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Orientações sobre os esportes nos Parâmetros Curriculares 

Nacionais do Ensino Fundamental. Ciclo II: Educação Física

Orientaciones sobre los deportes en los Parámetros Curriculares Nacionales de Educación Básica. Ciclo II: Educación Física

 

CEUCLAR – UFSCar – SEE/SP

www.ufscar.br/~defmh/spqmh/

(Brasil)

Fábio Ricardo Mizuno Lemos

fabiomizuno@yahoo.com.br

Engels Câmara

engels@iris.ufscar.br

 

 

 

 

Resumo

          O objetivo deste trabalho é auxiliar na localização da perspectiva adotada para o esporte a ser ensinado no ensino fundamental – ciclo II. A análise e conseqüente apresentação de excertos significativos foram pautadas nos parâmetros curriculares nacionais: Educação Física – ensino de quinta a oitava séries.

          Unitermos: Esporte. Educação Física. Escola. Documentos oficiais.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 150, Noviembre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Seguindo a proposta iniciada no trabalho intitulado “Os esportes em documentos oficiais da educação infantil e do ensino fundamental, ciclo I” (LEMOS, 2010), este texto tem a pretensão de auxiliar na localização da perspectiva adotada para o esporte a ser ensinado no ensino fundamental – ciclo II, tendo como documento de análise, os Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física – ensino de quinta a oitava séries (BRASIL, 1998).

    Para isso, realizamos um compêndio que destaca os trechos mais significativos relacionados ao conteúdo – Esporte, divididos em:

  1. Referências aos esportes: são apresentados excertos significativos relacionados com o termo esporte e suas variações;

  2. Referências aos esportes específicos: são destacados os trechos significativos relacionados aos quatro esportes “tradicionalmente” (a personificação da tradição pode ser visualizada nas quadras poliesportivas escolares) mais desenvolvidos nas aulas de Educação Física escolar: basquetebol, futebol, handebol e voleibol.

  3. Referências aos objetivos: são expostos os objetivos da Educação Física escolar no Ensino Fundamental – Ciclo II.

    Visando facilitar a visualização, as palavras relacionadas com esporte, assim como, com basquete, vôlei, handebol e futebol, e suas variações, estão destacadas em letras maiúsculas.

1.     Referências aos esportes

Educação Física e a cultura corporal de movimento

    “Com um caráter predominantemente utilitário ou lúdico, todas visam, a seu modo, a combinar o aumento da eficiência dos movimentos corporais com a busca da satisfação e do prazer na sua execução. A rigor, o que define o caráter lúdico ou utilitário não é a atividade em si, mas a intenção do praticante; por exemplo, um ESPORTE pode ser praticado com fins utilitários, no caso do ESPORTISTA profissional, e pode ser praticado numa perspectiva de prazer e divertimento, pelo cidadão comum.” (BRASIL, 1998, p.28).

    “Portanto, entende-se a Educação Física como uma área de conhecimento da cultura corporal de movimento e a Educação Física escolar como uma disciplina que introduz e integra o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir dos jogos, dos ESPORTES, das danças, das lutas e das ginásticas em benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida. Trata-se, portanto, de localizar em cada uma dessas modalidades (jogo, ESPORTE, dança, ginástica e luta) seus benefícios humanos e suas possibilidades de utilização como instrumentos de comunicação, expressão de sentimentos e emoções, de lazer e de manutenção e melhoria da saúde. E a partir deste recorte, formular as propostas de ensino e aprendizagem da Educação Física escolar.” (BRASIL, 1998, p.29).

    “É fundamental também que se faça uma clara distinção entre os objetivos da Educação Física escolar e os objetivos do ESPORTE, da dança, da ginástica e da luta profissionais. Embora sejam uma fonte de informações, não podem transformar-se em meta a ser almejada pela escola, como se fossem fins em si mesmos.” (BRASIL, 1998, p.29).

Educação Física e cidadania

    “A compreensão da organização institucional da cultura corporal de movimento na sociedade, incluindo uma visão crítica do sistema ESPORTIVO profissional, deve dar subsídios para uma discussão sobre a ética do ESPORTE profissional e amador, sobre a discriminação sexual e racial que neles existe. Essa discriminação pode ser compreendida pela explicitação de atitudes cotidianas, muitas vezes inconscientes e automáticas, pautadas em preconceitos. Contribui para essa compreensão, por exemplo, o conhecimento do processo político e histórico de inclusão dos negros e das mulheres nas práticas organizadas dos ESPORTES em olimpíadas e campeonatos mundiais. Pode, ainda, favorecer a formação de uma consciência individual e social pautada no bem-estar, em posturas não-preconceituosas e não discriminatórias e, ainda, no cultivo dos valores coerentes com a ética democrática.” (BRASIL, 1998, p.31).

