efdeportes.com

A deficiência visual e a prática de atividades físicas

La discapacidad visual y la práctica de las actividades físicas

 

*Discente do Mestrado de Exercício e Saúde em Populações Especiais

Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Universidade de Coimbra (Portugal)

**Discente do Doutorado em Ciências do Esporte, Faculdade de Ciências do Desporto

e Educação Física, Universidade de Coimbra, Portugal.

Docente do Instituto de Saúde e Biotecnologia. Universidade Federal do Amazonas (Brasil)

Nathália Alonso Martins*

alonsonathalia@yahoo.com.br

Grasiely Faccin Borges**

grasiely.borges@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          No Brasil, mais de 16,6 milhões de pessoas têm alguma deficiência visual, no entanto, relativamente pouco é conhecido sobre a saúde, forma física e práticas de atividades físicas de adultos com deficiência visual. Esta investigação teve como objetivo por meio de uma revisão de literatura apresentar informações sobre a prática de atividade física na deficiência visual. A autonomia e a inclusão social são primordiais para a melhora da qualidade de vida dos deficientes visuais. Quanto mais independentes, maior acesso às atividades de vida diária, a escola, ao trabalho, ao lazer, aos contextos que garantem a melhora do ser humano como um todo. Superar barreiras de vários tipos e intensidades que certamente lhe serão impostas durante sua vida, parece ainda estar presente na prática da atividade física.

          Unitermos: Portadores de deficiência visual. Cegueira. Atividade motora. Exercício.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 164, Enero de 2012. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    Cerca de 285 milhões de pessoas são deficientes visuais em todo o mundo: 246 têm baixa visão e 39 milhões são cegas (World Health Organization, 2011). No Brasil, mais de 16,6 milhões de pessoas têm alguma deficiência visual, desse total 148 mil pessoas são incapazes de percepção visual, 2,5 milhões de pessoas possuem grande dificuldade permanente de ver e 14 milhões de indivíduos possuem alguma alteração permanente de enxergar, mesmo usando lentes corretivas. A proporção de pessoas com deficiência aumenta com a idade, passando de 4,3% nas crianças até 14 anos, para 54% do total das pessoas com idade superior a 65 anos. O envelhecimento populacional é hoje um fenômeno iminente, no qual com o aumento da população acresce a proporção de indivíduos com deficiência, surgindo a necessidade de políticas de saúde adequada para esta população (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2002).

    A acessibilidade a atividade física para o cego é mais restrita, devido a dificuldades arquitetônicas ou a falta de pessoas especializadas no assunto, por isto a necessidade de maiores informações e projetos sobre o tema. A ausência ou diminuição da visão torna-se um obstáculo importante para o aprendizado, desenvolvimento ou manutenção motora, principalmente no âmbito da orientação e mobilidade, cuja é estabelecida em pontos de referência. A utilização de outros sentidos sensoriais e auxílio de aditamentos, cães ou terceiros para identificar a posição no ambiente são estratégias usadas para o deficiente visual garantir sua locomoção (Wright, Harris & Sticken, 2010). O bem estar biopsicossocial pode ser promovido através da atividade física regular que além de beneficiar a saúde e reduzir o risco de doenças, torna os indivíduos mais ativos fisicamente e mais capazes de realizar as atividades da vida diária de forma independente, sendo assim a qualidade de vida melhora substancialmente (Lieberman, 2002). Esta investigação teve como objetivo por meio de uma revisão de literatura apresentar informações sobre a prática de atividade física na deficiência visual.

Deficiência visual

    A deficiência visual é caracterizada pela perda parcial ou total da capacidade visual, em ambos os olhos, ocasionando alteração funcional mesmo com a melhor correção óptica ou cirúrgica. Ou seja, caso a utilização de óculos ou lentes de contato promova a condição visual, este não é denominado deficiente visual. A perda da visão total de um olho, até mesmo com a evisceração ou enucleação ocular, não é caracterizado deficiência visual, pois olho remanescente compensa a perda. Caracterizada pelo indivíduo cuja percepção de luz possa ajudar na orientação, porém encontra-se insuficiente para aquisição de conhecimento por meios visuais (Sociedade Americana de Atenção ao Deficiente, 2001).

