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A contribuição dos grupos educativos da Estratégia Saúde 

da Família no controle dos níveis pressóricos dos hipertensos

La contribución de los grupos educativos de la Estrategia de Salud de Familia en el control de los niveles de presión de los hipertensos

 

*Universidade Estadual

de Montes Claros, Minas Gerais, MG

**Faculdades Unidas do Norte de Minas, MG

(Brasil)

Luís Paulo Souza e Souza*

Leila das Graças Siqueira Santos*

Igor Oliveira Sidônio*

Carla Silvana de Oliveira e Silva*

Paulo Henrique Souza e Souza*

Vânia Maria de Siqueira Alves**

luis.pauloss@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O estudo objetiva avaliar a contribuição dos grupos educativos de hipertensos para o controle da pressão arterial. Para tal, foi realizado um estudo com 92 hipertensos cadastrados na Estratégia Saúde da Família Novo Delfino de Montes Claros-MG, Brasil, e frequentes nos grupos educativos. Trata-se de um estudo transversal de caráter descritivo onde a técnica utilizada para coleta de dados foi um questionário estruturado. Os resultados demonstram que as mulheres, idosos, alfabetizados, casados são os mais frequentes ao grupo de hipertensos. Contatou-se que hipertensos que realizam atividade física, não fumam, em uso de medicação e dieta apresentam os menores valores pressóricos. Outro dado observado foi que a maior frequência do hipertenso ao grupo relaciona com menores níveis tensionais. Portanto, conclui-se a importância do grupo educativo de hipertenso como método que contribui para maior controle da hipertensão arterial sistêmica.

          Unitermos: Hipertensão. Programa Saúde da Família. Educação em Saúde. Prevenção & controle.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 164, Enero de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Tanto nos países desenvolvidos quanto nos países em desenvolvimento predomina a mortalidade por doenças cardiovasculares. E, como causa isolada, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) é a mais importante morbidade do adulto. Mesmo face á efetividade do tratamento medicamentoso e não medicamentoso, é ainda uma doença de difícil controle, provavelmente devido à baixa adesão ao tratamento, baixo conhecimento da doença, dificuldade de se mudar hábitos alimentares e a pouca prática de atividade física (MANO e PIERIN, 2005).

    Levando-se em conta todos esses fatores intimamente relacionados, Brasil (2006), afirma que é de fundamental importância a implementação de modelos de atenção à saúde que incorporem estratégias diversas, individuais e coletivas a fim de melhorar a qualidade da atenção e alcançar o controle adequado dos níveis pressóricos de hipertensos.

    Nesse sentido, a Estratégia Saúde da Família (ESF) pode ser útil, pois pode ajudar os hipertensos a obterem o controle da doença no contexto da família. O serviço da ESF é um valioso recurso que ajuda na detecção precoce da hipertensão arterial e controle das medidas da pressão arterial (PA), assim como outras doenças crônicas. A garantia de acesso dos profissionais de saúde ás famílias dos hipertensos cadastrados resulta na garantia de esforços na prevenção, incentivando assim, tanto os portadores da doença como seus familiares a adotarem hábitos de vida saudáveis, controlando, corrigindo e evitando maiores complicações. Ressalta-se que uma das técnicas utilizadas pelas equipes da ESF para controle da PA é a prática educativa dos grupos de hipertensos que têm como característica principal a centralização em uma tarefa, constituindo-se como um instrumento de trabalho e um método de investigação (MANO e PIERIN, 2005).

    Conforme Enriques (1997), o grupo possui a força da mudança e esta é um compromisso de todos, isto é, uma luta só pode ser eficaz se for assumida por um grupo e não por um individuo sozinho. Brasil (2006) afirma que o grupo pode, assim, cumprir uma função terapêutica, uma vez que está centrado em uma tarefa que pode ser o aprendizado, a cura, o diagnóstico de dificuldades, caracterizando-se como educativos, terapêuticos, dentre outras finalidades.

    Considerando o contexto acima descrito, este estudo aborda a seguinte problemática: A prática educativa desenvolvida pelas equipes da ESF contribui apara o controle dos níveis pressóricos dos hipertensos?