Mídia e cultura corporal de movimento

    “No caso do ESPORTE, a televisão produziu uma nova modalidade - o ESPORTE espetáculo - que se apóia na sofisticação de modernos recursos tecnológicos. Nas transmissões de natação, ginástica, hóquei, pára-quedismo, VÔLEI, corrida de automóveis, ESPORTES na neve, ciclismo, e ESPORTES radicais, o close, a câmara lenta, o replay, os recursos gráficos propiciados pela informática, as minicâmaras acopladas nos capacetes dos atletas e nos automóveis de corrida tornam quase todas as modalidades espetáculos televisivos em potencial. Mesmo as tradicionais transmissões de partidas de FUTEBOL utilizam cada vez mais câmaras, microfones no campo, replay computadorizado (o tira-teima) e outros recursos que propiciam ao telespectador uma experiência muito diferente de assistir ao vivo.” (BRASIL, 1998, p.32-33).

Ética

    “No caso específico dos jogos, ESPORTES e lutas, certamente não se pode estabelecer uma relação direta entre uma atitude pautada na ética dentro e fora da situação de jogo, ou seja, ser justo no jogo não implica necessariamente ser justo nas relações sociais concretas e objetivas. O inverso também é verdadeiro, pois nem sempre uma atitude pautada no respeito mútuo se mantém no calor de uma disputa lúdica. Nesse universo de situações, portanto, podem-se valorizar a possibilidade de construção coletiva e a priori das regras e os acordos firmados entre os participantes. Pois quando ocorre um descumprimento do que foi combinado se estabelece uma relação de responsabilidade pela conseqüência das atitudes intrínsecas à própria atividade.” (BRASIL, 1998, p.35).

    “Nos jogos, ESPORTES e lutas em que existem regras delimitando as ações, surgem dois elementos interessantes para a discussão de valores éticos: um deles é a simulação de fatos e o outro é a figura do árbitro. Por exemplo, num jogo de FUTEBOL, um atacante entra na área, dribla o jogador da defesa, mas adianta demais a bola e, ao perceber que perdeu a jogada, imediatamente se lança ao chão, simulando ter sofrido uma falta. Essa situação pode ser pano de fundo para uma interessante discussão, pois apesar das possíveis vantagens resultantes da simulação, o jogador segue sendo responsável por um ato que sabe desonesto.” (BRASIL, 1998, p.35).

    “A apreciação do ESPORTE-espetáculo permite conhecer e diferenciar as referências de valores e atitudes presentes nas práticas da cultura corporal exercidas profissionalmente, nas quais, obviamente, a vitória, a derrota, a regra e a transgressão da regra adquirem outra conotação, outro tipo de conseqüência.” (BRASIL, 1998, p.36).

Saúde

Valores e conceitos

    “Em síntese, os conceitos e valores sobre as práticas corporais são divulgados dando mais ênfase aos produtos da prática e menos aos processos. Assim, a prática do ESPORTE resultaria necessariamente em saúde, a dança em capacidade expressiva, a convivência lúdica em relacionamento integrado, o exercício em boa forma, o esforço em sucesso e bem-estar, a prática sistemática em disciplina, e a superação de limites na satisfação e no prazer. As práticas da cultura corporal aparecem, quase sempre, em relações de causa e efeito que não são necessariamente verdadeiras e, em alguns casos, em premissas efetivamente falsas (por exemplo, de que exercícios abdominais emagrecem). Parece restar ao sujeito apenas submeter-se, adaptar-se a metas e padrões estabelecidos de antemão. Ou, sentindo-se incapaz, alienar-se, não se permitindo vivenciar a experiência.” (BRASIL, 1998, p.37).

Procedimentos

    “Nenhum discurso racional, por mais elaborado que seja, pode substituir a experiência prática e a vivência corporal. O movimento é real e não virtual. O gesto é a sensação, a emoção, a reflexão, a possibilidade de comunicação e satisfação. Todas as modalidades de ESPORTE, dança ou ginástica, têm existência na medida em que são exercidas por pessoas. Pode parecer óbvio, mas a cultura corporal existe na medida em que é cultivada.” (BRASIL, 1998, p.38).

Pluralidade cultural

    “As regras dos jogos, as adaptações dos ESPORTES, assim como as expressões regionais, ganham um sentido maior quando vivenciadas dentro de um contexto significativo, que permita, por exemplo, comparar a capoeira que se pratica na Bahia com a capoeira que se pratica em São Paulo. Pode-se, ao contextualizar aspectos relativos à expressão cultural e ao treinamento para competição, explicitar a trajetória da imigração de uma cultura, sua apropriação por outras culturas, trazendo à tona os valores e usos dados por seus protagonistas.” (BRASIL, 1998, p.39).

