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A recreação enquanto atividade meio da ginástica laboral

La recreación en tanto actividad como medio de la gimnasia laboral

 

*Bacharel em Educação Física pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Licenciado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Especialista em Estratégia de Saúde da Família (UFSC)

**Orientadora. Professora do Departamento de Educação Física

Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)

Mauricio Camaroto

mcamaroto@gmail.com

Maria Helena Kraeski

mhkraeski@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo buscou caracterizar o trabalho recreativo dentro de uma sessão de ginástica laboral, na empresa Softway Contact Center de Florianópolis – SC. Este se caracterizou como sendo um estudo descritivo de campo. A população do estudo foi composta por operadores de telemarketing submetidos a sessões diárias de Ginástica Laboral. A amostra foi constituída por 49 sujeitos, sendo a 49% do sexo masculino e 51% do sexo feminino, com idade média de 23,37 (±6,89) anos. O tempo de serviço na empresa varia entre dois e 48 meses a média apresentada foi de 13,5 (±11,63) meses Para a verificação dos objetivos foi utilizado um questionário padronizado. Para o tratamento dos dados foram utilizados os procedimentos da estatística descritiva: medida da tendência central, média aritmética, medidas de dispersão.

          A jornada de trabalho é de 6 horas diárias, acrescida de 15 minutos de pausa para lanche e as atividades de ginástica laboral. Quanto ao grau de satisfação dos sujeitos com relação à atividade exercida, 63,27% dos funcionários apresentam um grau de satisfação razoável, enquanto 24,49% apresentam muito satisfeitos. 2,04% não sentem nenhuma satisfação com sua ocupação profissional. O ambiente de trabalho é considerado bom. As sessões de ginástica laboral acontecem diariamente, o número de sessões realizadas os funcionários realizam até duas sessões de ginástica por jornada de trabalho, sendo uma sessão, realizada antes do início da jornada de trabalho, podendo assim ser classificada como ginástica preparatória e a segunda considerada de pausa ou compensação que é facultativa. O tempo de duração da sessão é de aproximadamente 15 minutos. As alterações na qualidade de vida e rendimento profissional promovidos pela prática da ginástica laboral, ainda não são evidenciados por grande parte dos sujeitos. A prática da recreação enquanto atividade meio da ginástica laboral é de grande interesse por parte dos entrevistados, que sugerem ainda que: (1) a ginástica laboral deve ser ministrada somente por profissionais qualificados, descartando a presença de estagiários e monitores; (2) seja incluída nas sessões atividades relaxante, como a massagem; (3) as sessões devem ter um tempo de duração maior; (4) as sessões devem conter mais atividades recreativas, possibilitando assim uma maior integração do grupo; (5) os exercícios físicos devem ser mais diversificados tornando as sessões mais motivantes; (6) inclusão de exercícios físicos em duplas; (7) aumentar o número de sessões por dia, assim em vez de ter apenas a ginástica preparatória pudesse acontecer também a ginástica de relaxamento.

          Unitermos: Qualidade de vida. Trabalho. Ginástica Laboral. Recreação.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 152, Enero de 2011. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Quanto mais passa o tempo mais às pessoas vão perdendo seu tempo, fazendo ainda mais coisas, diminuindo ainda mais suas horas livres, suas horas de diversão, o tempo para você mesmo, se entregando aos problemas advindos do capitalismo. Com isso o estresse “...resultando em tensões acumuladas que, não encontrando canal prático por onde se extravasar, acabam se voltando contra o próprio organismo... (POLITO E BERGAMASCHI, 2003 apud BASSO, 1989, p. 33-34)” as tensões e a baixa da motivação e rendimento aparecem muito freqüentemente no trabalho, e as mesmas acabam refletindo na vida social e familiar de cada indivíduo.O sorriso já não é mais parte integrante do ser humano quando o mesmo adentra ao campo profissional, e isso influência e muito nas suas relações e no seu rendimento.

    A cada dia percebe-se mais claramente a importância de um tempo de desligamento do cotidiano para que esse funcionário relaxe e volte mais tranqüilo e producente ao chão de fábrica, pois “... o desempenho do sujeito em determinadas tarefas depende de como este se sentirá inserido na organização... (CORREIA, 2000)”. Busca-se então a ginástica laboral “...exercícios realizados no local de trabalho, atuando de forma preventiva e terapêutica no caso da LER, sem levar o trabalhador ao cansaço, por ser de curta duração e enfatizar o alongamento e a compensação das estruturas musculares envolvidas nas tarefas ocupacionais diárias... (Polito & Bergamaschi, 2003)” – a fim de trazer ao trabalhador um momento de fuga da rotina ao mesmo tempo em que pensará um pouco em sua saúde, relaxará aliviando as tensões já geradas pelo dia. Mas o tempo que é dispensado para essa prática é curto demais para que se façam trabalhos mais diversificados dentro de uma mesma intervenção, por isso várias correntes defendem idéias muito diversificadas e cada qual a fim de atender as necessidades mais urgentes de cada ramo de atividade.