    Assim, este artigo objetiva avaliar a contribuição do grupo educativo de hipertensos da ESF para o controle dos níveis pressóricos dos hipertensos. Pretende-se também descrever as características dos hipertensos cadastrados segundo o percentual de frequência no grupo educativo da ESF; verificar a participação, frequência e informações obtidas pelos hipertensos junto ao grupo educativo desenvolvido pela ESF; descrever os fatores relacionados ao controle da hipertensão arterial entre hipertensos frequentes no grupo educativo; verificar se a frequência ao grupo educativo ajuda controlar a PA e identificar se existe associação estatística entre a frequência ao grupo educativo e o controle da pressão arterial.

Metodologia

    Realizou-se um estudo de corte transversal do tipo descritivo. O estudo transversal avalia e examina a relação exposição-doença, em um determinado momento, em uma dada população, fornecendo um retrato de como as variáveis estão relacionadas (PEREIRA, 2000). A pesquisa descritiva possibilita descrever, em um determinado contexto espacial e temporal, as características de determinadas populações ou o estabelecimento de relações entre variáveis e a natureza dessas relações (DUARTE e FURTADO, 2002).

    A pesquisa foi realizada junto a 92 hipertensos cadastrados na ESF do bairro Novo Delfino, em Montes Claros, Brasil. Para coleta na pesquisa de campo utilizou-se entrevista estruturada contendo perguntas objetivas sobre as características dos hipertensos, frequência e participação ao grupo educativo, além de conhecimento de fatores relacionados ao controle da PA. Como critérios de inclusão dos participantes do grupo tiveram-se: ter os seus registros de cadastro de acompanhamento referente a setembro de 2008 disponíveis; ter idade maior ou igual a dezoito anos de idade no mês de setembro de 2008; e ter registro de no mínimo uma frequência ao grupo educativo conforme livro de ata da ESF, no período de setembro de 2007 a setembro de 2008.

    A análise dos dados prosseguiu após a aplicação do instrumento de coleta de dados e se deu pela organização destes em um banco de dados, o que favoreceu a construção das tabelas, através do programa do Microsoft Word for Windows XP. Como primeira análise, foi realizada apresentação descritiva simples, enquanto que para a análise estatística, utilizou-se o programa Epi-Info versão 3.5.1, no qual se utilizou o teste de associação do Qui-quadrado entre o variável padrão valor pressórico e as variáveis independentes - sexo, idade escolaridade, estado civil, frequência ao grupo de hipertenso, número de vezes, o uso de medicamento anti-hipetensivo, a prática de atividade física, dieta e a absorção de informações importantes sobre a doença ressaltada no grupo educativo. Posteriormente, os resultados foram analisados a luz da literatura, ao olhar dos pesquisadores confrontando com os resultados da pesquisa.

    A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual de Montes Claros, por meio do parecer 1273/08. Além disso, utilizou-se para cada entrevistado, por envolver seres humanos, um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, em duas vias.

Resultados e discussão dos dados

Caracterizando os participantes do estudo

    Ressalta-se que para alcançar os objetivos deste estudo faz-se necessário conhecer o perfil desses hipertensos, conforme mostra a Tabela 1.

Tabela 1. Perfil dos Hipertensos que frequentam o grupo educativo

da ESF em Montes Claros no período de set- 2007 a set- 2008

    Percebe-se que dos 92 hipertensos participantes, 73,9% são do sexo feminino; o que, segundo Araújo e Garcia (2006), deve-se ao fato das mulheres aderirem mais ao seguimento anti-hipertensivo do que os homens, podendo ser comprovado já que estão em maior número nos grupos educativos em relação aos homens.

    Em relação à faixa etária constataram-se mais pessoas com idade acima de 60 anos (48,9%). Nosso estudo corrobora com Araújo e Garcia (2006), que afirmam que os indivíduos de idade mais avançada são mais frequentes em práticas educativas de saúde e mais propensos a terem uma melhor adesão às orientações propostas do que os adultos jovens.

