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Da sala de cinema à academia: a influência dos filmes de 

ação na apropriação dos praticantes de kung fu chinês no Brasil

De la sala de cine al gimnasio: la influencia de las películas de acción en la 

apropiación por parte de los practicantes de kung fu chino en Brasil

 

Departamento de Educação Física – UFPR

Curso de Mestrado em Educação Física

Centro de Pesquisa em Esporte, Lazer e Sociedade – CEPELS

(Brasil)

Fernando Dandoro Castilho Ferreira

Ricardo João Sonoda Nunes

Wanderley Marchi Júnior

fernando_dcf@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Originalmente criadas para defesa própria e como artes da guerra, as artes marciais acompanharam as alterações ocorridas na sociedade, apresentando hoje uma conotação totalmente diferente de prática. Estas adaptações proporcionaram um novo enfoque, tornado-se entre outros, modalidades esportivas, atividades recreativas ou meras práticas corporais. Desta forma, nas suas mais diversas representações, as artes marciais atraem para si inúmeros adeptos que as buscam sob diferentes formas de apropriação. Muitos destes praticantes, antes mesmo de conhecerem possíveis benefícios que tais artes possam trazer, acabaram tendo um envolvimento com tais modalidades fruto da influência despertada pela mídia cinematográfica. Este estudo objetiva analisar como se dá tal influência, bem como discutir o papel da mídia na aproximação de praticantes com a modalidade marcial chinesa do Kung Fu. Para isto utilizamos uma análise bibliográfica de estudos recentes sobre a temática, esperando-se assim, contribuir na compreensão desta possível influência na apropriação dos praticantes das artes marciais chinesas.

          Unitermos: Artes Marciais Chinesas. Cinema. Mídia. Brasil.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 151, Diciembre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Sentado à frente da televisão, ou em uma sala de cinema, pessoas de diferentes classes se deparam com filmes de ação, onde na maioria das vezes, praticantes orientais trajando roupas estranhas para um ocidental, portando uma espada ou um bastão, ou mesmo à mão livre, defrontam-se entre gritos, socos, chutes e vôos acrobáticos, com um número grandioso de oponentes, sagrando-se sempre vencedor, sem quase nenhum dano físico ou mesmo demonstrando qualquer sinal de desgaste ou cansaço. Após esta excitante cena, acompanha-se o jovem lutador, que se dirige a um mosteiro ou se retira para meditação ou reflexão, como se nada tivesse acontecido. Assombrado com este desempenho e controle, é possível que muito em breve tal platéia se dirija a uma academia para tentar desvendar esta misteriosa técnica, de preferência com um mestre asiático de longas barbas brancas e um peculiar jeito de se vestir e ensinar.

    Este é um roteiro simbólico, mas que provavelmente serve para ilustrar a reação que muitas vezes os filmes de artes marciais despertam no expectador. Este interesse momentâneo levou inúmeras pessoas a se tornarem praticantes devotados de tais modalidades, muitos posteriormente alcançando altos níveis de graduação junto às mesmas, fruto de um tempestuoso efeito causado por estes filmes, muitos dos quais inclusive, de baixíssima qualidade técnica.

    Este estudo objetiva através de uma revisão de literatura junto a estudos recentes sobre a temática marcial, analisar a influência da mídia na apropriação das artes marciais chinesas no Ocidente, especificamente no Brasil, esperando auxiliar na compreensão de tal aspecto.

Os filmes de ação e o kung fu chinês

    Provavelmente ao se adentrar em uma academia e questionar seus praticantes, muitos certamente responderão que começaram a praticar artes marciais influenciados por algum filme de ação que assistiram. De forma ainda mais contundente, certamente todos saberão os nomes de alguns dos atores espetaculares que protagonizam tais películas, ou mesmo de filmes recentes sobre a temática. Longe de causar espanto, tal relação entre mídia e as modalidades esportivas têm gerado inúmeros estudos e discussões, particularmente se tratando das artes marciais, alguns estudos recentes tem acompanhado tal análise, entre eles PIMENTA (2008), MARTA (2009), APOLLONI (2004), aos quais utilizaremos para fazer tal discussão.