    A prática da recreação busca levar ao praticante estados psicológicos positivos (Cavallari & Zacharias, 1994, p. 16-17). O prazer de um sorriso descompromissado acaba por reanimar um dia talvez já perdido de produção de cada ser trabalhador, seja ele funcionário de qualquer espécie de empresa. Por isso talvez que um trabalho recreativo possa ser muito bem vindo.

    O trabalho de ginástica na empresa a cada dia que passa tem tomado maior corpo, perante estudos realizados sobre sua importância bem como através de reportagens escritas, e televisionadas (o que, na atualidade, alavanca e muito quaisquer ideais de mudança). Com isso os próprios trabalhadores começam a se preocupar com sua saúde, com terem direitos a esse tempo de fuga da rotina a fim de se sentirem melhor.

    Sabe-se que temos ainda poucas publicações sobre a ginástica na empresa com um todo, e ao especificarmos indo ao trabalho recreativo é que a escassez aumenta abruptamente. Trata-se praticamente de uma novidade dentro desse mundo empresarial, portanto o trabalho se justifica perante toda essa falta de publicações e ainda mais pelo ideal de se conhecer os resultados mais específicos sobre essa modalidade de trabalho a fim de se tornar, esse trabalho, uma fonte para futuras pesquisas, livros ou mesmo um início de abertura de campos para outras idéias que possam vir a melhorar a qualidade de vida de todos os trabalhadores.

    Considerando as questões acima, formulou-se o seguinte problema a ser investigado: “Qual a aceitação de um trabalho recreativo enquanto atividade meio da ginástica laboral?”

    Para isso o trabalho tem como objetivo investigar a aceitação que um trabalho recreativo como atividade meio da ginástica laboral. E como objetivos específicos os de Investigar a atividade profissional desenvolvida pelo sujeito na empresa; Caracterizar a prática da Ginástica Laboral; Investigar a aceitação do sujeito quanto à utilização da recreação como atividade meio da Ginástica Laboral.

Ginástica Laboral

Conceitos

    Polito & Bergamaschi (2003) trazem a GL como exercícios realizados no local de trabalho, atuando de forma preventiva e terapêutica no caso da LER, sem levar o trabalhador ao cansaço, por ser de curta duração e enfatizar o alongamento e a compensação das estruturas musculares envolvidas nas tarefas ocupacionais diárias. Acrescentam a essa definição (apud GUERRA, 1997) a preocupação com o automatismo dos movimentos e a prevenção do estresse, obtendo como conseqüência uma boa resistência muscular localizada.

    De acordo com Polito & Bergamaschi (2003 apud REALCE, 2001), são exercícios diários que visam normalizar capacidades e funções corporais para o desenvolvimento do trabalho, diminuindo a possibilidade de comprometimento da integridade do corpo.

    Lima (2003) conceitua GL como um conjunto de práticas físicas, elaboradas a partir da atividade profissional exercida durante o expediente, que visa compensar as estruturas mais utilizadas no trabalho e ativar as que são requeridas, relaxando-se e tonificando-as.

    Para Dias (apud LIMA, 2003), a ginástica laboral compensatória e a preparatória consistem em exercícios específicos que são realizados no próprio ambiente de trabalho, atuando de forma preventiva e terapêutica. A GL não sobrecarrega e não leva o funcionário ao cansaço porque é leve e de curta duração. Com isso, espera-se prevenir a fadiga muscular; diminuir o índice de acidentes de trabalho; corrigir vícios posturais; aumentar a disposição dos funcionários no início e no retorno do trabalho e prevenir as doenças por traumas cumulativos.

    Lima (2003 apud LIMA e Colaboradores, 1998) A GL é a prática de exercícios físicos realizados coletivamente durante a jornada de trabalho, prescrito de acordo com a função exercida pelo trabalhador. Essa prática tem como finalidade prevenir doenças ocupacionais e promover o bem-estar individual por intermédio da consciência corporal: conhecendo, respeitando, amando e estimulando o próprio corpo.

    Segundo Lima (2003 apud FONTES, 2001), a GL é uma atividade física diária, realizada no local de trabalho, com exercícios de compensação para movimentos repetidos, para ausência de movimentos e para posturas incorretas no local de trabalho.

    De acordo com Polito & Bergamaschi (2003 apud KOLLING, 1980), a GL é um repouso ativo, que aproveita as pausas regulares durante a jornada de trabalho, para exercitar os músculos correspondentes e relaxar os grupos musculares que estão em contração durante o trabalho, tendo como objetivo a prevenção da fadiga.

    Cañete (1996) entende esta atividade como a criação de um espaço onde as pessoas possam, por livre e espontânea vontade, exercer várias atividades e exercícios que estimulam o autoconhecimento e levam à ampliação da auto-estima e, conseqüentemente, proporcionam um melhor relacionamento consigo, com os outros e com o meio.

Objetivos

    Para Lima (2003) o objetivo da GL é promover adaptações fisiológicas (estímulos para o aumento da temperatura corporal, tecidual e da circulação sanguínea durante o momento em que a região está sendo exercitada), físicas (melhoria da flexibilidade, mobilidade articular e postura) e psíquicas (preocupação da empresa com o indivíduo, mudança de rotina e integração dos funcionários entre os colegas e com superiores), por meio de exercícios dirigidos e adequados para o ambiente de trabalho.

