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A ginástica no município de Maringá, PR. Notas históricas

La gimnasia en el municipio de Maringá, PR. Notas históricas

 

*Mestre em Educação Física pelo Programa

de Pós Graduação Associado UEM/UEL

**Mestranda do programa de pós-graduação

associado em Educação Física/UEM/UEL

***Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas

Professor/membro do Programa de Pós Graduação Associado UEM/UEL

****Doutora em Educação pela Universidade Estadual de Campinas

Professor/membro do Programa de Pós Graduação Associado UEM/UEL

Profª. Ana Luíza Barbosa Anversa*

Profª. Lorena Nabanete dos Reis*

Profª Beatriz Ruffo Lopes**

Profª Larissa Michelle Lara***

Profª. Ieda Parra Barbosa Rinaldi****

ana.beah@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Essa pesquisa teve por objetivo reconstruir atos da história da ginástica em Maringá, tomando por foco o registro de imagens e discursos de atores sociais que participaram desse processo. Foram utilizados arquivos imagéticos e documentais que permitiram utilizar a História Oral como método para obtenção de dados, bem como realizadas entrevistas com cinco professoras que tiveram atuação relevante na consolidação da ginástica em Maringá, contribuindo para sua divulgação em diversos campos de atuação. Constatou-se que, em função das políticas públicas adotadas nas diferentes décadas, predominou no espaço comunitário o caráter competitivo da ginástica e do fitness. Já no espaço escolar, inicialmente, a ginástica foi inserida nos moldes esportivos, mas hoje podem ser identificadas ações sócio-educativas, possibilitando que outros campos do conhecimento gímnico se façam presentes na educação física escolar.

          Unitermos: Ginástica. História. Documentos.

 

Abstract

          This research aimed to reconstruct the history of gymnastics in Maringá, by focusing the recording of images and discourse of social actors that were part of history. It was used image files and documents that allow us to use oral history as a method for obtaining data, as well as interviews carried out with five actors who have had relevant activities in the consolidation of gymnastics in Maringá and that contributed to its dissemination in various fields of activity. It was found that, depending on the policies adopted in different decades, the predominant character in the community's competitive gymnastics and fitness. At school, initially the sportive gymnastics way was fixed, but today we can find actions to expand such assistance to other fields of knowledge of gymnastics.

          Keywords: Gymnastics. History. Documents.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 16 - Nº 156 - Mayo de 2011. http://www.efdeportes.com/

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História da Ginástica: memórias de um lugar

    Pesquisar as memórias da ginástica em Maringá é reconstruir atos da história, resgatando momentos que subsidiam a compreensão do atual. Neste sentido, a educação física, tem o compromisso de trazer uma abordagem ampliada, trabalhando com dimensões históricas em suas práticas corporais institucionalizadas (esporte, lutas, dança, ginástica, jogos e brincadeiras), possibilitando que estas possam vir a servir como objeto auxiliador na ampliação do olhar sobre o contexto social. De acordo com Melo (2008, p.3):

    A História do Esporte nas últimas décadas emerge enquanto um novo campo profissional de investigação histórica, se não somente conduzido por “historiadores de formação”, certamente por pesquisadores que, independente de sua filiação acadêmica original, procuram fazer uso das discussões metodológicas do campo da História.

    Ao realizar incursões por investigações históricas sobre a ginástica, percebemos que esta se manifesta de formas diversas conforme o contexto social e suas épocas. Estudos como os de Castelani Filho (1994); Soares (1994); Soares (1998); Barbosa-Rinaldi (2004), que apontam as transformações que ocorreram a partir do século XIX na Europa, nos incentivam a explorar a história da ginástica, sobretudo no contexto em que estamos inseridos, em busca da compreensão da realidade local presente.

    Ressaltamos que, os acontecimentos ocorridos no município de Maringá acompanham o desenvolvimento da sociedade em geral, assemelhando-se e refletindo o cenário mundial em seus diferentes momentos históricos, apresentando-se como um panorama sociocultural em constante transformação, partindo das políticas públicas, culturais e costumes populares ou, até mesmo, dos interesses dos atores sociais que participaram da construção dessa história. Sendo assim, o delineamento da ginástica em Maringá ocorreu motivado por mudanças sociais, econômicas e culturais implantadas a partir do apoio de políticas públicas fundamentadas em projetos governamentais que, por meio de unidades pólos, disseminavam várias práticas esportivas no município e na região, tendo fins educacionais e, principalmente, competitivos.

