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Estado nutricional de pré-escolares e escolares de 

uma escola pública de Florianópolis, Santa Catarina

Estado nutricional de prescolares y escolares de una escuela pública de Florianópolis, Santa Catarina

Nutritional status in pre-school and school children in public school of Florianopolis, Santa Catarina

 

*Bacharel em Educação Física e Esportes

Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

**Bacharel em Educação Física e Esportes

Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Graduanda em Nutrição – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Anderson Simas Frutuoso*

Cecília Stähelin Coelho**

andersonsimoca@hotmail.com
(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo teve como objetivo avaliar o estado nutricional de crianças em idade escolar e pré-escolar de uma escola da Cidade de Florianópolis (SC). Foram avaliadas 83 crianças, 34 meninos e 49 meninas, tendo sido classificadas segundo as curvas de crescimento de 2007, da Organização Mundial da Saúde. Foram obtidos os dados descritivos de altura, peso e índice de massa corporal (IMC), bem como os escores Z referentes ao peso para idade, estatura para idade e IMC para idade. Os achados demonstram que 1,20% da amostra apresentava estado de magreza, 65,06% de eutrofia, 18,07% sobrepeso, 9,64% obesidade e 6,02% em estado de obesidade grave. Os índices de sobrepeso e obesidade da amostra estudada mostraram-se preocupantes, a exemplo de outras cidades da região sul do país, de forma que, algumas estratégias devem ser adotadas para que as crianças, desde cedo, sigam hábitos de vida saudáveis a fim de reverter o quadro atual.

          Unitermos: Obesidade infantil. Estado nutricional. Criança.

 

Abstract

          This study aims to investigate the nutritional status in pre-school and school children in public school of Florianópolis, State of Santa Catarina, Brazil. The sample was composed by 83 children (34 boys and 49 girls). The classification followed the WHO Growth Curves of 2007 and the descriptive data of weight, height, body mass index were obtained, as well as, the Z score of weight by age, height by age and body mass index by age, The results showed that 1,20% of sample was in state of thinness, 65,05% was in a normal state, 18,07% was in overweight state, 9,64% was in state of obesity and 6,02% was in state of severe obesity. The overweight and obesity rates in the sample have proved to be a worrying factor, as well as other cities in the south region of Brazil. Considering this fact some strategies should be created for make children adopt healthy diets and regular physical activity.

          Keywords: Childhood obesity. Nutritional states. Child.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 152, Enero de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A obesidade infantil traz complicações articulares, cardiovasculares, endócrino-metabólicas, gastrointestinais, psicossociais e respiratórias, além de comprometer o crescimento e influenciar negativamente o desenvolvimento motor de crianças1,2,3. De acordo com a Organização Mundial de Saúde4, o sobrepeso e a obesidade atingiram proporções de epidemia global, sendo responsáveis por 2.6 milhões de mortes por ano. Entretanto, a OMS afirma que hábitos de vida saudáveis, como uma dieta balanceada e a prática de exercícios físicos adequados ajudariam a reverter este quadro.

    Adquirir estes hábitos na idade escolar e pré-escolar torna-se bastante positivo, visto que aumenta a chance de manutenção para a sequência da vida dos sujeitos5. Porém, a incorporação de tais hábitos é um processo que precisa da participação de toda a comunidade escolar, pois os exemplos dados por pais e professores parecem ser determinantes para esta mudança1, 6. Em seu estudo, Sothern7 sugere maior dificuldade na incorporação dos hábitos alimentares saudáveis pelas crianças em relação à pratica de atividades físicas, por as mesmas já apresentaram hábitos estabelecidos antes do ingresso escolar, e por considerar que crianças são inerentemente ativos, não precisando de fortes estímulos para realizar atividade física.

    Com base nesta situação, tornou-se crescente o número de estudos que abordam o tema do estado nutricional de crianças e adolescentes. Estudos semelhantes foram realizados na cidade de Florianópolis (SC), apresentando prevalências sobrepeso e obesidade que variaram de 6,8% a 23,6% dentro de suas amostras. Corso et. al.8, encontraram 6,8% de prevalência de sobrepeso em 3.806 crianças menores de seis anos de idade; Soar et. al.9 analisando 419 crianças entre sete e nove anos apresentam 17,9% da amostra em estados de sobrepeso e 6,7% em estado de obesidade; Corso, Viteritte e Peres10, tendo 638 crianças pré-escolares com prevalência de sobrepeso de 8,6%; já Fiates, Amboni e Teixeira11, com uma amostra um pouco mais velha, com idades entre 7 e 10 anos, 57 estudantes de escola particular, apresentaram 23,6% da amostra com sobrepeso ou obesidade.