    De acordo com Polito & Bergamaschi (2003 apud SHARCOW; CAÑETE, 1996), o ser humano nasceu para movimentos globais, e as condições de trabalho atuais, com alta repetitividade e monotonia, limitam a natureza humana. Para tentar amenizar esse problema, empresas lançam mão da GL. Ela pode colaborar com este processo, no sentido do desenvolvimento e evolução com este processo, no sentido do desenvolvimento e evolução dos indivíduos e organizações, dependendo da competência, grau de conscientização e postura ética adotada pelos profissionais que a conduzem. Disto dependerá, também, sua afirmação e valorização como um importante instrumento de educação, prevenção e manutenção da saúde dos trabalhadores.

    Para Polito & Bergamaschi, 2003 (apud EQUIPE TÉCNICA DO SESC, 1980; FARIA JR., 1984; LABOR PHYSICAL, 1999 p. 29-30) os objetivos da GL são:

  • Diminuição do absenteísmo e procura ambulatorial;

  • Melhora da condição física geral;

  • Aumento do ânimo e disposição para o trabalho;

  • Promoção do auto condicionamento orgânico;

  • Promoção da saúde;

  • Correção de vícios posturais;

  • Promoção da consciência corporal;

  • Melhorar relacionamento interpessoal;

  • Prevenção da fadiga muscular;

  • Prevenção do D.O.R.T.

    Segundo Polito & Bergamaschi, 2003 (apud PENA MARINHO; CANTARINO & PINHEIRO, 1974) a GL na empresa tem como objetivo geral, suscitar, desenvolver e aprimorar as qualidades físicas do industriário, estimular o funcionamento de seus órgãos e, como principal objetivo, desenvolver excepcionalmente certas qualidades que a natureza da profissão escolhida exige, para melhor rendimento de trabalho e, melhor ainda, dar ao organismo uma compensação, de modo tal, que as sinergias musculares, muito solicitadas durante o trabalho, possam obter para seus músculos um relaxamento adequado, enquanto em outras, em que a solicitação foi quase nula, sejam convenientemente exercitadas, de maneira a evitar a atrofia dos elementos componentes e, como conseqüência, a redução de sua capacidade.

    Polito & Bergamaschi (2003) acrescenta ainda que um aspecto muito relevante a considerar quanto aos objetivos e efeitos da GL, no início do turno de trabalho, é que esta aula prepara os indivíduos para reagirem aos estímulos externos com maior rapidez. Além disso, as melhores condições físicas e mentais, proporcionadas pelo exercício, levam também a uma reação mais adequada para a situação, por exemplo, quando há risco de erro e de acidentes, ou necessidade de manuseio de equipamentos e máquinas.

    Ressaltam ainda que a GL foi introduzida nas empresas, como meio de promover tanto o aumento da produtividade, como a melhoria da saúde. Várias empresas adotam a GL para estes fins, denominando-os de “Programa 5S” de qualidade de vida. Os cinco S significam: Superávit (aumento de produtividade), Saúde (melhoria do bem estar físico e mental), Segurança (diminuição dos acidentes de trabalho), Sociabilização (melhoria do relacionamento interpessoal) e Satisfação (colaboradores mais motivados, dispostos e valorizados), POLITO E BERGAMASCHI, 2003 (p.31 apud MGM, 1999).

Benefícios

    Para Lima (2003), a GL é um meio de valorizar e incentivar a prática de atividades físicas como instrumento de promoção da saúde e do desempenho profissional. Assim, a partir da diminuição do sedentarismo, do controle do estresse e da melhoria da qualidade de vida, o aumento da performance profissional, pessoal e social ocorrerá naturalmente.

Recreação

Conceitos

    Cavallari & Zacharias (1994, p. 13-15) trazem alguns dos conceitos mais estudados dentro do campo da recreação, como:

  • TEMPO TOTAL: todo o tempo da vida de uma pessoa, ou seja, todas as horas do dia, todos os dias do ano e assim por diante;

  • TEMPO DE TRABALHO: tempo que uma pessoa utiliza direta ou indiretamente em função de sua produção. Isso implica em compromisso, responsabilidade, obrigação e até mesmo retorno financeiro;

  • TEMPO DE NECESSIDADES BÁSICAS VITAIS: tempo utilizado para a realização de necessidades sem as quais um ser humano não vive, ou não tem boas condições de sobrevivência. Podemos dividir em quatro grandes grupos: sono, alimentação, necessidades fisiológicas e higiene;

  • TEMPO LIVRE: Tomando-se o tempo total de uma pessoa, extraindo-se o tempo de trabalho e o tempo de necessidades básicas vitais, o que resta é o tempo livre;

  • ATIVIDADE LÚDICA OU RECREATIVA: É a atividade que a pessoa pratica e através da qual ela consegue atingir sua recreação.

  • OBRIGAÇÕES SOCIAIS: Existem determinadas atitudes que uma pessoa pratica dentro do seu tempo livre, mas não são lazer, pois não apresentam o componente lúdico. Temos como exemplo, uma festa à qual não queremos comparecer, porém vamos por obrigação, ou ainda um velório, ou mesmo fazer as compras do dia a dia.