    O advento dos filmes de ação no Brasil ocorreu entre as décadas de 60 e 70, onde esse gênero costumava lotar as salas de cinema. Isso contribuiu de forma contundente na apropriação das práticas marciais orientais. O Kung Fu chinês também foi beneficiado por este espaço na mídia, o que acabou por atrair inúmeros praticantes, bem como o surgimento de várias academias que se utilizaram da demanda gerada por esse interesse produzido pela mídia.

    O termo Kung Fu serve para designar as práticas marciais chinesas no Ocidente. Antes de se adentrar nesta discussão, mostra-se crucial um breve esboço da gênese das artes marciais e mais especificamente no caso deste estudo, do Kung Fu chinês. Nas artes orientais, os registros históricos apontam para práticas milenares, com direta relação com filosofias e religiões como Budismo, Taoísmo, etc. Tais práticas se mostram antiqüíssimas, sendo parte importante da história destas civilizações. Apolloni (2004) apresenta em sua revisão representações marciais chinesas com três mil anos, em vasilhas de bronze datadas de cerca de 1000 anos a.C.. Imamura (1994) apresenta o relato da origem mítica das artes marciais1, datada esta em 4000 a 2000 a.C, no período dos soberanos míticos. De acordo com Ferreira (2008) a gênese do Kung Fu remontaria os primórdios da própria civilização chinesa, onde relatos antiqüíssimos e certos utensílios servem como registros para entender melhor a relação destas práticas com a sociedade chinesa. Esta relação com as religiões locais e com a medicina acabou por criar conceitos únicos de combate. No entanto, essa misteriosa arte marcial só passou a ser apresentada ao Ocidente de forma aberta quando os filmes de ação tiveram sua ascensão.

    Muitos foram os filmes que se utilizaram destas artes de combate, sendo inúmeros os atores que se tornaram célebres em virtude de suas espetaculares cenas de ação. No entanto, a representação de tais práticas no cinema parece um tanto desvirtuada da realidade destas artes marciais, o que acabou por criar uma relação complexa, onde em um primeiro momento o futuro praticante se sente atraído e motivado para se iniciar no treinamento, e em um segundo, se desinteressar rapidamente em virtude das dificuldades exigidas para a objetivada evolução técnica, esforço este pouco representado nos filmes. A própria tradução do termo Kung Fu remete para algo que é feito com esforço, algo que exige empenho e dedicação para se conseguir ao longo do tempo, como apresenta Imamura (1994) e Rafael (2006), sendo este um conceito bastante diferente do apresentado em tais filmes. Segundo Pimenta (2008, p.1)

    São conhecidas suas formas de expressões características em filmes, histórias em quadrinhos e desenhos animados com golpes que desafiam o pensamento racional, pois a elas associa-se um alto valor religioso de características místicas e transcendentais, especialmente no tocante às artes marciais com origem no extremo oriente. Portanto, suas variações encontram-se em um quadro bipolarizado, do misticismo religioso oriental e da desmistificação quando associado a representação do esporte formal, portanto, de difícil definição.

    De acordo com o estudo realizado por Apolloni (2004), dois “produtos” marcariam a influência da mídia na divulgação do Kung Fu. O primeiro seriam os filmes da década de 70, destacando-se os realizados pelo ator Bruce Lee2, cuja influência pode ser sentida até os dias de hoje, sendo possível encontrar revistas, pôsteres, filmes, celulares, comerciais e jogos de vídeo game que se utilizam ainda da imagem do ator. O segundo grande produto foi à série televisiva intitulada “Kung Fu” que influenciou sobremaneira a apropriação desta arte marcial, sendo exibida no Brasil em 1975. De acordo com Apolloni (2004) esta série pode ter influenciado inclusive a forma de se designar as artes marciais chinesas no Brasil. Os chineses não usam tal denominação, optando por termos como Wushu e Kuoshu ao invés de Kung Fu para designar suas práticas marciais, mas em virtude do impacto causado pela série, entre outras produções, os mestres que aqui começaram a transmitir seus ensinamentos optaram por utilizar tal terminologia, facilitando a apropriação, bem como fazendo uso da facilidade mercadológica surgida. Estas produções cinematográficas, além dos demais filmes deste período, alavancaram outros segmentos como a mídia literária, que acabaram por produzir inúmeras obras entre livros e revistas que abordavam a temática marcial. Segundo Apolloni (2004, p.78)

    Os anos 70 foram marcados pelo surgimento, no Ocidente, de produtos culturais relacionados à representação no Kung-Fu: filmes e séries televisivas, histórias em quadrinhos, músicas e publicações populares. A presença desses produtos levou pesquisadores a identificarem a arte marcial chinesa como fenômeno transcultural, ou seja, que já deixou os limites de uma cultura nacional e foi apropriado (e realimentado) por fontes culturais diversas. Diferentemente de produtos anteriores voltados à representação da cultura chinesa, marcados pelo estranhamento e pelo preconceito racial, eles se centraram na marcialidade e em valores considerados nobres pela sociedade ocidental, como habilidade marcial, sabedoria, coragem e honra.

