto e valorizado politicamente e socialmente e depois também se especializa com a preocupação de encontrar jovens com idade cada vez menor tentando polir um possível talento para alto rendimento.

    Para Barbante (1985) a fase ideal para se iniciar um treinamento esportivo, e a faixa etária de 08 a 09 anos de idade, em que nesta faixa etária promove um acúmulo de experiências motoras em varias atividades principalmente as do tipo natural, que possibilitarão mais tarde um lucro bastante alto no aprendizado de técnicas mais difíceis.

    Já para Borges (1989) a fase ideal para a iniciação e dos 07 aos 12 anos de idade, fase e movimento relacionado ao esporte, no seu primeiro estagio geral ou transitório.

    Assim sendo, através desse estudo procurou-se identificar uma faixa etária na quais os fatores fisiológicos, psicológicos e sociais se fazem favorável a pratica da iniciação desportiva, portanto, definimos para esta pesquisa, a faixa etária, encontramos condições favoráveis para a aquisição de habilidades motoras.

    Nesta faixa etária pode se trabalhar de forma mais lúdica sem a implicação técnica didática visando somente o aprender através da ludicidade para a aprendizagem motora sem o compromisso com a parte técnica da modalidade em questão, tênis.

Ludicidade: conceituações

    O homem, desde a sua origem, busca a felicidade, independentemente de sua cultura, de suas características étnicas, de sua classe social ou de seu nível de escolaridade. Todos também (pais, mães, professores) desejam o melhor para a criança, para o jovem e para o adulto. Em síntese, a humanidade busca, constantemente, a plenitude do ser humano em qualquer fase de sua vida, como também no seu cotidiano. Todas as pessoas sonham ter um manual mágico para ser feliz. O desenvolvimento do ser humano e um processo complexo, por isso a busca de estratégias para resolver os problemas existenciais cresce a cada dia, haja visto, o número significativo de estudo e pesquisas final de século,voltados para áreas humanas.

    Nesta busca, a ciência tem contribuído apontando caminhos, desmistificando conceitos e abrindo perspectivas para a mudança dos paradigmas vigentes. Dos estudos mais recentes, dois tem merecido nossa atenção especial: O estudo do cérebro humano e a Ludicidade. Ambos têm sido enfocados como estratégia do desenvolvimento que leva a uma vida mais plena e prazerosa e que interfere na vida do ser humano desde antes do nascimento (SANTOS, 2001).

    O jogo e o fato mais antigo que a cultura, pois esta, mesmo em suas definições menos rigorosas pressupõe sempre a sociedade humana, mas os animais não esperam que os homens iniciem na atividade lúdica. É possível afirmar com segurança que a civilização humana não acrescentou características essenciais alguma a idéia geral do jogo. Segundo Huizinga (2004) os animais brincam tal como os homens, bastar que observemos os cachorrinhos para constatar que, em suas alegres evoluções, encontram-se presentes todos os elementos essenciais do jogo humano.

    Convidam-se uns aos outros para brincar mediante certo ritual de atitudes e gestos. Respeitam a regra que os proíbe morder, ou pelo menos com violência, a orelha do próximo. Simulam ficar zangados e o que é mais importante, eles, em tudo isto, experimentam evidentemente imenso prazer e divertimento.

    Huizinga ressalta ainda que essas brincadeiras dos cachorrinhos constituem apenas uma das formas mais simples de jogo entre os animais. Existem outras formas muito mais complexas, verdadeiras competições, bela representação destinada a um publica.

    Desde já encontramos aqui um aspecto importante: mesmo em suas formas mais simples, ao nível animal, o jogo e mais do que um fenômeno fisiológico ou um refresco psicológico. Ultrapassa os limites da atividade puramente física ou biológica. É uma função significante, isto é, encerra um determinado sentido. No jogo existem algumas leis em jogo que transcende as necessidades imediatas da vida e confere um sentido a cão. Todo jogo significa alguma coisa. Não se explica nada chamando instinto ao principio ativo que constituem a essência do jogo, chamar-lhe “espírito” ou “vontade” seria dizer demasiado.

Metodologia da pesquisa

    A pesquisa tem como um de seus objetivos, contribuir no processo de ensino-aprendizagem da modalidade tênis de quadra para crianças na faixa etária de 07 a 12 anos, a fim de divulgar e popularizar esta modalidade esportiva, oportunizando desta forma que todas as crianças possam praticar este esporte que é considerado erroneamente pela maioria da população, como sendo um esporte de elite.

    Neste estudo, os dados analisados através de pesquisa de campo, em que utilizamos o método dedutivo, já que este tipo de pesquisa caracteriza-se pelas interrogações diretas as pessoas, cujo comportamento se deseja conhecer.