  • LAZER: é o estado de espírito em que o ser humano se coloca, instintivamente (não deliberadamente), dentro do seu tempo livre, em busca do lúdico (diversão, alegria, entretenimento).

  • RECREAÇÃO: é o fato, ou o momento, ou a circunstância que o indivíduo escolhe espontânea e deliberativamente, através do qual ele satisfaz (sacia) seus anseios voltados ao seu lazer.

    Brincando, os corpos expressam a ordem interna da vivência lúdica, cujo ritmo e harmonia são construídos pelos jogadores em clima envolvente, que desafia a todos como parceiros: uns assumem-se aos outros e a realidade onde acontece a ação brincante... Viver o lazer como esforço por concretizar o lúdico é, sobretudo, renovar relações interpessoais, experiências corporais, ambientes, temporalidades e energias; é reencontrar consigo mesmo, com o que gosta e deseja; compreender como nossos sonhos se constituem no contexto em que vivemos; transbordar a crítica e a criatividade; é saborear o momento presente como possibilidade de vivências de utopias, ou seja, com alegria, buscar interferir nos horizontes que enunciam o presente (PINTO, 2005).

Objetivos da Recreação

    Segundo Pinto, 2005 a recreação tem os seguintes objetivos:

  • Integrar o indivíduo ao meio social;

  • Desenvolver o conhecimento mútuo e a participação grupal;

  • Facilitar o agrupamento por idade ou afinidades;

  • Desenvolver ocupação para o tempo ocioso:

  • Adquirir hábitos de relações interpessoais;

  • Desinibir e desbloquear;

  • Desenvolver a comunicação verbal e não-verbal;

  • Descobrir habilidades lúdicas;

  • Desenvolver adaptação emocional;

  • Descobrir sistemas de valores;

  • Dar evasão ao excesso de energia e aumentar a capacidade mental do indivíduo.

Características básicas da Recreação

    Para Cavallari & Zacharias (1994, p. 16-17) existem cinco características básicas para se desenvolver uma recreação da forma mais ampla:

  • A recreação deve ser encarada pelo praticante como um fim em si mesmo, sem que se esperem benefícios ou resultados específicos;

  • A recreação deve ser escolhida livremente e pratica da espontaneamente, segundo os interesses de cada um;

  • A prática da recreação busca levar ao praticante estados psicológicos positivos;

  • A recreação deve ser de natureza a propiciar à pessoa o exercício da criatividade. Na medida em que se ofereça estimulação, essa criatividade deve ser plenamente desenvolvida;

  • Nas características de organização da sociedade nos níveis econômicos, sociais, políticos e culturais em geral, a recreação de cada grupo é escolhida de acordo com os interesses comuns dos participantes.

Recreação e lazer em empresas

    Cada vez mais lazer e empresa vêm se interpenetrando, em decorrência da clara e forte relação entre lazer e trabalho, nunca de oposição, mas sempre de mútua influência (MARCELLINO 2002 apud MARCELLINO, 2000).

    Não é mais possível uma análise “simplista” que considere que a relação existente entre lazer e empresa teria apenas como função a vinculação da inculcação de valores da empresa no lazer do trabalhador, ampliando assim sua jornada de trabalho, fazendo com que este permaneça por mais tempo em seu perímetro, inclusive trazendo seus familiares (MARCELLINO, 2002).

    Acrescenta ainda que em outras oportunidades lazer e empresa eram lembrados apenas com relação às festas para funcionários, que procuravam deixar de delimitar uma situação que, no cotidiano, é fortemente marcada pelo padrão das atividades profissionais desenvolvidas, hoje já ouvimos falar, por exemplo, do lazer dos altos executivos que buscam um pouco de “adrenalina” para descarregar as tensões do cotidiano estafante e sem grandes “desafios”.

    Contudo Marcellino (2002) discorre que os programas de lazer nas empresas não podem ser “monitorados”, como muitas vezes o são, “contaminando” o exercício da criatividade e da autonomia dos seus organizadores e participantes.

    Segundo Becker et al (2005) os objetivos da recreação especificamente na empresa recaem sobre:

    Os principais objetivos da recreação nas empresas são:

  • Autoconhecimento;

  • Criatividade;

  • Integração;

  • Motivação;

  • Senso de grupo (trabalho em equipe);

  • Cooperação;

  • Sociabilização;

  • Bem estar físico, mental e social (gerando saúde);

  • Assim como contribuindo para que o colaborador (funcionário) tenha uma melhor qualidade de vida.

    Destacam ainda que a recreação também trabalha as deficiências individuais e suas virtudes.

    Ex: Medo, vergonha, agressividade, liderança, autoconfiança, etc.

Metodologia

    Esta pesquisa caracteriza-se como uma pesquisa descritiva do tipo estudo de caso. Cujo objetivo é investigar a aceitação que um trabalho recreativo como atividade meio da ginástica laboral.

    Este estudo foi realizado na empresa de telemarketing Softway Contact Center, localizada no município de Florianópolis, em Santa Catarina

    A população deste estudo é formada por 2400 operadores de telemarketing da empresa da empresa Softway Contact Center, localizada no município de Florianópolis, em Santa Catarina, praticantes de ginástica laboral.

