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Formação do jogador de futebol brasileiro: 

opiniões, sugestões e indicadores que revelam o 

abismo entre as categorias de base e o futebol profissional

La formación del jugador brasileño: opiniones, sugerencias e indicadores 

que revelan la brecha entre las categorías inferiores y el fútbol profesional

Formation of Brazilian soccer player: opinions, suggestions and indicators 

revealing the abyss between the base categories and professionals

 

*Treinador de Futsal. Especialista em Atividade Física, Desempenho Motor e Saúde

pela Universidade Federal de Santa Maria. Colaborador do Grupo de Estudos Geffut

**Treinador de Futebol e Futsal. Especialista em Futebol e Futsal: As Ciências

do Esporte e a Metodologia do Treinamento pela Universidade Gama Filho

Coordenador de Grupo de Estudos – Geffut

***Pesquisador em Psicologia e Pedagogia do Esporte. Estudante de Mestrado

em Educação Física, Universidade Federal do Paraná. Colaborador

do Laboratório de Pesquisa em Psicofisiologia do Exercício e Esporte (LAPPES)

Colaborador do Grupo de Estudos Geffut

Lewis Maté Heineck*

lewismheineck@hotmail.com

Rodrigo Vicenzi Casarin**

chip_vic33@yahoo.com.br

Dênis de Lima Greboggy***

denisgreboggy@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Este artigo teve como objetivo principal fazer uma breve reflexão acerca das categorias de base do futebol brasileiro, seus aspectos metodológicos e socioculturais, bem como mencionar alguns paradigmas que ainda vigoram neste esporte.

          Unitermos: Futebol. Formação. Treinamento

 

Abstract

          This paper aimed to make a brief reflection on the basic categories of Brazilian soccer, methodological aspects and socio-cultural, as well as mention some paradigms that are still prevailing in this sport.

          Keywords: Soccer. Development. Training.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 166, Marzo de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A formação do jogador de futebol parece assumir nos dias atuais traços cada vez mais acentuados, pois tem sido alvo de interesse crescente de vários dirigentes, treinadores, agentes, empresários, clubes e mídia.

    Por trás desse crescimento, acende predominantemente um “jogo de interesse”, (particular e financeiro), no qual jogadores são fabricados diariamente como moeda de escambo. Tal idéia é confirmada ao se perceber que a maioria dos jogadores já está instruída a se preocupar com o status, desentendendo a face coletivo-interativa do futebol. Essa questão está desvirtuando a lógica da formação:

    Se considerarmos que as informações teóricas são de conteúdo fundamental para o desenvolvimento racional de uma categoria de base em um clube de futebol, podemos, por hipótese, entender que estaríamos “desperdiçando” jovens valores por falta de uma estrutura organizacional apoiada em pressupostos metodológicos e científicos já concebidos e conhecidos pelos pesquisadores das Ciências do Esporte (MONTAGNER; SILVA, 2003, p. 188).

    Neste sentido, é inadmissível “formar apenas para vender” e deixar os jogadores se “formarem” sem um “cuidadoso” e “minucioso” trabalho progressivo. Esse trabalho é que os certifica para o acesso a uma equipe profissional, e capacita-os para enfrentar os problemas da forma de jogar do clube.

    Também se torna intolerável jogadores participando de contextos de treino extremamente estéreis e “abotoados”, entranhando ao longo do processo de formação idéias e ações mecânicas, irreais e fantasiosas, longe da natureza do jogo de futebol.

    Perspectivar a formação do jogador de futebol sem um plano e método de trabalho sistemático, coerente e comum que relaciona todas as etapas e dimensões envoltas no processo, apenas por objetivos individuais e pessoais, é o grande “cancro” do futebol. Essa falta de compreensão e coordenação tem seu ápice especialmente nas categorias Juvenis e Juniores, as quais antecedem o passo ao futebol profissional.

    A falta de percepção é tanta, que em muitas das entrevistas, falsos-treinadores (chamados ingenuamente de “professores” por muitos jogadores), empresários, agentes e dirigentes (seres muitas vezes intocáveis), que julgam saber mais que o bem e o mal, afirmam que estão prestes a lançar sempre a “nova promessa”, a “jóia” que desafogará o clube das dívidas.

