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Adaptações físicas de atletas de futebol mirim à aplicação 

de um modelo de periodização adaptado do modelo clássico

Adaptaciones físicas de jugadores de fútbol juvenil a la aplicación de un modelo de periodización adaptado del modelo clásico

Physical changes in teen soccer players undergoing a linear periodization program

 

*Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, UFRJ

Programa de Pós-Graduação em Treinamento Desportivo, Rio de Janeiro, RJ

**Universidade Castelo Branco, UCB Programa de Pós-Graduação

em Treinamento Desportivo e Fisiologia do Exercício, Rio de Janeiro, RJ

***Universidade Católica de Petrópolis, UCP - Programa de Pós-Graduação

em Educação Física Escolar, Rio de Janeiro, RJ

****Laboratório de Bioquímica de Proteínas, UNIRIO, Rio de Janeiro, RJ

Centro Universitário Moacyr Sreder Bastos, MSB, Rio de Janeiro

(Brasil)

Fernando Oliveira da Vitória*

nando_alice@hotmail.com.br

Raphael Benassi**

benassi.salvador@yahoo.com.br

Felipe Duarte Caboclo**

duarte_pqdt@yahoo.com.br

Ana Carolina dos Santos Salvador***

krolinasalvador@yahoo.com.br

Luis Carlos Oliveira Gonçalves****

luisogoncalves@click21.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O estudo objetivou medir a resposta física de atletas de futebol, categoria mirim, submetidos a um modelo de periodização clássico. A amostra foi composta por 26 indivíduos do gênero masculino, com idades de 12 e 13 anos, atletas do Bangu Atlético Clube-RJ. Foram feitas quatro avaliações com intervalo de um mês entre as mesmas, verificando circunferências de tórax, abdômen, coxa e testes neuromotores. Velocidade: Identificou-se uma melhora nos tempos 2, 3 e 4 quando comparados ao tempo 1, apresentando uma tendência decrescente no tempo do percurso, com melhora da ordem de 17% em quatro meses de treinamento. Resistência Aeróbia: Observou-se aumento nos tempos 2, 3 e 4 em relação ao tempo 1, apresentando uma tendência crescente na distância percorrida, e aumento da ordem de 13%. Potência Abdominal e Resistência de Membros Superiores: Identificou-se um aumento quando comparadas às avaliações 1 e 2, porém, assumindo uma tendência linear nos tempos 3 e 4. Conclui-se que o modelo de periodização em questão induz a um aumento da velocidade e da resistência aeróbia, assim como na potência abdominal e resistência de membros superiores.

          Unitermos: Educação Física e treinamento. Exame físico. Performance esportiva.

 

Abstract

          The goal of this study is to measure the physical response of junior soccer athletes undergoing a classic periodization process also known as linear periodization. The sample was composed of 26 males, ages 12 and 13, athletes from Bangu Atlético Clube-RJ. The subjects were evaluated 4 times over a 4 month period, with a month interval between evaluations. The evaluation consisted of the measurement of chest, abdomen, and tights, as well as a Neuromotor Test. Speed: We identified an improvement at evaluations 2, 3 and 4 when compared to evaluation 1 showing a downward trend on time in relation to distance covered, reaching improvement around 17% in four months of training. Aerobic Endurance: It was observed an increase at evaluations 2, 3 and 4 when compared to evaluations 1, showing an upward trend in distance covered, an increase of around 13%. Abdominal Strenght and Upper Limb Endurance: Increased when compared to the evaluations 1 and 2, however, assuming a linear trend in the times 3 and 4. The study concluded that the classic periodization process resulted in an increase in speed and aerobic endurance, and also an increase in abdominal strength and upper limb endurance.

          Keywords: Physical Education and training. Physical examination. Athletic performance.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 152, Enero de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Os primeiros ciclos de treinamento foram introduzidos na Antigüidade Grega. Estes ciclos utilizavam 3 dias de estímulos para 1 de repouso, tendo então a duração de 4 dias, sendo assim chamados de “tetras” (DANTAS, 2003).