    A amostra foi formada por 49 operadores de telemarketing, com idade variando entre 17 e 45 anos, com jornada de trabalho de, aproximadamente, seis horas diárias. O processo de amostragem foi aleatório por adesão.

    Os dados foram obtidos mediante um questionário do tipo padronizado, cujas “... perguntas são apresentadas a todas as pessoas com as mesmas palavras e na mesma ordem...”, auto aplicável, constituído de perguntas abertas (8) e fechadas (11) totalizando 19 perguntas; e que se encontra em sua versão definitiva no ANEXO I. (LAKATOS & MARCONI, 1990)

    Para a coleta de dados utilizou-se de:

  1. Contato com a Supervisora do SESMT (setor de medicina do trabalho da referida empresa) por intermédio de um ofício anexo ao questionário;

  2. Após o consentimento da supervisora e repassado a necessidade de acompanhamento à supervisora de ginástica laboral foi feita a visita ao chão de fábrica da empresa a fim de aplicar o questionário;

  3. O questionário foi aplicado no segundo semestre de 2006 com data e horário acordado entre as partes (supervisora e pesquisador);

  4. Foi realizado um contato pessoal com os operadores, onde foi explicada a natureza da pesquisa, a forma de preenchimento do questionário. Na oportunidade, garantiu-se o anonimato pessoal e estipulou-se o tempo que eles achassem necessário para o preenchimento do questionário. A devolução era feita logo após o término diretamente para o pesquisador.

  5. Após o estudo concluído, os resultados acompanhado de todo o estudo feito serão apresentados a empresa entrevistada por meio das supervisoras contatadas proporcionando assim um “feedback” da pesquisa realizada.

    Para o tratamento dos dados foram utilizados os procedimentos da estatística descritiva: medida da tendência central, média aritmética, medidas de dispersão.

    Para determinação dos intervalos de classe utilizou-se a fórmula de Sturges (FONSECA, 1996).

Resultados

    Fizeram parte deste estudo 49 sujeitos, sendo a 49% do sexo masculino e 51% do sexo feminino. O que pode ser observado na tabela 1.

Tabela 1. Classificação dos sujeitos quanto ao sexo

    Quando classificados por idade, observou-se que os sujeitos investigados apresentam uma média de idade de 23,37 (±6,89) anos, a idade mínima apresentada foi de 17 e a máxima de 45 anos. A distribuição dos sujeitos quanto a idade encontra-se na tabela abaixo.

Tabela 2. Classificação dos sujeitos quanto à idade

    Quando questionados a respeito da formação acadêmica, observamos que o maior percentual, 77,55% tem o ensino médio completo. Dos 38 sujeitos que apresentam o ensino médio concluído, 31,58% encontram-se cursando o ensino superior. Os dados referentes a formação acadêmica encontram-se na tabela 3.

Tabela 3. Classificação dos sujeitos quanto a formação acadêmica

    A fim de caracterizar a atividade profissional desenvolvida pelos sujeitos na empresa, procurou-se observar aspectos relacionados ao tempo de serviço na empresa, a função desenvolvida pelos sujeitos, a jornada de trabalho, o grau de satisfação com a atividade realizada e o ambiente de trabalho. As informações obtidas encontram-se a seguir.

    Quanto ao tempo de serviço na empresa, observou-se uma média de 13,5 (±11,63) meses; o tempo de serviço mínimo registrado foi de dois meses e o máximo de 48 meses. A distribuição do tempo de serviço encontra-se na tabela 4.

Tabela 4. Classificação dos sujeitos quanto ao tempo de trabalho na empresa atual

    Os trabalhadores são submetidos a uma jornada de trabalho de 6 horas diárias, acrescida de 15 minutos de pausa para lanche e as atividades de ginástica laboral.

    A tabela 5 apresenta as informações relacionadas ao grau de satisfação dos indivíduos com a atividade profissional. Os resultados mostram que 63,27% dos funcionários apresentam um grau de satisfação razoável, enquanto 24,49% apresentam muito satisfeitos. 2,04% não sentem nenhuma satisfação com sua ocupação profissional.

Tabela 5. Classificação dos sujeitos quanto ao grau de satisfação

    Com relação ao ambiente de trabalho, observamos que a maior parte dos funcionários considera o ambiente de trabalho bom (55,10%) e muito bom (26,53%). O que é fundamental para o bom funcionamento de uma empresa. Correia (2000), afirma que o sujeito tenha uma boa saúde física e mental, deve haver um clima adequado propiciado pela organização, que por sua vez resultará numa boa qualidade de vida no trabalho, favorecendo a formação e manutenção de indivíduos mais criativos, serenos, responsáveis, e com capacidade para demonstrar ou desenvolver novas habilidades, gerando assim um melhor retorno para a própria instituição para a qual trabalha. Estes dados podem ser melhor visualizados na tabela 6, apresentada a seguir.

Tabela 6. Classificação dos sujeitos quanto as consideração sobre o ambiente de trabalho

    Quando questionados a respeito da importância da ginástica laboral, 100% dos entrevistados responderam considerar importante a prática de tal atividade. Por uma questão de limitação não pudemos investigar se os objetivos tratados na literatura são os mesmos identificados pelos trabalhadores na prática da ginástica laboral.

