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As aulas de Educação Física em outras épocas

Las clases de Educación Física en otras épocas

 

*Mestranda do Programa de Pós em Educação PPGE/UFSM/RS

Educadora Física, UFSM/RS

Graduanda em Fisioterapia UNIFRA/RS

**Graduanda em Educação Física UFSM/RS

Graduanda em Fisioterapia UNIFRA/RS

***Graduanda em Educação Física UFSM/RS

****Graduado em Educação Física UFSM/RS

Pós-graduando Gestão Educacional UFSM/RS

(Brasil)

Ângela Kemel Zanella*

angel_zanella@hotmail.com

Veronica Jocasta Casarotto**

veronica_casarotto@hotmail.com

Hanna Sulzabach***

hanna_sulzbach@hotmail.com

Cristian Leandro Lopes da Rosa****

cristianlopes10@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo tem como objetivo conhecer, contribuir e reconstruir a partir de algumas memórias a cerca à construção da Educação Física em outras épocas. O mesmo foi realizado através de entrevista com familiares de acadêmicos do Curso de Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria/RS, sendo identificados neste estudo como opiniões e divididos em gênero feminino e masculino. Estas entrevistas mostram o predomínio de alguns métodos como o tradicional. Por fim, é importante buscar o incentivo na melhoria da saúde corporal, ludicidade e também no contexto social de nossos alunos.

          Unitermos: Educação Física. Métodos de ensino. Entrevistas.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 161, Octubre de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A Educação Física evolui à medida que se processa a evolução cultural dos povos. Logo, sua orientação no tempo e no espaço está em sintonia com os sistemas políticos, sociais, econômicos e científicos vigentes nas sociedades humanas, assim como uma construção do ser humano produzindo historicamente na sociedade, que possui sentido, significado se caracterizado nas manifestações culturais denominadas de jogos, danças, esportes, lutas, ginástica, entre outros.

    Toda metodologia de ensino da Educação Física, nas escolas, mantém essas raízes em práticas anteriormente ligadas a produção de trabalhadores aptos física e moralmente.

    Segundo Louro (1999) estas práticas escolares continuam solidificando a distinção dos indivíduos feita através de suas capacidades físicas e de seu sexo biológico, através da noção de papéis sociais ligados a cada gênero.

    Durante as aulas de Educação Física é comum aparecer por diversas vezes divisão aberta e clara entre meninos e meninas, reforçando assim os padrões discriminatórios que por muitas vezes vem prejudicando nossos alunos.

    Este artigo busca conhecer, reconstruir e contribuir com ideias relativas a um assunto polêmico: os diferentes tipos de construção da Educação Física em outras épocas, pesquisa esta que foi realizada através de entrevista.

    Para reconhecer parte desta realidade e, entender o contexto em que se encontra a Educação Física brasileira hoje, foram entrevistados pessoas pertencentes à família de cada um dos acadêmicos envolvidos, como: pais irmãos, tios, tias, avos, primos entre outros, sendo este identificados como opiniões 1, etc. A pesquisa foi dividida em gêneros feminino e masculino, sendo feita uma análise de cada questão referente às respostas dos entrevistados.

Descrição dos dados

I

IDENTIDADE

IDADE

ESCOLA

 

PUBLICA

-

PRIVADA

1. O que você aprendeu de importante na vida, que você pode dizer que foi nas aulas de Educação Física?

2. Como a Educação Física era valorizada em relação às demais disciplinas da escola?

3. Qual era o perfil do professor de Educação Física?

4. Qual a imagem que a sociedade tinha da Educação Física e do professor?

5. Como você vê essa imagem hoje?

6. Caso um filho seu quisesse fazer o curso de Educação Física, você o apoiaria? Por quê?

7. A disciplina de Educação Física em uma Escola de Ensino Médio Profissionalizante é importante? Por quê?

Opinião

1

45 anos

PUBLICA

Nas aulas de E. F. aprendi a me integrar mais com o meu grupo de colegas, a me relacionar com pessoas diferentes.

A disciplina era igual às outras, pois eram testados nossos conhecimentos, para ver se estávamos aprendendo, e cobrando muito a questão de freqüência nas aulas.

O perfil do professor era o mesmo das outras matérias, ele era rígido em relação a horários, realização dos exercícios físicos e era intolerante em relação a muitas faltas.