MEIO AMBIENTE

    “Na sociedade contemporânea assiste-se ao cultivo de atividades corporais praticadas em ambientes abertos e próximos da natureza. São exemplos dessa valorização o surfe, o alpinismo, o bice-cross, o jet-ski, entre os ESPORTES radicais; e o montanhismo, as caminhadas, o mergulho e a exploração de cavernas, entre as atividades de lazer ecológico. Se por um lado é possível perceber nessas práticas uma busca de proximidade com o ambiente natural, também é necessário estar atento para as conseqüências da poluição sonora, visual e ambiental que essas atividades podem causar. As características básicas de algumas dessas modalidades, como o individualismo, a busca da emoção violenta (adrenalina), a necessidade de equipamentos sofisticados e caros, devem ser discutidas e compreendidas no contexto da indústria do lazer. Ou seja, é ingênuo pensar que apenas a prática de atividades junto à natureza, por si só, é suficiente para a compreensão das questões ambientais emergentes. Embora possa existir, entre os adeptos dessas modalidades, o envolvimento com as questões ambientais, o que determinará o nível reflexivo sobre uma ou outra questão ambiental é a reflexão crítica e atenta realizada pelos praticantes de cada atividade.” (BRASIL, 1998, p.40).

Orientação sexual

    “Pode-se estimular os alunos a comparar o desenvolvimento do FUTEBOL a outros ESPORTES, como o BASQUETE, que inicialmente foram praticados apenas por homens e que, num segundo momento, desenvolveram-se sob as características femininas, criando um estilo próprio, nem melhor nem pior que o modelo masculino. Pode-se atuar concretamente contra o preconceito expresso na falsa idéia de que homem não dança, cultivando as possibilidades de expressão masculina nas atividades rítmicas e expressivas.” (BRASIL, 1998, p.42).

Trabalho e consumo

    “A crescente divulgação, pela mídia, das atividades corporais pode ser positiva como estimulo à prática e à divulgação da cultura corporal, mas negativa quando agrega valores e reproduz modelos estereotipados. Mais uma vez busca-se apontar para a necessidade de estimular no aluno a reflexão crítica sobre as relações que envolvem o consumo. Pode-se considerar, junto aos alunos, quais são os equipamentos ESPORTIVOS realmente fundamentais para a realização de uma determinada prática e, por meio dessa mesma análise, abordar a evolução desses equipamentos, relacionando-os com aspectos técnicos de conforto ou moda. Trata-se de refletir, principalmente junto aos grupos de jovens e adolescentes, de que modo esses produtos são vinculados pela mídia à prática de atividades e em que medida se tornam objeto de desejo, pois sua aquisição (tênis, skate, roupas) implica a inclusão ou não a um determinado grupo de referência.” (BRASIL, 1998, p.42-43).

Aprender e ensinar educação física no ensino fundamental

O que ensinar?

    “O principal instrumento que os Parâmetros Curriculares Nacionais trazem nesta direção é a abordagem dos conteúdos escolares em procedimentos, conceitos e atitudes. Apontam para uma valorização dos procedimentos sem restringi-los ao universo das habilidades motoras e dos fundamentos dos ESPORTES, incluindo procedimentos de organização, sistematização de informações, aperfeiçoamento, entre outros. Aos conteúdos conceituais de regras, táticas e alguns dados históricos factuais de modalidades somam-se reflexões sobre os conceitos de ética, estética, desempenho, satisfação, eficiência, entre outros. E, finalmente, os conteúdos de natureza atitudinal são explicitados como objeto de ensino e aprendizagem e propostos como vivências concretas pelo aluno, o que viabiliza a construção de uma postura de responsabilidade perante si e o outro.”(BRASIL, 1998, p.45).

Prazer, técnica e interesses

    “No caso específico dos jogos e ESPORTES, é preciso ter claro que apenas as situações de jogo são insuficientes para garantir a aprendizagem do próprio jogo e que apenas os exercícios baseados em recortes e aspectos isolados (os fundamentos de uma modalidade ESPORTIVA, por exemplo) não serão suficientes para, somados, contemplarem a aprendizagem de cada uma dessas práticas da cultura corporal de movimento, principalmente nas dinâmicas que envolvem aspectos relacionais. Nem por isso a aprendizagem dos aspectos técnicos, táticos ou estratégicos deve ser vista como possível apenas por meio de exercícios de repetição, descontextualizados, sérios, mecânicos, inclusive nas situações específicas de aprendizagem motora. Deve-se buscar sempre a formulação de atividades significativas, que façam sentido para o aluno.” (BRASIL, 1998, p.49).

Estilo pessoal e relacionamento

    “Quanto mais domínio sobre os próprios movimentos o indivíduo conquistar, quanto mais conhecimentos construir sobre a especificidade gestual de determinada modalidade ESPORTIVA, de dança ou de luta que exerce, mais pode se utilizar dessa mesma linguagem para expressar seus sentimentos, suas emoções e o seu estilo pessoal de forma intencional e espontânea. Dito de outra forma, a aprendizagem das práticas da cultura corporal inclui a reconstrução dessa mesma técnica ou modalidade, pelo sujeito, com a criação de seu estilo pessoal de exercê-las, nas quais a espontaneidade deve ser vista como uma construção e não apenas como um estado de ausência de inibições.” (BRASIL, 1998, p.56).