    As sessões de ginástica laboral acontecem diariamente, o número de sessões realizadas por funcionários por jornada de trabalho variou entre nenhuma (2,04%) e duas sessões diárias (12,24%), a grande maioria dos entrevistados 85,71%, respondeu realizar uma sessão de ginástica laboral por jornada de trabalho. Os dados referentes ao número de sessões realizadas por jornada de trabalho encontram-se dispostos na tabela 7.

Tabela 7. Número de sessões de ginástica laboral realizadas por jornada de trabalho

    Segundo Lima (2003) a ginástica laboral pode-se dividir em três tipos: (a) Ginástica de Aquecimento ou Preparatória; (b) Ginástica Compensatória ou de pausa; (c) Ginástica de Relaxamento ou Final de Expediente, assim o trabalhador poderia realizar até três sessões de ginástica em sua jornada de trabalho.

    Na empresa entrevistada, a ginástica laboral é oferecida em uma sessão, realizada antes do início da jornada de trabalho, podendo assim ser classificada como ginástica preparatória. Segundo Lima (2003) a atividade realizada antes do início da jornada de trabalho ou nas primeiras horas, tem como objetivo principal de preparar os funcionários para sua tarefa, aquecendo os grupos musculares que irão ser solicitados em seus trabalhos laborais, despertando-os para uma maior disposição ao iniciá-las.

    Após essa sessão preparatória o trabalhador poderá puxar em seu sistema, opcionalmente, mais um momento, em qualquer período após a parada para lanche, para que individualmente para executar exercícios específicos de compensação para esforços repetitivos, estruturas sobrecarregadas e as posturas solicitadas nos postos de trabalho a fim de voltar a dar a ele um relaxamento bem como retornar a motivação e foco no trabalho.

    O tempo de duração da sessão é de aproximadamente 15 minutos, o que reflete as indicações contidas na literatura. Segundo Oliveira (2002), a atividade laboral não deve ultrapassar quinze minutos diários de ginástica sob pena de exaurir os funcionários e diminuir a produtividade.

    Com relação ao interesse dos entrevistados pelas atividades desenvolvidas durante as sessões de ginástica laboral, observou-se que 46,94% consideram as atividades interessantes, enquanto 6,12% mostram-se desinteressados pela atividade. Esses dados são mais bem visualizados na tabela 8.

Tabela 8. Classificação das atividades desenvolvidas durante as sessões de ginástica laboral, segundo o grau de interesse dos praticantes

    Os motivos que levam os sujeitos a considerar as atividades mais ou menos interessantes não foram questionados, no entanto, Oliveira (2002) considera a monotonia como o grande vilão da motivação, levando os trabalhadores a perder o estímulo pela ginástica. Outro motivo que pode levar os trabalhadores a perder o interesse pela atividade é a presença de um profissional qualificado.

    A questão apresentada acima pode ser evidenciada quando questionamos os sujeitos a respeito das atividades realizadas durante as sessões de ginástica laboral, 100% dos entrevistados responderam que as atividades realizadas se limitam a exercícios de alongamento e aquecimento vocal, com raras exceções quando são realizadas atividades de recreação.

    De acordo com Polito e Bergamashi, 2003 (apud SHARCOW; CAÑETE, 1996), o ser humano nasceu para movimentos globais, e as condições de trabalho atuais, com alta repetitividade e monotonia, limitam a natureza humana.

    No entanto, não podemos esquecer que a ginástica laboral é a prática de exercícios físicos realizados coletivamente durante a jornada de trabalho, prescrito de acordo com a função exercida pelo trabalhador. Essa prática tem como finalidade prevenir doenças ocupacionais e promover o bem-estar individual por intermédio da consciência corporal: conhecendo, respeitando, amando e estimulando o próprio corpo (LIMA, 2003 apud LIMA e Colaboradores, 1998)

    Quando questionados a respeito da observação de alterações na qualidade de vida e rendimento profissional promovidos pela prática da ginástica laboral, observou-se que 57,14% dos sujeitos responderam que sim, enquanto que 42,86% disseram não ter observado nenhum tipo de alteração, o que pode ser observado na tabela 9.

Tabela 9. Classificação dos sujeitos quanto a percepção de alterações na qualidade de vida ou rendimento profissional proporcionados pela ginástica laboral

    As principais alterações percebidas pelos sujeitos foram melhora da condição física geral, correção de vícios posturais, melhora na voz, melhora na respiração, diminuição das dores provocadas pela fadiga muscular devido às posturas adotadas durante o trabalho e uma maior disposição para enfrentar o turno de trabalho.

    Todas essas alterações podem ser constatadas na literatura. Segundo Lima (2003), a ginástica laboral é um meio de valorizar e incentivar a prática de atividades físicas como instrumento de promoção da saúde e do desempenho profissional. Assim, a partir da diminuição do sedentarismo, do controle do estresse e da melhoria da qualidade de vida, o aumento da performance profissional, pessoal e social ocorrerá naturalmente.