    Qualquer que seja o instrumento utilizado convém lembrar que as técnicas de interrogação possibilitam a obtenção de dados a partir do ponto de vista dos pesquisadores. Assim o levantamento de dados a respeito da ludicidade na aprendizagem do tênis para crianças de 07 a 12 anos de idade apresentará sempre algumas limitações sociais mais amplas, sobretudo quando estas envolvem variáveis de natureza institucional.

    Neste estudo, os dados analisados através de pesquisa de campo, em que utilizamos o método dedutivo, já que este tipo de pesquisa caracteriza-se pelas interrogações diretas as pessoas, cujo comportamento se deseja conhecer.

    Para coleta de dados, foram utilizadas as técnicas de questionário, e o formulário. Por questionário entende-se um conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo pesquisador. Entrevista, por sua vez, pode ser entendida como a técnica que envolve duas pessoas numa situação “face a face” e em que uma delas formula questões e a outra responde. Formulário, por fim, pode ser definido como a técnica de coleta de dados em que o pesquisador formula questões previamente elaboradas e anota as respostas.

    Para o inicio da coleta de dados foi marcada uma reunião com os pais e responsáveis dos alunos, deixando ciente qual e o objetivo da pesquisa junto aos alunos entrevistados, esclarecendo que independente das respostas isso não acarretara frustrações para as crianças que irão responder a um questionário com perguntas fechadas sobre as propostas de um novo método com ensino aprendizagem do tênis através da ludicidade, utilizando para tal, os jogos e as brincadeiras.

    A população deste estudo foi composta de alunos do sexo masculino e feminino. Aos alunos serão fornecidas as devidas explicações a respeito do questionário que será aplicado e a metodologia que será utilizada. A amostra constou com 10 indivíduos na faixa etária de 07 a 12 anos de idade. A população na qual foi aplicada esta proposta de um novo método de ensino e divulgação do tênis para crianças carentes de classe menos favorecidas das escolas publicas de Porto Velho-Rondônia.

    O local utilizado para a pesquisa se deu no SESI clube de Porto Velho. Devido ao fato do SESI clube oferecer aulas de tênis para crianças na faixa etária de 07 a 12 anos de idade e ter uma equipe de tênis que participa e disputa torneios a nível estadual e nacional.

    Esta pesquisa foi desenvolvida no referido local, o qual após sua conclusão, deu-se continuidade propondo aos responsáveis pelo clube a implantação da modalidade de tênis para as crianças não somente participarem da pesquisa, como também outras comunidades carentes.

    A pesquisa não poderia se desenvolver em um local mais apropriado que este, pois o SESI clube oferece toda estrutura necessária para o desenvolvimento da pesquisa, oferecendo quadra de tênis com medidas oficiais, cobertura, bebedouros e toda segurança necessária para as crianças que praticam aulas de tênis e serão envolvidos na pesquisa.

Resultados

    Essa pesquisa foi realizada com meninos e meninas, foi escolhido trabalhar com ambos os sexos, pois se trata de uma modalidade que não deve se restringir apenas ao sexo masculino, partindo do pressuposto que a carência de tenistas do sexo feminino e muito grande, em que a pertinência de alcançar seu objetivo de popularizar o tênis para ambos os sexos, principalmente o feminino.

    Os dados foram coletados através de um questionário de perguntas fechadas, destinando-se a obter respostas precisas para a analise do que se pretendem identificar, neste caso o objetivo e identificar as manifestações lúdicas nas aulas de tênis para crianças na faixa etária de 07 a 12 anos de idade.

    A coleta de dados foi realizada no Sesi Clube com uma amostra de 10 crianças entre 07 a 12 anos de idade. Após a coleta os dados foram tabulados e dispostos em gráficos, os quais mostram os resultados das perguntas que foram realizadas às crianças com a devida autorização do técnico responsável, os quais constam em anexos junto com os formulários.

Gráfico 1. População: 20, Amostra: 10

    Como podemos observar 60% das crianças entrevistadas gostam de brincadeiras populares como pular corda, jogo das cadeiras e outros.

    Outros 40% responderam que não gostam de brincadeiras ditas populares, É valido observar que esta tendência cresce devido aos jogos eletrônicos, internet e computadores e a cada dia, brincadeiras como pular corda e outras, perderam espaço físico devido a crescente de edifícios e condomínios, os quais limitam o espaço para brincadeira das crianças levando as mesmas a se isolarem em frente a um computador. Outro fato que contribui para que as crianças percam o interesse pelas brincadeiras e a violência urbana que tem aumentado a cada dia, privando as crianças a liberdade de correr, pular, saltar e praticar outras brincadeiras que os levam a um melhor equilíbrio e coordenação motora.