    Diante do exposto e considerando a importância do assunto, o presente estudo teve como objetivo avaliar o estado nutricional de crianças em idade escolar e pré-escolar de uma escola da Cidade de Florianópolis (SC).

Método

    A escolha da amostra se deu por meio não-probabilístico intenciona, sendo composta por 83 crianças em idade escolar e pré-escolar de uma escola do centro de Florianópolis. As coletas iniciaram após autorização da escola, bem como dos pais e/ou responsáveis pelas crianças, tendo sido realizadas no período matutino, durante o horário destinado às aulas de Educação Física, sendo coletados o peso corporal, a estatura e o gênero. Para verificação do peso corporal utilizou-se a Balança Britânia Eletrônica modelo: Be3, com escala de 100 gramas. A estatura foi verificada através do uso de estadiômetro tipo trena, com 200 cm, com uma precisão de 01 mm. O índice de massa corporal foi calculado utilizado os valores de peso corporal e estatura, (kg/m2).

    Na análise de dados foram utilizados os softwares WHO AnthroPlus v 1.0.2 (para crianças acima de 5 anos), que visa determinar o estado nutricional, obtendo-se os escores Z referentes ao peso para idade, estatura para idade e índice de massa corporal (IMC) para idade, classificando este último de acordo com os desvios-padrão em: magreza severa (< -3 DP); magreza (> -3 e < -2 DP); eutrofia (-2 DP ≤ escore Z > +1 DP) sobrepeso (> +1 e < +2 DP); obesidade (> +2 e < +3 DP); e obesidade severa (> +3 DP), seguindo os padrões das Curvas de Crescimento de 2007 Organização Mundial de Saúde12; e o software SPSS 15.0 para análise estatística dos dados apresentados pelo software AnthroPlus. Foram aplicados os Testes Mann Whitney U, nas variáveis peso, IMC, PIZ (Escore Z de peso para idade) e IMC-IZ (Escore Z de índice de massa corporal para idade), e o Teste “T” para amostra independentes, nas variáveis altura e AIZ (Escore Z de altura para idade).

Resultados

    Participaram do estudo 83 crianças com idades entre 5 e 7 anos (média: 5,87 ± 0,44), sendo destes, 34 meninos, com média de idade de 5,85 (± 0,44), e 49 meninas, com média de idade de 5,88 (± 0,44).

Tabela 1. Dados Descritivos de ambos os sexos e do grupo do estudo

    Os dados descritivos apresentaram, em média, com relação ao índice de massa corporal, padrões de eutrofia em ambos os gêneros, além de média de altura e peso adequados para idade, não apresentando diferenças significativas entre os gêneros (p. < 0,05). Quanto à freqüência, na variável altura todas as crianças apresentaram valores adequados para a idade, já na variável peso e IMC, foram encontrados valores elevados para idade, como pode ser observado na Tabela 2, tendo-se encontrado uma prevalência do estado de eutrofia em ambos os gêneros.

Tabela 2. Dados de freqüência simples e percentual de ambos os sexos e do grupo do estudo

Discussão

    No presente estudo fora adotada uma classificação utilizada a partir do ano de 2007, quando foram adotadas as novas curvas de crescimento da OMS, os demais trabalhos avaliados utilizaram diferentes padrões e, por conseguinte, apresentavam distintas classificações. Exemplo disso, a curva de crescimento apresentada em 2000 pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC)13 apresentava uma classificação quanto ao IMC/I que apenas destacava baixo peso, eutrofia, sobrepeso e obesidade, em detrimento da obesidade grave e magreza acentuada que agora são contemplados na curva atual, de forma que, alguns valores apresentados poderiam ter classificações distintas. Ainda tendo em vista a comparação com os demais estudos, é necessário salientar que as novas curvas da OMS apresentam maior sensibilidade quanto à detecção de excesso de peso.

    Embora a amostra do presente estudo contemple um número de crianças restrito apenas a uma escola, a prevalência do estado de eutrofia em ambos os gêneros segue os padrões de outros estudos realizados na mesma cidade por Soar et. al.9, utilizando parâmetros da International Obesity TaskForce (IOTF); Corso, Viteritte e Peres10, tendo base nos dados do National Center for Health Statistics, de 1978; Fiates, Amboni e Teixeira11; e no estudo de Corso et. al.8, também usando parâmetros de NCHS, tendo, os dois últimos estudos citados, percentuais mais próximos aos do presente estudo, sendo que no estudo de Corso e colaboradores8 o percentual semelhante deu-se apenas no grupo de 2 a 6 anos. Entretanto, os níveis de sobrepeso, obesidade e obesidade grave masculino, feminino e do grupo de estudo totalizam, respectivamente, 32,64%, 35,29% e 33,73%, índices mais altos que os estudos supracitados.