    Todo esse emaranhado de situações demonstra a carência de entendimento e falta de competências específicas dos profissionais que exercem suas funções no futebol.

    Reside nas exposições acima as principais razões para o declínio cada vez mais acelerado do futebol brasileiro. Portanto, este artigo elencará questões chave para o esclarecimento desta problemática.

A ausência de um modelo de jogo organizado e liberto para todas as categorias

    Um modelo de jogo delineado, inacabado e organizado é uma dimensão imperativa para uma equipe de futebol, e se estrutura por princípios que dão disposição e lógica desde o primeiro dia de trabalho. Constitui-se por idéias de jogo, através de princípios representativos dos diferentes momentos, que se articulam entre si, manifestando uma funcionalidade própria. Surge também como uma idéia e conjectura de jogo constituída por sub-princípios e sub-princípios dos sub-princípios, representativos dos diferentes momentos do jogo, que se articulam entre si, manifestando uma organização funcional própria, ou seja, uma identidade. Esse modelo assume-se sempre como uma conjectura e está permanentemente aberto aos acrescentamentos individuais e coletivos; por isso, em contínua construção, nunca é, nem será, um dado adquirido (OLIVEIRA, 2004).

    O modelo de jogo deve ser entendido com um sistema auto-organizado e autopoiético, aberto e dinâmico, contemplando mudança, um aspecto determinante para emergi-lo da criatividade dentro do sistema, que, tendo subjacente um determinado padrão, permite aos jogadores evoluírem para níveis de complexidade mais elevados, sem perda de identidade (MACIEL, 2011).

    O modelo de jogo deve sempre ser um mecanismo utilizado por toda uma estrutura em um clube ou equipe, pois possibilita um norte semelhante para todos profissionais envolvidos, facilitando a transição entre categorias, abreviando e facilitando a adaptação às formas mais complexas do “jogar futebol”.

    Neste sentido, se percebe no solo brasileiro uma ausência “quase que total” de um documento orientador para as categorias de base que envolva as particularidades da forma de jogar da equipe principal, direcionado à progressão das demais categorias. E como se percebe isso? Da forma mais simples: um jogador da base entra na equipe principal e não interage à forma de jogar da equipe principal.

    Ora, isso é inadmissível, especialmente percebendo a lógica do clube como algo que é auto-sustentável, que deve seguir a lógica da auto-alimentação. Mas qual a lógica de possuir categorias desde a infância até a categoria profissional, senão aproveitar as mesmas para a manutenção de uma equipe competitiva sempre?

    Isso decorre em razão dos profissionais responsáveis pelas categorias não trabalharem em harmonia e, principalmente, pelo fato de o clube não possuir sua filosofia de trabalho (uma impressão digital), uma estruturação de modelagem de jogo definida (CASARIN et al., 2011), deixando assim, profissionais desqualificados (que muitas vezes baseiam-se em sua “experiência”) pautarem trabalhos sem lógica processual alguma.

    Observemos então o lado metafórico. Supomos que um cão, desde pequeno, é ensinado a andar em linha reta para chegar a sua casa, e por muitos anos é estimulado para percorrer em um tempo cada vez menor esse percurso. Ao passar de alguns anos, estará bem treinado nesta tarefa, que não exige muita complexidade e não o prepara devidamente para qualquer percalço que encontre no caminho.

    Realizando um transfer e aplicando isso às categorias de base brasileiras, vemos uma superlotação de “cães”, genialmente preparados fisicamente, com um bom repertório técnico, voluntariosos, automáticos. Porém, acabam sendo brandos para a percepção que o esporte exige. Acabam não pensando sobre uma determinada perspectiva que possibilite a antecipação (timing), inovação e a inteligência criativa.

    Agora, se em algum momento o referido cão encontrar algum obstáculo que exija mais do que foi treinado? Se ele passar por situações em que o pensar e criar sejam imperiosos? Poderá ele sobressair-se com a mesma facilidade em algo que não vivenciou até esse momento?

    Sendo assim, toma-se como referência o jogador e a equipe, que são estruturas complexas em constante evolução (MACIEL, 2011), e necessitam ser estimulados para se habituarem às diversas situações, mantendo uma lógica basilar.