    Diante disso, constata-se que o cenário maringaense seguiu o modelo nacional, no qual em meados de 1970, a instituição esporte predominou no espaço escolar, apoiada nas idéias do movimento esporte para todos (EPT). Segundo Bracht (1989), isso aconteceu nacionalmente devido ao fato da escola ser vista como base da pirâmide esportiva, na qual o talento desportivo pode vir a ser descoberto.

    Ainda sobre o tema, Soares et al. (1992, p. 77) salientam que “até hoje, nos programas brasileiros, se evidencia a influência da calistenia e do esportivismo, ginástica artística ou olímpica, o que pode explicar o fato da ginástica ser cada vez menos praticada nas escolas”, devido às escolas brasileiras estarem desestruturadas fisicamente, faltando programas, projetos, espaços e equipamentos que estimulem a prática corporal. Por outro lado, quando se encontra uma boa estrutura, o que se sobressai é a ginástica esportiva e elitizada, caracterizada por um processo histórico ideológico de seleção, em que o sexismo encontra-se presente nas provas gerando a falta de legitimação da ginástica no sistema escolar.

    Barbosa-Rinaldi e Souza (2003) confirmam que essa manifestação da cultura corporal encontra-se quase ausente das escolas brasileiras e acrescentam que, quando se faz presente, parece estar desvinculada de propostas pedagógicas comprometidas com a formação humana de um aluno crítico e participativo da sociedade.

    Temos clareza da necessidade da presença do conhecimento gímnico no espaço escolar e comunitário, embasados em nossa experiência docente e investigativa, bem como em Soares (1995, p.135) ao afirmar que nos registros sobre a ginástica “encontra-se um olhar filosófico, artístico e literário que, somado aos avanços das ciências consolidadas com o empirismo, empresta um teor poético e estético a este tema da cultura corporal”. Luckesi (1995) confirma isso ao acrescentar que todos os conteúdos relacionados à cultura corporal estão ligados de forma indissociável à significação humana e social.

    O que também justifica a ginástica como saber instituído nos programas de educação física é a afirmação encontrada em Soares et al. (1992, p. 77) de que essa manifestação “se faz legítima na medida em que permite ao aluno a interpretação subjetiva das atividades ginásticas, através de um espaço amplo de liberdade para vivenciar as próprias ações corporais”.

    Sendo assim, defendemos que esse é um saber que tem a sua importância social e histórica e, portanto, deve ser trabalhado em todos os campos de atuação nos quais seja solicitado, inclusive nas escolas, de forma que os alunos possam entendê-lo e refleti-lo, e não simplesmente ser absorvido de acordo com as regras da sociedade de consumo. Essas questões nos impulsionaram a desenvolver esse estudo, visando subsidiar ações interventoras relacionadas às problemáticas que cercam a ginástica como conhecimento da educação física nos mais diversos campos de atuação, sobretudo no escolar.

    Visando entender o processo pelo qual a ginástica passou ao se estabelecer no município de Maringá, o presente estudo tem como objetivo reconstruir a história da ginástica da cidade em questão, tomando por foco o registro de imagens e o discurso de atores sociais que participaram desse processo. Esperamos compreender como a ginástica surgiu no município e o que a influenciou para que se encontre no contexto escolar e comunitário nos moldes atuais.

    Procurando atender a esses objetivos, o presente texto foi estruturado em três partes. Inicialmente, apresentamos a trajetória selecionada para a coleta de dados. Em um segundo momento, discorremos sobre a história da ginástica em Maringá a partir dos dados coletados. Por fim, trazemos algumas considerações necessárias à conclusão das idéias apresentadas.

    Espera-se que essa pesquisa venha somar aos referenciais teóricos acerca do assunto, contribuindo para que a memória da ginástica em Maringá seja resgatada, para que os profissionais da área sejam valorizados e seus esforços reconhecidos. Esse resgate é necessário para projetarmos a história que gostaríamos de contar no futuro, e, principalmente, disponibilizar uma pesquisa, que por meio de seus relatos, contribua para que os profissionais de educação física se identifiquem com a área da ginástica e busquem meios de intervenção gímnica no contexto escolar e comunitário.