    Na possibilidade de converter um homem comum em um perfeito esportista, utilizando-se apenas um treinamento sistematizado, aguçou o interesse de muitos que por vezes se submetiam por um longo período de tempo a processos de treinamento diários intensos (GOMES, 2002).

    O treinamento técnico e tático no futebol, não levam a melhoras significativas do condicionamento físico, mostrando a importância da periodização do treinamento para esta modalidade esportiva (MARQUES JUNIOR, 2007).

    A Periodização Clássica possui uma estruturação básica que é a divisão do ciclo de treinamento em períodos de preparação, por sua vez sub-divididos em fases básica e específica, competição e transição (OLIVEIRA et al., 2004).

    Durante muitos anos, estudiosos do mundo todo têm investigado, em suas práticas, formas pedagógicas de se controlar a carga de treinamento e, de alguma forma, obter explicações sobre a relação entre volume e intensidade das atividades a serem realizadas na prática do treinamento desportivo. Nos desportos individuais essa área caminhou com maior propriedade, até mesmo pela facilidade de se obter o resultado de modo mais objetivo pela forma como é avaliado o resultado; já nos desportos coletivos as tentativas e propostas ainda se encontram no campo exploratório e os estudos ainda são escassos (BORIN; GOMES; LEITE, 2007).

    Através das diversas medidas antropométricas, pode-se obter dados como peso, estatura, perímetros, comprimentos e dobras cutâneas. Os valores obtidos permitem calcular medidas secundárias como o índice de massa corporal (IMC), a circunferência muscular do braço (CMB), a área muscular do braço (AMB) entre outras (NAVARRO; MARCHINI, 2000).

    Considerando o exposto, o objetivo do presente estudo foi medir e avaliar a resposta física de atletas de futebol, categoria mirim, submetidos a um modelo de periodização de treinamento clássico.

Metodologia

    Participaram desse estudo 26 (vinte e seis) indivíduos do gênero masculino, todos com idades de 12 e 13 anos, atletas da categoria mirim do time de futebol do Bangu Atlético Clube (Rio de Janeiro).

    Trata-se de um estudo descritivo transversal no qual foram feitas 4 (quatro) coletas de dados mensais, sendo a primeira antes e demais coletas durante o primeiro turno do campeonato estadual de futebol do Rio de Janeiro.

    O campeonato em questão aconteceu entre os meses de maio e novembro de 2008, e nesse período totalizou-se 08 (oito) coletas de dados, porém, utilizando nesta pesquisa os valores referentes às 04 (quatro) primeiras coletas, sendo referentes ao primeiro turno desta competição. Estas foram sempre realizadas após o dia de folga dos atletas, de modo a se ter um período de 48 (quarenta e oito) horas de repouso anterior a coleta de dados, garantindo não haver influência aguda do exercício.

    As medidas antropométricas seguiram o padrão estabelecido por Fernandes Filho (2003).

    Para a medida das circunferências foi utilizada uma fita antropométrica flexível modelo Gulick, marca Mabis, com 150 centímetros. Foram efetuadas medidas de perímetro abdominal a nível da cicatriz umbilical, perímetro do tórax a nível do processo xifóide do osso esterno e perímetro da coxa no ponto médio da mesma.

    A medida da massa total foi realizada em uma balança eletrônica modelo corpus, da marca Britânia, com capacidade para 150 Kg e com graduação de 100 gramas. O percentual de gordura corporal foi verificado através do sistema de bio-impedância contido no equipamento supracitado.

    A medida da massa corporal e percentual de gordura foram efetuadas com o indivíduo trajando apenas sunga de banho e sem qualquer objeto de metal para que não houvesse interferência nos resultados.

    Para a medida da estatura foi usado um estadiômetro modelo personal portátil da marca Sanny, com capacidade de 204 centímetros, graduada em milímetros. Esta foi efetuada com o indivíduo em posição ortostática, com pés juntos e descalços e queixo paralelo ao solo.