    Se a maioria dos clubes e profissionais utilizarem um modelo de jogo liberto e sistematizado em todas as categorias, estará solucionado em grande parte o problema que hoje nos aflige: jogadores “eternas-promessas”, fisicamente evoluídos, talentosos (técnica individual, condução, controle, dribles, fintas e etc.) mais que não atingem um entendimento do futebol como jogo desportivo coletivo de invasão e domínio de objeto e território.

    Corriqueiramente, quem fica prejudicado e julgado como um indivíduo sem o entendimento de jogo necessário, taxado diversas vezes do que se costuma classificar “desprovido de inteligência”, é o próprio jogador. Porém, essa responsabilidade deve ser atribuída aos profissionais, que são responsáveis pelo tomada de ação e estimulação.

    Se existir um modelo de jogo padronizado, desde o início dos trabalhos, respeitando as etapas de aprendizagem, o jovem jogador lançado ao grupo profissional poderá antecipar e muito, o chamado “período adaptativo”, que acontece simplesmente pela inexistência de uma organização de idéias comuns nas diversas categorias.

Ter e não ter um modelo de jogo, saber e não saber que metodologia utilizar

    A metodologia de treinamento é um veículo transformador e modelador de jogadores e equipes. A forma como a metodologia é gerida é que define a construção e a intencionalidade pretendida. E como nada no futebol deve ser isolado, de nada adianta possuir uma metodologia de treino evoluída, sem esta estar balizada por uma forma de jogar pormenorizada. Neste contexto, percebe-se que a metodologia de treinamento e o modelo de jogo são dimensões interativas do processo de treinamento.

    No que tange o processo de treinamento, a grande maioria das equipes, especialmente nas categorias de base, ainda estão aprisionadas em metodologias de treinamento tradicionais e arcaicas (CASARIN et al., 2011), pautadas pela fragmentação das dimensões do jogo. Tais metodologias vinculam-se num entendimento do jogo por dimensões isoladas, especialmente a física, sem uma conexão que origine uma organização coletiva. Nesta mesma perspectiva, tem-se visto algumas equipes buscando a “robotização tática”, forma tradicional, trabalhada com ênfase na mecanização de movimentos, o que acaba gerando “escassez intelectual” em todo processo (MOMBAERTS, 1999).

    Em outras situações, há casos de equipes que “afirmam possuir seus modelos de jogo”, mas utilizam trabalhos tracionais para modelá-lo. Observem: de que adianta possuir um modelo de jogo, bonito, recheado de princípios idealizados num documento blindado, se esse modelo de jogo não é trabalhado diariamente por um modelo de treino, dentro de uma lógica de construção de uma forma de jogar não gerando um trabalho conexo?

    Logo, percebe-se que, mais que possuir um modelo de jogo todo engomado e formoso, é indispensável saber modelá-lo através de um processo de treino que respeite o “jogar” pretendido, a complexidade do jogo e o ser humano que joga. Essa modelação necessita ser realizada diariamente, por meio da construção de exercícios específicos para determinados conceitos que se pretende trabalhar. Exercícios que possuam uma intencionalidade predominante, interligando todas as dimensões do jogo, trabalhadas simultaneamente por uma lógica processual intencional individual e coletiva. Exercícios que considerem o clube, a criança, o jovem, o jogo, o modelo de treino e de jogo como dimensões complexas complementares e interdependentes.

    Diferentemente de um simples correr, saltar e fazer por fazer (como se vê em equipes profissionais e amadoras no Brasil), o verdadeiro jogar futebol demanda de uma sabedoria metodológica para se conseguir “remar contra a correnteza do treino tradicional”. Com absoluta certeza, as equipes que se habilitam a trabalhar “no paradigma da complexidade”, diariamente refletem e arquitetam progressões e modificações dentro das idéias pretendidas. Somente criando, re-criando e modelando, percebe-se a essência aberta, complexa, cerebral, da forma de jogar que se almeja implementar e conseqüentemente formação do jogador.