Esportes, jogos, lutas e ginásticas

    “Assim, considera-se ESPORTE as práticas em que são adotadas regras de caráter oficial e competitivo, organizadas em federações regionais, nacionais e internacionais que regulamentam a atuação amadora e a profissional. Envolvem condições espaciais e de equipamentos sofisticados como campos, piscinas, bicicletas, pistas, ringues, ginásios etc. A divulgação pela mídia favorece a sua apreciação por um diverso contingente de grupos sociais e culturais. Por exemplo, os Jogos Olímpicos, a Copa do Mundo de FUTEBOL ou determinadas lutas de boxe profissional são vistos e discutidos por um grande número de apreciadores e torcedores.” (BRASIL, 1998, p.70).

    “Uma prática pode ser vivida ou classificada em função do contexto em que ocorre e das intenções de seus praticantes. Por exemplo, o FUTEBOL pode ser praticado como um ESPORTE, onde se valorizam os aspectos formais, considerando as regras oficiais que são estabelecidas internacionalmente (e que incluem as dimensões do campo, o número de participantes, o diâmetro e o peso da bola, entre outros aspectos), com platéia, técnicos e árbitros. Pode ser considerado um jogo, quando ocorre na praia, ao final da tarde, com times compostos na hora, sem árbitro nem torcida, com fins puramente recreativos. E, em muitos casos, esses aspectos podem estar presentes simultaneamente. Incluem-se neste bloco as informações históricas sobre as origens e características dos ESPORTES, jogos, lutas e ginásticas, e a valorização e apreciação dessas práticas.” (BRASIL, 1998, p.71).

Diversidade

    “O acesso à informação na área não se restringe aos procedimentos, mas está intimamente ligado a eles, à possibilidade concreta de vivenciar o maior número possível de práticas e modalidades da cultura corporal de movimento. Na pior das hipóteses, o contexto escolar dispõe de um tempo e de um espaço que, mesmo quando inadequados, precisam ser bem aproveitados. A Educação Física escolar não pode reproduzir a miséria da falta de opções e perspectivas culturais, nem ser cúmplice de um processo de empobrecimento e descaracterização cultural. Ou seja, o mesmo espaço-tempo que viabiliza o FUTEBOL e a queimada deve viabilizar o VÔLEI, o tênis com raquetes de madeira, os jogos pré-DESPORTIVOS, a dança, a ginástica, as atividades aeróbicas, o relaxamento, o atletismo, entre inúmeros outros exemplos.” (BRASIL, 1998, p.83-84).

Aprendizagem específica

    “A vivência da diversidade pode, paulatinamente, ser ampliada pela experiência do aprofundamento na direção da técnica e da satisfação, pautada nos interesses de obter respostas mais complexas para questões mais específicas, sejam elas de natureza conceitual, procedimental ou atitudinal. Por exemplo, um ESPORTE como o FUTEBOL traz como possibilidade de aprofundamento o desenvolvimento técnico, tático e estratégico pelo treinamento sistematizado de fundamentos e conceitos. Permite a organização e a participação de equipes com finalidades competitivas e recreativas em campeonatos, festivais, eventos de confraternização. O estudo da história do FUTEBOL no Brasil permite a reflexão sociopolítica sobre a condição do negro, a evolução do ESPORTE-espetáculo e as relações trabalhistas, o ufanismo, o fanatismo, a violência das torcidas organizadas, a emergência do FUTEBOL feminino etc.” (BRASIL, 1998, p.86).

Olhar sobre os conteúdos

    “Por exemplo, os movimentos utilizados nos jogos e nos ESPORTES, como bater bola, saltar, arremessar, lançar, chutar de diferentes formas, quicar uma bola e amortecê-la de diferentes formas, rebater com taco, rebater com raquete etc., podem ser abordados dentro da dimensão individual, pois prescindem da presença do outro para acontecer. No entanto, o fato de esses fundamentos poderem ser praticados fora de uma situação real de jogo, na qual a ação do grupo sobre a aprendizagem fica reduzida, gerará uma situação favorável à construção individual. O que não quer dizer que o trabalho individual seja pré-requisito para o trabalho coletivo, mas que esse olhar ajudará a localizar uma possível dificuldade do aluno, passível de tornar-se causa de exclusão.” (BRASIL, 1998, p.106).