    Embora não tenha sido questionado, alguns sujeitos justificaram a não observação da alteração na qualidade de vida, ao pouco tempo que estão na empresa e ao pouco tempo destinado a ginástica laboral. Alguns chegam a sugerir a inclusão de mais uma sessão de ginástica na jornada de trabalho.

    A fim de identificar a aceitação da recreação enquanto atividade meio da ginástica laboral, questionou-se os sujeitos participantes deste estudo a respeito dos seguintes aspectos: (a) o interesse dos sujeitos por atividades de recreação durante a sessão de Ginástica laboral; (b) as experiências dos sujeitos com atividades recreativas durante as sessões de ginástica laboral; (c) as sugestões dos praticantes para as atividades desenvolvidas durante as sessões de ginástica laboral.

    Quando questionados a respeito do interesse por atividades recreativas durante as sessões de ginástica laboral, 53,06% consideram muito interessante, enquanto que 38,78% consideram interessante, 6,12% consideram pouco interessante e 2,04% mostraram-se indiferentes ao assunto. Estes dados encontram-se na tabela 10.

Tabela 10. Classificação dos sujeitos quanto o interesse por atividades recreativas durante as sessões de ginástica laboral

    No que se refere a experiência dos sujeitos com atividades recreativas durante as sessões de ginástica laboral, observou-se que 79,59% dos entrevistados já praticaram atividades recreativas durante as sessões de ginástica laboral, enquanto que 20,41% não tiveram esta vivência (tabela 11).

Tabela 11. Classificação dos sujeitos quanto a vivencia da recreação enquanto atividade meio da ginástica laboral

    Dos 39 sujeitos que responderam ter vivenciado a recreação enquanto atividade meio da ginástica laboral, 53,85% consideram muito interessante, 30,77% consideram interessante 7, 69 % não responderam a questão, 5,13% consideram pouco interessante e 2,56% respondeu que considera divertida, e que tais atividades ajudam no relacionamento do grupo. Estes dados podem ser visualizados na tabela 12.

    Para Pinto (2005), a atividade lúdica ou recreativa é a atividade que a pessoa pratica e através da qual ela consegue atingir sua recreação... Brincar é saborear o momento presente como possibilidade de vivências de utopias, ou seja, com alegria, buscar interferir nos horizontes que enunciam o presente.

Tabela 12. Classificação dos quanto ao interesse pela recreação como atividade meio da ginástica laboral

    Andrade (2001) acredita que um dos fatores, que sem dúvida alteram ou podem influenciar na melhora da qualidade de vida de uma pessoa é o humor, uma pessoa bem humorada, sem dúvida atinge patamares mais interessantes de que outros, quebrando barreiras que para outros seriam intransponíveis, além do fator físico propriamente dito, muitas vezes discriminado pelas pessoas deixando estas afastadas de atividades físicas. Desta forma acredita-se que a atividade recreativa utilizada como meio da ginástica laboral pode contribuir para a melhora da qualidade de vida das pessoas.

    Cada vez mais lazer e empresa vêm se interpenetrando, em decorrência da clara e forte relação entre lazer e trabalho, nunca de oposição, mas sempre de mútua influência (MARCELLINO 2002 apud MARCELLINO, 2000).

    Não é mais possível uma análise “simplista” que considere que a relação existente entre lazer e empresa teria apenas como função a vinculação da entrada de valores da empresa no lazer do trabalhador, ampliando assim sua jornada de trabalho, fazendo com que este permaneça por mais tempo em seu perímetro, inclusive trazendo seus familiares (MARCELLINO, 2002).

    Quando questionados a respeito de possíveis intervenções nas sessões de ginástica laboral, observamos uma série de sugestões:

  1. A ginástica laboral deve ser ministrada somente por profissionais qualificados, descartando a presença de estagiários e monitores;

  2. Sejam incluídas nas sessões atividades relaxantes, como a massagem;

  3. As sessões devem ter um tempo de duração maior;

  4. As sessões devem conter mais atividades recreativas, possibilitando assim uma maior integração do grupo;

  5. Os exercícios físicos devem ser mais diversificados tornando as sessões mais motivantes;

  6. Inclusão de exercícios físicos em duplas;

  7. Aumentar o número de sessões por dia, assim em vez de ter apenas a ginástica preparatória pudesse acontecer também a ginástica de relaxamento.

Considerações finais

    O trabalho de ginástica na empresa a cada dia que passa tem tomado maior corpo, perante estudos realizados sobre sua importância bem como a conscientização daqueles que a praticam. Junto à empresa investigada observou-se que os operadores de telemarketing são indivíduos jovens, que apresentam um tempo de serviço na empresa que varia entre 2 e 48 meses, o que nos leva a acreditar na existência de em uma grande rotatividade de funcionários na empresa. Estes trabalhadores são submetidos a uma jornada de trabalho de 6 horas diárias, acrescida de 15 minutos de pausa para lanche e as atividades de ginástica laboral e demonstram um nível de satisfação razoável pela atividade que realizam. São indivíduos. O ambiente de trabalho é considerado bom o que é fundamental para o bom funcionamento de uma empresa.