    Em estudo realizado no município de Itajaí (SC), com crianças de médias de idade semelhantes, Grillo et. al.14, encontraram valores menores de peso e altura dos que o do presente estudo. Já no estudo de Salomons, Rech e Loch15, na cidade de Arapoti (Paraná), usando a classificação da NCHS, foram encontradas médias referentes ao peso próximas às do presente estudo, no entanto, as crianças tinham como média de idade de 8,1 anos. Tendo apresentado, também, alta prevalência de sobrepeso, referentes às crianças com 6 anos, sendo 22,8% no feminino e 35,7% no masculino.

    Ainda na região sul do país, Orlonski et. al.16, usando as curvas da Organização Mundial de Saúde de 1995, encontraram, também, dados preocupantes relacionados à prevalência de sobrepeso/obesidade na cidade de Ponta Grossa (PR), tendo as meninas apresentado 33% e os meninos 22,2%, os dados descritivos obtidos no estudo em Ponta Grossa apresentaram-se mais próximos aos do presente estudo que os encontrados nas cidades de Itajaí e Arapoti. No Rio Grande do Sul, um estudo de Vieira et. al.17, tendo como parâmetro os dados da IOTF, apontou elevada prevalência de excesso de peso, apontando, em crianças com menos de 7 anos, índices de sobrepeso de 38,7% no gênero masculino e 41,1 no feminino, quanto à obesidade fora 14,1% no masculino e 13,1% no feminino. Estes dados acima e os do presente estudo revelam um quadro alarmante para região sul do país.

    No entanto, é importante ressaltar que passamos por uma transição demográfica, como demonstrado em pesquisa de Wang, Monteiro e Popkin18, utilizando os parâmetros da IOTF, com coletas nos anos de 1974, em todo o Brasil, e em 1997, apenas nas regiões Nordeste e Sudeste, que apontaram mudanças nas prevalências de sobrepeso, indo de 4,9% a 17,4%, em um período de 23 anos, indicando um aumento anual de 0,58% na prevalência de sobrepeso em crianças de 6 a 9 anos no Brasil. Dentro desta conjuntura, no presente estudo é possível observar maior prevalência de crianças apresentando situações de excesso de peso do que magreza - os níveis de sobrepeso, obesidade e obesidade grave masculino, feminino e do grupo de estudo totalizam, respectivamente, 32,64%, 35,29% e 33,73%, enquanto que apenas 2% do sexo masculino e 1,02% do grupo apresentaram situação de magreza, o que vem ao encontro desta situação de transição demográfica vivida no Brasil como em outros países em desenvolvimento19.

    Neste ímpeto, um estudo conduzido em Brasília com 452 escolares de 6 a 10 anos com alta prevalência de sobrepeso e obesidade - ao total 21,1% em meninos e 22,9% em meninas -, concluiu que 75% da rotina diária das crianças com excesso de peso estão distribuídos entre horas de sono e permanência sentados e que os pais destas crianças em sua maioria apresentavam também sobrepeso e obesidade20. Deste modo, soma-se à transição demográfica o papel da atividade física e da família na incidência de excesso de peso em crianças, dentro deste contexto destaca-se também a função da escola como formadora, vistas ao grande período de tempo empregado na mesma. Em face desta realidade torna-se cada vez mais evidente a necessidade do estímulo de educação nutricional eficiente desde os primeiros anos e aliado a isto uma educação não somente das crianças e sim dos pais que são determinantes na formação dos hábitos alimentares das mesmas. É necessário considerarmos, também, que a obesidade em crianças tende ase tornar um empecilho na prática de atividades físicas, tanto pela questão mecânica do exercício, quanto pelas possíveis conseqüências psicológicas que estas dificuldades podem causar às crianças2,21.

Conclusão

    Os índices de sobrepeso da amostra estudada mostraram-se preocupantes, apesar das limitações do estudo ao expressarem a realidade de apenas uma escola do município, a alta prevalência de sobrepeso e obesidade também foi encontrada em outras cidades da região sul do país, desta forma, algumas estratégias devem ser adotadas para que as crianças, de toda a região sul do Brasil, adquiram, desde cedo, hábitos de vida saudáveis a fim de evitar os problemas subseqüentes à obesidade e ao sobrepeso.

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