    De acordo com a Classificação Internacional de Doenças- 10 (CID-10), a função visual é divida em quatro níveis: visão normal, deficiência visual moderada, deficiência visual severa e cegueira. O termo baixa visão é designado para a deficiência visual moderada e severa, ou seja, aquele indivíduo que possui dificuldade em desempenhar tarefas visuais, mesmo com a utilização de lentes corretivas pode aprimorar sua capacidade com a utilização de estratégias visuais compensatórias. E a nomenclatura usada para cegueira significa a ausência da percepção visual (World Health Organization, 2011). A classificação depende das avaliações das funções visuais: como a acuidade visual, a capacidade de diferenciar detalhes e o campo visual, área circundante visível (Land, 2006).

    A integração sensório-motora mais evidente é o sentido da visão, no qual oferece informações detalhadas do ambiente em que estamos inseridos. De acordo com a integração no sistema nervoso central as aferências somatossensoriais, vestibulares e visuais, são obtidas as respostas motoras para promover a orientação e o equilíbrio corporal (Horak, 2006; Mochizuki & Amadio, 2006; Soares, 2010). A fartura de aferências sensoriais determina o controle postural, sendo que a deficiência de um sistema, como no caso o sistema visual, pode variar a dominância do sistema sensorial (Mochizuki & Amadio, 2006).

    O processo do uso dos sentidos para reconhecer e estabelecer sua posição em relação ao meio e a seu redor entende-se por orientação. O conjunto de capacidades e técnicas específicas que permitem o deficiente visual deslocar-se com independência e garante sua mobilidade (Perla & Besty, 2004; Machinskaya, Krupskaya & Kurgansky, 2010). O sentido de orientação varia entre as pessoas cegas, como cada ser tem suas experiências prévias referentes à estimulação, capacidades sensoriais distintas, integração e formação de resposta motora diferente, o resultado da orientação e mobilidade para cada indivíduo pode ser um desafio ou uma tarefa simples.

    Dentre os recursos utilizados pelos deficientes visuais para locomoção, a bengala longa apresenta-se como um dos mais utilizados. Símbolo da integração na sociedade das pessoas cegas funciona como extensão do corpo, no qual resultados sugerem que a experiência de longo prazo com a bengala gera com o aumento da representação do espaço corporal (Sauerburger & Bourquin, 2010; Serino, Bassolino, Farnè & Làdavas, 2007). Para o manuseio correto da bengala é necessário destreza motora, boa percepção tátil-cinestésico, vivências pré-bengala, conhecimento e manipulação com a bengala para introduzir-se as técnicas que são: Varredura, rastreamento com técnica diagonal (utilizada somente em ambientes internos), detecção de objetos, passagem por portas, subir e descer escadas, técnicas de toque, técnica de toque e deslize, técnica de deslize, rastreamento com técnica de toque, rastreamento em três pontos (Wall & Ashmead, 2002). A capacidade de locomoção eficiente depende de um funcionamento muscular adequado, no qual o desenvolvimento da força é necessário para superar os efeitos da gravidade: para manter a postura e gerar respostas ao movimento. A força de indivíduos com cegueira total comparados com aqueles com visão parcial não têm diferenças significativas, porém um melhor desempenho ficou evidente em velocidades mais baixas. Evidenciando um desempenho físico em indivíduos com cegueira e visão parcial igualmente deficientes (Horvat, Ray, Nocera & Croce, 2006). Existem várias estratégias e adaptações utilizadas para proporcionar ao deficiente visual condições para um maior grau de independência e segurança, como a vivência de atividades física.

