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Perfil antropométrico de mulheres iniciantes em ginástica: uma 

prática na Estratégia Saúde da Família em Montes Claros, MG, 2011

Perfil antropométrico de mujeres que se inician en la gimnasia: una 

práctica en la Estrategia de Salud de Familia en Montes Claros, MG, 2011

 

Acadêmico de Educação Física

da Universidade Estadual de Montes Claros

(Brasil)

Humberto de Almeida Silva

Kênia Souto Moreira

Michelle Pimenta Oliveira

Ariadna Janice Drumond Morais

Maísa Tavares de Souza Leite

humberto.dealmeida@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Em oposição ao sedentarismo que marca as populações urbanas durante todas as etapas do ciclo da vida, indicam-se fortes apelos à adoção de hábitos e atitudes positivas visando à promoção de estilos saudáveis e ativos, almejando patamares elevados na qualidade de vida. A obesidade ou até mesmo o sobrepeso geralmente não são de difícil reconhecimento, mas o diagnóstico correto prescinde que os níveis de risco sejam identificados e isto, constantemente, necessita de algumas formas de quantificação. Já a relação cintura-quadril (RCQ), é considerada como um indicador de doenças cardiovasculares e algumas mudanças no peso e na estatura levam o índice de massa corporal (IMC) também se modificar com o transcorrer dos anos. Com isso, o objetivo deste trabalho foi descrever o perfil antropométrico de mulheres iniciantes em praticas de ginástica de uma Estratégia Saúde da Família da cidade de Montes Claros, MG, para isso, a pesquisa é caracterizada como descritiva, de abordagem quantitativa de corte transversal. A população estudada foram mulheres, com uma amostra total composta de 34 pessoas com idade entre 18 a 73 anos e para análise da composição corporal foram coletados dados referentes a peso, estatura para verificar o IMC e circunferências de cintura e quadril para a RCQ e avaliação do risco de coronopatia além da circunferência abdominal. Sendo observado nos resultados encontrados que a média do IMC 27,23±6,32 da amostra total o que caracteriza como um grupo em sobrepeso e identificou-se que houve um maior percentual da amostra total em relação à RCQ o risco muito alto para desenvolver doenças relacionadas à coronopatia com 44,1% dos avaliados. Conclui-se então, que a Relação Cintura Quadril (RCQ) e o Índice de Massa Corporal (IMC), possuem relação direta com o risco de sobrepeso, obesidade e obesidade mórbida associadas a possíveis riscos para desenvolver coronopatias.

          Unitermos: Atividade física. Antropómetria. IMC. RCCQ. ESF.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 163, Diciembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Em aversão ao sedentarismo que pontuam as populações urbanas durante todas as etapas do ciclo da vida, indicam-se fortes apelos à adoção de hábitos e atitudes positivas visando a promoção de estilos saudáveis e ativos, almejando patamares elevados na qualidade de vida (GUIMARÃES et al., 2004). No âmbito dos fatores de risco secundários, verifica-se uma variável que estar em crescente e presente no cotidiano da população atual, que são os níveis altos de gordura corpórea, diretamente vinculada a estilos de vida sedentários, alimentação hipercalórica rica em gorduras e pobre em fibras (KATHLEEN et al., 2005).

    A obesidade ou até mesmo o sobrepeso geralmente não são de difícil reconhecimento, mas o diagnóstico correto prescinde que os níveis de risco sejam identificados e isto, constantemente, necessita de algumas formas de quantificação (HAUN, 2009). A obesidade, precisamente a abdominal, inclui o indivíduo a uma série de fatores de risco cardiovasculares por uni-lo com grande frequência a condições tais como dislipidemias, hipertensão arterial, resistência à insulina e diabetes que ligam a ocorrência de eventos cardiovasculares, principalmente os coronarianos (KANNEL et al., 2002 e TONSTAD et al., 2003).

    Diversos estudos são realizados para verificar a associação entre indicadores antropométricos de obesidade e risco coronariano elevado (RCE). Em suma maioria demonstram que os indicadores de obesidade central são mais associados ao RCE do que os indicadores de obesidade total (PITANGA, 2005). O Índice de Massa Corporal (IMC) é, talvez, o de maior divulgação no que diz respeito à mensagem populacional. Seus valores-limites são conhecidos por especialistas e leigos. O IMC é um bom indicador, mas não de forma principal correlacionado com a distribuição da gordura corporal (HAUN, 2009). As medidas da circunferência da cintura (CC) e a relação cintura/quadril (RCQ) são variáveis mais utilizados na aferição da distribuição central do tecido adiposo em avaliações, entretanto as distinções nas composição corporal dos diversos grupos etários e raciais não facilita o desenvolvimento de pontos de corte universais (OMS, 2004).

    Em relação a aferição da gordura abdominal, diversas técnicas podem ser utilizadas para subtender de maneira eficaz essa medida, porém, as mais utilizadas são aquelas que são de baixo custo de aplicação e são de confiabilidade nos seus resultados. Para as características citadas, as que melhor se enquadram são: circunferência da cintura (CC) e índice cintura/quadril (ICQ) (FERREIRA et al., 2006).

Objetivo geral

    Descrever o perfil antropométrico de mulheres iniciantes em práticas de ginástica de uma Estratégia Saúde da Família da cidade de Montes Claros- MG.

Metodologia

    Caracteriza-se por uma pesquisa quantitativa de caráter descritivo, de corte transversal, no qual a população da amostra estudada são 34 mulheres, com faixa etária mínima de 18 anos e máxima de 73 anos, selecionadas de maneira de forma voluntária.