De uma disciplina escolar de valor igual as demais.

Muito mudada em relação aos tempos que eu freqüentava a escola, pois agora o aluno se importa cada vez menos c/ a disciplina e às vezes ainda a mesma é tida como perca de tempo por alguns.

Sim, meu filho é acadêmico de ed. Física e foi apoiado 100% pois é uma profissão digna e tem q ser mais respeitada.

Eu acho importante, pois, a prática da E. F. é saudável para nossas vidas e deve ser feita em todas as áreas e ambientes escolares.

Opinião

2

40

anos

PUBLICA

O alongamento.

As outras disciplinas eram mais importantes.

 

Era formado em E. F. e também era magro.

 

O professor era bem visto pela sociedade, mas não tinha tanto valor a esse cuidado de caminhar, academia ou fazer algum exercício físico.

Mais informação e as pessoas estão com mais consciência que isso faz bem e que ajuda a prevenir doenças.

Sim. Pois é uma profissão bem vista para fazer a prevenção das pessoas então tem futuro

Sim. Para ter uma maior noção de prevenção e assim cuidar mais de sua saúde.

Opinião

3

54 anos

PUBLICA/PRIVADA

A necessidade de se exercitar.

 

A menos visada; praticada somente para cumprir currículo.

Pouco motivadores.

 

Era um tanto desvalorizado. 

Percebo uma grande diferença, pois hoje as pessoas já têm uma visão mais profunda do assunto e vêem a necessidade do exercício físico.

Sim. Creio que o que se faz com alegria se faz bem.

Vejo a importância da E. F. em todos os ensinos e formações.

Opinião

4

20 anos

PUBLICA/PRIVADA

A importância de manter o corpo em movimento e sempre saudável.

Era vista como qualquer uma das outras, não tendo desvalorização nenhuma.

Sempre de pessoas alegres e motivadas.

Um educador.

Não tendo passado muito tempo penso ser a mesma, pelo menos em minha concepção.

Aprovaria. Valorizo o profissional de E. F.

Sim. Principalmente se for voltada para as necessidades da área do aprendizado.

Opinião

5

47 anos

PUBLICA

Incentivo a prática de esportes, regras de jogos, jogos olímpicos, integração de todos para a prática de jogos coletivos.

A disciplina de E.F. era mais valorizada, pois o aluno q não praticasse ou q faltasse às aulas corria o risco de reprovação. Com a realização ate mesmo de provas para testar os conhecimentos.

O professor tentava passar seu conhecimento de forma q chamasse atenção dos alunos s/ser enérgico a fim de fazer com que todos viessem a gostar das aulas.

A disciplina era encarada como qualquer outra, pois, tinha o risco de reprovação causo houvesse muitas faltas ou não se tivesse aprendido nada.

Muito diferente de 30 anos atrás quando eu freqüentava as aulas. Porque classe de prof. E.F. não é valorizada e nem levada a sério.

Eu opinaria porque é uma profissão como outra qualquer e tinha q ser mais levada a sério.

Sim a disciplina de E.F., eu acho q é importante em qualquer q seja o ambiente escolar, pois ocasiona integração entre os alunos.

Opinião

6

42

anos

PUBLICA

Aprendi o quanto é importante a pratica de atividades físicas e esportivas para nossa saúde.

Era visto como as demais matérias eram respeitadas pelos outros professores e por todos os alunos.

Ele tentava passar seus conhecimentos sem grandes técnicas para q todos pudessem participar das aulas e fazerem o q era pedido.

O profissional responsável pela E. F. escolar era respeitado por todos, pois sua disciplina era tida como as outras e podia reprovar tanto por frequência como também por falta de conhecimentos q eram testados.

Como toda classe de profissionais responsáveis pela E. F. é vista como uma coisa sem importância sem retorno nenhum para os alunos.

Sim, o apoiaria e o apoiarei, pois eu gosto muito de esportes e atividades físicas e vejo que o profissional que trabalha com isso tem que ser valorizado.

Sim, é importante por que todos devem ter acesso a pratica de atividade e se o ensino médio normal é cobrado quanto à disciplina de ed. Física o profissionalizante da mesma forma tem q ser cobrado.

Opinião

7

53

anos

PUBLICA

A ter respeito com os colegas e trabalhar em equipe. 

