efdeportes.com

Efeitos do isostretching em hemiplégicos espásticos 

com seqüelas de acidente vascular cerebral

Efectos del isostretching en hemipléjicos espásticos con secuelas de accidente cerebrovascular

Effects of isostretching in hemiplegic spastic sequelae of stroke

 

*Bacharel em Fisioterapia e Educação Física

Mestranda em Educação Especial, Universidade Federal de São Carlos, UFSCar

**Bacharel em Fisioterapia

***Doutor em Educação Especial. UFSCar

Professor do Colegiado de Educação Física da Universidade

Estadual do Oeste do Paraná, UNIOESTE

Jalusa Andréia Storch*

Vanessa de Moraes**

Douglas Roberto Borella***

jalusa_s@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo aborda uma das doenças da área neurológica, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), que trata-se de uma afecção não progressiva descrita por alguns autores como resultante de um sofrimento ou morte de determinada área do cérebro, promovendo a diminuição ou perda das respectivas funções, devido a uma dificuldade em maior ou menor grau no fornecimento de sangue, levando a seqüelas de acordo com o local, a extensão e o tipo (isquêmico e hemorrágico) da lesão. Para realização da pesquisa foram selecionados 13 pacientes portadores de AVC, os quais foram submetidos a um tratamento com posturas de Isostretching, na cidade de Toledo – PR, onde através da Escala de Barthel foi possível verificar a evolução dos mesmos após três meses de terapia. Pelos resultados, pôde-se observar que as técnicas foram eficazes, apresentando principalmente melhora nas atividades que exijam maior equilíbrio.

          Unitermos: Acidente Vascular Cerebra. Hemiplegia. Isostretching.

 

Abstract

          This studies threats about Cerebral Vascular Accident (CVA), what is a non progressive affection described by some authors as a result of suffering or death of a determined cerebral area with decreasing or losening of its respective functions, due to a difficulty in higher or lower grade of the blood supply, caring to sequels according to the local, extension and kind of the damage (ischemic or hemorrhagic). For this research realization we selected 13 CVA patients, whose were submitted to a treatment with postures of Isostretching, in the Toledo - PR, where, through Barthel’s Scale it was possible to observe that the techniques were efficient, presenting mainly enhancement in the activities that need greater balance.

          Keywords: Cerebral Vascular Accident. Hemiplegia. Isostretching.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 160, Septiembre de 2011. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

1.     Introdução

    O acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como “derrame cerebral” pode repercutir em um conjunto de problemas físicos, psicológicos e sociais dentre seus portadores. A Organização Mundial da Saúde define o AVC como sendo “um sinal clínico de rápido desenvolvimento de perturbação focal da função cerebral, de suposta origem vascular e com mais de 24 horas de duração” (STOKES, 2000).

    A prevalência da doença é de aproximadamente 2:1000, apresentando-se como a terceira causa de morte entre os adultos, cuja incidência aumenta progressivamente com a idade, acometendo mais homens de raça negra (BOCCHI, 2004). A literatura aponta que a resultante final é de óbito nas primeiras três semanas em aproximadamente 30% dos casos, recuperação plena em 30% dos casos e incapacidade residual em 40% (HEWER, 1999).

    Trata-se de uma doença neurológica que ocorre devido à restrição de aporte sanguíneo (AVC isquêmico) ou hemorragia (AVC hemorrágico) no tecido cerebral (STOKES 2000; SACCO, 2000), normalmente repercutindo em seqüelas de ordem física, de comunicação, funcionais e emocionais (FALCÃO, 2004; BEAR, 2002). Os fatores de risco atrelados a doença são: idade, gênero, sedentarismo, hábitos de fumar, dieta rica em sal, uso freqüente de pílula anticoncepcional e doenças como a hipertensão, diabetes mellitus, cardiopatias isquêmicas e aterosclerose (TEIVE,1998; ZÉTOLA, 2001).

    Os sinais e sintomas característicos do AVC dependem da localização e do tamanho da lesão (BEAR, 2002), entretanto, a hemiplegia é a conseqüência física mais comum e, em certos casos recuperável, sendo traduzida como “paralisia completa dos membros superiores e inferiores do mesmo lado do corpo” (STOKES, 2000), normalmente acompanhada pela hipertonia espástica, caracterizada pela “resistência ao estiramento passivo de um músculo, com reflexos tendíneos exagerados” (TEIVE, 1998; BOCCHI, 2004).

    No indivíduo com AVC, a hipertonia espástica pode desencadear alterações posturais e encurtamentos musculares significativos. Para tanto, torna-se relevante considerar a necessidade de realização de condutas de atividades físicas que permitam maximizar a capacidade funcional comprometida do portador, a fim de evitar complicações secundárias, tais como os distúrbios de movimento e as alterações posturais.