Trajetória metodológica

    Buscando subsidiar e entender os processos que levaram a ginástica à realidade atual em Maringá, adotamos como método a História Oral, levando em consideração que este com base em Haguette (1987), permite por meio da gravação de fontes pessoais, preencher lacunas deixadas pelos documentos escritos, dando a possibilidade de ir além de registros, a partir do diálogo entre memórias em seus diferentes aspectos, sem desconsiderar os aportes apresentados na história documental. Moss (1974 apud HAGUETTE,1978), ressalta que a memória não é simplesmente um reservatório passivo de dados, mas sim relações e conteúdos interligados ao presente, estando em alterações constantes, reformulando as experiências e opiniões.

    Ainda sobre a metodologia adotada, Thompson (1992, p.20), destaca que esta pode ser utilizada para

    [...] alterar o enfoque da própria história e revelar novos campos de investigação; pode derrubar barreiras que existam entre professores e alunos, entre gerações, entre instituições educacionais e o mundo exterior; [...] pode devolver às pessoas que fizeram e vivenciaram a história um lugar fundamental, mediante suas próprias palavras.

    Somado a isso, Alberti (1990) afirma que a partir do depoimento oral é possível ampliar o conhecimento sobre as conjunturas do passado embasado em um estudo aprofundado de experiências e versões particulares. Busca-se compreender a sociedade a partir de depoimento de indivíduos que nela viveram, estabelecendo relações entre o geral e o particular por meio da comparação de diferentes testemunhos.

    Assim, para reconstruir a história da ginástica em Maringá nos seus diferentes atos, foram selecionados, cinco profissionais envolvidos com a ginástica em Maringá, entre professoras da modalidade e ex-atletas, de acordo com o período e contexto de sua vivência e sua contribuição para a difusão dos diversos aspectos gímnicos em seus campos de atuação.

    A coleta dos dados se deu a partir de entrevista semi-estruturada, norteada por temas relacionados à experiência pessoal e profissional, dos atores sociais selecionados, com a modalidade. O roteiro foi estruturado com base nos objetivos da pesquisa e buscando de acordo com Triviños (1987), permitir ao informante seguir espontaneamente sua linha de pensamento e de suas experiências, trilhando um caminho principal colocado pelo investigador. Ressalta-se que também foram utilizadas outras fontes, como arquivos imagéticos e documentais que, em conjunto com a História Oral, contribuíram com a fidedignidade do estudo, tornando possível resgatar a memória da ginástica no município.

    Na entrevista, obtivemos os relatos dos atores sociais que contribuíram para o trabalho com a ginástica na cidade, visto que as mesmas permitiram que se estabelecesse uma interação dinâmica entre passado e presente. A documentação imagética possibilitou encontrar inter-relações com outras fontes para salientar o que não foi apontado nas falas dos entrevistados, ou mesmo fortalecê-las.

    Ressalta-se por fim que todos os participantes foram informados sobre a divulgação e publicação das informações e imagens coletadas no estudo, que foi aprovado pelo Comitê Permanente de Ética em pesquisa-COPEP (processo nº 0230.0.093.000-07, parecer nº 342/2007), garantindo seu desenvolvimento. Consideramos que saber como a ginástica se manifesta em nossa cidade é também conhecer nossa cultura e a produção de conhecimento a partir das necessidades humanas. Sendo assim, apresentamos parte da história da ginástica em Maringá, reconstruída por meio de cinco atores sociais.

Relatos e retratos da ginástica em Maringá

    Relatar os fatos históricos da ginástica em Maringá, relacionando-os com o referencial teórico existente em busca da compreensão da realidade atual é uma forma de contribuir com a nossa área de atuação, valorizando cada momento e cada personagem dessa história, sobretudo pelos discursos dos próprios atores.

    Ao reconstruirmos os atos que a constituem, por meio das informações colhidas ao longo da pesquisa, articulando entrevistas, fotos e referenciais teóricos, foi possível compreender as dimensões da ginástica ao longo de quase quatro décadas. Essas informações, coletadas com os sujeitos da pesquisa, abrangem além de suas memórias, imagens de seus acervos pessoais para resgatar e confirmar momentos, bem como para ilustrar os acontecimentos vividos. Isso nos possibilitou chegar às implicações dessas mudanças no contexto da ginástica em Maringá nos ambientes escolar e comunitário.