    Quanto ao estado civil dos hipertensos, encontrou-se que indivíduos casados são os que mais frequentam os grupos educativos, totalizando 55,4%, seguido por viúvos (35,9%), solteiros e separados (5,4%). Tratando-se da escolaridade dos entrevistados, 62% são classificados como alfabetizados e 38% são analfabetos. Recorre-se ao Sistema de Informação da Atenção Básica (2003), do Ministério da Saúde, para descrever que foram considerados alfabetizados todos os indivíduos que sabiam ler e escrever pelo menos um bilhete, mesmo que tenham tido pouco contato com o ensino escolar.

    Araújo e Garcia (2006) afirmam que quanto maior o nível de instrução da pessoa, melhores são suas condições de vida e mais apta ele se encontra para cuidar de sua saúde, possibilitando modificação em seus hábitos de vida, como a implementação de dietas, atividades e físicas e redução do tabagismo.

Frequência e participação dos hipertensos ao grupo educativo

Tabela 2. Freqüência dos Hipertensos ao grupo educativo da ESF de Montes Claros no período de Set-2007 a Set-2008

    Ao analisar a Tabela 2 verificou-se a frequência às reuniões superior a quatro vezes para 43,5% das pessoas, enquanto que uma menor parcela (17,4%) frequentou o grupo apenas uma vez. Moreira e Araújo (2004) descrevem que a maior frequência do indivíduo no grupo de hipertenso pode acarretar uma melhora dos seus níveis tensionais em comparação aos hipertensos que nunca frequentaram os grupos.

    A Tabela 3 permite observar se a permanência dos hipertensos no grupo educativo permite que o mesmo receba informações importantes sobre a doença.

Tabela 3. Número de Hipertensos que frequentam o grupo educativo da ESF em Montes Claros

no período de Set-2007 a Set-2008 e receberam informações importantes sobre a doença

    Obteve-se que 93,5% dos entrevistados afirmaram que receberam tais informações e apenas 6,5% disseram não ter recebido. Mano e Pierin (2006) destacam que tratar e até mesmo prevenir a HAS envolve ensinamentos quanto ao tratamento não medicamentoso quanto também a agentes anti-hipertensivos. Esses ensinamentos são gradativos e contínuos, assim, a maior presença em grupos educativos proporciona um maior aprendizado.

Fatores relacionados ao controle da pressão arterial entre os hipertensos que frequentaram grupos educativos

    De acordo com definições da Sociedade Brasileira de Cardiologia (2006), a HAS é considerada uma síndrome, isto é, uma entidade clínica multifatorial, caracterizada pela presença de níveis tensionais elevados, associados às alterações metabólicas e hormonais, e a fenômenos tróficos. Assim, para se tratar e controlar a hipertensão é necessário adotar medidas diversas para alcançar um objetivo único, que é manter os níveis tensionais em padrão adequado.

    A Tabela 4 retrata os fatores diretamente ligados ao controle e tratamento da hipertensão.

Tabela 4. Distribuição dos fatores presentes para o controle da pressão entre os hipertensos que

freqüentam o grupo educativo da ESF de Montes Claros, no período de setembro 2007 - 2008

    Quando questionados sobre o uso correto da medicação anti-hipertensiva, uma parcela expressiva dos entrevistados (92,3%) disse fazer uso da medicação, enquanto que uma minoria (7,7%) informou que não usava. Tal achado corrobora com Mion Junior et al. (1995), que verificaram, em seu estudos, que 56% dos hipertensos usavam medicamentos e tinham preferência por este tipo de tratamento.

    A Sociedade Brasileira de Cardiologia (2006) ressalta a importância de se seguir rigorosamente o tratamento medicamentoso para se obter um resultado satisfatório no controle da hipertensão.

    Quanto ao tabagismo, encontrou-se que dos entrevistados a parte fumante é mínima (5,4%). Riella (1996) descreve que a redução do fumo é um tratamento não farmacológico comprovadamente eficaz para reduzir a PA de indivíduo tabagista.

    A distribuição dos hipertensos que seguem uma dieta neste estudo foi de 66 hipertensos (71,7%), enquanto que 26 disseram não fazer nenhuma dieta (28,3%). Araújo e Garcia (2006) relatam que seguir uma dieta controlada é um fator essencial, pois o controle da HAS requer alterações alimentares, destacando a redução de ingestão calórica, sal e gorduras saturadas e aumentar a ingesta de alimentos ricos em fibras.