    Neste sentido, verifica-se que um dos métodos propostos para corrigir as alterações físicas decorrentes do AVC baseia-se na técnica do Isostretching, o qual utiliza-se do alongamento global e o fortalecimento muscular profundo e superficial, a fim de harmonizar as tensões e evitar compensações posturais e de movimento (REDONDO, 2001).

    O Isostretching é considerado uma ginástica, cuja finalidade baseia-se no treinamento físico que age por meio do reforço da musculatura profunda, favorecendo a flexibilidade muscular, a mobilidade articular, o controle respiratório e a concentração mental do participante (REDONDO, 2001).

    A finalidade do método lsostretching baseia-se no desenvolvimento de forças proprioceptivas da coluna por meio da contração muscular estática, onde trabalha-se a caixa torácica por intermédio da expiração forçada e, por conseqüência a inspiração, associando-a com contrações dos músculos abdominais e glúteos, permitindo conseqüentemente um melhor equilíbrio das cinturas escapular e pélvica, em relação a coluna vertebral movimento (REDONDO, 2001).

    No caso de pessoas com seqüelas de AVC, o método lsostretching intervêm na hipertonia espástica, onde os exercícios propostos empregam posturas de estiramentos globais e suaves que buscam devolver a harmonia e a funcionalidade ao corpo, visando facilitar o movimento, auxiliar na correção postural e no desenvolvimento na tomada de consciência das posições corretas da coluna e da capacidade respiratória (SOUCHARD, 1998; REDONDO, 2001).

    A vantagem do método é que pode ser trabalhado em pequenos grupos, onde recomenda-se sessões de 50 minutos em média com freqüência de duas vezes por semana.

    Diante dos benefícios supramencionados que o método proporciona aos seus praticantes, o presente teve como intuito avaliar a eficácia do método Isostretching em indivíduos com hemiplegia resultante do AVC. Como objetivo específico buscou-se averiguar a independência para realização de atividades de vida diária dos praticantes antes, durante e após a aplicação do método.

2.     Métodos

    O estudo tratou-se de uma pesquisa descritiva e exploratória, ancorada em Marconi e Lakatos (2007), cujo intuito foi de reconhecer os efeitos do método Isostretching nos participantes.

    Por sua vez, a amostra compreendeu a participação de 13 indivíduos, de ambos os gêneros, com idade superior a 50 anos, os quais estavam munidos do diagnóstico clínico de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e diagnóstico disfuncional de hemiplegia incompleta espástica leve. Os mesmos estavam em tratamento em uma clínica de fisioterapia localizada na cidade de Toledo-Pr.

    Como critérios de inclusão, foram selecionados indivíduos que realizassem apenas a conduta de Isostreching proposta pelo estudo durante um prazo previamente determinado e que apresentassem continência do esfíncter anal, além de condições clínicas e físicas apropriadas para a realização de posturas do Isostretching.

    Em relação ao instrumento para coleta dos dados, utilizou-se da avaliação funcional do Índice de Barthel (ANDRÉ, 1999), que compreende uma escala embasada em questionamentos de atividades realizadas na vida diária, especialmente elaborada para pessoas que sofreram o infortúnio de uma doença neurológica, tal como o AVC.

    Como procedimento para coleta dos dados, o estudo foi inicialmente apresentado aos participantes, os quais foram orientados em relação à conduta embasada no método Isostretching, por meio do termo de consentimento livre e esclarecido. O estudo compreendeu a duração de três meses, onde no primeiro mês foi realizada a primeira avaliação (pré-teste) por meio do Índice de Barthel, sendo posteriormente aplicadas as posturas. Após 30 dias o Índice de Barthel foi reaplicado, visando averiguar as respostas dos participantes com o método. Por fim, ao final do terceiro mês, os participantes foram novamente avaliados (pós-teste) visando levantar os dados finais do estudo.

    Convém ressaltar que as sessões de Isostretching foram compostas por quatro posturas previamente definida pelos pesquisadores, as quais foram aplicadas com duração três séries de três respirações cada e com intervalos de repouso de acordo com as necessidades de cada participante. A freqüência de aplicação das atividades foi estabelecida por duas vezes semanais.

3.     Resultados

    Foram realizadas avaliações utilizando o Índice de Barthel em 13 pacientes, os quais prosseguiram até o final do estudo. Com relação ao gênero, participaram do estudo sete (07) homens e seis (06) mulheres, sendo que os pacientes do gênero feminino apresentaram média de idade superior aos participantes do gênero masculino, respectivamente, 61 anos e 56,71 anos.