    De acordo com as falas dos entrevistados, constatou-se que a história da ginástica em Maringá começa a se consolidar a partir de 1973 por influência do Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá (UEM), já que, antes dessa data, as escolas, inclusive as tradicionalmente femininas, como o caso do Colégio Santa Cruz, trabalhavam apenas esporte, ritmo e dança voltada para a fanfarra. Isso se confirma na fala de V.F.D. (2007):

    Estudei no Colégio Santa Cruz na década de 1960 e início da de 1970. Lá tínhamos que pular corda, tínhamos dança espanhola, coral, bordado... Era feito para meninas mesmo. Não havia meninos... Mas apesar de ser um colégio feminino não havia ginástica, nem como aquecimento, eram apenas esportes e atividades rítmicas voltadas para as fanfarras.

    Apenas a prática de esportes nas escolas, não era caso particular. Maia (2006) apresenta que neste período, década de 1960, o Estado, intensificou suas ações voltadas para a universalização do esporte, garantindo a prática esportiva um viés sócio-educativo. Em soma, Linhales (1996) coloca que o esporte entre os anos de 1945 e 1964 veio como forma de modernização e urbanização brasileira, produzindo de forma implícita a expansão do caráter hierárquico.

    Buscando intervir nesta realidade, a ausência da ginástica nas escolas maringaenses, Sarah Machado Genari desenvolveu seu trabalho docente no Departamento de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá (DEF/UEM), a partir do ano de 1973 até 1979, buscando por meio de sua disciplina Ginástica Feminina, trabalhar questões técnicas da ginástica, os movimentos corporais, ritmo, além da ginástica localizada, a fim de subsidiar futuras intervenções escolares. Sobre o trabalho que fora desenvolvido na UEM, V.F.D. (2007) cita:

    Lembro-me que o meu primeiro contato com a ginástica, foi quando entrei na universidade. Tinha a Mirtes e depois a Heloisa com seu piano, e principalmente, a Sarah, que iniciou uma prática mais sistematizada, unindo o ritmo do piano com a expressão corpora, apresentando possibilidades de se trabalhar na escola.

    Somado a isso, G.S.N. (2007), outra acadêmica dessa década, argumenta que:

    A primeira semente de ginástica em Maringá foi plantada na UEM com a professora Sarah Machado Genari, que era responsável pela disciplina de Ginástica Feminina na época. Essa professora montou uma equipe com acadêmicas e com esse grupo ela pôde lançar uma semente. Com isso Maringá passou a conhecer a ginástica, especialmente a ginástica rítmica e alguns conhecimentos foram levados para a escola.

    Voltando para os objetivos da disciplina Ginástica Feminina, S.M.G. (2007), salienta que:

    No planejamento da disciplina, nós trabalhávamos com os métodos ginásticos. Durante os três anos, tínhamos a ginástica feminina e masculina, mas eu e o outro professor trabalhávamos juntos. O objetivo era fazer os alunos montarem planos de aula e os aplicavam em escolas.

    Sendo assim, as experiências de ensino nas escolas faziam parte dos critérios de avaliação da disciplina, mas a ginástica, dentro do currículo escolar, ainda não era encontrada. Os professores que trabalhavam efetivamente nas escolas não ministravam esse conteúdo; no máximo, a utilizavam em alongamentos pré-prática esportiva ou em período contra turno. Sobre o assunto Bracht (1992) assinala que a educação física escolar acabou lançando mão de seu amplo leque de objetivos, restringindo-se a aprendizagem do esporte, ficando a ginástica e a corrida, por exemplo, como simples aquecimento.

    De acordo com Oliveira (2007), uma das circunstâncias que pode ter instigado a este quadro, é o fato que muitos professores não conhecem perspectivas de trabalho fora do contexto competitivo, restringindo suas práticas interventivas e por conseqüência, contribuindo com a manutenção da elitização e ausência na escola.

    Voltando-se para os eventos ginásticos promovidos pelos acadêmicos como critério de avaliação da disciplina Ginástica Feminina, S.M.G. (2007) ressalta que:

    Os acadêmicos ensaiavam coreografias, juntavam os colégios e levavam no Estádio Willie Davis. Enchiam aquele campo de futebol, e faziam movimentos de ginástica, como os balanceados e também o método sueco de ginástica. Isso era um trabalho com a ginástica feito nos colégios, não como uma prática comum, mas o início de um trabalho com ginástica nas escolas.

    A figura abaixo ilustra o trabalho desenvolvido pelos acadêmicos durante uma das avaliações. Nessas, aconteciam apresentações ao público, de toda a comunidade, nos ginásios e estádio da cidade.