Saúde e a prática de atividades físicas na deficiência visual

    Relativamente pouco é conhecido sobre a saúde e forma física de adultos com deficiência visual. A variação de crenças, valores e ideologias dependem da cultura em que o deficiente está inserido, no qual estabelece diferentes tipos de independência (Cameron, 2010). Deficientes visuais têm um maior índice de deformidade, entre elas está uma associação ausência da percepção visual para o controle postural e a escoliose, quando comparado cegos com indivíduos videntes apresentam cinco vezes mais alterações posturais (Catanzariti, Salomez, Bruandet & Thevenon, 2001). No entanto, nesta investigação não foi avaliado o grau de atividade física entre os grupos. Para Sanchez, Barreto, Baraúna, Sérgio, Canto & Morais (2008), existem assimetrias corporais nos deficientes visuais congênitos com relação à protrusão da cabeça e simetria de joelho, indicando uma forma postural compensatória a ausência da visão. Em investigação de Holbrook, Caputo, Fuller, Perry & Morgan (2009), nenhuma diferença estatisticamente significativa na atividade física, composição corporal e qualidade de vida percebida foram observadas entre os participantes do sexo masculino e feminino com diferentes níveis de deficiência visual. No entanto, as mulheres tinham níveis mais altos de adiposidade relativa e menor percepção de qualidade de vida do que os homens. No caso de pessoas com limitações na mobilidade e com minorias status (efeitos da raça, classe social e gênero) têm experiências maiores de disparidades de saúde do que os adultos com a condição de minoria ou limitações de mobilidade (Jones & Sinclair, 2008).

    Aprender com os próprios erros, vivenciar a conseqüência de uma escolha incorreta e perceber que nem sempre terá alguém para ajudar criam barreiras também (Bozeman, 2004; Perla & Besty, 2004; Rimmer, Riley, Wang, Rauworth & Jurkowski, 2004). Resultados de um estudo exploratório-descritivo, identificou várias academias em diferentes áreas com difícil acesso para pessoas com mobilidade reduzida, incluindo deficientes visuais. Alguns dos itens mais difíceis encontrados foram a disponibilidade de equipamento com adaptações, portas assistidas e fornecimento de informações em formatos alternativos, os quais quando presentes estão associados com custos acrescidos (Rimmer, Riley, Wang & Rauworth, 2005).

    Em relação ao início da atividade física com qualidade faz-se necessário ofertar diversas experiências em espaços, texturas e superfícies diferentes, visando o conhecimento de novos conceitos sobre o ambiente e sabendo que só será possível através de vivências constantes. Para compensar a ausência visual, manter a face próxima com vocalizações para estimular o sistema auditivo, dar pistas para aprender a compreender o ambiente e explorar os objetos a fim de que eles possam ser identificados. A explicação do que está fazendo para manter ciente a situação também é fator primordial, diminuindo o medo do desconhecido. Os sons, cheiros e sensações novos precisam de ajuda para terem significados, assim forma-se associações fundamentadas (Oliveira & Carvalho, 2005; Fiehler, Reuschel & Rösler, 2009). A utilização de diferentes ambientes internos na fase inicial do treinamento, aspectos cognitivos são treinados para adquirir e concretizar conceitos, a natureza e função dos objetos e resolução de problemas. Aspectos psicomotores como as capacidades perceptivas e físicas de movimentos. Treino dos sentidos remanescentes: Através da visão residual da forma mais eficiente, para as pessoas com baixa visão (Oliveira & Carvalho, 2005).