Gráfico 2. População: 20, Amostra: 10

    Das crianças entrevistadas 78% responderam que acreditam que as brincadeiras podem melhorar o seu aprendizado nas praticas esportivas, inclusive na modalidade em questão. Somente 2% não acreditam que as brincadeiras podem melhorar seu aprendizado nas praticas esportiva.

    Isto nos leva a crer que mesmo diante de um quadro preocupante, que e a diminuição dos espaços físicos para que as crianças possam brincar o melhor meio para que elas cresçam com equilíbrio, cognição e uma coordenação motora que atenda suas necessidades.

    Com os jogos e as brincadeiras populares as aulas de tênis junto com a ludicidade irá proporcionar um melhor aprendizado desta modalidade.

Gráfico 3. População: 20, Amostra: 10

    As crianças entrevistadas quando perguntadas sobre exercícios físicos acompanhados de brincadeiras respeitando a individualidade biológica de cada criança, 90% responderam que gostariam de realizar exercícios através de jogos e brincadeiras.

    Outros 10% responderam que não gostariam de realizar exercícios brincando, o que nos leva a crer que exercícios realizados através de jogos lúdicos e brincadeiras geram mais prazer e motivam as crianças para que elas participem das aulas que envolvem exercícios específicos de cada modalidade para um melhor aprendizado. Aprendizado.

Gráfico 4. População: 20, Amostra: 10

    As crianças quando questionadas em ralação a participação dos professores nas brincadeiras 80% responderam que gostariam que o professor interagisse com elas durante os jogos e brincadeiras de uma forma lúdica e só 20% responderam que não gostariam que o professor participasse das brincadeiras. Isto nos leva a crer que a participação do professor e de suma importância para motivar as crianças a participarem das brincadeiras usando a ludicidade como uma ferramenta importante para o desempenho de cada criança na modalidade tênis.

Gráfico 5. População: 20, Amostra: 10

    As crianças na faixa etária de 07 a 12 anos responderam que sim, o tênis e um esporte divertido, o que nos faz refletir que não e verdade quando colocado por alguns que o tênis e um esporte individualista que isola o praticante do restante do grupo e com isso ele perde seu papel de sociabilizarão.

    O jogo e a atividade motriz mais natural da criança e do jovem pode ser uma ocupação seria ou uma distração. Através dos jogos lúdicos, o objetivo principal e o que as crianças aprendam a jogar divertindo-se.

Gráfico 6. População: 20, Amostra: 10

    Das crianças entrevistadas 100% afirmam que se diverte quando faz aulas de tênis e se diverte com jogos e brincadeiras.

    É válido observar que o método atual ainda não adotou como ferramenta principal os jogos e brincadeiras no ensino aprendizagem do tênis atual. Sendo que muitos professores ainda estão presos a antigos métodos que visam somente a parte técnica, desprezando os benefícios das atividades lúdicas.

Gráfico 7. População: 20, Amostra: 10

    Das crianças entrevistadas 90% responderam que não gostariam que suas aulas de tênis tivessem menos jogos e mais brincadeiras e 10% responderam que gostariam que suas aulas de tênis tivessem menos jogos e mais brincadeiras.

    Isso nos remete a pensar que o índice de crianças que não gostariam que suas aulas tivessem mais brincadeiras e menos jogos são crianças que normalmente não tem ou não tiveram a experiência de brincadeiras populares, devido a diminuição do espaço físico e muitos residirem em condomínios e prédios o que acaba tolhendo esta liberdade de brincar.

Gráfico 8. População: 20, Amostra: 10

    Das crianças entrevistadas 60% responderam que não gostariam que fosse utilizado a ludicidade nos primeiros 15 minutos de aula. Somente 40% responderam que gostariam que se utilizasse a ludicidade nos primeiros 15 minutos de aula.

    Podemos observar através da diferença de percentual, que alguns professores adotam métodos que priorizam a técnica ao invés de priorizar o ensino aprendizagem através da ludicidade como meio facilitador e que a criança venha ter prazer em jogar tênis. O índice nos leva a crer que muitas crianças nesta faixa etária, têm o tênis como uma obrigação e não como uma diversão.

Gráfico 9. População: 20, Amostra: 10

    As crianças em sua maioria 100% responderam que acham suas aulas de tênis divertidas. Partindo do pressuposto que elas se divertem em suas aulas de tênis, subentende-se que elas de forma inconsciente aprendem se divertindo através de jogos lúdicos, com isso acelerando seu aprendizado.