    As sessões de ginástica laboral acontecem diariamente, o número de sessões realizadas os funcionários realizam até duas sessões de ginástica por jornada de trabalho, sendo uma sessão realizada antes do início da jornada de trabalho, podendo assim ser classificada como ginástica preparatória e a segunda considerada de pausa ou compensação que é facultativa onde o trabalhador poderá puxar em seu sistema, em qualquer período após a parada para lanche. O tempo de duração da sessão é de aproximadamente 15 minutos. As alterações na qualidade de vida e rendimento profissional promovidos pela prática da ginástica laboral, ainda não são evidenciados por grande parte dos sujeitos.

    A prática da recreação enquanto atividade meio da ginástica laboral é de grande interesse por parte dos entrevistados, que sugerem ainda que: (1) a ginástica laboral deve ser ministrada somente por profissionais qualificados, descartando a presença de estagiários e monitores; (2) sejam incluídas nas sessões atividades relaxantes, como a massagem; (3) as sessões devem ter um tempo de duração maior; (4) as sessões devem conter mais atividades recreativas, possibilitando assim uma maior integração do grupo; (5) os exercícios físicos devem ser mais diversificados tornando as sessões mais motivantes; (6) inclusão de exercícios físicos em duplas; (7) aumentar o número de sessões por dia, assim em vez de ter apenas a ginástica preparatória pudesse acontecer também a ginástica de relaxamento.

    A idéia é de que hoje o lazer na empresa, baseado nesse caso pelas atividades recreativas durante as sessões de ginástica laboral tomem corpo e importância na prevenção das doenças crônicas relacionadas com o trabalho, bem como na interação pessoal entre os próprios trabalhadores, os quais convivem por ¼ do seu dia ao lado de pessoas tão diferentes mas de anseios tão semelhantes; que essa atividade proporcione a esses trabalhadores momentos de descontração a fim de relaxarem de suas tensões pré-concebidas pelas pressões contextuais do emprego, a fim de tornarem sua produtividade melhorada, a fim de simplesmente arrancarem dele um sorriso, pois, segundo autor desconhecido, citado na epígrafe: “Um sorriso significa muito. Enriquece quem o recebe, sem empobrecer quem o oferece; dura apenas um segundo, mas a sua recordação, por vezes, nunca se apaga”.

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Anexo. Questionário

Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC

Centro de Educação Física, Fisioterapia e Desportos – CEFID

Curso de Educação Física

    O questionário a seguir faz parte de um estudo que tem como objetivo investigar a prática da ginástica laboral, desta forma solicitamos sua colaboração no sentido de responder as questões abaixo relacionadas.

1.     Sexo: Masc ( ) Fem ( )

2.     Idade:_____anos

3.     Formação Acadêmica:

( ) Básico Completo ( ) Incompleto

( ) Médio Completo ( ) Incompleto

( ) Superior completo ( ) Incompleto

( ) Pós-Graduação completo ( ) Incompleto

4.     Quanto tempo de trabalho tem na empresa atual? ______________

5.     Qual a função desenvolvida por você na empresa?___________________________________

6.     Qual é a sua jornada diária de trabalho?___________________________________________

7.     Qual o grau de satisfação que você tem pela atividade profissional que realiza?

( ) Nenhum

( ) Pouco

( ) Razoável

( ) Muito

8.     Como você considera seu ambiente de trabalho?

( ) Muito ruim

( ) Ruim

( ) Regular

( ) Bom

( ) Muito bom

9.     Você considera importante a prática da ginástica laboral?

( )Sim

( )Não

10.     Quantas sessões de ginástica laboral você realiza por jornada de trabalho? ____________

11.     Como você classificaria as atividades desenvolvidas durante as sessões de ginástica laboral?

( ) Pouco interessante

( ) Interessante

( ) Muito interessante

( ) Indiferente

( ) Nenhuma das anteriores. Qual?____________________________________

12.     Que tipo de atividade você realiza durante as sessões de ginástica laboral?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

13.     Você observou alguma alteração em sua qualidade de vida ou em seu rendimento profissional depois que iniciou o programa de Ginástica Laboral?

( )Sim

( )Não

14.     Se sim, quais as alterações você pode perceber e destacaria?

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

15.     O que você pensa sobre um momento de descontração e recreação durante a Ginástica Laboral e a rotina de trabalho?

( ) Dispensável

( ) Indiferente

( ) Interessante

( ) Muito interessante

16.     O que você pensa sobre utilizar atividades recreativas durante as sessões de Ginástica Laboral?

( ) Pouco interessante

( ) Interessante

( ) Muito interessante

( ) Indiferente

( ) Nenhuma das anteriores. Qual?____________________________________

17.     Já teve alguma vivência com a Ginástica Laboral de forma recreativa?

( )Sim

( )Não

Se você respondeu sim a questão anterior, responda a questão abaixo, se respondeu não passe para a questão de n° 19

18.     Como você classificaria a vivencia que você teve com a ginástica laboral de forma recreativa?

( ) Pouco interessante

( ) Interessante

( ) Muito interessante

( ) Indiferente

( ) Nenhuma das anteriores. Qual?____________________________________

19.     Se você pudesse intervir nas sessões de ginástica laboral, que tipo de atividade você sugeriria?

________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________

________________________________________________________________________________________________

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