Era muito pouco valorizada.

Era uma professora nos quatros anos de Educação Física e o corpo dela era muito bonito.

Da E. F. que era praticamente só jogos competitivos e que o professor era mais pro lado de treinador.

A E. F. não mais só como jogos competitivos, mas também como brincadeiras.

Estou apoiando, se é isso que a faz feliz que bom fico feliz por ela estar bem.

Sim. Por que as pessoas precisam de um exercício físico ai quem não faz se obriga a fazer pelo menos algumas vezes, podendo assim pegar o habito de fazer.

Opinião

8

46

anos

PRIVADA

Aprendi que o condicionamento físico é vital para o corpo e a mente e ainda que a mente não seja nada se o corpo não cooperar mente sana em corpo sano.

Tinha a mesma valorização das demais matérias.

Os professores que tive eram formados em E. F.

A imagem era ótima, como o de qualquer professor.

Muito boa.

Apoiaria sim. Pois é uma profissão muito digna e forma um excelente caráter.

Porque aprende que devemos combater o sedentarismo, além de manter o corpo em atividades, evitando doenças como stress, depressão e entre outras.

· Eu gostava muito das aulas de E. F. que na época, eram exercícios físicos, como alongamento, polichinelo, apoio, etc. e também aulas recreativas como futebol, vôlei, basquete, atletismo.

Opinião

9

56 anos

PUBLICA/PRIVADA

A E. F. era um momento de lazer, confraternização e alegria era um evento realmente esperado.

A E. F. era um momento de lazer, confraternização e alegria era um evento realmente esperado.

Tive bons professores, disciplinadores.

Uma atividade extraclasse de recreação.

Deturpada e desnecessária. Creio que nos últimos tempos, porém, vem ganhando alguma valorização com a inserção do Brasil nos eventos internacionais.

Dou a maior força.

Creio que é importante em todos os níveis para incentivar as pessoas a criar o hábito do exercício físico.

_______________

· Tive vários professores, nem todos eram interessados e motivadores. Creio que o sucesso da atividade vai depender da criatividade do professor.

Análise dos dados

    É possível constatar que a proposta Tradicional é a que esta com maior predominância nas entrevistas. Segundo Gonçalves (1994), a aula de Educação Física não é constituída de momentos de autênticas experiências de movimentos que expressam a totalidade do homem. O que se observa, na verdade são atividades que disciplinam o corpo, pois os movimentos são mecânicos, repetitivos, isolados, sem sentido para o aluno, dissociados de afetos e lembranças, presos a padrões e transmitidos por comando pelo professor. Esta autora refere-se que o tempo, o espaço e as ações são determinados pelo professor. Estas ações, geralmente, já são preparadas anteriormente com a participação exclusiva deste. Não se consideram as experiências dos alunos, nem suas preferências, e também não é permitida a participação nas decisões – enfim, o aluno é excluído. A autora conclui que dessa forma as atividades dadas levam o aluno à passividade e à submissão, além de desencorajar a criatividade.

    Neste estudo também é possível de se verificar alguns traços das outras propostas: como a desenvolvimentista, onde seu objeto é buscar fundamentação nos processos de crescimento, desenvolvimento e de aprendizagem motora.

    Alguns apontamentos referentes ao estudo:

1.     O que você aprendeu de importante na vida, que você pode dizer que foi nas aulas de Educação Física?

    Gênero Feminino:

  • Opinião 1: “Nas aulas de Educação Física, aprendi a me integrar mais com o meu grupo de colegas, a me relacionar com pessoas diferentes”.

  • Opinião 2: “O alongamento”.

  • Opinião 3: “A necessidade de se exercitar”.

  • Opinião 4: “A importância de manter o corpo em movimento e sempre saudável”

    Gênero Masculino:

  • Opinião 5: ”Incentivo a pratica de esportes, regras de jogos, jogos olímpicos, integração de todos para a pratica de jogos coletivos”.

  • Opinião 6: “Aprendi o quanto é importante a pratica de atividades físicas e esportivas para nossa saúde”.

  • Opinião 7: “A ter respeito com os colegas e trabalhar em equipe.”

  • Opinião 8: “Aprendi que o condicionamento físico é vital para o corpo e a mente e ainda que a mente não seja nada se o corpo não cooperar mente sana em corpo sano”.