Gráfico 10. População: 20, Amostra: 10

    Todas as crianças quando perguntadas se gostam de brincar, foram unânimes e responderam que sim, gostam de brincar. Isto prova a importância dos jogos e das brincadeiras que quando usados junto com a ludicidade levam a criança na faixa etária de 07 a 12 anos aumento melhor aprendizado na modalidade em questão, o tênis, com isso, tornando-se crianças com melhor coordenação motora, mais equilibradas emocionalmente.

    Com tudo isso não podemos esquecer que os espaços físicos estão diminuindo a cada dia, é preciso que o profissional de Educação Física esteja atento para criar meios que facilitem e estimulem as crianças a participarem dos jogos e brincadeiras através do lúdico.

Conclusão

    Uma das hipóteses levantadas foi em relação a estimulação de crianças e sua participação nas aulas de tênis, entendendo que a modalidade em questão não se restringe apenas ao sexo masculino, partindo do pressuposto que a carência de tenistas do sexo feminino é muito grande.

    Após coletas de dados, foram analisados os dados colhidos e o resultado no que diz respeito a pratica do tênis por meninas de 07a 12 anos de idade, foi que entre os 10 entrevistados de 07 a 12 anos são do sexo masculino, o que ficou comprovado que 100% das crianças que jogam ou fazem aulas de tênis na faixa etária de 07 a 12 anos são do sexo masculino.

    Em relação ao ensino aprendizagem do tênis para crianças na faixa etária dos 07 aos 12 anos de idade, se constatou que:

    As crianças nesta faixa etária que vai dos 07 aos 12 anos de idade gostam de brincar, jogar, correr, saltar já que é uma característica própria desta faixa de idade e que elas gostam quando suas aulas de tênis são realizadas através de jogos e brincadeiras, utilizando o professor desta forma, lúdico como ferramenta principal para estimular as mesmas a fazerem as aulas de tênis, com isso tendo um melhor aproveitamento.

    Em nossa pesquisa, observamos que as crianças preferem mais jogos de disputas que brincadeiras durante as aulas de tênis, e detectamos no desenvolvimento da pesquisa que alguns professores adotam métodos que priorizam a técnica em detrimento do ensino aprendizagem através da ludicidade como meio facilitador e que a criança venha ter prazer em jogar tênis.

    A pesquisa nos traz como resultado que muitas crianças nesta faixa etária têm o tênis como uma obrigação e não como diversão.

    As crianças já são matriculadas nas aulas com a responsabilidade de mostrar resultados para os pais, pais esses que muitas vezes por não terem conseguido atingir seu objetivo de ser um jogado de vôlei ou nadador profissional, transferem essa responsabilidade sobre seus filhos, com isso a criança não entende que ela esta ali para brincar se divertir, brincar de aprender a jogar tênis.

    De acordo com os dados coletados, verificamos que as atividades contribuem no processo de ensino-aprendizagem, sendo assim, o objetivo da pesquisa foi plenamente seguido e atingido. Respondemos a argumentação do problema, constatamos que a aplicação de jogos lúdicos nas aulas de tênis estimula a participação dos alunos, reduzindo a evasão e proporcionando aos mesmos melhor entrosamento com os demais colegas, melhorando desta forma, um convívio social mais amplo. Já nossas hipóteses consideramos verdadeiras, já o fator econômico é determinante para a prática do tênis e as atividades lúdicas influenciam positivamente no processo de estimulação da participação dos alunos nas aulas de tênis.

Sugestões

    Como conseguir que mais pessoas joguem tênis, sobretudo quando neste momento se tem a impressão que a participação esta decaindo principalmente no que diz respeito as pessoas que praticam o tênis e como os professores podem melhorar a forma de ministrar suas aulas de tênis tornando-as mais divertidas.

    O primeiro passo se consegue tentando criar bons programas de desenvolvimento para o tênis, nos clubes e nas federações regionais.

    Em paises como a Argentina, que tem muito êxito no tênis a nível mundial, é feito um trabalho de massificação, no qual todo bairro tem uma quadra pública, com professores pagos pelo governo para ministrar aulas de tênis para crianças.

    Mas para se atingir este nível é válido observar, que é preciso organização, planificação e que professores e administradores estejam comprometidos com a divulgação e popularização do tênis para crianças na faixa etária de 07 a 12 anos de idade.

    Para o professor de tênis atual não basta só jogar bem, tem que ter uma sólida formação e domínio de conteúdos baseados nas ciências aplicadas ao esporte.

    Acredita-se que só com poder econômico é que conseguiremos popularizar o tênis, a questão não é ter dinheiro, mas aproveitar recursos disponíveis e trabalhar de modo mais eficiente para se popularizar o tênis e que crianças menos favorecidas tenham mais oportunidades, não só no tênis, mas em todos os segmentos da vida.

Referências

Outros artigos em Portugués

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