Figura 01. Festival de Ginástica no Estádio Willie Davis (Década de 1970)

Fonte: Arquivo pessoal cedido pela professora G.S.N.

    Esse trabalho desenvolvido como avaliação acadêmica aproxima-se da ginástica de grande área, que, de acordo com Bueno (2004), pode ser definida como ginástica de demonstração enquadrada dentro do contexto da ginástica geral, “praticada em espaços amplos (tais como campos de futebol) comum elevado número de participantes, sendo uma manifestação da cultura corporal”.

    Relatando essa experiência, podemos trazer os apontamentos de G.S.N. (2007), considerando os trabalhos com a ginástica comunitária como de extrema importância para a formação profissional no aspecto pedagógico, afirmando que as alunas, além das apresentações, vivenciavam a atuação profissional real, e aproximavam a teoria da prática.

    Como acadêmica da disciplina de ginástica feminina ministrada pela professora Sarah, fiz um trabalho de estágio em escolas públicas. Cada uma das acadêmicas foi para uma escola pública ou privada do município ou do estado e lá fez um trabalho de iniciação à ginástica envolvendo as escolas. Essas escolas, pelo que me lembro hoje, seriam: Colégio Estadual Doutor Gastão Vidigal, Colégio Santa Cruz, Colégio Estadual Papa João XXIII, Escola Estadual Rodrigues Alves, Colégio Estadual Vital Brasil e alguns outros colégios particulares.

    Foi nesse contexto que se iniciou o trabalho com a ginástica no espaço escolar, a partir dos trabalhos das acadêmicas que se formaram, e ao se inserirem dentro do sistema de ensino das escolas maringaenses passaram a ampliar os conhecimentos adquiridos durante a formação acadêmica são G.S.N. (2007) traz o exemplo de seu trabalho no Colégio Doutor Gastão Vidigal (final da década de 1970), relatando que:

    No Colégio Doutor Gastão Vidigal tínhamos todos os esportes. O aluno fazia escolha por uma só modalidade. Você passava uma ficha na sala de aula, oferecia algumas modalidades e os alunos escolhiam entre vôlei, basquete e ginástica, dentre outros. Aí, dentro dessa opção, formava-se a turma de educação física e o professor dava aula no contra turno. Era no horário contrário à aula, no mesmo turno não tinha educação física. Quem estudava de manhã fazia aula à tarde, por isso que os alunos tinham que escolher uma modalidade.

    Somado ao trabalho desenvolvido pela Professora Sara, na UEM, iniciou-se novo momento para a ginástica nas escolas. O Governo do Estado do Paraná, em conjunto com a Prefeitura Municipal de Maringá, implantou o projeto “Polarização do Esporte” (Final da década de 1970, começo de 1980), que oferecia modalidades esportivas aos alunos em contra turno para que buscassem uma prática que mais se assimilasse ao seu gosto, unindo alunos das mais variadas séries escolares para o trabalho de iniciação esportiva. Com este programa público, a educação física, perdeu, de forma momentânea sua função de educar, e passou a ser o centro de descoberta de talentos, no entanto, em seus aportes legais, com base no Decreto 2574/98, estes pólos esportivos deveriam evitar "a seletividade, a hipercompetitividade de seus praticantes, com a finalidade de alcançar o desenvolvimento integral do individuo e a sua formação para o exercício de cidadania e a pratica de lazer" (BRASIL, 1998).

    Dentre as modalidades oferecidas no programa, encontrava-se a ginástica rítmica, trabalhada no contexto escolar de forma sistematizada nos moldes do desporto institucionalizado. De acordo com G.S.N. (2007):

    Foi criada a polarização na qual um professor desenvolvia uma modalidade para promovê-la na região. O pólo deveria ser o distribuidor desse conhecimento, proporcionando aulas às crianças da região das diversas modalidades. E eu fiz isso com a ginástica rítmica. Eram aulas teóricas e práticas. Alguns professores levavam uma aluna para desenvolver a parte prática e reproduzir dentro da escola dela. E assim foi se desenvolvendo. Conforme o trabalho ia sendo realizado, já se via alguns talentos que passavam a compor a equipe da cidade, que era o objetivo do governo.

    Nesse período, início da década de 1980, a ginástica desenvolveu-se em Maringá em seu sentido esportivo, seguindo a tendência nacional, que de acordo com Ghiraldelli Júnior (1988) incentivava-se a prática esportiva, devido seu viés disciplinar e suas rígidas regras práticas, resultando no aprimoramento forças físicas, morais, cívicas, psíquicas e sociais do educando.