    A orientação espacial varia principalmente de acordo com a idade da perda da visão, quanto mais cedo à privação visual como no desenvolvimento infantil, a influência negativa a percepção espacial é evidente (Fiehler, Reuschel & Rösler, 2009). Os esforços mentais necessários para monitorar os pontos de referência do ambiente e percepção corporal são significativamente relacionados, indicando que alguns fatores ambientais relacionados com a altura e largura são mais facilmente aprendidos quando as pessoas podem agir de forma independente (Martinsen, Tellevik & Elmerskog, 2007). A comunicação é essencial para antecipar a ação e a mudança, como por exemplo, antes de tocá-la avisar ou orientar um degrau que está por vir (Lima, Barbarini, Gagliardo, Arnais & Golçalves, 2004)..

    Os recursos de proteção e segurança, essenciais através da aprendizagem da proteção superior, proteção inferior, rastreamento com as mãos, decisão de tomada de direção e pesquisa do ambiente. Durante a fase de aprendizado de se optar pelo mesmo ponto de partida e situar os vários objetos em relação com esse ponto, ou seja, os pontos de referência. Não deve-se usar palavras vagas para a localização como, aqui e ali, pois para o cego essas denominações não fazem sentido algum. Deve-se usar palavras mais claras como, atrás de você, no final do corredor, na quina inferior direita. A contagem dos passos deverá ser o último recurso a utilizar, pois exige muita concentração e muitas vezes denotam erros de percurso. Este nível de observação vai além de apenas ser capaz de identificar o que uma pessoa está fazendo de forma incorreta na aplicação de técnicas ou orientação (Zebehazy, Zimmerman & Fox, 2005). As atividades físicas em grupo, revela que o apoio emocional dado por membros do grupo um para o outro, leva ao desenvolvimento de um ambiente de aprendizagem confortável, os níveis de confiança maiores em relação à resolução de problemas e adaptações de estratégias, além das experiências compartilhadas denotarem mais conteúdo de aprendizagem para dificuldades encontradas (Higgerty & Williams, 2005).

    Em ambientes externos, as diferentes texturas de piso (areia, grama, piso molhado), rampas e escadas, determina riscos sendo necessário escolher determinada estratégia para reduzir os riscos o máximo possível, decidindo se os riscos são aceitáveis e considerando alternativas se os riscos não são aceitáveis (Sauerburger, 2005; Schellingerhout, Bongers, Grisven, Smitsman & Galen, 2001). A atenção para encontrar as referências, a capacidade intelectual para memorizar, a abstração para traçar e guardar o mapa espacial previamente explorado, e a habilidade para relacionar, deduzir e induzir a rota, são características essenciais para a orientação e a mobilidade oferecerem autoconfiança, autonomia e independência, importantes para o estabelecimento de fatores psicológicos e sociais para o deficiente visual.

    Promover saúde, bem-estar e qualidade de vida a indivíduos com deficiência tem se tornado um importante fator de saúde pública. Alguns fatores negativos da deficiência estão associados ao uso de tabaco, excesso de álcool, obesidade e inatividade física (Lieberman, 2002). A importância da prática de atividades físicas em grupo encontra-se essencial, através da criação de sentimentos com base em interações sociais positivas, no qual conexões emocionais são formadas com troca de experiências entre deficientes visuais (Goodwin, Lieberman, Johnston & Leo, 2011).

    Um programa de educação inclusiva física pode aumentar oportunidades e o valor da atividade física entre os deficientes visuais, sendo importante as informações aos pais para elucidar as oportunidades disponíveis para seus filhos, diminuindo os receios e aumentando o sucesso na prática de atividade física do filho (Stuart, Lieberman & Hand, 2006). As famílias e os professores devem continuar a incentivar o envolvimento em atividades extracurriculares, no qual podem contribuir para boas habilidades sociais (Zebehazy & Smith, 2011). Resultados indicam maior socialização em deficientes visuais atletas do que em deficientes visuais não atletas, comprovando a idéia de que a participação em atividades desportivas contribui para a melhoria em socialização. O incentivo a participação ao esporte em indivíduos com deficiência visual, oferta também habilidades sociais (Movahedi, Mojtahedi & Farazyani, 2011). Quanto mais independentes, maior acesso às atividades de vida diária, a escola, ao trabalho, ao lazer, aos contextos que garantem a melhora do ser humano como um todo (Zebehazy & Smith, 2011).