    Para a medida da dobra cutânea triciptal foi usado um plicômetro científico da marca Cescorf com graduação de 0,1 mm, sendo efetuada na parte posterior do braço direito no ponto médio do segmento.

    Para medir a força de preensão manual foi usado um dinamômetro de preensão palmar da marca Jamar, com graduação de 0,5 Kg e capacidade máxima de 100 Kg. Esta medida foi efetuada segundo recomendação da Sociedade Americana de Terapeutas da Mão (ASHT) que é com o indivíduo posicionado sentado com o ombro abduzido e neutramente rodado, cotovelo fletido a 90° e antebraço e punho em posição neutra.

    Para a medida da flexibilidade adotou-se o teste de sentar e alcançar (JOHNSON e NELSON, 1974). A aferição foi feita através de um banco de Wells, fabricado pela Cardiomed, com graduação de um centímetro. Este teste foi efetuado com o indivíduo na posição de sedestação com joelhos estendidos e pés apoiados no banco. A posição de 23 (vinte e três) centímetros do início da marcação, o avaliado com os braços estendidos e mãos unidas expira e flexiona o tronco até seu limite máximo e então retorna a posição inicial.

    A velocidade de deslocamento foi aferida em uma distância de 50 metros (corrida em velocidade máxima). O indivíduo partia da medida zero permanecendo até o momento de iniciar a contagem do tempo parado, quando foi autorizada a largada iniciou-se o deslocamento e o tempo de chegada, a medida de 50 metros foi registrada.

    A resistência cardiorespiratória foi medida por um teste de corrida de 12 (doze) minutos de duração adaptado (COOPER, 1968), em uma pista de 200 metros com marcações a cada dez metros, foram registrados valores no final dos 12 minutos de teste.

    A potência abdominal foi aferida pelo teste de flexão de tronco (FERNANDES FILHO, 2003) onde o indivíduo estava na posição de decúbito dorsal, com joelhos flexionados e pés a aproximadamente 30,5 centímetros do glúteo do avaliado e abertura na largura do ombro. O avaliado colocava as mãos entrelaçadas na nuca e cada repetição consistia de uma subida (flexão do tronco) até encostar os cotovelos nos joelhos e retorno para a posição inicial, foi registrado o total de repetições para 1(um) minuto de teste.

    A resistência de força dos membros superiores foi medida através do teste de flexão de braços (extensão de cotovelos e adução horizontal de ombros) onde os avaliados partiam da posição de decúbito ventral com as mãos posicionadas a altura dos mamilos e tinham que elevar o corpo estendendo totalmente os cotovelos e retornando a posição inicial. Devido a idade dos avaliados, estes fizeram o teste com os joelhos apoiados no solo.

    Foi efetuado um modelo de periodização de treinamento adaptado da periodização clássica proposta por Matviev na década de 50 (AZEVEDO, 2005), conforme apresentado na tabela 1.

Tabela 1. Periodização do Treinamento

    Análise dos dados: Foram feitos os cálculos de média, erro padrão, desvio padrão e variação de todas as variáveis, assim como teste t para verificar possíveis diferenças entre as coletas (1,2,3,4). Esses cálculos estatísticos, assim como a confecção dos gráficos e tabelas, foram feitos utilizando o software SIGMA PLOT 10.0 with SIGMA STAT 3.5.

    O presente trabalho atendeu às normas para a realização de pesquisa em seres humanos, Resolução 196/96, do Conselho Nacional de Saúde de 10/10/1996 (CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE, 1996).

    Não foram aplicados termos de consentimento pelo fato de serem utilizados testes não invasivos, além de serem testes de rotina aplicados nos atletas federados de todas as categorias de futebol.

Resultados

    A tabela 2 (antropometria da amostra) revela que esta foi homogênea nos aspectos relacionados a peso, estatura e idade.

Tabela 2. Antropometria da amostra

    A tabela 3 mostra os valores de peso e estatura da primeira e da última coleta com espaço de 4 meses.