    Para que os profissionais da área se adequassem ao novo padrão exigido, as aulas da UEM, assim como as avaliações, voltaram-se para o aperfeiçoamento da técnica T.P.M. (2007), acadêmica desse período, conta que:

    Tínhamos uma rigorosidade extrema com relação à conduta e trajes para as aulas - colante, meia fina, sapatilha, polaina como opcional e cabelo preso. Nossas aulas eram acompanhadas por piano tocado por uma professora e outras duas trabalhavam conosco. Todos os ritmos que iríamos trabalhar na aula eram pré-estabelecidos e a aula inteira era realizada com esse.

    A figura, a seguir, apresenta como eram as vestimentas utilizadas em apresentações da época.

Figura 02. Apresentação demonstrativa com roupa típica para a prática de ginástica na década de 1980. Fonte: Acervo pessoal cedido pela professora G.S.N.

    Seguindo os moldes do desporto institucionalizado, no fim da década de 1980 e início dos anos de 1990, a ginástica rítmica (GR) competitiva garantiu seu espaço no contexto municipal, sendo desenvolvida em escolas e projetos da prefeitura. Nesse momento (início dos anos 1990), a ginástica de academia, devido ao viés anátomo-fisiológico adotado pela educação física e incentivo da mídia e de consumo, ganhou espaço junto à GR no cenário municipal.

    Como trazem Zuin (2003) e Vaz (2003), a idéia dos body-building, culto ao corpo malhado, destacou-se nos anos de 1980 e, a partir desse período, cada vez mais pessoas começaram a ser arrebanhadas, buscando o “corpo perfeito” mostrado por meio de espetáculo despretensioso que passou a ter sustentação estratégica da mega indústria do fitness, do mercado de consumo do corpo e, principalmente, do apoio vindo da mídia.

    De acordo com Palma et al. (2003b), as academias de ginástica ganham incentivo na mídia por intensos apelos de consumo e de padrão de corpo, mostrando a atividade física em academias diretamente ligada a pessoas saudáveis, com aporte financeiro e nutricional privilegiados.

    Nesse período, começa o crescimento das academias de Maringá, propagando, na cidade, a atividade física voltada para o padrão de corpo estabelecido socialmente. Como divulgação dessa nova tendência ginástica, realizada, sobretudo fora da escola, aconteceram festivais demonstrativos organizados pelo Departamento de Educação Física em conjunto com a Secretaria de Esportes do Município de Maringá.

    De acordo com V.F.D. (2007), proprietária da segunda academia de ginástica instalada em Maringá, Academia HIV – denominação escolhida em função dos nomes das proprietárias e que, na época, não se associava à sigla da AIDS:

    No fim da década de 1980 abri minha academia na casa da minha avó. Ela foi viajar, então eu afastei os móveis e lá utilizei o espaço. Após um tempo, Heide (uma amiga) me chamou para sermos sócias. Foi quando criamos o nome Academia HIV. Lá trabalhávamos com ginástica local e para gestantes. Em certas épocas do ano, havia as chamadas mostras de ginásticas de academia realizadas no ginásio Chico Neto. Havia também campeonatos de ginástica aeróbica. Porém, a ginástica rítmica sempre esteve em paralelo, e em destaque... É importante lembrar que essas mostras eram muito incentivadas pela universidade. Lembro que havia várias estagiárias da UEM que trabalhavam comigo.

    Podemos visualizar os festivais das academias sendo realizados em diferentes espaços da cidade, como shoppings, praças, centros esportivos, conforme ilustram as imagens abaixo.

Figura 03. Festival das Academias (Década de 1990)

Fonte: Acervo da Academia Físico e Forma

    Com base nos dados obtidos, percebemos que em função das políticas públicas adotadas nas diferentes décadas, historicamente predominou no campo comunitário, o caráter competitivo da ginástica e do fitness. Já no espaço escolar, inicialmente a ginástica foi inserida nos moldes desportivos e, na atualidade, percebe-se a preocupação de grupos de pesquisadores, professores do ensino superior e básico em ampliar esse corpo de conhecimento para outras esferas.