Considerações finais

    Apenas pequenas modificações, adaptações aos materiais e alterações do local, proporcionam atividade física favorecendo o conhecimento e condicionamento físico do corpo do deficiente visual, fator que está intimamente vinculado ao desenvolvimento biopsicossocial. Conclui-se que existem desafios para a prática de atividades físicas, porém o engajamento em práticas físicas, proporciona maiores possibilidades de potencial funcional. A autonomia e a inclusão social são primordiais para a melhora da qualidade de vida dos deficientes visuais. Superar barreiras de vários tipos e intensidades que certamente lhe serão impostas durante sua vida, parece ainda estar presente na prática da atividade física.

Referências bibliográficas

  • Bozeman, L. A. (2004). Environmental and personal safety: No vision required. Journal of visual impairment & blindness, (July), 434-437.

  • Cameron, C. (2010). Does anybody like being disabled? A critical exploration of impairment, identity, media and everyday experience in a disabling society. PhD thesis, Queen Margaret University. Disponível em: http://etheses.qmu.ac.uk/258/. Acesso em: 29 de Maio de 2011.

  • Catanzariti, J.F., Salomez, E., Bruandet, J. M. & Thevenon, A. (2001). Visual deficiency and scoliosis. Spine. 26 (1):48-52.

  • Lima, M. C. M. P., Barbarini, G. C., Gagliardo, H. G. R. G, Arnais, M. A. O. & Golçalves, V. M. G. (2004). Observação do desenvolvimento de linguagem e funções auditiva e visual em lactentes. Rev Saúde Pública, 38 (1), 106-112.

  • Fiehler, K., Reuschel, J. & Rösler, F. (2009). Early non-visual experience influences proprioceptive-spatial discrimination acuity in adulthood. Neuropsychologia, 47(3), 897-906.

  • Goodwin, D. L., Lieberman, L. J., Johnston, K. & Leo, J. (2011). Connecting through summer camp: Youth with visual impairments find a sense of community. Adapted physical activity quarterly, 28(1), 40-55.

  • Higgerty, M. J. & Williams, A. C. (2005). Orientation and mobility training using small groups. Journal of visual impairment & blindness, (December), 755-764.

  • Holbrook, E. A, Caputo, J. L., Fuller, D. K., Perry, T. L. & Morgan, D. W. (2009). Physical activity, body composition, and perceived quality of life in adults with visual impairment. Journal of visual impairment & blindness, (January), 17-29.

  • Horak, F. B. (2006). Postural orientation and equilibrium: what do we need to know about neural control of balance to prevent falls? Age and ageing, 35 (2), ii7-ii11.

  • Horvat, M., Ray, C., Nocera, J. & Croce, R. (2006). Comparison of isokinetic peak force and power in adults with partial and total blindness. Percept Mot Skills, 103(1): 231-7.

  • Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2002). Censo demográfico 2000: Pessoas portadoras de deficiência. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/20122002censo.shtm. Acesso em: 23 de Outubro de 2011.

  • Jones, G. C. & Sinclair, L. B. (2008). Multiple health disparities among minority adults with mobility limitations: An application of the ICF framework and codes. Disability & Rehabilitation, 30(12-13), 901-915.

  • Land, M. F. (2006). Eye movements and the control of actions in everyday life. Progress in retinal and eye research, 25(3), 296-324.

  • Lieberman, L. J. (2002). Fitness for individuals who are visually impaired or deaf blind. RE: view: Rehabilitation and Education for Blindness and Visual Impairment, 34(1), 13–23.

  • Machinskaya, R. I., Krupskaya, E. V. & Kurgansky, A. V. (2010). Functional brain organization of global and local visual perception: Analysis of event-related potentials. Human Physiology, 36(5), 518-534.