Tabela 3. Valores de peso e estatura da primeira e da última coleta realizadas com intervalo de 4 meses

    Os valores destes parâmetros para a primeira coleta (mês de abril de 2008) e quarta coleta (mês de julho de 2008). A alteração do desvio padrão no peso deve-se ao fato da elevação do número da amostra na quarta coleta, aumentando um pouco a variação dessa medida. Não se pôde observar diferença no peso e na estatura devido ao curto espaço de tempo e à padronização de massa corporal aceita pelos clubes de futebol.

    A tabela 4 apresenta os valores de perimetria abdominal, toráxica, coxas direita e esquerda, além do valor da dobra cutânea triciptal (mm), todos referentes à ultima avaliação.

Tabela 4. Vvalores de perímetros abdominais, torácicos, coxas direitas e esquerdas (cm), 

além do valor da dobra triciptal (mm), todos referentes a ultima avaliação realizada

    A figura 1 mostra que não houve diferença no peso corporal, assim como na força de preensão manual. Esse resultado parece estar relacionado ao pouco tempo para que houvesse mudança nessas variáveis, além do fato de ter sido utilizada uma categoria de 13 anos de idade, onde em atletas o aumento do peso se deve, principalmente, ao aumento da estatura, e não da massa corporal.

Figura 1. Comportamento do peso corporal (Kg) e da Força de preensão manual (Kg), com médias e erro padrão, nas quatro avaliações

    Na figura 2 observa-se uma melhora da velocidade que foi significativa nos tempos 2, 3 e 4 em relação ao tempo 1, melhora esta observada pelo aumento do condicionamento físico induzido pelo modelo de periodização usado.

Figura 2. Comportamento da velocidade (segundos), em uma distância de 50 metros, com médias e erro padrão, nas quatro avaliações.

    Na figura 3 também se pode observar uma melhora significativa no condicionamento físico desses atletas na resistência de corrida, onde pôde-se acompanhar um aumento progressivo nos tempos 2, 3 e 4, sendo que já no tempo 2 o aumento era da ordem de 10%, continuando pelos tempos posteriores com tendências crescentes.

Figura 3. Comportamento da resistência cardiorrespiratória, em uma corrida com duração de 12 minutos, 

onde foram registrados os valores de distância em metros, com médias e erro padrão, nas quatro avaliações.

    Apesar de parecer visualmente apresentar um decréscimo no percentual de gordura corporal na figura 4, estatisticamente, não houve diferença entre os pontos. Parece que pelo fato da tendência decrescente da curva, coletas posteriores poderiam apresentar diferenças entre o início e o final dos treinamentos.

Figura 4. Comportamento da gordura corporal (percentual), medida por impedância, com médias e erro padrão, nas quatro avaliações.

    Quando observado o gráfico da flexibilidade, exposto na figura 5, percebe-se um leve declínio dessa variável induzido pelo treinamento que foi acompanhado de um estado de equilíbrio nos tempos conseguintes de coletas. Estatísticamente não foi observada diferença entre os pontos, talvez induzido pela variabilidade de resultados que aumentou o erro padrão dos pontos.

Figura 5. Comportamento da flexibilidade (centímetros), medida através do teste de sentar e alcançar, com médias e erro padrão, nas quatro avaliações.

    A figura 6 revela um aumento na potência abdominal induzida pelo treinamento da ordem de 100%, acompanhado de um estado de equilíbrio, sendo diferente em todos os tempos pós em relação ao tempo 1.

Figura 6. Comportamento da potência abdominal (repetições por minuto), com médias e erro padrão, nas quatro avaliações.

    A figura 7 apresenta um aumento significativo em todos os tempos pós-relacionados ao primeiro tempo, na resistência de membros superiores que teve um estado de equilíbrio do segundo ao quarto tempo de coleta.

Figura 7. Comportamento da resistência de membros superiores (repetições), com médias e erro padrão, nas quatro avaliações.