    No intuito de formar professores para intervir na realidade que está posta, buscando quebrar laços com o paradigma vigente de uma educação física tradicional ou escolanovista, diferentes grupos de professores estudiosos da área da ginástica, em distintas regiões do país, passam a desenvolver pesquisas, projetos e a buscar e oferecer capacitação profissional. Dentre os trabalhos existentes nas universidades está o da UEM, que foi iniciado no ano de 2003, um trabalho com uma ginástica direcionada para todos, sem privilegiar os mais aptos, conhecida mundialmente como ginástica geral (GG).

    Com a ginástica geral, manifestação demonstrativa, de participação irrestrita, pautada pela ludicidade, liberdade de expressão e criatividade (SOUZA, 1997), surge uma nova possibilidade de prática gímnica dentro da escola, porque, além de enfatizar a movimentação sem fins competitivos, são resgatados os aspectos pedagógicos da movimentação corporal, proporcionando aos alunos a vivência e exploração por meio de ações corporais livres e conscientes, sem padrões motores e movimentos estereotipados típicos do esporte de alto rendimento. Sendo assim, cada um trabalha e explora a diversidade de movimentos gímnicos mediante suas experiências cotidianas de forma que a individualidade seja respeitada num trabalho coletivo dos praticantes.

    Segundo Soares et al. (1992), a ginástica é tida como um dos conteúdos abordados na educação física que, para ser trabalhada na escola, deve ser ressignificada e reapropriada, resgatando as ginásticas historicamente construídas. Confrontando-as com as novas formas gímnicas, possibilita que os alunos atribuam às suas práticas um sentido próprio e livre de exercício. Nesse sentido, é importante abordar a ginástica num trabalho que possibilite dê um sentido próprio pelo praticante ou aluno de forma que ela não se apresente desvinculada do contexto e cotidiano ao qual ela se encontra.

    Sobre a ginástica geral, R.S.T. (2007) salienta que:

    A ginástica geral é uma ginástica própria para a escola. A GR e a GA que estavam tão longe da educação física escolar em Maringá, hoje, no contexto da ginástica geral começam a ser trabalhadas, haja vista que GG trabalha com elementos de todas as manifestações gímnicas e inclusive os das ginásticas competitivas, mas fora do padrão de competição.

    Além de R.S.T., outras participantes da pesquisa vêem a GG como possibilidade gímnica na escola. De acordo com V.F.D. (2007):

    A UEM tem contribuído na divulgação da ginástica geral como possibilidade de conteúdo de educação física escolar, e eu também acredito nela como algo que venha legitimar a ginástica como conteúdo na escola. O que falta entendermos é que a ginástica é à base de tudo. O salto do vôlei, o ritmo da dança, coordenação... Tudo tem ginástica! A ginástica é muito rica, mas para acontecer o professor tem que conhecê-la.

    Todas as entrevistadas ressaltaram que a ginástica, dentro da escola, só era encontrada como modalidade esportiva realizada em contra turno. Por assumir a visão do desporto institucionalizado, era realizada uma prática extracurricular exclusivamente feminina. Acreditamos que com a ginástica geral, pode haver a ampliação desse entendimento devido à sua abrangência de conteúdos e à liberdade de exploração de diferentes locais e materiais. Sobre o assunto, R.S.T. (2007) destaca:

    Hoje eu já posso começar a observar o trabalho da ginástica na escola. Trabalhando os temas da cultura corporal de forma inclusiva, onde meninos e meninas podem participar, a gente vê uma aceitabilidade, porque quando você trabalha nos moldes da ginástica geral, você pode trabalhar na grama, na areia, no colchão, você pode improvisar, sair da utilização dos materiais oficiais, usar a criatividade com os materiais alternativos.

    Nas figuras, a seguir, podemos visualizar apresentações de ginástica geral em diferentes locais, com materiais alternativos e praticantes de idades variadas.

Figura 04. Apresentações de Ginástica Geral em Maringá (Final da década 1990, início do ano 2000). Fonte: Acervo pessoal da autora Ana Luíza Barbosa Anversa

    Na década de 2000 observamos como descrito por alguns entrevistados, outros campos de atuação da ginástica, como exemplo a ginástica geral, começam a se fazer presentes em escolas de Maringá por influência dos trabalhos realizados no DEF/UEM, bem como dos referenciais teóricos da área. Com isso, tornam-se possíveis iniciativas de intervenção que busquem a inserção da ginástica nas aulas de educação física escolar em uma perspectiva na qual o conhecimento seja construído a partir das experiências dos próprios alunos, assim como das demais manifestações do universo gímnico da atualidade.