  • Opinião 9: “A Educação Física era um momento de lazer, confraternização e alegria era um evento realmente esperado”.

2.     Como a Educação Física era valorizada em relação às demais disciplinas da escola?

    Gênero Feminino:

  • Opinião 1: “A disciplina, era igual às outras, pois eram testados nossos conhecimentos, para ver se estávamos aprendendo, e cobrando muito a questão de freqüência nas aulas”.

  • Opinião 2: “As outras disciplinas eram mais importantes”.

  • Opinião 3: “A menos visada; praticada somente para cumprir currículo”.

  • Opinião 4: “Era vista como qualquer uma das outras, não tendo desvalorização nenhuma”.

    Gênero Masculino:

  • Opinião 5: “A disciplina de Educação Física era mais valorizada, pois o aluno que não praticasse ou que faltasse às aulas corria o risco de reprovação. Com a realização até mesmo de provas para testar os conhecimentos.”

  • Opinião 6: “Era vista como as demais matérias. Era respeitada pelos outros professores e por todos os alunos”.

  • Opinião 7: “Era muito pouco valorizada”.

  • Opinião 8: “Tinha a mesma valorização das demais matérias”.

  • Opinião 9: “A Educação Física era um momento de lazer, confraternização e alegria era um evento realmente esperado”.

3.     Qual era o perfil do professor de Educação Física?

    Gênero Feminino:

  • Opinião 1: “O perfil do professor era o mesmo das outras matérias, ele era rígido em relação a horários, realização dos exercícios físicos e era intolerante em relação a muitas faltas”.

  • Opinião 2: “Era formado em Educação Física e também era magro”.

  • Opinião 3: “Pouco motivadores”.

  • Opinião 4: “Sempre de pessoas alegres e motivadas”.

    Gênero Masculino:

  • Opinião 5: “O professor tentava passar seu conhecimento de forma que chamasse atenção dos alunos sem ser enérgico a fim de fazer com que todos viessem a gostar das aulas”.

  • Opinião 6: “Ele tentava passar seus conhecimentos sem grandes técnicas para que todos pudessem participar das aulas e fazerem o que era pedido”.

  • Opinião 7: “Era uma professora nos quatros anos de Educação Física e o corpo dela era muito bonito”.

  • Opinião 8: “Os professores que tive eram formados em Educação Física”.

  • Opinião 9: “Tive bons professores, disciplinadores”.

4.     Qual a imagem que a sociedade tinha da Educação Física e do professor?

    Gênero Feminino:

  • Opinião 1: “De uma disciplina escolar de valor igual às demais”.

  • Opinião 2: “O professor era bem visto pela sociedade, mas não tinha tanto valor a esse cuidado de caminhar, academia ou fazer algum exercício físico”.

  • Opinião 3: “Era um tanto desvalorizado”.

  • Opinião 4: “Um educador”.

    Gênero Masculino:

  • Opinião 5: “A disciplina era encarada como qualquer outra, pois, tinha o risco de reprovação causo houvesse muitas faltas ou não se tivesse aprendido nada”.

  • Opinião 6: “O profissional responsável pela Educação Física escolar, era respeitada por todos, pois sua disciplina era tida como as outras e podia reprovar tanto por freqüência como também por falta de conhecimentos que eram testados”.

  • Opinião 7: “Da Educação Física que era praticamente só jogos competitivos e que o professor era mais pro lado de treinador”.

  • Opinião 8: “A imagem era ótima, como o de qualquer professor”.

  • Opinião 9: “Uma atividade extraclasse de recreação”.

5.     Como você vê essa imagem hoje?

    Gênero Feminino:

  • Opinião 1: “Muito mudada em relação aos tempos que eu freqüentava a escola, pois agora o aluno se importa cada vez menos com a disciplina e às vezes ainda a mesma é tida como perca de tempo por alguns”.

  • Opinião 2: “Mais informação e as pessoas estão com mais consciência que isso faz bem e que ajuda a prevenir doenças”.

  • Opinião 3: “Percebo uma grande diferença, pois hoje as pessoas já têm uma visão mais profunda do assunto e vêem a necessidade do exercício físico”.

  • Opinião 4: “Não tendo passado muito tempo penso ser a mesma, pelo menos em minha concepção”.