  • Martinsen, H., Tellevik, J. M. & Elmerskog, B. (2007). Mental effort in mobility route learning. Journal of visual impairment & blindness, (June), 327-338.

  • Mochizuki, L. & Amadio, A. C. (2006). As informações sensoriais para o controle postural. Fisioter Mov, 19(2), 11-18.

  • Movahedi, A., Mojtahedi, H. & Farazyani, F. (2011). Differences in socialization between visually impaired student-athletes and non-athletes. Research in developmental disabilities, 32(1), 58-62.

  • Oliveira, A.S. & Carvalho, L. (2005). Deficiência visual: mais sensível que um olhar. Colloquium Humanaru, 3 (2), 27-38.

  • Perla, F. & Besty, O. (2004). Encouraging problem solving in orientation and mobility. Journal of visual impairment & blindness, January, 47-52.

  • Rimmer, J. H., Riley, B., Wang, E., Rauworth, A. & Jurkowski, J. (2004). Physical activity participation among persons with disabilities: barriers and facilitators. American journal of preventive medicine, 26(5), 419-25.

  • Rimmer, J. H., Riley, B., Wang, E. & Rauworth, A. (2005). Accessibility of health clubs for people with mobility disabilities and visual impairments. American journal of public health, 95(11), 2022-8.

  • Sanchez, H. M., Barreto, R. R., Baraúna, M. A., Sérgio, R., Canto, T. & Morais, E. G. D. (2008). Avaliação postural de indivíduos portadores de deficiência visual através da biofotogrametria computadorizada. Fisioter Mov, 21(2), 11-20.

  • Sauerburger, D. (2005). Street crossings: Analyzing risks, developing strategies, and making decisions. Journal of visual impairment & blindness, (October), 659-664.

  • Sauerburger D. & Bourquin E. (2010). Teaching the use of a long cane step by step: Suggestions for progressive, methodical instruction. Journal of visual impairment & blindness, (April), 203-214.0

  • Schellingerhout, R., Bongers, R. M., Grisven, R. V., Smitsman, A. W. & Galen, G. P. V. (2001). Improving obstacle detection by redesign of walking canes for blind persons. Ergonomics, 44(5), 513-526.

  • Serino, A., Bassolino, M., Farnè, A. & Làdavas, E. (2007). Extended multisensory space in blind cane users. Psychological science, 18 (7), 642-648.

  • Soares, A. V. (2010). A contribuição visual para o controle postural. Rev Neurocienc, 18(3), 370-379.

  • Sociedade Americana de Atenção ao Deficiente (2001). Roteiro para inclusão social do deficiente. Rio de Janeiro: CVI.

  • Stuart, M. E., Lieberman, L. & Hand, K. E. (2006). Beliefs about physical activity among children who are visually impaired and their parents. Journal of visual impairment & blindness, (April), 223-234.

  • Wall, R. S. & Ashmead D. H. (2002). Biomechanical movements in experienced cane users with and without visual impairments. Journal of visual impairment & blindness, (July), 501-515.

  • Wright, T., Harris, B. & Sticken, E. (2010). A best-evidence synthesis of research on orientation and mobility involving tactile maps and models. Journal of visual impairment & blindness, (February), 95-106.

  • World Health Organization. (2011). Visual impairment and blindness. Disponível em: < http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs282/en/ Acesso em: 23 de Outubro de 2011.

  • Zebehazy, K. T. & Smith, T. J. (2011). An examination of characteristics related to the social skills of youths with visual impairments. Journal of visual impairment & blindness, (February), 84-96.

  • Zebehazy, K. T., Zimmerman, G. J. & Fox, L. A. (2005). Use of digital video to assess orientation and mobility observational skills. Journal of visual impairment & blindness, (October), 646-658.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 164 | Buenos Aires, Enero de 2012
© 1997-2012 Derechos reservados