    A construção do conhecimento ginástico no ambiente escolar deve perpassar o conhecimento historicamente produzido, proporcionando oportunidade de reflexão sobre este por meio de ações que despertem no educando atitudes críticas a partir da auto-organização e autodeterminação dos sujeitos, incentivando-os a vivenciarem experiências e conhecimentos gímnicos e, contribuindo assim para uma formação crítica, livre e criativa.

Considerações finais

    Buscamos reconstruir a história da ginástica em Maringá por meio dos relatos dos principais participantes dessa história para compreender a forma como ela se encontra na atualidade e, ao relatar os dados da pesquisa e procurando encontrar referenciais que pudessem nos apoiar na fala dos docentes, nos deparamos com aspectos que mostraram o quanto o trabalho com a ginástica, notadamente na escola, requer intervenção.

    O delineamento da ginástica nos fez refletir sobre os motivos que interferiram na construção de sua memória. Percebemos que, em Maringá, foi priorizada a prática competitiva da ginástica ao longo dos seus 38 anos de desenvolvimento, o que fez com que ela se afastasse da educação física escolar como prática inclusiva e voltada para a formação humana do aluno. Quando estava presente, aparecia em atividades extra-curriculares, exclusivamente feminina, no contexto competitivo. No que diz respeito ao espaço comunitário, tanto a prática competitiva quanto o fitness, com a busca de padrões de corpo nas academias e espaços de convivência, aparecem no cenário maringaense.

    O que aconteceu em Maringá reflete a realidade nacional, quando as atividades físicas eram voltadas para o esportivismo e apoiadas em um esquema militar, ressaltado por Bracht (1989); Bracht (1992); Castelani Filho (1994); Soares (1994); Soares (1995), entre outros. Referimo-nos, particularmente, às décadas de 1970 e 1980, quando o esporte é encontrado nas escolas e centros de treinamento como prática pautada em regras, normas e códigos, definindo-se como esporte na escola, e não uma prática que levasse em conta o contexto em que estava inserido.

    Diante destes apontamentos, observamos que a ginástica em Maringá se autodefiniu como ginástica rítmica devido aos trabalhos de pólos desenvolvidos e à influência da concepção de ginástica voltada ao desporto institucionalizado. Outras manifestações gímnicas, como a ginástica artística, não se firmaram em nossa realidade pela falta de recursos financeiros, de materiais, de incentivos governamentais e de iniciativa de profissionais em divulgá-la e difundi-la. Também, porque não aconteceram políticas públicas que favorecessem uma prática variada. Não foi implantado pólo de outras modalidades, tendo em vista que a política do Estado gira em torno dos Jogos Abertos e Juventudes, que reúnem algumas modalidades esportivas. Por essa razão, o incentivo acaba voltando-se para elas.

    Nesse processo histórico, a competição se colocou como elemento chave para a definição da ginástica em Maringá, e o não trabalho no ambiente escolar e comunitário. No entanto, a partir do ano 2000, inicia-se a buscar meios de intervir nestes ambientes para possibilitar a prática da ginástica a todos e, não mais, apenas para os que têm possibilidade de ter acesso a centros de treinamento. É nesse sentido que identificamos uma possível mudança no rumo dessa história, uma brecha para a inserção da ginástica na escola a partir do contexto da ginástica geral, livre da concepção dos movimentos pré-definidos em busca de uma prática corporal que permita aos alunos explorarem suas possibilidades, ao mesmo tempo em que intervenha ao conhecimento do que foi historicamente produzido.

    Vale ressaltar que o estudo se limita na medida em que reflete a realidade de uma única região e que essa, mesmo apresentando semelhanças com o cenário nacional, demonstra diferenças características nos aspectos das políticas adotadas e na cultura local. Nas diferentes regiões, talvez, seja possível perceber a tradição de outras manifestações gímnicas, incentivadas por outras ações e focos. Portanto, é interessante ressaltar como fundamental que o olhar sempre esteja voltado às necessidades específicas do contexto social e histórico.

    Destacamos, ainda, a necessidade de outras pesquisas na área, que contribuam para o enriquecimento da ginástica na escola e no ambiente comunitário. Fica a expectativa de que este estudo sirva como referencial para os profissionais que se preocupam com a educação física no contexto educacional, trabalhando, dessa forma, as diferentes manifestações da cultura corporal.

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