    Dentre a amostra, o hemisfério cerebral mais acometido foi o esquerdo, totalizando nove (09) pacientes, cujo tempo de acometimento variou entre seis (06) a 39 meses, com média de 22,92 meses.

    De acordo com os resultados, o Índice de Barthel apontou que nem todos os itens de atividade de vida diária repercutiram em resultados satisfatórios com a aplicação do método Isostretching, sendo que o item de maior evolução foi o de uso do banheiro e o de menor evolução foi a alimentação. Neste sentido, o Quadro 01 demonstra os resultados obtidos ao longo da primeira (pré-teste), segunda e terceira avaliação (pós-teste) dos participantes durante três meses de aplicação do método Isostretching:

Quadro 01. Critério de avaliação das atividades de vida diária (AVDs) expresso pela porcentagem das pontuações, segundo Índice de Barthel (ANDRÉ, 1999)

    Por meio do Quadro 01, constatou-se que os participantes do gênero sexo feminino obtiveram uma média percentual de melhora de 13%, enquanto no gênero masculino, esta média foi de 10%. Em relação à idade, foram utilizados dois grupos, sendo o primeiro composto por indivíduos de 50 a 58 anos, os quais demonstraram uma evolução de 12%, o segundo grupo compôs-se de pacientes de 59 a 66 anos, com 11% de evolução.

4.     Discussão

    A incidência de Acidente Vascular Cerebral nos homens é discretamente superior do que nas mulheres, sendo esta desproporção entre os sexos invertida nas faixas mais idosas da população (ANDRÉ, 1999). Como demonstraram os resultados deste estudo, houve maior incidência no sexo masculino, enquanto as mulheres acometidas apresentaram idade mais avançada.

    A literatura aponta que a maioria dos casos de AVC ocorrem em pessoas acima de 65 anos, sendo raro antes da 4ª década de vida (SACCO, 2000). Entretanto, no presente estudo, a média de idade dos participantes acometidos foi 58,69 anos.

    Segundo uma pesquisa realizada por Rubint e Zorrati (2004), de 67 indivíduos que sofreram AVC, 55.22% destes apresentaram lesão no hemisfério cerebral esquerdo e 35.32% no direito. Tais dados também compactuam com os resultados deste estudo, onde revelou-se maior acometimento no hemisfério cerebral esquerdo dos participantes (n=09).

    Dentre as condições físicas de portadores de AVC, verifica-se que as habilidades de mobilidade funcional são comprometidas após o quadro de AVC, cujos indivíduos não são capazes de gerar a tensão e a força necessária para iniciar e controlar o movimento e a postura de modo satisfatório, traduzindo-se em comprometimento no equilíbrio, que varia consideravelmente de uma pessoa para outra (O’SULLIVAN e SCHMITZ, 2004). Assim sendo, no presente estudo, estas debilidades foram devidamente avaliadas através do Índice de Barthel, onde, de acordo com a Quadro 01, observou-se na primeira avaliação maior incapacidade dos participantes pacientes em tomar banho, subir e descer escadas e cuidados pessoais.

    Sabendo-se que as fibras musculares esqueléticas apresentam plasticidade (MARQUES, 2004), as posturas do Isostretching foram eleitas como forma de tratamento, uma vez que atuam de maneira tênue e gradual agindo sobre o tecido conjuntivo, força e tônus muscular, melhorando assim a capacidade para a realização das atividades funcionais. Desta maneira, a normalização do tônus espástico ocorre pela inibição do padrão postural anormal, oferecendo condições para o aprendizado de posições mais próximas do normal (PITA, 2000). O alongamento e o fortalecimento dos músculos promovido pelo Isostretching, certamente melhoram a capacidade de sustentação de peso, e também proporcionam aumento do controle postural e de equilíbrio (SOUCHARD, 1998; PITA, 2000). Contudo, nos resultados obtidos por meio da terceira avaliação (pós-teste) com utilização das posturas, foi observado melhora no quadro funcional, primeiramente no uso do banheiro (26,92%) seguida de banho (23,26%), subir e descer escadas (23,08%), transferências (17,95%) e, com menor evolução para vestir-se (7,69%), cuidados pessoais (7,56%), caminhar em terreno plano (5,07%) e nenhuma evolução para a alimentação.

    Embora não tenha sido encontrada uma explicação científica no acervo bibliográfico pesquisado, supõe-se que a mulher é mais atenta e possui maior facilidade para reconhecer seus problemas de saúde e em procurar os serviços para tratamento, o que estaria atrelado à responsabilidade pela conservação da vida, condizendo com os resultados do presente estudo, onde verificou-se maior evolução nos pacientes de sexo feminino.