    “Certos procedimentos utilizados nos jogos e ESPORTES (finta, marcação, bloqueio, corta-luz., jogadas táticas de um modo geral), nas danças (coreografia coletiva, dança de casais) e nas lutas caracterizam situações específicas nas quais a aprendizagem ocorre em contextos relacionais. O olhar do professor deve recair sobre o que, nessas dinâmicas relacionais, está favorecendo ou dificultando a inclusão dos alunos e, em conseqüência, a possibilidade de aprendizagem. Por exemplo, observar se a capacidade de conduzir, fintar e passar uma bola dentro do jogo está favorecendo a participação de todos, ou se, restrita aos mais habilidosos, torna o jogo desmotivante para os demais. Nas atividades rítmicas e expressivas, se as habilidades individuais (percepção do ritmo, fluidez de movimento, coordenação) aplicadas para dançar com o outro ou em grupo estiverem sendo extremamente valorizadas como determinantes de sucesso e fracasso, de ter jeito ou não, podem estar favorecendo situações de exclusão.” (BRASIL, 1998, p.107-108).

2.     Referências aos esportes específicos

Basquetebol

Mídia e cultura corporal de movimento

    “O professor precisa estar permanentemente atento à mídia, a fim de não perder um importante canal de diálogo e compartilhamento de interesses. Em segundo lugar, há um evidente descompasso entre o nível técnico difundido pelo ESPORTE-espetáculo da TV e as reais possibilidades de alunos, professores e escola atingirem-no. Como atingir o nível técnico dos astros do BASQUETE americano, ou de qualquer outra modalidade exercida profissionalmente?” (BRASIL, 1998, p.33).

Automatismo e atenção

    “Em determinadas situações, poder realizar movimentos de forma automatizada, sem que seja necessária muita atenção no controle da sua execução, é um recurso favorável sob o aspecto funcional. Por exemplo, quanto mais automatizados estiverem os gestos de digitar um texto, mais o autor pode se concentrar no assunto que está escrevendo. No BASQUETEBOL, se o aluno já consegue bater a bola com alguma segurança, sem precisar olhá-la o tempo todo, pode olhar para os seus companheiros de jogo, situar-se melhor no espaço, planejar algumas ações, e isso o torna um jogador melhor, mais eficiente, capaz de Adaptar-se a uma variedade maior de situações. Desse modo, a demanda atencional pode dirigir-se para a coordenação com outros movimentos e a superação de outros desafios.” (BRASIL, 1998, p.52).

Diversidade

    “Por meio da percepção da diversidade de estilos, dos diferentes tempos de assimilação do conhecimento, dos também diferentes níveis motivacionais, o aluno poderá construir uma atitude mais inclusiva do que seletiva durante as suas próprias aprendizagens, bem como frente à aprendizagem do outro e do grupo. Se por intermédio do desenvolvimento dos conteúdos for estimulada uma rica abordagem de interpretações do mesmo objeto de estudo, como o BASQUETE da NBA frente ao BASQUETE escolar, o BASQUETE no clube e as possíveis alterações nas regras para torná-lo mais cooperativo e menos competitivo, será possível ao aluno ultrapassar um modelo único, muitas vezes seletivo, carregado de valores pré-concebidos, abrindo a percepção para os valores fundamentais para a convivência, para a solidariedade.” (BRASIL, 1998, p.83).

Futebol

Caracterização da área

Influências, tendências e quadro atual

    “Mais recentemente, na década de 70, a Educação Física sofreu, mais uma vez, influências importantes no aspecto político. O governo militar investiu nessa disciplina em função de diretrizes pautadas no nacionalismo, na integração (entre os Estados) e na segurança nacionais, objetivando tanto a formação de um exército composto por uma juventude forte e saudável como a desmobilização das forças políticas oposicionistas. As atividades ESPORTIVAS também foram consideradas importantes na melhoria da força de trabalho para o milagre econômico brasileiro. Nesse período, estreitaram-se os vínculos entre ESPORTE e nacionalismo. Um bom exemplo é o uso que se fez da campanha da seleção brasileira de FUTEBOL, na Copa do Mundo de 1970.” (BRASIL, 1998, p.21).

Mídia e cultura corporal de movimento

    “Por exemplo, a cada final de semana realizam-se centenas de milhares de partidas de FUTEBOL em todo o mundo. Terão destaque no noticiário de domingo à noite, além das partidas de nível técnico mais elevado, em geral dos países mais importantes do cenário do FUTEBOL mundial, aquela ou aquelas em que ocorreram cenas de violência, independentemente da origem geográfica ou nível técnico, induzindo os telespectadores à falsa opinião de que o FUTEBOL é, ou está se tornando, um ESPORTE violento. E as outras milhares de partidas, nas quais tantas pessoas, sejam atletas ou não, vivenciaram uma experiência corporal que lhes propiciou satisfação e bem-estar, oportunidades de sociabilização e autoconhecimento no confronto com outrem etc.? A televisão raramente fala sobre isso.” (BRASIL, 1998, p.33).