    Gênero Masculino:

  • Opinião 5: “Muito diferente de 30 anos atrás quando eu freqüentava as aulas. Por que classe de professor Educação Física não é valorizada e nem levada a sério”

  • Opinião 6: “Como toda classe de profissionais responsáveis pela Educação e Educação Física é vista como uma coisa sem importância sem retorno nenhum para os alunos”.

  • Opinião 7: “A Educação Física não mais só como jogos competitivos, mas também como brincadeiras”.

  • Opinião 8: “Muito boa”.

  • Opinião 9: “Deturpada e desnecessária. Creio que nos últimos tempos, porém, vem ganhando alguma valorização com a inserção do Brasil nos eventos internacionais.”

6.     Caso um filho seu quisesse fazer o curso de Educação Física, você o apoiaria? Por quê?

    Gênero Feminino:

  • Opinião 1: “Sim, meu filho é acadêmico de Educação. Física e é apoiado 100% pois é uma profissão digna e tem que ser mais respeitada”

  • Opinião 2: “Sim. Pois é uma profissão bem vista para fazer a prevenção da saúde das pessoas, então tem futuro.”

  • Opinião 3: “Sim. Creio que o que se faz com alegria se faz bem”

  • Opinião 4: “Aprovaria. Valorizo o profissional de Educação Física.”

    Gênero Masculino:

  • Opinião 5: “Eu opinaria por que é uma profissão como outra qualquer e tinha que ser mais levada a sério”.

  • Opinião 6: “Sim, o apoiaria e o apoiarei, pois eu gosto muito de esportes e atividades físicas e vejo que o profissional que trabalha com isso tem que ser valorizado”.

  • Opinião 7: “Estou apoiando, se é isso que a faz feliz, que bom fico feliz por ela estar bem”.

  • Opinião 8: “Apoiaria sim, pois é uma profissão muito digna, e forma um excelente caráter”.

  • Opinião 9: “Dou a maior força”.

7.     A disciplina de Educação Física em uma Escola de Ensino Médio Profissionalizante é importante? Por quê?

    Gênero Feminino:

  • Opinião 1: “Eu acho importante, pois, a pratica da Educação Física é saudável para nossas vidas e deve ser feita em todas as áreas e ambientes escolares”.

  • Opinião 2: “Sim, para ter uma maior noção de prevenção e assim cuidar mais de sua saúde”.

  • Opinião 3: “Vejo a importância da Educação Física em todos os ensinos e formações”.

  • Opinião 4: “Sim, principalmente se for voltada para as necessidades da área do aprendizado”.

    Gênero Masculino:

  • Opinião 5: “Sim a disciplina de Educação Física, eu acho que é importante em qualquer que seja o ambiente escolar, pois ocasiona integração entre os alunos”.

  • Opinião 6: “Sim, é importante por que todos devem ter acesso à prática de atividade e se o ensino médio normal é cobrado a disciplina de Educação Física, no profissionalizante, da mesma forma tem que ser cobrado”

  • Opinião 7: “Sim, por que as pessoas precisam de um exercício físico, aí quem não faz se obriga a fazer pelo menos algumas vezes, podendo assim pegar o hábito de fazer”.

  • Opinião 8: “Porque aprende que devemos combater o sedentarismo, além de manter o corpo em atividades, evitando doenças como stress, depressão e entre outras”.

  • Opinião 9: “Creio que é importante em todos os níveis para incentivar as pessoas a criar o hábito do exercício físico”.

Observações adicionais:

    Gênero Masculino:

  • Opinião 8: “Eu gostava muito das aulas de Educação Física, que na época eram exercícios físicos, como alongamento, polichinelo, apoio, etc. e também aulas recreativas como futebol, vôlei, basquete, atletismo”.

  • Opinião 9: “Tive vários professores, nem todos eram interessados e motivadores. Creio que o sucesso da atividade vai depender da criatividade do professor”.

    Faz-se importante destacar aqui que, quando se pergunta o que ficou para a vida, o gênero feminino traz à lembrança as atividades em grupo e a necessidade de se exercitar buscando alongar-se para manter o corpo saudável. Já o gênero masculino lembra-se do incentivo aos esportes, com suas regras, trabalhando em equipe, sabendo da necessidade de sempre ter um bom condicionamento físico.