    Assim, não apenas a mídia cinematográfica teve papel fundamental, como o Kung Fu passou a ser abordado por outros espaços da mídia. Esta relação será agora brevemente discutida, tentando se analisar o papel que a mídia teve na apropriação ocidental do Kung Fu chinês.

Discussão

    A principal questão que permeia o estudo de Marta (2009)3 foi verificar como o Brasil, país distante geográfica e culturalmente dos países do Oriente, acolheu as práticas corporais surgidas naquela região. Esta discussão interessante acabou apontando também para influência da mídia cinematográfica na apropriação marcial chinesa. Ainda segundo este autor (2009)

    O que se observa atualmente no Brasil é que as artes marciais passaram por processo de massificação que, à primeira vista, parece ter contado com o apoio de três fatores: a) a chegada e o posterior estabelecimento, a partir do início do século XX, de grupos imigrantes de origem oriental – algo que já destaquei anteriormente -; b) a influência dos meios de comunicação de massa, sobretudo o cinema e a televisão; c) o processo de esportivização vivenciado não apenas pelas artes marciais, mas também por outras práticas corporais. Os detalhes desse processo ainda carecem de mais estudos.

    O impacto causado pelo avanço das produções cinematográficas parece contribuir e influenciar no aumento do interesse por tais práticas. Marta (2009) aponta ainda alguns questionamentos nesta relação, a saber: como as representações foram influenciadas por tais expressões artísticas? Qual a relação dessas representações com a realidade cotidiana dessas práticas? Estas representações teriam realmente auxiliado no aumento do interesse pela prática das artes marciais orientais no Ocidente? E, por fim, quais as características desse público? Ao buscar responder tais aspectos, alguns pontos interessantes parecem surgir e contribuem para esta análise. O depoimento de um mestre chinês apresentado pelo autor observa que poucos conheciam o Kung Fu no Brasil, e que sua decisão de ensinar esta arte marcial surgiu em decorrência do sucesso dos filmes exibidos. Este relato corrobora com o estudo de Apolloni (2004) onde constatação semelhante pode ser percebida, ou seja, a influência que estes filmes tiveram na abertura de academias e na procura por tais práticas até então desconhecidas. No entanto, uma segunda questão acaba por surgir, qual seja, de que embora os filmes tenham exercido importante papel na difusão das artes marciais, o desconhecimento e distanciamento destas práticas como é demonstrado na maioria das vezes na tela, acabaram gerando dificuldades na apropriação destas modalidades. Algumas explicações podem contribuir nesta discussão, como a forma fantasiosa com que os combates são abordados, o pouco cuidado com realidades históricas, culturais e geográficas, a dificuldade de compreensão dos aspectos orientais por um ocidental, e por fim, o tipo de público buscado. Esta confusão gerada é ilustrada no comentário de Marta (2009, p.140)

    Mais interessante ainda foi a constatação de que, mesmo se tratando de um estilo diferente (o mestre ensinava Karatê e os filmes representavam o Kung Fu), isso pouco importou, pois o que movia as pessoas era o interesse pela prática de uma arte marcial oriental, pouco importando se era Kung Fu, Karatê ou qualquer outra.