“Não se podem ignorar a mídia e as práticas corporais que ela retrata. Esse é o universo em que as novas gerações socializam-se na cultura corporal de movimento, pois o FUTEBOL, por exemplo, não é mais só uma pelada num terreno baldio, é também videogame e espetáculo da TV. Portanto, a Educação Física deverá manter um permanente diálogo crítico com a mídia, trazendo-a para dentro da escola como um novo dado relacionado à cultura corporal de movimento.” (BRASIL, 1998, p.33-34).

Educação Física e os temas transversais

Ética

    “Nos jogos, ESPORTES e lutas em que existem regras delimitando as ações, surgem dois elementos interessantes para a discussão de valores éticos: um deles é a simulação de fatos e o outro é a figura do árbitro. Por exemplo, num jogo de FUTEBOL, um atacante entra na área, dribla o jogador da defesa, mas adianta demais a bola e, ao perceber que perdeu a jogada, imediatamente se lança ao chão, simulando ter sofrido uma falta. Essa situação pode ser pano de fundo para uma interessante discussão, pois apesar das possíveis vantagens resultantes da simulação, o jogador segue sendo responsável por um ato que sabe desonesto.” (BRASIL, 1998, p.35).

    “Em ambas as situações a discussão deve incluir a dimensão pessoal da ética no valor atribuído às atitudes certas ou erradas, positivas ou negativas, construtivas ou destrutivas. Deve incluir, ainda, a dimensão social da ética que atribui valores às atitudes pessoais, e que, em muitos contextos, acaba por legitimar a transferência da responsabilidade das atitudes pessoais para o grupo ou para o juiz. Em qualquer âmbito, a responsabilidade moral pelas atitudes é conseqüência do ato em si, independente de ter sido percebido ou não pelo outro. O FUTEBOL profissional atualmente traz elementos para essa discussão, na medida em que as tentativas de simulação são consideradas passíveis de punição pela regra e, em algumas transmissões pela TV, existe um comentarista específico para o árbitro.” (BRASIL, 1998, p.35-36).

Pluralidade cultural

Orientação sexual

    “Essa construção pode ser compreendida pela explicitação das atitudes cotidianas, muitas vezes inconscientes e automáticas, pautadas em valores preconceituosos. Por exemplo, com relação à habilidade das meninas para jogar FUTEBOL, é comum surgirem frases como: ela joga bem, parece até homem jogando, aquela menina é meio macho, olha como ela joga bem, pode até jogar com a gente, e, nesses casos, é fundamental que se questione o modelo de eficiência que tem como referência o jogo masculino. Essa visão em si já está permeada de valores culturais e estabelece padrões de identificação para a caracterização de gênero em relação com a motricidade, pois as características mais genéricas da motricidade do gênero masculino, como força e velocidade, e do gênero feminino, como coordenação e equilíbrio, devem ser compreendidas independentemente do valor que socialmente se atribui a elas.” (BRASIL, 1998, p.42).

Trabalho e consumo

    “Ainda com relação ao tema Trabalho e Consumo, é interessante lembrar da produção de jogos, brinquedos e materiais necessários para determinadas práticas. Pode-se desenvolver a visão histórica da produção desses equipamentos e conhecimentos tratados dentro da cultura corporal de movimento e sua forma de divulgação através dos tempos. Por exemplo, sobre as chamadas pipas ou papagaios, podem-se levantar algumas questões: como se ensina e se aprende a fazer e a usar? Qual é o valor de saber fazer e utilizar a sua produção? Como as crianças têm aprendido, tanto no passado como atualmente, a construir os próprios brinquedos? Para refletir sobre a transformação da produção cultural em produto a ser consumido, podem-se levantar vários exemplos: tendo como objeto de análise a capoeira, considerar como foram historicamente produzidos e transmitidos seus conhecimentos e como isso ocorre atualmente; relacionar o surgimento das escolinhas de FUTEBOL com o desaparecimento, quase que por completo, dos campos de FUTEBOL de várzea nos grandes centros urbanos; questionar os critérios utilizados para os recortes que são feitos sobre o conhecimento da cultura corporal, por exemplo pelas academias de natação, quando elegem os quatro estilos de competição como objetos de ensino e aprendizagem representativos desse universo de conhecimento.” (BRASIL, 1998, p.43).

Prazer, técnica e interesses

    “Por exemplo, um jogo de FUTEBOL de crianças iniciantes na modalidade, mesmo sendo tecnicamente não muito elaborado, apresenta procedimentos que são frutos de aprendizagem, resultantes de esforços e adaptações. Mesmo sendo cativante e prazeroso, nem por isso deixa de conter momentos de frustração e insatisfação. Revela o que é possível realizar a partir das referências obtidas no ambiente sociocultural, dos recursos corporais disponíveis e das experiências anteriores daqueles jogadores.” (BRASIL, 1998, p.47).