    Quanto à prática de exercício físico, encontrou-se que os hipertensos adeptos a tais atividades correspondem a 45,7% dos entrevistados, contra 54,3% que disseram não realizar nenhuma atividade física. De acordo com Brasil (2006) o exercício físico além de reduzir a PA, proporciona uma considerável baixa nos riscos de surgimento de doença arterial coronária, acidentes vasculares cerebrais e mortalidade geral. Deve ser instituído de forma gradativa e constante respeitando os limites do individuo e após avaliação clínica.

Frequência ao grupo educativo como método de controle da pressão arterial

    Para avaliar se os hipertensos frequentes aos grupos educativos apresentavam PA controlada fez-se necessário aferir a pressão segundo a técnica descrita por Brasil (2006), que é aferir com o paciente sentado. A Tabela 5 mostra os valores dos níveis pressóricos apresentados pelos hipertensos e tem como valor padrão de referência para pressão controlada os valores inferiores a 140 x 90 mmHg.

    Segundo Minas Gerais (2006), a hipertensão arterial é definida como a persistência dos níveis de Pressão Arterial Sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e pressão arterial diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg.

Tabela 5. Número de Hipertensos que frequentam o Grupo Educativo da ESF

em Montes Claros no período de Set-2007 a Set-2008 e apresentam pressão controlada

    Pode-se constatar que dentre os 92 hipertensos avaliados, 67,4% apresentavam a pressão controlada, enquanto que 32,6% apresentaram valores pressóricos superiores ao recomendado.

Análise bivariada das variáveis independentes relacionadas ao controle da pressão arterial

    A Tabela 6 foi construída a partir de análise bivariada, realizada através do teste do qui-quadrado e valor P, em que se avaliou a variável dependente controle de PA e as variáveis independentes relativas ao sexo, idade, estado civil e escolaridade dos 92 hipertensos do estudo.

Tabela 6. Análise Bivariada da associação Estatística das variáveis relacionadas ao perfil

dos hipertensos freqüentes em um grupo educativo- ESF para o controle da PA

    Verificou-se que o sexo feminino apresenta melhores índices de controle da PA se comparado aos homens. Resultados semelhantes também foram observados por Sarquis et al. (1998), onde enfatizaram que os homens tendem a serem menos aderentes aos grupos e tratamento que as mulheres, provavelmente por que elas demonstram maior preocupação com a saúde.

    A tabela acima possibilita descrever que hipertensos com idade acima de 60 anos apresentam PA controlada. Garcia e Araújo (2006) afirmam que isso ocorre porque os indivíduos mais jovens se sentem menos vulneráveis á doença e, enquanto que os mais idosos, são mais preocupados com a saúde, apegam-se ao tratamento como forma de se prolongar a vida, e assim há uma redução mais intensa de suas pressões arteriais.

    Ao analisar o estado civil e a escolaridade, constatou-se que o maior número de pessoas casadas e alfabetizadas frequentes ao grupo educativo apresentam-se com níveis pressóricos em valores sabidamente normais (PA< 140x90 mmHg). Moreira e Araújo (2004) ressaltam que hipertensos casados parecem ter mais estímulo para alterar seus hábitos de vida e seguir recomendações que exijam disposição para que se ocorra a mudança, o que confirma os dados encontrados.

    Mion Junior et al. (1995) obtiveram em seus estudos que hipertensos alfabetizados frequentavam mais grupos educativos que os analfabetos, isso possivelmente porque o indivíduo analfabeto se torna menos motivado para obter novos conhecimentos e se limita diante da insegurança de ser questionado, o que acaba por afastá-lo dos grupos educativos.

    A tabela 7 mostra a variável pressão controlada versus fumo, dieta, uso de medicação e exercício físico, a partir de uma análise bivariada.

Tabela 7. Análise Bivariada da associação estatística das variáveis relacionadas ao controle

da PA entre os hipertensos frequentes no grupo educativo-ESF Set 2007-2008

    Foi possível concluir que os hipertensos frequentes no grupo educativo em sua maioria não fumam e apresentam controle da pressão arterial.