    Quanto à questão da importância da Educação Física na escola pode-se notar certa discordância mesmo entre o próprio gênero, percebendo assim que, não se tem uma visão social e sim pessoal, buscando suas próprias preferências.

    Vemos diferentes tipos de professores na mesma época, uns motivados, outros nem tanto, alguns por vezes rígidos e disciplinadores, uns com uma formação adequada e outros sem a mesma.

    Percebe-se que o professor de Educação Física é visto, não só como um educador, que nesse entendimento é bem visto pela sociedade, mas também como um treinador, por ter, em um tempo mais distante, sido um tanto militarista.

    Voltamos a mais um ponto de discórdia, como o professor de Educação Física é visto hoje em dia.

    Alguns põem a Educação Física em um patamar mais elevado do que há algum tempo, dizendo que hoje se conhece mais a necessidade de um exercício periódico, dizendo também que, hoje, se tem mais conhecimento a respeito desse assunto em nosso país. Já outros veem a citada disciplina com menos valor por entenderem que a juventude atual é mais desmotivada do que as gerações passadas.

    É importante reconhecer e valorizar cada vez mais a Educação física tendo em vista a importância do movimentar-se, buscando o exercício físico constante em qualquer ambiente escolar ou não escolar, evitando doenças trazidas pelo sedentarismo e adquirindo hábitos saudáveis de vida.

    A proposta Tradicional esta presente nas entrevistas relatadas anteriormente. Já a Construtivista, tem na ação corporal o principal meio de aprendizagem. A Critico-superadora nos mostra que não é só a dominação do conteúdo, mas sim aprender a expressão corporal como linguagem. E, na última proposta a Critico-emancipatória ocorre à valorização da integração social, ou seja, do trabalho coletivo.

    As entrevistas se resumem nessas propostas, mesmo algumas sendo de épocas próximas têm características bem diferentes e, cada uma se encaixa numa das propostas ou, até em mais de uma.

    Não bastam somente as aulas de Educação Física com um saber sistemático, mas que proporcionem condições de sua transição e assimilação, dosando e sequenciando esse saber para que o aluno passe a dominá-lo. Segundo Saviani (1991) saber escolar é o saber dosado e sequenciado para efeito de sua transmição-assimilação no espaço escolar ao longo de determinado tempo.

    Nas aulas temos que levar em conta um contexto muito importante dos alunos, qual seja a relevância social, isto é, a bagagem social que cada aluno traz em si, devendo-se conseguir inserir esse aluno no contexto da aula, fazendo com que todos convivam em grupo. Ficam evidenciados nas entrevistas alguns relatos a cerca do que aprenderam e principalmente da importância do conviver melhor com os colegas durante as aulas de Educação Física.

Conclusão

    Em algumas entrevistas podemos observar que a Educação Física não está só na proposta Tradicional, mas sim em todas as demais propostas. A aula não pode e não deve ser uma receita pronta para todas as turmas, mas sim necessita ser elaborada a partir do embasamento pedagógico do professor que necessariamente precisa ter didática clara e objetiva quanto a sua aula.

    Entre as entrevistas, podemos também observar que alguns professores preocupam-se com a saúde, a ludicidade, o contexto social dos alunos. No nosso entendimento estas preocupações são muito importantes para compreender cada vez mais os alunos. A aula de Educação Física é o ambiente ideal onde os professores têm que conscientizar os alunos da importância da atividade física para a vida toda, como estratégia de estreitar os laços de amizade, conhecimento do corpo, e aquisição de hábitos saudáveis.

    Portanto, conclui-se que todas as entrevistas acrescentaram, no sentido de ampliar o conhecimento das aulas de Educação Física em diferentes épocas, mas temos que trabalhar não somente em cima da proposta Tradicional, mas sim mesclar todas as outras, buscando incentivar uma melhora na saúde corporal, ludicidade e também o contexto social de nossos alunos.

Referências bibliográficas

  • COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física (Coleção Magistério 2° grau. Serie formação do professor). São Paulo: Cortez, 1992.

  • GONÇALVES, Maria Augusta Salim. Sentir, Pensar, Agir – Corporeidade e Educação. Campinas – SP: Papirus, 1994.

  • LOURO, Guacira Lopes. O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte: Autêntica, 1999.

  • SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. São Paulo: Cortez: Autores Associados, 1991.

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