    “Em determinados momentos, optar por uma tentativa gestual mais elaborada pode significar uma possibilidade mais arriscada de obter satisfação, embora com menos chances de eficiência objetiva, como, por exemplo, ao tentar, num jogo de FUTEBOL, um drible numa situação em que um passe seria o mais previsível. Em caso de sucesso, a satisfação obtida decorre justamente da eficiência na execução de um gesto com um grau de dificuldade maior.” (BRASIL, 1998, p.48).

Automatismo e atenção

    “O processo de ensino e aprendizagem deve, portanto, contemplar essas duas variáveis simultaneamente, permitindo que o aluno possa executar cada movimento ou conjunto de movimentos o maior número de vezes e criando solicitações adequadas para que essa realização ocorra da forma mais atenta possível. Tome-se como exemplo um jogo de FUTEBOL. Quando uma criança se depara pela primeira vez com esse jogo, em princípio já dispõe de alguns esquemas motores solicitados, ou seja, deslocar-se pelo espaço em várias direções e velocidades e realizar os movimentos de chutar e cabecear uma bola. São conhecimentos prévios e sua execução já ocorre de forma mais ou menos automática. No entanto, a coordenação desses movimentos nas circunstâncias espaciais propostas pelo FUTEBOL constitui um problema a ser resolvido e esse problema solicita toda a atenção da criança durante as execuções iniciais. Com a prática atenta, e à medida que as execuções ocorrerem de forma cada vez mais satisfatória e eficiente, a criança será capaz de realizá-las de forma cada vez mais automática. Nesse momento, a introdução de uma regra limitando o máximo de dois toques na bola por jogada constitui um problema a ser resolvido que chama a atenção do aluno para a reorganização de gestos que já estavam sendo realizados de forma automática.” (BRASIL, 1998, p.53).

Aprendizagem específica

    “A vivência da diversidade pode, paulatinamente, ser ampliada pela experiência do aprofundamento na direção da técnica e da satisfação, pautada nos interesses de obter respostas mais complexas para questões mais específicas, sejam elas de natureza conceitual, procedimental ou atitudinal. Por exemplo, um ESPORTE como o FUTEBOL traz como possibilidade de aprofundamento o desenvolvimento técnico, tático e estratégico pelo treinamento sistematizado de fundamentos e conceitos. Permite a organização e a participação de equipes com finalidades competitivas e recreativas em campeonatos, festivais, eventos de confraternização. O estudo da história do FUTEBOL no Brasil permite a reflexão sociopolítica sobre a condição do negro, a evolução do ESPORTE-espetáculo e as relações trabalhistas, o ufanismo, o fanatismo, a violência das torcidas organizadas, a emergência do FUTEBOL feminino etc.” (BRASIL, 1998, p.86).

Olhar sobre os conteúdos

    “Assim, constitui-se um precioso instrumento de análise da inclusão dos alunos nas práticas da cultura corporal. Observar as respostas vindas das situações vivenciadas, a partir desses dois eixos, pode auxiliar o professor a individualizar um pouco mais suas ações educativas. Por exemplo, o aluno capaz de fazer cem embaixadas não é necessariamente um bom jogador, apesar de possuir um alto padrão motor dentro de uma prática individual, alguns elementos da aprendizagem relacional se farão necessários para torná-lo um bom jogador. Ao mesmo tempo, essa habilidade individual poderá gerar, num dado momento, pelo aumento da auto-estima e da autoconfiança, condições favoráveis para as aprendizagens relacionais dentro do FUTEBOL.” (BRASIL, 1998, p.106-107).

Handebol

    Nenhuma ocorrência.

Voleibol

Educação Física e a cultura corporal de movimento

    “Seja qual for o objeto de conhecimento em questão, os processos de ensino e aprendizagem devem considerar as características dos alunos em todas as suas dimensões (cognitiva, corporal, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social). Sobre o jogo da amarelinha, o de VOLEIBOL ou uma dança, o aluno deve aprender, para além das técnicas de execução (conteúdos procedimentais), a discutir regras e estratégias, apreciá-los criticamente, analisá-los esteticamente, avaliá-los eticamente, ressignificá-los e recriá-los (conteúdos atitudinais e conceituais).” (BRASIL, 1998, p.30).

Autonomia

    “O grau de autonomia para organização das atividades pode evoluir se forem considerados objetos de ensino procedimentos gerais como escolha de times, distribuição de pequenos grupos por espaços adaptados, construção e adequação de materiais, discussão e elaboração de regras, distribuições espaciais em filas, círculos e outras. Inclui-se ainda o espaço para discussão de táticas, técnicas e estratégias, para a apreciação e observação. Por exemplo, é possível organizar uma aula sobre o VOLEIBOL que inclua, além do uso da quadra, rede e bola oficiais, a distribuição em espaços adaptados de miniVÔLEI, com cordas e bolas plásticas, variando o tamanho do espaço para jogo e a altura da rede. Organiza-se o tempo de forma que todos os grupos circulem pelos diversos espaços fazendo um rodízio. Dessa forma, além dos procedimentos técnicos da modalidade, os alunos podem aprender sobre as formas de organização para o jogo, as formas de negociar a composição de equipes, a determinação do caráter mais ou menos competitivo de cada situação.” (BRASIL, 1998, p.85).