    As variáveis utilizadas na coleta de dados foram os fatores de risco associado a algumas doenças, massa corporal (MC) em Kg e estatura (EST) em m, equacionando o índice de massa corporal (IMC) por meio da razão massa corporal/estatura², circunferência da cintura (CIRCC) em cm e quadril (CIRCQQ) em cm, em relação cintura/quadril (IRCQ).

    Os instrumentos utilizados para a coleta de dados foram: uma balança da marca Filizolla com precisão de 100g e 0,01 cm, duas fitas métricas padronizadas da marca Sany Medical com 150 cm de resolução.

    Procedimentos para coleta de dados: a coleta de dados foi feita durante dois dias no mês de janeiro e março de 2011, por acadêmicos participantes do PET- Saúde (Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde) da Universidade Estadual de Montes Claros dos cursos de educação física, odontologia, enfermagem e medicina. Todas as etapas do trabalho foram elaboradas de acordo com as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas envolvendo Seres Humanos - Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.

    As medidas antropométricas foram colhidas entre os indivíduos selecionados, onde primamos pelo máximo de correção segundo Fernandes Filho (2003) que diz que a pessoa tem que está em repouso, descalça e com o mínimo de roupa possível. Com relação ao Peso Corporal: em pé, de costas para a balança, com o afastamento lateral dos pés. Em seguida coloca-se e no centro da plataforma, ereto e com um olhar fixo à sua frente; Estatura: com uma fita métrica fixada na parede, o avaliado em pé, posição ereta, braços estendido ao longo do corpo, pés unidos, estando o avaliado em apnéia inspiratória; CIRCC: em pé, posição ereta, braços estendidos ao longo do corpo, pés unidos, com o abdômen relaxado, no ponto de menor circunferência, abaixo da última costela, colocando a fita num plano horizontal; CIRCQQ: em pé, posição ereta, braços levemente afastados, pés unidos e glúteos contraídos, colando a fita num plano horizontal, no ponto de maior massa muscular das nádegas.

    Para analise a classificação do RCQ, foi utilizada a tabela de classificação do programa Test 5.0 citada Physical por Bispo (2004). Sendo que a análise dos dados foi realizada através do programa Statistical Package for Social Science (SPSS - versão 18.0).

Resultados e discussão

    A tabela 01 abaixo descreve as variáveis que relacionam a idade, o índice de massa corporal (IMC), relação circunferência cintura/ quadril (RCCQ) e a circunferência do abdômen. Ao qual, foram identificados os valores máximos e mínimos, média e desvio padrão das variáveis citadas acima, na população estudada verificou a média do IMC que foi de 27,23±6,32, com relação a RCCQ a média geral foi de 0,84±0,06 e a circunferência do abdominal o mínimo encontrado foi de 72cm e o máximo foi de 132cm.

Tabela 01. Descrição dos variáveis e seus valores máximo e mínimo da amostra

    Considerando o fator média da população com relação a idade, o IMC e RCCQ, a amostra é considerada com sobrepeso, segundo a OMS (2000) e com alto risco para doenças de coronopatia. O que não é corroborado pelo estudo de Medeiros et al. (2008) que verificou que há um maior percentual e número de mulheres presentes na faixa de risco muito alto e Amer et al. (2001), que observaram haver um maior número de mulheres na faixa classificatória de risco moderado (50,09%), seguido por risco alto (28,8%).

    A tabela 02 nos traz os resultados com relação ao IMC, ao qual das 34 mulheres que compõe a amostra 16 (47,1%) apresentaram o peso normal e 13 (38,2%) mulheres sobrepeso.

Tabela 02. Descrição do IMC segundo OMS (2000)

    Para Parizotto (2002), a obesidade ou o sobrepeso, predispõe uma série de doenças que são ditas de patologias modernas, e que são acompanhadas de sintomas como o cansaço, a sudorese excessiva, as dores nas pernas e coluna, etc.

    A tabela 03 verifica a classificação da amostra com relação ao RCCQ para risco com doenças de coronopatia, sendo que a população em estudo apresentaram 14 (41,2%) com alto risco e para risco muito alto foram identificados 15 (44,1%) mulheres. Uma vez que, para Medeiros (2008) em seus estudos em ambos os gêneros, concluiu que em mulheres o índice C e RCCQ são os melhores indicadores de obesidade para discriminar o risco de coronopatias.

Tabela 03. Descrição da RCCQ para risco coronariano

    Além do que, para Machado & Sichieri (2002), a distribuição de gordura corporal tem forte determinação genética, mas fatores como sexo, idade e outros comportamentais, como tabagismo e falta de atividade física, podem ser determinantes. A RCQ é fortemente associada à gordura visceral e parece ser um índice aceitável de gordura intra-abdominal (MATSUDO, 2002).

    Na tabela 04 os índices médios e desvio padrão em relação ao IMC apresentando significância de 0,046 para p≤0,05, ao qual concluiu-se que na amostra estudada o IMC teve relação diretamente proporcional ao RCQ.

Tabela 04. Associação da RCQ e IMC

    O que pode corroborado por Pitanga (2007) que em seu estudo em Salvador encontrou no grupo etário das mulheres jovens, que todos os indicadores de obesidade analisados apresentam associação com risco coronariano.

Conclusão

    O presente estudo nos permite concluir que Relação Cintura Quadril (RCQ) e o Índice de Massa Corporal (IMC) possuem relação direta com o risco de sobrepeso apresentado pela amostra e possíveis riscos de doenças cardiovasculares, uma vez que, o risco para doença de coronopatias foi considerada alto, sendo que esta relação foi verificada de maneira proporcional mostrando que a RCQ e o IMC podem ser utilizados como instrumentos a fim de mensurar o índice de risco á saúde dos indivíduos.

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