A sede de dinheiro dos empresários e a mutilação dos campeonatos de base

    Ser empresário de jovens jogadores pode ser considerado hoje uma excelente fonte de lucro, já que o panorama atual está muito modificado em relação ao passado, onde os empresários atuavam principalmente buscando jogadores consagrados. Alguns negociadores viajam o país a fora, com o objetivo de encontrar jovens promessas que possam ser futuros craques. Procuram meninos que não tenham vinculo contratual com entidades esportivas nem com empresários. Assim, entram em contato com a família e ofertam casa, emprego aos pais, escola particular, plano de saúde e etc. Em troca, exigem uma procuração que lhes conceda autorização para, em nome dos pais, assinarem contratos de trabalho ou estágio em clubes, e até mesmo para saírem para o exterior (BOUNDENS, 2002).

    Esse poder atribuído aos empresários acabou modificando o pensamento e as ações de clubes e jogadores em relação aos objetivos de carreira. Não se vê mais jogadores pensando em serem ídolos de seus clubes, de fazerem história em determinada equipe, mas sim, fazer um bom ano esportivo, para iniciar uma boa temporada num clube maior, especialmente fora do país, e por lá fixar raízes recebendo bons salários.

    Essa mudança acabou afetando também as competições de base. Tornaram-se campeonatos com excessivo número de clubes, sem critérios de seleção para participar, visando exclusivamente o lucro e a venda de jogadores. Não há mais a preocupação com o design da competição, se é atrativa ou não para o público e para os jogadores. A preocupação maior é em colocar cada vez mais clubes, oportunizando cada vez mais os empresários lançarem seus jogadores. Essa lógica é vista nos últimos dois anos, na mais tradicional competição de base do futebol brasileiro, a Copa São Paulo de Futebol Júnior. Para engrandecer esse demonstrativo, há 10 anos (2002), a “copinha” apresentava 64 equipes. Já no ano de 2011, a edição contou com surpreendentes 92 clubes. E não menos assustador, a edição atual (2012) contou com 96 equipes.

    Deixa-se claro que não se defende uma elitização de equipes, mas esse formato de disputa demonstra o quão grande é o despreparo, e o quanto fragiliza a competição em organização e qualidade de jogo. Os muitos empresários, famintos por encontrar novos talentos em clubes menos poderosos financeiramente, fazem dessas competições um garimpo, o que reforça o propósito cada vez mais explícito da obtenção de lucro.

    Dessa forma, são formadas equipes com jogadores puramente para a negociação, sem treinamentos, sem o obrigatório respeito a uma lógica de treino e jogo. Tudo isso na esperança de que alguém tenha “um lugar ao sol”, que alguém se encante pelo futebol de algum jogador e o leve para aumentar seu lucro utilizando o sonho de crescimento.

    Essa estratégia dos empresários contribui para o inchaço de campeonatos e, principalmente, na perda do foco central de qualquer competição: a busca pela evolução, aprendizado, a vitória e o brilho que ela representa.

    Para os clubes, o fim do passe significou a perda de grande parcela de renda financeira, além da falta de certeza de retorno do investimento feito nas categorias de base. Entretanto, a participação na venda do jogador trouxe garantia para aquele que investiu no talento. Nas brechas da lei, a figura do empresário se fortaleceu, agenciando jovens talentos que saem cada vez mais cedo do seu clube de origem e são vendidos para os clubes internacionais sem ao menos terem passado por alguma experiência profissional em seu país.

    Isso implica também na questão que remete a uma “falsa vitória”, onde clubes de empresários podem sair vitoriosos de uma competição, assim, sem ao menos chegar às finais. Isso se torna possível na proporção que os negociadores não se importam para vitória ou derrota (e essa mentalidade está sendo cada vez mais instaurada nos atletas de base). Jogadores buscam realizar um ótimo campeonato para serem vendidos e se obter o lucro desejado. Mas a competição, ser campeão, levantar a taça, já não importa mais.

O despreparo do treinador

    Uma equipe funciona e realiza suas ações a partir de quem as executa, ou seja, os jogadores, que estão em campo e trabalham em equipe (essa deveria ser a lógica). Quem delimita e traça essas ações orientadoras é o treinador.

    Oliveira (2004) afirma que, antes de qualquer outra tarefa, o treinador deve fazer uma introspecção acerca das suas idéias de futebol. Dessa auto-reflexão devem ficar claras as idéias de como se quer jogar, tanto nos aspectos mais gerais como particulares.