Conceitos e procedimentos

Esportes, jogos, lutas e ginásticas

    “- Compreensão, discussão e construção de regras aplicadas aos jogos e ESPORTES: * compreensão das transformações nas regras e sua relação com o desenvolvimento do nível técnico; * vivência de situações de aprendizagem para utilização e adaptação das regras ao nível da capacidade do grupo, do espaço e dos materiais disponíveis (exemplos: FUTEBOL jogado em um corredor onde não existe lateral, VÔLEI jogado em um campo reduzido tendo como rede um fio de varal, BASQUETE em que não se considere a regra das duas saídas em função do nível de competência do grupo).” (BRASIL, 1998, p.96).

3.     Referências aos objetivos

Objetivos para terceiro e quarto ciclos

    “Espera-se que ao final do quarto ciclo os alunos sejam capazes de: * participar de atividades de natureza relacional, reconhecendo e respeitando suas características físicas e de desempenho motor, bem como a de seus colegas, sem discriminar por características pessoais, físicas, sexuais ou sociais. Apropriar-se de processos de aperfeiçoamento das capacidades físicas, das habilidades motoras próprias das situações relacionais, aplicando-os com discernimento em situações-problema que surjam no cotidiano; * adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática dos jogos, lutas e dos ESPORTES, buscando encaminhar os conflitos de forma não-violenta, pelo diálogo, e prescindindo da figura do árbitro. Saber diferenciar os contextos amador, recreativo, escolar e o profissional, reconhecendo e evitando o caráter excessivamente competitivo em quaisquer desses contextos; * conhecer, valorizar, apreciar e desfrutar de algumas das diferentes manifestações da cultura corporal, adotando uma postura despojada de preconceitos ou discriminações por razões sociais, sexuais ou culturais. Reconhecer e valorizar as diferenças de desempenho, linguagem e expressividade decorrentes, inclusive, dessas mesmas diferenças culturais, sexuais e sociais. Relacionar a diversidade de manifestações da cultura corporal de seu ambiente e de outros, com o contexto em que são produzidas e valorizadas; * aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia e a valorizá-las como recurso para melhoria de suas aptidões físicas. Aprofundar as noções conceituais de esforço, intensidade e freqüência por meio do planejamento e sistematização de suas práticas corporais. Buscar informações para seu aprofundamento teórico de forma a construir e adaptar alguns sistemas de melhoria de sua aptidão física; * organizar e praticar atividades corporais, valorizando-as como recurso para usufruto do tempo disponível, bem como ter a capacidade de alterar ou interferir nas regras convencionais, com o intuito de torná-las mais adequadas ao momento do grupo, favorecendo a inclusão dos praticantes. Analisar, compreender e manipular os elementos que compõem as regras como instrumentos de criação e transformação; * analisar alguns dos padrões de beleza, saúde e desempenho presentes no cotidiano, e compreender sua inserção no contexto sociocultural em que são produzidos, despertando para o senso crítico e relacionando-os com as práticas da cultura corporal de movimento; * conhecer, organizar e interferir no espaço de forma autônoma, bem como reivindicar locais adequados para promoção de atividades corporais e de lazer, reconhecendo-as como uma necessidade do ser humano e um direito do cidadão, em busca de uma melhor qualidade de vida.” (BRASIL, 1998, p.89-90).

Considerações

    A leitura/estudo dos documentos que orientam a atuação do professor de Educação Física para a Educação Básica deveria ser uma praxe para aqueles que pretendem atuar com a docência. Se isto fosse feito, possivelmente teríamos uma redução na quantidade de professores que insistem em eleger somente o esporte como conteúdo a ser desenvolvido nas aulas, assim como, na forma única de abordá-lo, ou seja, na perspectiva intensamente “esportivizada”.

    Acreditamos que os excertos destacados neste trabalho, apesar de indicarem uma visão parcial sobre os parâmetros curriculares nacionais, colaboram para a visualização de um panorama dotado de outras possibilidades, tanto de abordagem de outros conteúdos, quanto de uma diversificação no desenvolvimento do conteúdo Esporte.

Referências

  • BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física – ensino de quinta a oitava séries. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/fisica.pdf. Acesso em: 04 out. 2010.

  • LEMOS, F.R.M. Os esportes em documentos oficiais da educação infantil e do ensino fundamental, Ciclo I. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, v. 143, 2010. http://www.efdeportes.com/efd143/os-esportes-em-documentos-oficiais-da-educacao.htm

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 15 · N° 150 | Buenos Aires, Noviembre de 2010
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