    Conforme apresenta Pimenta (2007) os veículos de comunicação muitas vezes tratam destas atividades de uma forma complexa, marginalizando processos históricos e sociais que contribuíram para suas formações. Em outra obra deste autor, (2008) ele apresenta dados referentes ao espantoso número de praticantes das modalidades marciais de origem asiática, sendo o Kung Fu possuidor de 370 mil praticantes. Longe de ser uma quantidade desprezível, este grandioso número de adeptos serve-se muitas vezes da espetacularização de tal modalidade para o atendimento de sua demanda. De acordo com Marta (2009, p.11)

    Apesar de não possuir Chinatowns e nem uma colônia chinesa das mais expressivas em termos numéricos, o Brasil conheceu o moderno Kung-Fu praticamente ao mesmo tempo em que os demais países do Ocidente. Por aqui, como em quase todos os lugares fora da China e da grande faixa histórica de concentração de chineses ultramarinos (Sudeste Asiático), a aproximação entre sociedade e marcialidade chinesa se deu, fundamentalmente, a partir da indústria do entretenimento do século XX (literatura popular, cinema e televisão).

    Esta apropriação acabou por gerar um processo tido pelo autor como uma redefinição de valores. Segundo seu estudo, grande parte dos filmes aqui transmitidos são frutos das produções norte-americanas, ou, então, filmes chineses lidos pelo mercado norte americano e, a partir daí, redirecionados para outros países. Assim, muitos mestres de Kung Fu passaram a ser chamados genericamente de professores de Karatê, ou vice-versa, já que os filmes não tinham nenhum cuidado neste sentido, de mostrar algo que realmente representasse as artes marciais que ilustravam o título de grande parte das produções. Em virtude disto, entre outros aspectos, Pimenta (2008) analisa o cenário marcial como sendo um campo de difícil definição. Conforme conclui Marta (2009, p.178)

    Para que a introdução e disseminação fossem possíveis, essas práticas tiveram que iniciar um processo de tradução. Algumas delas iniciaram esse processo ainda em seus países de origem, outras, por sua vez, somente no país receptor, no caso o Brasil. De qualquer maneira, o ponto fundamental é que esse processo de tradução caminhou em um sentido bem definido, o da modernização dessas práticas, que conferiu um novo sentido às artes marciais orientais, na medida em que fez com que essas práticas, aos poucos, fossem se distanciando de sua finalidade original, a de ser preparação para a Guerra.

Conclusão

    As alterações na forma tradicional do Kung Fu chinês em decorrência de sua Ocidentalização é um ponto que merece uma análise mais ampla4. No entanto, a importância da mídia cinematográfica para tal distorção e perspectiva moderna mostra-se bastante aparente. De difícil mensuração, cujo enfoque em nenhum momento foi objeto deste estudo, esta relação mídia e artes marciais mostram-se como um caminho de duplo sentido, onde benefícios e dificuldades podem ser analisados de maneira individualizada, porém, sob o risco de se ultrapassar uma linha tênue que separa tais aproximações.

    A título de exemplificação, entre os benefícios possíveis de serem citados, podemos apontar o filme lançado em 1981, intitulado "The Shaolin Temple". Este filme como aponta Apolloni (2004) teria sido responsável pelo ressurgimento de um interesse pelo até então esquecido Templo, tendo está redescoberta gerado um assombroso interesse turístico pela região e por quaisquer fatos relacionados ao agora famoso local. Passível de um estudo pormenorizado, este fato, que num primeiro olhar pode apontar para algo benéfico, já que o Templo foi restaurado, a região valorizada, etc., pode ser visto como uma abertura discutível ou mesmo prejudicial sob outros pontos de análise.

    Assim, enquanto alguns podem ter se beneficiado da relação Kung Fu e mídia (como os mestres que passaram a divulgar abertamente esta arte, ou mesmo o mercado cinematográfico), outros podem sentir-se prejudicados (haja vista que em um primeiro momento a abertura generalizada do ensino do Kung Fu não foi positivamente aceita por parte da comunidade marcial chinesa, receosa de sua expansão e do ensino aos não chineses). No entanto, como aponta Betti (1997) não se pode mais tentar desassociar as práticas esportivas da mídia. A esta relação moderna aponta DEBORD (1997, p.27)

    A perda da qualidade, tão evidente a todos os níveis da linguagem espetacular, dos objetos que ela louva e das condutas que ela regula, não faz senão traduzir os caracteres fundamentais da produção real que repudia a realidade: a forma-mercadoria é de uma ponta a outra a igualdade consigo própria, a categoria do quantitativo. É o quantitativo que ela desenvolve, e ela não se pode desenvolver senão nele.