    Ao analisar o uso da dieta e controle da PA, percebe-se que quem relatou fazer dieta apresentou controle da pressão, sendo que dos 66 hipertensos que disseram fazer dieta, 47 estavam com a pressão arterial controlada. Já a variável exercício físico deixa claro que a maioria dos hipertensos não faz atividade física regular, porém a relação dos que fazem atividade física com a pressão controlada é mais evidente.

    Recorre-se a Zaitune et al. (2006) para afirmar que atividades não farmacológicas, como dieta, abandono do tabagismo e atividade física regular têm sido considerado como intervenções de grande valia para se obter o controle da PA.

    A Sociedade Brasileira de Cardiologia (2006) destaca que todos os pacientes com PAS maior ou igual a 140 mmHg e PAD maior ou igual a 90 mmHg devem receber tratamento medicamentoso inicial. O uso correto da medicação e o seu efeito positivo no controle da pressão podem ser verificados no presente estudo, pois os hipertensos que disseram fazer uso correto da medicação apresentam PA controlada.

    A associação estatística da relação entre frequência ao grupo de hipertensos e o controle ou não da pressão arterial permite perceber uma associação descritiva entre a frequência ao grupo educativo de hipertensos e o reconhecimento da importância das orientações do grupo no controle da pressão (Tabela 8).

Tabela 8. Análise Bivariada da associação estatística entre a relação

da freqüência do hipertenso ao grupo educativo e o controle ou não da PA

    A Tabela 8 demonstra que maior parte dos hipertensos frequentou duas vezes ou mais as reuniões educativas e estes também são os que apresentam PA controlada. Outro fato que chama a atenção é que dentre os 92 pesquisados, 86 disseram ter aprendido informações importantes sobre a doença e apresentavam PA controlada.

    Siqueira (2001) destaca que a educação em saúde deve ser vista como uma estratégia importante para a promoção do autocuidado do paciente hipertenso, na medida em que introduz ou reforça conceitos e hábitos de proteção à saúde, permitindo o controle dos agravos crônicos. Analisando esse aspecto percebe-se que o trabalho de uma equipe interdisciplinar faz-se necessário, pois ele proporcionará aos pacientes e comunidade maiores informações, procurando torná-los ativos nas ações que a eles estarão sendo dirigidas, e motivando-os a vencerem o desafio de adotar atitudes que tornem essas ações efetivas e definitivas.

Conclusão

    Pôde-se constatar entre o grupo estudado que mulheres, pessoas com idade acima de 60 anos, casadas e alfabetizadas são os hipertensos que mais freqüentam os grupos educativos no período pesquisado e são as que mais mantêm a pressão arterial controlada. Foi constatado também, que os hipertensos reconhecem a importância do grupo educativo para que se possa obter conhecimento a doença e medidas imprescindíveis para se ter um maior controle dos níveis tensionais. Pôde-se perceber que a prática de atividade física está relacionada ao maior numero de hipertensos com pressão arterial controlada. Quanto ao fumo, pode-se, também, estabelecer que os hipertensos não tabagistas, em uso de medicação e que fazem dieta também apresentavam pressão arterial controlada. Quanto à frequência do hipertenso ao grupo educativo, revelou-se que a maior frequência ao grupo relaciona com os menores níveis tensionais dos hipertensos entrevistados.

    Esta pesquisa permite destacar que os grupos educativos de hipertensos na atenção primária à saúde são uma proposta bastante relevante no âmbito da saúde coletiva, pois são importantes ferramentas no controle da hipertensão arterial sistêmica. No entanto, faz-se necessário desenvolver maiores estudos sobre o tema para que se obtenham resultados mais específicos diante das propostas educativas do grupo de hipertenso, pois é relevante e necessário enfatizar a importância da educação em saúde realizada através dos grupos educativos e das orientações para a melhoria e controle dos níveis pressóricos dos hipertensos. Assim, são imprescindíveis recomendações na continuidade de investimentos nessa prática, para que sejam disponibilizadas técnicas, instrumentos e profissionais cada vez mais capazes de proporcionar entendimento e aprendizagem aos clientes hipertensos.

Referências

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