Discussão

    Neste estudo não foram encontradas mudanças nas variáveis antropométricas induzidas por quatro meses de treinamento de futebol utilizando um modelo de periodização adaptado de Matviev, conferindo com os dados mostrados anteriormente (SOUZA et al., 2006), onde os autores aplicaram um modelo de periodização adaptado de Verkoshansky e fizeram avaliações com o mesmo espaço temporal da nossa pesquisa. Parece que pela seleção feita pelos clubes de futebol seguindo padronização de peso e estatura houve uma grande homogeneidade da amostra, mesmo quando comparadas as avaliações 1 e 4. Diferenças nessas variáveis na faixa etária escolhida parecem necessitar de um espaço de tempo maior para acontecerem.

    A força de preensão manual também não apresentou variação no passar dos quatros meses de treinamento, o que pode ser devido à categoria escolhida para a presente pesquisa (12 e 13 anos), onde não se aplicam treinamentos muito intensos, como treinamento de força, sendo prioridade os de grande volume, haja vista a utilização desta medida como preditora de força total corporal.

    Quando observada a variável velocidade, identificou-se uma melhora significativa nos tempos 2, 3 e 4 quando comparados ao tempo 1, apresentando um tendência decrescente no tempo do percurso, o que caracteriza aumento da velocidade, chegando a alcançar melhora da ordem de 17% em quatro meses de treinamento. Não foi identificada melhora aproximada a nossa em quatro meses de treinamento utilizando um modelo adaptado de Verkoshanky, fato esse que parece dever-se ao fato de utilizarem como amostra atleta adultos onde há utilização de treinamento de contra resistência, diferente do treinamento para a categoria ora utilizada, onde há predominância de pliometria e corrida e ausência de contra resistência (SOUZA et al., 2006).

    No parâmetro resistência aeróbia foi observado um aumento significativo nos tempos 2, 3 e 4 em relação ao tempo 1, além de apresentar uma tedência crescente na distância percorrida, chegando a revelar um aumento da ordem de 13% em quatro meses de treinamento. Apesar do esperado aumento na resistência aeróbia devido a predominância de corrida nos treinamentos dos desportos coletivos, o modelo de periodização utilizado alcançou um aumento de 13%, enquanto o modelo adaptado de Verkoshansky chegou a 8,5% de aumento no mesmo período de tempo (SOUZA et al., 2006).

    A gordura corporal, assim como a flexibilidade não apresentaram diferança após quatro meses de treinamento, porém, a flexibilidade pareceu revelar uma tendência decrescente no passar desses quatro meses, o que pode ser explicado pela predominância de movimentos específicos ao longo do treinamento de futebol, assumindo o lugar da grande quantidade de sessões específicas de treinamento da flexibilidade.

    Quando observada a potência abdominal e a resistência de membros superiores foi identificado um aumento significativo nessas variáveis quando comparadas às avaliações 1 e 2, entretanto, assumindo uma tendência linear nos tempos 3 e 4. Parece que a explicação supra utilizada relata também o comportamento dessas variáveis, pois no início dos treinamentos em desportos coletivos utiliza-se uma grande variedade de movimentos e prioridades de qualidades físicas para se alcançar uma homogenização do grupo, a medida em que a competição se aproxima aumenta a especificidade dos movimentos utilizados nos treinos, sendo aplicados em maior escala exercícios específicos, sempre envolvendo corrida.

Conclusão

    Conclui-se com esse trabalho que o modelo de periodização de treinamento adaptado de Matveiev aplicado em atletas de futebol, categoria mirim, durante quatro meses não apresentou alterações de peso, estatura e a força de preensão manual, todavia, induziu a um aumento da velocidade e da resistência aeróbia, assim como na potência abdominal e resistência de membros superiores. O fato da não alteração do peso e da força de preensão manual parece dever-se ao fato de nessa categoria haver uma adaptação ao modelo de periodização onde se diminuem os treinos objetivando a força pura adaptando a exercícios com a meta de melhora na potência e resistência de força.

    Recomenda-se a aplicação desses, e de outros modelos de periodização, em diferentes faixas etárias para o melhor entendimento da periodização do treinamento, haja vista a pequena quantidade de dados científicos envolvendo esse assunto aplicado ao futebol.

Referências

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