    No Brasil, tem-se a opinião de que o treinador é um ser soberano, que entende tudo sobre a tática, estratégia e treinamento. Em teoria, é o que deveria acontecer, porém, na maioria dos casos, percebe-se ações sem lógica, a falta de intencionalidade e leitura contextual.

    O ambiente esportivo do futebol sobrecarrega-se pelas figuras de ex-jogadores, que utilizam de sua “experiência passada” para ter créditos, coordenar equipes e profissionais “psicólogos motivadores”. Nesse caso, passa-se seguidamente despercebido o fato de que, para gerenciar uma equipe, requer reciclagem de pensamentos e idéias distintas da época em que o “treinador” era “jogador”, da simples cópia descontextual e da “famigerada motivação aos gritos”.

    Planificar, periodizar, entender as dimensões sócio-culturais que envolvem uma equipe é uma tarefa de alta magnitude. A “experiência” como ex-jogador pode ajudar? Palestras motivacionais podem ajudar? Sim, lógico, mas somente isso, sem estudar a fundo todas as interações das dimensões do jogo e do ser-humano, será suficiente para o futebol atual? Pode ser que não.

    Analisando a evolução do futebol, por exemplo, o Brasil não consegue mais ser o franco favorito que era em competições continentais e mundiais. O entendimento do jogo, o estudo do jogar futebol e seus mecanismos permitiu às muitas seleções equilibrar forças e, em muitos casos, anular o talento brasileiro que tanto é evidenciado, falado e ultrapassado. A lição principal é mudar a mentalidade de um país que ainda pensa que é o melhor do mundo, onde treinadores acham-se detentores de todas as “chaves táticas do jogo”. Enquanto não existir organização e estruturação padronizadas, o futebol do Brasil seguirá na decadência.

Considerações finais

    A formação de jogadores de futebol grita urgente por uma reestruturação. É quase consensual a necessidade de realizar um trabalho progressivo e padronizado nas categorias de base, tomado sempre por iniciativas de entidades maiores. Um bom exemplo disto é o que a CBB (Confederação Brasileira de Basquete) está fazendo. E o que é mais interessante é que a seleção brasileira de basquetebol possui na atualidade um técnico argentino (Rubén Magnano), um estudioso do basquete que já ganhou diversos títulos e que possui um pensamento totalmente sistêmico.

    Atualmente, podemos perceber na relação das categorias de base com a profissional certo distanciamento de idéias e padrões comportamentais. Na realidade, essa distância é um verdadeiro abismo, que se torna relativamente maior dia-pós-dia.

    Finalmente, há uma necessidade da quebra do seguinte paradigma e que se tornou uma lendária e clássica frase que faz parte do glossário futebolístico quando um atleta da base é promovido ao grupo principal: “ele passará por um período de adaptação ao profissional, para que se acostume ao ritmo do “time de cima”. O Futebol clama à mudança.

Referências

  • BOUDENS, E. Medidas de Prevenção à saída do País de atletas menores de idade. Brasília: Câmara dos Deputados. (CPI CBF/Nike: Textos e Contexto IV), 2002.

  • CASARIN, R. V.; REVERDITO, R. S.; GREBOGGY, D. DE L.; AFONSO, C. A.; SCAGLIA, A. J. Modelo de jogo e processo de ensino no futebol: princípios globais e específicos. Movimento, v. 17, n. 3, p. 133-152, 2011.

  • MACIEL, J. Não o deixes matar o bom futebol e quem o joga: Pelo Futebol Adentro Não é Perda de Tempo. Porto: Chiado Editora, 2011.

  • MOMBAERTS, E. Fútbol: del análisis del juego a la formación del jugador. Barcelona: INDE, 1999.

  • MONTAGNER, P. C.; SILVA, C. C. O. Reflexões acerca do treinamento a longo prazo e a seleção de talentos através de “peneiras” no futebol. Rev. Bras. Cienc. Esporte, v. 24, n. 2, p. 187–200, 2003.

  • OLIVEIRA, J. G. Conhecimento Específico em Futebol. Contributos para a definição de uma matriz dinâmica do processo de ensino-aprendizagem/treino do jogo. 2004. 214f. Dissertação (Mestrado Ciência do Desporto) - Faculdade de Ciências do Desporto, Universidade do Porto, 2004.

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