    Acredita-se que quanto mais idoso for o individuo com seqüela de AVAC, menor a probabilidade de recuperação devido a menor disponibilidade dos mecanismos de reorganização neuronal (LEVY e OLIVEIRA, 2003), sendo assim também observado neste estudo, maior evolução no quadro físico dos participantes de menor idade.

5.     Considerações finais 

    O presente estudo buscou trazer uma breve fundamentação teórica acerca da etiologia e conseqüências neurológicas presentes em indivíduos acometidos por Acidente Vascular Cerebral (AVC), além de apresentar, com base na literatura científica, os benefícios físicos e motores proporcionados pela utilização de posturas do Isostretching como alternativa de tratamento.

    Com o objetivo de comprovar a eficiência da aplicação do método Isostreching, os participantes hemiplégicos espásticos com seqüela de AVC foram atendidos por meio de quatro posturas de Isostretching e avaliados por meio do Índice de Barthel, a fim de averiguar as aquisições nas atividades de vida diária.

    Diante dos resultados apresentados, foi possível verificar que após o emprego das posturas do Isostretching, os indivíduos participantes da amostra do estudo exibiram melhora para as atividades de vida diária, principalmente nas que dependem de maior equilíbrio, tais como o uso do banheiro (26,92%), banho (23,26%), subir e descer escadas (23,08%) e transferências (17,95%). Sendo assim, averigou-se a efetividade da técnica na mobilidade física de pessoas hemiplégicas decorrentes da seqüela de AVC.

Referências

  • ANDRÉ, C. Manual de AVC. Rio de Janeiro: Revinter, 1999. 150p.

  • BEAR, M.F. et al. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. 2ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2002. p. 19, 20.

  • BOCCHI, S.C.M. Vivenciando a sobrecarga ao vir-a-ser um cuidador familiar de pessoa com acidente vascular cerebral (AVC): análise do conhecimento. Rev. Latino-Am. Enfermagem, 12(1): 115-121, 2004.

  • FALCÃO, I.V. et al. Acidente vascular cerebral precoce: implicações para adultos em idade produtiva atendidos pelo sistema único de saúde. Rev. Bras. Saúde Mater Infant., 4(1): 56-63, 2004.

  • HEWER, L. R. The epidemiology of disabling neurological disorders. Neurological rehabilitation. London: Churchill Livingstone: 1999: 3-12.

  • LEVY, J.A.; OLIVEIRA, A.S.B. Reabilitação em doenças neurológicas: guia terapêutico prático. São Paulo: Atheneu, 2003. p. 65-66. 

  • MARCONI, L.A.; LAKATOS, E.M. Fundamentos de metodologia científica. 6ª ed. Atlas, São Paulo, 2007.

  • MARQUES, A.P. Reeducaçäo postural global: um programa de ensino para a formação do fisioterapeuta. Säo Paulo: Manole, 1994. 96p.

  • MARQUES, A.P. Cadeias musculares: um programa para ensinar a avaliação fisioterapêutica global. São Paulo: Manole, 2000. 04p.

  • O’SULLIVAN, S.B.; SCHMITZ, T.J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 4ªed. São Paulo: Manole, 2004. p. 532-533.

  • PITA, M.C. Cifose torácica tratada com reeducação postural global. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, 4(2): 159-160, 2000.

  • REDONDO, B. Isostretching: a ginástica da coluna. Rio de Janeiro: Skin Direct Store, 2001. p. 9-12.

  • RUBINT, R.S.; ZORRATI, S.R.R. Perfil epidemiológico de pacientes vitimas de acidente vascular encefálico atendidos em hospital secundário. Fisio Brasil, (64): 7-10, 2004

  • SACCO, R.L. Patogênese, classificação e epidemiologia das doenças vasculares cerebrais. In: ROWLAND, L.P. Merrit tratado de neurologia. 10ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. p. 186-194.

  • SOUCHARD, P.E. Reeducação postural global: método de campo fechado. 3ª ed. São Paulo: Ícone, 1998. p. 9-53.

  • STOKES, M. Neurologia para fisioterapeutas. São Paulo: Editorial Premier, 2000. p. 75-85.

  • TEIVE, A.G., et al. Tratamento da espasticidade: uma atualização. Arq. Neuro-Psiquiatr., 56(4): 42-49, 1998. 

  • ZÉTOLA, V.H.F. et al. Acidente vascular cerebral em pacientes jovens. Arq. Neuro-Psiquiatr., 59(3-B): 740-745, 2001.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 16 · N° 160 | Buenos Aires, Septiembre de 2011
© 1997-2011 Derechos reservados