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A construção coreográfica. Explorando seus processos de composição

La construcción coreográfica. Explorando sus procesos de composición

 

*Graduada em Educação Física

**Orientação

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Departamento de Educação Física – CCS

Lanuzia Tércia Freire de Sá*

Prof. Dra. Larissa Kelly de Tibúrcio**

lalanuzia@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O estudo teve por objetivo investigar sobre os processos de construção coreográfica em dança, a partir de uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória. Visando esclarecer dúvidas relacionadas à qualidade desse trabalho e como aperfeiçoá-lo.

          Unitermos: Dança. Coreografia. Construção coreográfica.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 152, Enero de 2011. http://www.efdeportes.com/

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A coreografia

    Podemos inicialmente definir coreografia como a estrutura dada aos movimentos de dança para expressar determinada ideia. Observamos ainda que é o “desenho” da dança, criado para comunicar, por meio dos gestos dos bailarinos, onde são abertos a diferentes interpretações.

    Baseado em Costa (2005), devemos estudar a coreografia segundo três fenômenos – Estudos coreológicos da dança, fases da criatividade e composição das partes da coreografia, levantando considerações sobre o processo criativo na dança e o envolvimento dos participantes.

    A abordagem feita por Katz (2005) deu sua colaboração acerca da percepção nos processos criativos na dança, expondo três fases da percepção:

    Tomando livremente essas três fases, vemos que os estímulos são colhidos, trazidos e encarnados no corpo que os transformam e os impulsionam para fora, em ação criativa. A ligação entre o dentro e o fora, o antes e o depois é a percepção (corporificada) produzindo a linguagem e assim dando inicio a criação coreográfica.

    O momento em que elaboramos a coreografia, manipulando os elementos da dança, combinando formas e os fatores de movimento, construindo as ações e os relacionamentos, incorporando os sons e o ritmo, enfim, é o momento da composição, o momento em que elaboramos a produção da dança, a qual o produto desse processo é a coreografia (Barreto, 2004).

    Encontramos ressonância em Lobo (2008), mostrando de forma mais metodológica a criação coreográfica, com base em três vértices do triângulo da composição: o imaginário criativo, corpo cênico (bailarinos, figurinos e cenários) e movimento estruturado (individual ou em grupo). Sabendo-se que o processo inicia através de táticas direcionadas ao vértice do triângulo o “imaginário criativo”, com base nas ideias iniciais.

    Muitas coreografias têm mais presente um ou outro vértice e suas ações podem ser consideradas como as palavras de uma escrita que, juntas, formam as frases. Onde cada ação carrega consigo, conteúdos e significados, abertos a várias interpretações, dependendo de seus arranjos com os demais componentes e em relação com seus outros dois vértices do triângulo.

    Outras metodologias que podem se integrar ao desenvolvimento de uma coreografia são, segundo Lobo (2008), a elaboração das narrativas a partir de fórmulas pré-definidas, pode ser uma coreografia “Narrativa”, onde temos uma ideia central como um fio condutor da dança. Ou também a fragmentação, que vai sendo tecida a lógica da coreografia a partir de materiais fragmentados e sem ligação, para cada um fazer sua interpretação dar seu sentido final, esta técnica é muito utilizada em criações contemporâneas.

    Quando pensamos que está terminada a criação, ainda podemos prosseguir mantendo-se em estado de escuta. Observe a composição que você criou, fazendo-se alguns questionamentos como: Suas ideias estão claras e fazem sentido pra você? A construção está coerente com o que você almejava? O que era pessoal agora pode ser considerado universal? Os interpretes apropriaram-se dos movimentos e das intenções que compõe a coreografia? O uso e a exploração do espaço estão adequados? Sua estrutura está interessante e inovadora? Entre outras (LOBO, 2008), fazendo assim, uma revisão geral da composição, realizando os devidos ajustes.

Bibliografia

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