    Esta não é uma relação abraçada apenas pelo Kung Fu, outras artes marciais fazem uso da mídia em suas diferentes formas, onde podemos citar o papel da mídia nos Jogos Olímpicos para o Judô e o Taekwondo, bem como das competições de Vale-Tudo para o Jiu-Jitsu, entre outros. Desta forma, filmes marciais, de qualidade ou não, surgem e continuarão a surgir, influenciando platéias do mundo inteiro a buscarem conhecer e aprender as práticas marciais. O que encontrarão nas academias é que deve ser o principal e discutível objeto de análise, onde a qualificação de mestres e professores, a manutenção dos valores e tradições destas, é que poderão apontar para um direcionamento diferente, onde os filmes terão influência limitada perante a realidade prática de tais artes.

Notas

  1. Este conto narrado pelo autor aponta para um clássico da mitologia chinesa, onde o Imperador Amarelo (Huang Di), teria duelado com Chi You (o deus da violência), e que após consultar a fada Xuan Nu, Huang Di aprendera os segredos das artes marciais sagrando-se vencedor. In: IMAMURA, Léo. Ving Tsun Biu Je. São Paulo: Biopress, 1994.

  2. Bruce Lee, nascido em São Francisco em 1940 foi protagonista de filmes de grandioso sucesso na década de 70, tendo uma grande influência na forma de atuar e sendo por muitos considerado como o maior divulgador das artes marciais. Iniciou-se na prática do Kung Fu em Hong Kong, praticando o estilo Ving Tsun com o Mestre Ip Man. Aos 18 anos de idade retornou aos EUA onde passou a ensinar Kung Fu e fazer aparições e demonstrações que muito contribuíram na divulgação desta então desconhecida arte marcial. Retornou para Hong Kong onde realizou três produções de grande sucesso, e por fim, um filme sino-americano, Enter the Dragon (1973), no Brasil chamado de Operação Dragão, lançado pouco depois de sua precoce morte, que lhe garantiu sucesso internacional. Além destes, outros filmes foram concluídos após seu falecimento, com imagens arquivadas do ator. Sua contribuição, no entanto, ultrapassa o gênero cinematográfico, tendo deixado um precioso legado para as artes marciais em geral.

  3. MARTA, Felipe Eduardo Ferreira. A memória das lutas ou o lugar do “DO” : as artes marciais e a construção de um caminho oriental para a cultura corporal na cidade de São Paulo. Tese de Doutorado, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2009.

  4. Alguns estudos podem auxiliar o leitor interessado na análise do Processo de Ocidentalização das artes marciais, como Pimenta (2007), Marta (2009) Ferreira (2009).

Referências

  • APOLLONI, Rodrigo Wolff. Shaolin à brasileira: Estudo sobre a presença e a transformação de elementos religiosos orientais no Kung- Fu praticado no Brasil. Dissertação de Mestrado, PUC- São Paulo, 2004.

  • BETTI, Mauro. A janela de vidro: Esporte, televisão e Educação Física. Tese de Doutorado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas-SP, 1997.

  • DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Editora Contraponto, Rio de Janeiro, 1997.

  • FERREIRA, Fernando D.C. Possibilidades de aproximações entre o Processo Civilizador e as artes marciais: O caso do Kung Fu tradicional. Esporte na América Latina: Atualidade e Perspectivas, Alesde, Curitiba, PR,2008.

  • IMAMURA, Léo. Ving Tsun Biu Je. São Paulo: Biopress, 1994.

  • MARTA, Felipe Eduardo Ferreira. A memória das lutas ou o lugar do “DO”: as artes marciais e a construção de um caminho oriental para a cultura corporal na cidade de São Paulo. Tese de Doutorado, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2009.

  • PIMENTA, Thiago Farias da Fonseca. Imaginário e Identidades Ocidentais: Contribuição para a interpretação das artes marciais no Brasil. I Encontro da Associação Latino-Americana de Estudos Sócios- Culturais do Esporte (ALESDE), 2008, Curitiba. Esporte na América Latina: Atualidade e Perspectivas, 2008.

  • PIMENTA, Thiago Farias da Fonseca. A constituição de um sub campo do esporte: o caso do Taekwondo. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Paraná,Curitiba, PR, 2007.

  • RAFAEL, Orlando de Oliveira.“Paidéia à chinesa?” A formação do indivíduo através da prática do kung-fu. Monografia de Licenciatura em Educação Física. Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2006.

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